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RESUMO
INTRODUÇÃO
A redução da maioridade Penal é hoje um assunto muito controverso,
uma vez que existem correntes a favor e contra, Porém o enfoque do debate é
sobre a possibilidade de mudança no texto constitucional, uma vez que alguns
doutrinadores consideram, de forma equivocada, como cláusula pétrea a
maioridade penal.
O art. 28 do Código Penal Brasileiro traz em seu texto que sendo o autor
do crime capaz de entender o caráter ilícito da pena não fica isento da mesma:
Reduzir ou não?
- PEC de número 20, de autoria do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). O parlamentar afirmou que a matéria tem
o objetivo de acabar com o sentimento de impunidade, mas também garante que a lei possa dar ao Judiciário a
capacidade de discernir caso a caso. "Todos os países do mundo mudaram suas leis a respeito e nós agora temos de
ter coragem para iniciar a discussão",
“Acho que a redução da maioridade penal se faz necessária
atualmente por uma série de razões. Eu diria que a principal delas é o
fato de que a Constituição de 1988 não contemplou direitos e ações
que obrigassem o Estado a atuar preventivamente na segurança
pública. Por essa razão é que estamos vendo esse estouro de crimes”,
declara o sociólogo da Universidade de Brasília, Antonio Flávio Testa,
que estuda a violência entre jovens desde a década de 70. Ele
considera o Estatuto da Criança e do Adolescente um ótimo
instrumento de defesa de direitos humanos, mas que se aplicaria a
outras realidades que não à do Brasil de hoje. “Quem tem 14 anos e
comete um crime bárbaro deve pagar por ele como qualquer outra
pessoa”, afirma.
Testa observa que muito se fala de direitos humanos para o menor criminoso — ou
para qualquer criminoso, mas acredita que o foco da discussão não deve ser esse.
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O Prof. José Afonso da Silva adverte que "A estabilidade das
constituições não deve ser absoluta, não pode significar imutabilidade.
Não há constituição imutável diante da realidade social cambiante, pois
não é ela apenas um instrumento de ordem, mas deverá sê-lo,
também, de progresso social. Deve assegurar certa estabilidade
constitucional, certa permanência e durabilidade das instituições, mas
sem prejuízo da constante, tanto quanto possível, perfeita adaptação
das constituições as perfeitas exigências do progresso, da evolução e
do bem-estar social.
“Outra causa que nos leva a crer que tais direitos não devem ser
fundados seria porque a sociedade, as condições históricas, o homem
e seus costumes, obviamente os seus interesses mudam de uma
época para outra. Portanto, procurar o absoluto não seria a solução
dos problemas que tangem os Direitos Humanos. Para confirmamos
esta ótica, vejamos a seguinte frase:
É nesse sentido que deve ser mudado o Art. 228, reduzindo a idade de
18 para 16 anos e punindo o ora infrator como criminoso e ciente de seus atos
ilícitos.
BIBLIOGRAFIA
Bobbio, Noberto, O Terceiro Ausente, ensaios e discursos sobre a paz e a guerra, editora
manole, 2009, pg 114