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ALYNE TEIXEIRA COSTA: RA 20211377-9

SUZIMEIRI BRIGATTI ALAVARSE CARON: RA 20181545

OBESIDADE

Disciplina: Psicologia da Saúde

São José do Rio Preto, 2021


OBESIDADE

Atualmente se vê uma geração que vive em busca de um corpo perfeito e tentam


sempre buscar isso de uma forma alternativa, rápida e facilitada sem se preocupar com as
consequências ou a sua saúde.

A obesidade e uma doença crônica inflamatória caracterizada pelo acumulo


excessivo de tecido adiposo no organismo. Uma das principais causas da obesidade e a
ingestão exagerada de calorias, quando não ha um equilíbrio entre a energia que e ingerida
sob a forma de alimentos e a energia que e gasta nas atividades cotidianas. Também pode
ser ocasionada por fatores genéticos, metabólicos, sociais, comportamentais e culturais.

Nas últimas décadas a obesidade vem sendo considerado um dos principais


problemas de saúde pública atingindo mais de 650 milhões de pessoas no mundo, podendo
causar muitos problemas de saúde como alterações lipídicas, cardiovasculares, alterações
no metabolismo da glicose, apneias do sono, problemas ortopédicos, síndrome dos ovários
policísticos e síndromes metabólicas, aumentando o risco de morte prematura e afetando a
qualidade de vida.

O aumento da incidência desta patologia é observado em quase todas as raças e


sexos, sendo a população na faixa etária entre 25 a 44 anos a mais atingida. Tendências de
mudanças nutricionais em diversos países do mundo apontam para a ingestão de uma dieta
mais rica em gorduras (em especial as de origem animal), carboidratos complexos
açúcares, alimentos refinados e fibras.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a um individuo e considerado


obeso quando o índice de massa corporal (IMC) é igual ou superior a 30 kg/m2 e igual ou
superior a 25 kg/m2 que possuam outros fatores de risco como hipertensão, diabete
mellitus tipo 2, hiperlipidemia, apneia do sono, gota, ou que possuam circunferência
abdominal maior ou igual a 102 cm em homens e 88cm em mulheres. O IMC é apenas um
instrumento de avaliação, e em algumas situações é necessária a associação de outros
parâmetros para diagnosticá-la.

Muitos casos de distúrbios alimentares vêm desde as adolescências onde jovens


na busca de serem socialmente aceitos em determinados grupos ou até mesmo por terem
sofrido bullying fazem de tudo para conseguir o resultado esperado.

O tratamento da obesidade tem o objetivo maior da melhora da saúde e da


qualidade de vida, visando à diminuição de doenças associadas e mortalidade subsequente.
Pode ser baseado em medidas não farmacológicas orientadas por equipes
multidisciplinares - psicólogos, educadores físicos, nutricionistas – utilizando-se de
terapias comportamentais, mudança de hábitos alimentares, pratica de atividade física e
orientações de profissional nutricionista e farmacológicas (uso de medicamentos).

A utilização de terapias comportamentais pelo psicólogo no tratamento da


obesidade é imprescindível para a criação de condições de promover mudanças nos hábitos
alimentares. O ato de comer, para os obesos, é tido como tranqüilizador, como uma forma
de localizar a ansiedade e a angústia no corpo, sendo apresentadas também dificuldades de
lidar com a frustração e com os limites. Obesos podem apresentar passividade e submissão,
preocupação excessiva com comida, ingestão compulsiva de alimentos e drogas,
dependência e infantilização, primitivismo, não aceitação do esquema corporal, temor de
não ser aceito ou amado, indicadores de dificuldades de adaptação social, bloqueio da
agressividade, dificuldade para absorver frustração, desamparo, insegurança, intolerância e
culpa. Tem dificuldades de lidar com suas experiências de forma simbólica, de adiar
satisfações e obter prazer nas relações sociais, de lidar com a sexualidade, além de uma
baixa auto-estima.

Tratamentos farmacológicos devem ser utilizados como complementação


terapêutica aos tratamentos não farmacológicos e quando há hábitos alimentares
patológicos associados como bulimia, hiperfagia e compulsão alimentar. Os medicamentos
são eficazes no controle do peso e tem a função inibir o apetite enquanto estão sendo
utilizados e podem causar novo ganho de peso após sua suspensão.
O uso exagerado de medicamentos para a perda de peso pode acarretar distúrbios
psicológicos como a mudança na função mental e comportamental e pode ocasionar o vício
já que são à base de anfetamina.
A anfetamina atua no sistema nervoso central ativando os neurotransmissores
dopamina e serotonina os efeitos são excitação, euforia, insônia, falta de apetite,
taquicardia, dilatação excessiva das pupilas e palidez, além de também causarem insônia e
perda de apetite.
Os compostos mais procurados para a perda de peso são o femproporex, a
sibutramina, o mazindol e a anfepramona, que, utilizados em diferentes concentrações, são
capazes de inibir o apetite. O uso contínuo destas drogas pode levar à degeneração das
células cerebrais, causando lesões irreversíveis ao cérebro. O uso indiscriminado das
anfetaminas pode acarretar problemas psicológicos já que o SNC cria tolerância à droga o
que faz com que a pessoa tenha que ingerir doses mais altas a cada vez, problemas como
distorção da realidade começam a aparecer taquicardia, sudorese e sensação de perseguição
são comuns nos quadros de abstinência.

A comercialização da anfetamina se vem desde a segunda guerra mundial onde os


soldados a usavam com a esperança de ter mais disposição em batalha. Além de combater
a obesidade, as anfetaminas são usadas por jovens em festas e por caminhoneiros ou
estudantes que buscam ficar mais tempo acordados e dispostos.

A obsessão e normalização da magreza vem ganhando impacto a um certo tempo


ainda mais com a era digital onde as informações são passadas de forma rápida.

O padrão estético imposto pela sociedade interfere na opção pelos medicamentos


anorexígenos, no entanto, a insatisfação constante com o corpo e as sucessivas tentativas
de adequação aos estereótipos de beleza e a ditadura da magreza a qualquer preço, devem
ser investigadas e acompanhadas por um especialista. Não é raro o paciente submeter-se a
tratamentos desnecessários que poderão colocar sua vida em risco, desencadeando doenças
que podem ser evitadas e precisam de controle e acompanhamento médico constante
apresentar baixa autoestima e pelas cobranças sociais.
BIBLIOGRAFIA

MURER, E. Drogas, Anfetaminas e Remédios para Emagrecer. Disponível em


https://www.fef.unicamp.br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/diagnostico_vinhedo_cap16.pdf.
Acesso em 08/10/2021.

MARQUES, D. O.; QUINTILIO, M. S. V. Revista Coleta Científica, Ano V, Vol. V, n.9,


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FAIT. n. 2.; nov 2020.

CATANEO, C.; CARVALHO, A. M. P.; GALINDO, E. M. C. Obesidade e Aspectos


Psicológicos: Maturidade Emocional, Auto-conceito, Locus de Controle e Ansiedade.
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18(1), pp.39-46. Disponível em
https://www.scielo.br/j/prc/a/HVBP3vjbQjhNsckmBKJJtWy/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em 08/10/2021.

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