Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
título de Engenheiro.
Rio de Janeiro
Março de 2018
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA EMBARCAÇÃO DE
ENGENHEIRO NAVAL.
Examinado por:
MARÇO DE 2018
Aguiar, Thalles Carvalho Giangiarulo de
estar ao meu lado nas horas difíceis e nos momentos de comemoração. Vocês são os
principais culpados pelo fechamento de mais esta etapa, devo muito a vocês.
da forma mais clara e didática possível, e por me ajudar em mais esta etapa de minha
i
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como
Março/2018
uma embarcação de planeio, pois uma resposta ruim pode comprometer a missão da
destas respostas.
de planeio. Este modelo apresenta delidade com a física envolvida, tendo como
ii
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial
Março/2018
of planing vessels, since a bad response could compromise the vessel`s mission
of planing vessels subject to regular head waves was developed. This model is in
iii
Lista de Figuras
lancha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 3.4: Detalhe da malha em uma seção sobre o plano diametral da lancha. 27
iv
Figura 4.2: Ilustração do modelo durante a simulação na presença de ondas. . 33
nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
a 35 nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
a 35 nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
ondas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
v
Figura 4.20: Distribuição da pressão no casco, sob incidência de ondas a 35 nós. 46
35 nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
a 40 nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
ondas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
40 nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
40 nós. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
vi
Lista de Tabelas
vii
Sumário
Agradecimentos i
Resumo ii
Abstract iii
Lista de Figuras iv
1 Introdução 1
1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2 Revisão Teórica 4
2.2.2 Quinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
viii
2.4 Fluidodinâmica Computacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3 O modelo em CFD 20
3.2.3 Malha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.2.5 Pós-processamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4 Resultados 32
ix
5 Conclusões e Perspectivas 64
Referências 67
x
Capítulo 1
Introdução
Embarcações de planeio são cada vez mais utilizadas nas mais diversas aplicações.
lazer são apenas alguns dos usos deste tipo de embarcação, cujos primeiros registros
o casco deste tipo de embarcação faz com que ela decole da água, reduzindo a
um fator de grande importância, seja ela utilizada para passeio, seja utilizada para
serviço.
de serviço, a situação é ainda mais crítica, pois uma boa resposta em ondas pode ser
1.1. OBJETIVO 2
de uso militar, nota-se que a segurança de tripulantes está em jogo, pois pode ser
de planeio.
desenvolvidas, a embarcação pode ser levada a sofrer cargas bastante altas sobre
solução numérica das equações de governo que regem o escoamento ao redor do casco,
iniciais e de contorno.
1.1 Objetivo
dinâmicos, que seja capaz de fornecer resultados qualitativos de boa qualidade. Estes
militar para transporte de passageiros e carga, cujo projeto esta sendo desenvolvido
Revisão Teórica
diferem entre si por um fator de escala, devem apresentar mesmos valores do número
viscosos.
VL
Re = . (2.1)
ν
2.1. EMBARCAÇÕES DE PLANEIO 5
V
F =√ . (2.2)
gL
gerada pelo casco também aumenta, até atingir o dobro do comprimento de linha
uma única onda, sendo a região de vante do casco sustentada pela crista e a região de
Uma forma de superar tal limitação é alterar o sistema de ondas gerado pelo
de um sistema de ondas distinto, cujo cavado não terá mais como limite físico
1,2. Desta forma, o trem de ondas formado possui comprimento maior do que o
comprimento do casco.
Para que uma embarcação atinja o regime de planeio, algumas condições são
torna embarcações de alto desempenho, ideais para tanto para aplicações militares
vista do formato do casco, em geral, são cascos com o fundo em V que contam
Além disso, muitas vezes há a presença de soluções como sprayrails, que fornecem
estão descritas brevemente algumas das características mais comuns deste tipo de
embarcação.
a mais plana possível, pois esta conguração é a que converte da melhor forma
ângulo aumenta. Para contornar este problema, os cascos, em boa parte dos casos,
contam com ângulos de deadrise que variam desde o espelho de popa da embarcação,
onde seu valor é bem reduzido de forma a favorecer o planeio, até a proa, onde seu
desloca.
2.2.2 Quinas
formadas por duas arestas resultando em uma superfície, como pode ser visto na
Figura 2.3. Esta superfície pode ser paralela à linha d`água ou ainda formar um
conforme se desenvolve para a proa. Desta forma, a boca da quina também se altera,
da área de spray no casco que, por consequência, causa uma redução da resistência
friccional. A Figura 2.4 mostra a redução de área molhada causada pela introdução
escoamento do uido, os spray rails geram mais sustentação para o casco, aumentando
a componente vertical da pressão, conforme mostra a Figura 2.5.
simples ao se considerar uma placa plana. Os efeitos discutidos aqui também estão
força de arrasto, uma força de sustentação sobre a placa [13]. No caso de um uido
frente da placa. Esta elevação se torna uma película de água escoando para a frente
Outro efeito a ser observado na Figura 2.6, é a tendência do uido a seguir a direção
plana.
No caso de uma embarcação de planeio com casco quinado, por exemplo, não há
máxima, cuja distribuição a partir de então é tal que se reduz na direção da linha
placa plana, com o ponto de estagnação ocorrendo mais à vante. A Figura 2.8
com a sustentação hidrostática. Neste ponto, é possível dizer que o casco atingiu o
na força ~,
L perpendicular à linha de base, e a embarcação se move com um ângulo
Na gura,
~
D é a força de arrasto atuando sobre a embarcação em movimento;
gravidade da embarcação;
2.3. A SUSTENTAÇÃO HIDRODINÂMICA 14
de gravidade da embarcação;
T · b − D · a − L · c− = 0. (2.5)
ou podem ser obtidas diretamente. Para uma dada velocidade requerida, as demais
incógnitas que caracterizam o equilíbrio dinâmico nas Equações (2.3), (2.4) e (2.5)
podem ser obtidas através da resolução destas equações, desde que se tenha informações
quantidades podem ser determinadas por meio de expressões empíricas, tais como
2.4.1 Introdução
iniciais e de contorno.
juntamente com modelos teóricos e testes experimentais, e seu uso se faz cada vez
as vantagens de ser uma solução menos custosa e rápida em comparação com testes
para obtê-la, dado que o número de pontos do domínio pode atingir valores bem
altos.
Nesta seção, não serão derivadas as equações acima, sendo feita apenas uma breve
apresentação. A derivação dessas equações voltada para o CFD pode ser encontrada
na Referência [3], onde o autor apresenta uma introdução bastante completa sobre
uidodinâmica computacional.
∂ρ
+ ∇ · ρV~ = 0, (2.6)
∂t
o uxo de massa que sai pela superfície que envolve o volume de controle e o uxo
que entra por esta mesma superfície deve ser igual ao acúmulo de massa dentro do
volume.
∂
~
∂p ∂τxx ∂τyx ∂τzx
(ρu) + ∇ · ρuV = − + + + + ρfx , (2.7)
∂t ∂x ∂x ∂y ∂z
∂ ∂p ∂τxy ∂τyy ∂τzy
(ρv) + ∇ · ρv V~ = − + + + + ρfy , (2.8)
∂t ∂y ∂x ∂y ∂z
∂ ∂p ∂τxz ∂τyz ∂τzz
(ρw) + ∇ · ρwV~ = − + + + + ρfz . (2.9)
∂t ∂z ∂x ∂y ∂z
(2.10)
atuando sobre o elemento de uido. Uma particularidade é que estas equações são
altamente não-lineares e, até o presente momento, não há uma solução geral para
2.4. FLUIDODINÂMICA COMPUTACIONAL 17
elas, apesar de serem conhecidas soluções para casos especícos, como para uidos
expressa por
∂
ρ + V~ · ∇ e = ρq̇ + ∇ · (k∇T ) − p ∇ · V~ + (←
→
τ · ∇) V~ . (2.11)
∂t
p é a pressão,
←
→
τ é o tensor de tensões atuando sobre o elemento de uido e V~ é
é igual à soma do uxo de energia neste volume somado ao trabalho realizado por
da solução, caso haja, implica que os resíduos serão reduzidos progressivamente com
causadas pela tensão no uido deixam de ser amortecidas e ganham energia superando
seja inferior à escala da turbulência, de forma a representar bem seus efeitos. Uma
discretização pouco renada não levará em conta efeitos produzidos por vórtices
aplicações práticas.
em uma parcela média e uma parcela utuante. A parcela utuante contém os efeitos
modelada, de forma a ser obtida uma solução completa do sistema. Muitos modelos
bastante precisos.
está fora do escopo deste trabalho, e pode ser encontrada nas Referências [1] e [7].
Capítulo 3
O modelo em CFD
em condição de planeio. Como uma primeira utilização deste modelo, foi computada
este tipo de abordagem já foi executada algumas vezes, como nas Referências [15,
16, 17]. Quanto à condição de carregamento, foi utilizada para as simulações apenas
uma resposta rápida a qualquer solicitação. O projeto está sendo desenvolvido pelo
Polo Náutico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por ser uma embarcação
importância, para garantir o conforto dos tripulantes após a viagem, garantindo seu
Características
Boca 2,4 m
Pontal 1,174 m
3.2. Nas simulações realizadas, foi utilizada uma condição de carregamento de 1,650
na Tabela 3.2
3.2. O DESENVOLVIMENTO DO MODELO EM CFD 22
Deslocamento 1,650 t
Calado na PV 0,225 m
Calado na PR 0,349 m
trim 0,125 m
metade da geometria foi exportada para o software StarCCM+ v.9, utilizado para
físicos representados na simulação não sejam afetados por suas fronteiras. O domínio
de altura. Vale ressaltar que este domínio computacional comportará apenas metade
variam e são analisados a cada passo de tempo físico. As equações do problema são
integradas no tempo de forma implícita [6]. Suponha que a equação governante seja
escrita como
3.2. O DESENVOLVIMENTO DO MODELO EM CFD 24
∂φ
= f (t, φ(t)) . (3.1)
∂t
Z t+∆t
n+1 n
φ =φ + f (t, φ(t)) dt, (3.2)
t
Note que, na Equação (3.3), não é possível obter a solução em um ponto apenas,
igual a ∆t = 0, 01s, sendo o número de iterações internas para cada passo temporal
igual a 10. Desta forma, para uma simulação de 1s de tempo físico, são necessárias
1000 iterações.
Seção 2.4.3.
Para uma embarcação em planeio, o simples fato de possuir uma velocidade não
resultante dos momentos e forças atuantes sobre o casco. Neste trabalho, foram
O módulo DBFI (de Dynamic Body Fluid Interaction ) foi congurado para
da lancha utilizada neste trabalho foi desenvolvido no Polo Náutico da UFRJ, e seus
valores de inércia em relação aos eixos principais já são conhecidos, sendo dados por
M = 1650 kg (3.4)
IY Y = 3249, 3 kg · m2 (3.6)
magnitude dos efeitos de forças e momentos no casco vai sendo aumentada gradualmente.
o tempo em que as forças vão sendo acionadas é chamado de ramp time. Nas
tempo físico até que a lancha esteja totalmente liberada para responder livremente
em pitch e heave.
programa permite denir incidência de ondas, desde regulares até irregulares, além
a
segundo a teoria de Stokes de 5 ordem de H = 0, 5m de altura e comprimento de
onda igual a L = 12m. Além disso, assumiu-se uma profundidade d = 15m, o que,
na prática, implica em uma simulação de águas profundas, pois d > 0, 5L [2, 10].
3.2.3 Malha
gerado em uma malha, e sua denição é essencial para a qualidade dos resultados.
onde desejado.
velocidade;
• Região da proa, que é onde o casco de fato encontra o uido durante seu
A Figura 3.4 ilustra a malha gerada na seção do plano diametral, assim como as
Figura 3.4: Detalhe da malha em uma seção sobre o plano diametral da lancha.
Geral 0,624
Vertical 0,050
superfície livre no entorno do casco foi dividida em três regiões: próxima, média
de controle foi denida como 0,070 m, enquanto no entorno do casco a malha varia
3.5 fornece uma visão geral da malha sobre todo o domínio computacional, onde é
utilizadas para denir regiões que não devem afetar o escoamento. Nelas, por
3.2.5 Pós-processamento
tempo utilizado foi de 0,01 s, com 10 iterações para cada passo. Em outras palavras,
Comprimento de onda 12 m
Profundidade 15 m
Iterações internas 10
Resultados
com 16GB de RAM. As Figuras 4.1 e 4.2 ilustram o modelo durante as simulações
Nesta seção são apresentados os resultados para a simulação realizada para águas
i) Heave
ii) Pitch
nós.
4.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 37
v) Interface ar-água
i) Heave
ii) Pitch
v) Interface ar-água
com que haja uma variação no heave, pitch e resistência ao avanço durante toda a
i) Heave
ii) Pitch
35 nós.
os 2 bordos do casco.
Figura 4.18: Aceleração vertical do centro de massa, para velocidade de 35 nós sob
incidência de ondas.
4.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 45
v) Aceleração angular
Figura 4.19: Aceleração angular, para velocidade de 35 nós sob incidência de ondas.
pressão sobre o casco ao longo do tempo, indicando que o casco está saindo da
interface ar-água, verica-se que o casco está saindo da água devido à sua
resposta às ondas, justicando a Figura 4.20, onde pode ser notada uma
Figura 4.21: Evolução do casco durante o planeio, sob incidência de ondas a 35 nós.
4.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 48
da embarcação às ondas faz com que haja uma variação no heave, pitch e resistência
ao avanço durante toda a simulação. Portanto, da mesma forma que na seção
i) Heave
ii) Pitch
40 nós.
4.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 52
Figura 4.26: Aceleração vertical do centro de massa, para velocidade de 40 nós sob
incidência de ondas.
4.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 53
v) Aceleração angular
Figura 4.27: Aceleração angular, para velocidade de 40 nós sob incidência de ondas.
pressão sobre o casco ao longo do tempo, de vante para ré, indicando que o
fato, esta situação pode ser observada nas Figuras 4.29 e 4.30.
sua resposta às ondas, justicando a Figura 4.28, onde pode ser notado um
Figura 4.29: Evolução do casco durante o planeio, sob incidência de ondas a 40 nós.
4.1. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 56
física envolvida nos fenômenos. Como pode ser visto nas Figuras 4.8 e 4.14 geradas
a partir das simulações em águas calmas, a superfície livre da água não apresenta
aparecimento do efeito transom, que também pode ser notado nas imagens que
valor da resistência nos grácos deve ser multiplicado por dois para que seja obtida
avanço com resultados obtidos pelo método de Savitsky. Para esta comparação, foi
trim dinâmico obtido pelo método foi de 2, 189o e a resistência ao avanço foi de
3678, 109 N . Apesar de haver uma discrepância em relação aos valores obtidos via
CFD, em torno de 30% para o trim dinâmico e de 17% para a resistência ao avanço,
os valores obtidos pelo método empírico de Savitsky e via CFD possuem a mesma
ordem de grandeza. Vale ressaltar também que o método de Savitsky fornece seus
resultados por meio de uma aproximação do casco para uma geometria simplicada,
com seção constante. Desta forma, não é levada em conta toda a complexidade do
Estas oscilações, presentes nas Figuras 4.3, 4.3 e 4.5, sugerem que a lancha está em
porpoising.
pitch para baixo. Com esse movimento, a superfície molhada aumenta e o centro
algumas situações, esta amplitude pode ser crescente até o ponto de ser danosa à
para o valor médio de −4, 1 cm. Nota-se uma redução no valor médio de afundamento
De forma análoga, para o trim dinâmico, é possível observar do gráco para pitch,
4.14, que as amplitudes das oscilações se reduzem, de forma que com o aumento do
tempo físico simulado o trim converge para o valores médio, 2, 140o . O mesmo
resistência total (já considerando os dois bordos do casco) é igual a 3224, 424 N
para 40 nós. Vale ressaltar que, como esperado, a resistência total ao avanço cresce
obtidos pelo método empírico de Savitsky foram de 1, 849o para o trim dinâmico
Novamente, os valores obtidos pelo método empírico de Savitsky e via CFD possuem
instante t ∼
= 7s, para 35 nós, por exemplo. Estas distorções do comportamento
Entretanto, estas alterações não foram consideradas no cálculo dos valores médios.
Das Figuras 4.15 e 4.23 observa-se uma oscilação bem mais pronunciada na
contraste com a situação de águas calmas, o movimento de heave não converge para
De forma análoga, para o pitch, observa-se das Figuras 4.4 e 4.14, que as amplitudes
das oscilações são bem maiores em comparação à simulação de águas calmas. Os
Das Figuras 4.17 e 4.25, é possível observar uma oscilação mais irregular nos
são máximos. Essa correspondência pode ser observada nas Figuras 4.31 e 4.32.
É possível observar das Figuras 4.19, 4.27, 4.18 e 4.26 que a embarcação se
valores próximos a 4g. Estes valores bastante elevados se devem a impactos sofridos
embarcações similares, é possível ver que a ordem de grandeza dos picos de aceleração
em certos instantes de tempo, tanto nos grácos para resistência ao avanço quanto
pausada e reiniciada, o que foi inevitável. Porém, vale ressaltar novamente que estas
Nas imagens referentes às ondas sobre a superfície livre, 4.22 e 4.30, é possível
notar a formação da esteira à ré do casco, e como ela é afetada pela interação com
Conclusões e Perspectivas
modelo desenvolvido em CFD deve ser capaz de representar bem os fenômenos físicos
Ao longo deste projeto nal, buscou-se desenvolver um modelo que fosse capaz
de forma coerente. Diante deste cenário, é possível concluir que o objetivo proposto
foi alcançado.
indicam que a lancha está em porpoising nesta velocidade. Seria interessante, desta
embarcação, ou ainda reexão de ondas nas paredes. Neste caso, seria necessário
nas imediações do casco. Desta forma, pode ser necessária a redução do passo
ramp time ;
demorada, pois há uma variação maior das forças e momentos agindo sobre
erros numéricos. Uma medida que pode ser tomada em trabalhos futuros, é
projeto.
66
uma posição de equilíbrio, o tempo simulado não foi suciente para atingí-la de
trabalho, foi inviável a realização de tempos mais longos. Espera-se que com o
Além destas medidas, trabalhos futuros podem incluir outras condições de carregamento
partir daí, será possível estimar a potência requerida para a operação da lancha.
Desta forma, servirá de base para trabalhos futuros, onde será possível utilizá-lo
[2] ANDERSEN, T. L.; FRIGAARD, P. Lecture Notes for the Course in Wa-
ter Wave Mechanics. Aalborg: Department of Civil Engineering, Aalborg
University, 2007.
01/03/2018.
of Technology, 2001.
[14] SAVITSKY, D. Planing craft. Naval Engineers Journal 97, 2 (1985), 113141.
[15] SU, Y.; CHEN, Q. Numerical simulation of a planing vessel in high speed. J.
Marine Sci. Appl. 11, 2 (2012), 1781833.
[18] WIRT, C. W.; NICHOLS, B. D. Volume of uid (vof ) method for the
201225.