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m O hematoma pode ficar sempre do mesmo tamanho ou aumen- Na última figura existe um rompimento, mas não é um rompimento completo. É um rom-
tar, além de poder romper ou progredir para uma dissecção. pimento parcial da camada muscular por uma fragilidade. Ocorreu um rompimento de uma parte
m Possuem mais chances de romper do que o aneurisma verda- da íntima e de uma parte da média. O sangue, então, flui através dessa parede arterial. Esse fluxo
deiro → a resistência da sua parede é menor do que a resis- sanguíneo pode, a cada batimento cardíaco, ir aumentando essa dissecção no sentido do fluxo
sanguíneo. Também pode entrar na parede e voltar para luz ou só aumentar a parede mesmo. O
tência da parede do aneurisma.
risco é de ruptura, que é uma emergência vascular.
m Ruptura ventricular depois de infarto do miocárdio que é
contida por uma aderência pericárdica, ou um extravasamento
na junção suturada de um enxerto vascular com uma artéria
i Aneurismas saculares:
natural.
m São bolsas esféricas envolvendo apenas uma parte da parede
i São, portanto, semelhantes do ponto de vista externo e diferentes do
do vaso; variam de 5 a 20 cm de diâmetro e costumam conter
ponto de vista interno.
trombo.
i Aneurismas fusiformes:
m São dilatações difusas e circunferenciais de um segmento vas-
cular longo; têm variações de diâmetro (até 20 cm) e de com-
primento e podem envolver porções extensas do arco aórtico,
aorta abdominal ou até das artérias ilíacas.
anormal do TGF‑β e ao enfraquecimento do tecido elástico; na IL‑4 e a IL‑10), que estimula a liberação de MMP elas-
aorta, isto pode resultar em dilatação progressiva. tolítica pelos macrófagos.
m A síndrome de Loeys‑Die é outra causa de aneurismas; nessa i A parede vascular fica enfraquecida através da perda de células
disfunção, as mutações nos receptores do TGF‑β acarretam a musculares lisas ou pela síntese de matriz extracelular não cola-
síntese defeituosa da elastina e colágenos I e II. O aneu- genosa ou não elástica.
risma nesses indivíduos pode se romper com certa facilidade m Ocorre isquemia da média interna quando há espessamento
(pode ocorrer com tamanho pequeno) e, portanto, é acompa- aterosclerótico da íntima, o que aumenta a distância que o
nhado de um curso “agressivo”. oxigênio e os nutrientes precisam para difundir‑se.
m Paredes fracas de vasos devido a um defeito na síntese de m A hipertensão sistêmica também pode causar estreitamento
colágeno tipo III também é uma característica das formas significativo das arteríolas dos vasa vasorum (p. ex., na aorta),
vasculares da síndrome de Ehlers‑Danlos, e a ligação cru- o que causa isquemia da média externa.
zada alterada do colágeno, associada com deficiência de vita- Ð A isquemia da média pode levar a “alterações degene-
mina C (escorbuto), é um exemplo de formação de aneurismas rativas” da aorta, pelas quais a perda de células mus-
de base nutricional, o que é raro atualmente. culares lisas — ou a alteração do fenótipo de síntese
i O equilíbrio da degradação e síntese do colágeno é alterado pela — leva à formação de cicatrizes (e perda de fibras elás-
inflamação e proteases associadas. ticas), à síntese inadequada da matriz extracelular e à
m Em particular, o aumento da expressão de metaloprotease da produção de quantidades cada vez maiores de substân-
matriz (MMP), especialmente por macrófagos na placa ateros- cia fundamental amorfa (glicosaminoglicano).
clerótica ou na vasculite, provavelmente contribui para o de- Ð Histologicamente, essas alterações são reconhecidas
senvolvimento de aneurismas; coletivamente como degeneração cística da média, que
m Essas enzimas têm a capacidade de degradar praticamente to- pode ser vista em várias condições, inclusive na sín-
dos os componentes da matriz extracelular na parede arterial drome de Marfan e no escorbuto.
(colágenos, elastina, proteoglicanas, laminina, fibronectina). i A sífilis terciária é outra causa rara de aneurismas aórticos:
m A diminuição da expressão dos inibidores teciduais de meta- m A endarterite obliterativa, característica da sífilis em estágio
loproteases (TIMPs) também pode contribuir com a degrada- avançado, mostra uma predileção pelos pequenos vasos, in-
ção da matriz extracelular. cluindo aqueles dos vasa vasorum da aorta torácica.
m O risco de formação de aneurismas em vigência de lesões in- Ð Isto leva à lesão isquêmica da camada média da
flamatórias (p. ex., aterosclerose) pode estar associado com aorta e à dilatação aneurismática, que às vezes pode
MMP e/ou polimorfismos dos TIMPs, ou alterado pela natu- envolver o anel da válvula aórtica.
reza da resposta inflamatória local. i As duas causas mais importantes de aneurismas aórticos são a ate-
Ð Por exemplo, aneurismas de aorta abdominal estão rosclerose e a hipertensão;
associados com a produção local de citocinas (como a m Aterosclerose → é um grande fator nos AAA;
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Ð Formam-se mais frequentemente na aorta abdominal i Complicação severa pela aterosclerose → destruição e adelgaçamento
e nas ilíacas comuns; da camada média subjacente;
m Hipertensão → é a etiologia mais comum associada com i Frequentemente, contém um trombo mural não tão organizado, lami-
aneurismas da aorta ascendente. nado e de consistência não tão firme.
i Outros fatores que enfraquecem as paredes vasculares e causam i Ocasionalmente pode afetar as artérias:
aneurismas incluem: m Mesentéricas superior ou inferior;
m Trauma; m Renais;
m Vasculite; m → Como afetam?
m Defeitos congênitos – displasia fibromuscular e aneurismas Ð Extensão direta
saculares geralmente no círculo de Willis Ð Oclusão dos óstios vasculares por trombos murais;
m Infecções: i É comum que sejam acompanhados por aneurismas menores das ar-
Ð Aneurismas micóticos → podem ser originados: térias ilíacas;
G da embolização de um trombo séptico, geral-
mente como complicação de endocardite infec-
ciosa;
G como extensão de um processo supurativo ad-
jacente; ou i São menos frequentes que os aneurismas ateroscleróticos usuais;
G por microrganismos circulantes que infectem i AAA inflamatório:
diretamente a parede arterial. m 5 a 10% de todos os AAA;
m Pacientes mais jovens, com dores nas costas e marcadores
AAA sorológicos inflamatórios ↑;
i ↑ frequência em homens e em fumantes; m Caracterizados pelo infiltrado linfoplasmocitário abun-
i Raramente, desenvolve-se antes dos 50 anos; dante com muitos macrófagos – e células gigantes – associ-
m A incidência em homens >60 anos é menor que 5% e a ateros- ados com densas cicatrizes periaórticas que podem se esten-
clerose aórtica abdominal é quase universal nessa população, der para o retroperitônio anterior.
evidenciando outros fatores contribuintes para o desenvol- m Não está associado com a inflamação de outras artérias.
vimento de aneurismas. m Doença relacionada com a IgG4:
i Geralmente, estão posicionados abaixo das artérias renais e acima Ð ↑ níveis de IgG4 + Fibrose tecidual associada com in-
da bifurcação da aorta; filtrações frequente de plasmócitos com expressão de
i 15 a 25 cm; IgG4;
i Saculares ou fusiformes; Ð Pode afetar vários tecidos:
G Pâncreas
G Trato biliar
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G Glândulas salivares
i AAAs micóticos:
m Lesões que foram infectadas pelo alojamento de microrganis- Aa. Renais
mos circulantes na parede;
m A supuração destrói a média → potencializa a dilatação rá-
pida e a ruptura
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É desproporcional: a parte de cima está mais abaulada que a parte de baixo. A parede
está lisa e homogênea. Provavelmente, trata-se de um aneurisma congênito e é um vaso cere-
bral. Apresenta aspecto sacular
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Aneurismas nas paredes cardíacas estão associados com infartos antigos do tipo trans-
murais – que pega toda a parede. Quando o infarto ocorre, ocorre a substituição do tecido cardíaco
por um tecido cicatricial. Esse tecido cicatricial tem uma resistência muito menor, não possui
também elasticidade ou contratilidade que o músculo cardíaco possui. A área mais frágil então
formada sofre o estresse de pressão da ejeção de sangue pelo coração, formando então as estru-
turas aneurismáticas.
No aneurisma, tem fibrina e coágulo.
i A estase sanguínea favorece a forma-
ção de trombos ao longo da parede do vaso, e pode se desenvolver
uma embolia periférica, provocando insuficiência arterial sintomá- i Aneurismas ventriculares que vêm após os infartos do miocárdio
tica. transmurais;
i Aneurisma aterosclerótico da aorta abdominal:
m O aneurisma foi aberto longitudinalmente para revelar um
grande trombo no lúmen. A aorta e as artérias ilíacas comuns
exibem lesões complicadas de aterosclerose.
AAT
i Associam-se mais à hipertensão e outras causas menos frequentes,
como a Síndrome de Marfan e de Loeys‑Dietz.
i Leva à dilatação da válvula aórtica, com insuficiência valvar ou es-
treitamento dos óstios coronarianos → isquemia do miocárdio e rup-
tura.
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A camada da parede está íntegra. Do rosa mais escuro para o mais claro: íntima → mé-
dia → adventícia. O sangue passa no meio da parede arterial
Camada média
Camada média
Seria uma parede inteira com o sangue passando entre a camada média.
Camada média – nela, vê bem o final da dissecção Alterações degenerativas: necrose e fibrina na parte mais rósea.
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