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Os polímeros que ocorrem naturalmente são aqueles derivados de plantas e animais têm
sido usados há muitos séculos; esses materiais incluem madeira, borracha, algodão, lã,
couro e seda.

Outros polímeros naturais, como proteínas, enzimas, amidos e celulose, são importantes
em processos biológicos e fisiológicos nas plantas e nos animais.

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Os polímeros são formados pela união de centenas de moléculas menores que devem
possuir pelo menos uma dupla ligação de certos compostos químicos denominados
monômeros.

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Polimerização: Consiste na aplicação de calor, pressão, utilização de processos


químicos e aditivos, de modo a resultar estruturas em forma de cadeia. Um exemplo de
um monômero é o gás etileno (C2H4) e exemplos de polímeros são o polietileno e o
polipropileno

Copolimerização: Consiste na combinação de dois grupos de monômeros diferentes por


polimerização. A esta operação de polimerizar os monômeros, previamente misturados,
se chama copolimerização e copolímeros as resinas obtidas.

Policondensação: Alguns compostos químicos, como o fenol ou o formaldeído não


polimerizam isoladamente. A este processo se denominou policondensação porque na
operação se desprendem algumas moléculas de água.

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Consideramos a cristalinidade dos polímeros como a compactação de cadeias


moleculares para produzir um arranjo atômico ordenado. As estruturas cristalinas
podem ser especificadas em termos de células unitárias; elas são, com frequência,
bastante complexas.
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Polímero amorfo ou substância amorfa é a estrutura que não têm ordenação espacial a


longa distância (em termos atômicos), como os sólidos regulares. Exemplos de
substâncias amorfas: parafina, sabões, vidro, vários polímeros

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O grau de cristalinidade pode variar desde completamente amorfo até quase totalmente
cristalino (até aproximadamente 95%). A massa específica de um polímero cristalino
será maior que a de um polímero amorfo do mesmo material e com o mesmo peso
molecular, uma vez que as cadeias estarão mais densamente compactadas na estrutura
cristalina.

O grau de cristalinidade de um polímero depende da taxa de resfriamento durante a


solidificação, assim como da configuração da cadeia.

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A cristalização não é favorecida nos polímeros compostos por unidades repetidas


quimicamente complexas (poli-isopreno). Por outro lado, a cristalização não é evitada
com facilidade nos polímeros quimicamente simples (polietileno e
politetrafluoroetileno), mesmo sob taxas de resfriamento muito rápidas.

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Os polímeros cristalinos são, em geral, mais resistentes mecanicamente e mais


resistentes à dissolução e ao amolecimento pelo calor.

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Defeitos pontuais semelhantes aos encontrados nos metais foram observados nas regiões
cristalinas de materiais poliméricos; esses defeitos incluem as lacunas e os átomos e
íons intersticiais. As extremidades das cadeias são consideradas defeitos, visto que são
quimicamente diferentes das unidades normais da cadeia. Lacunas também estão
associadas às extremidades da cadeia. Discordâncias espirais também ocorrem nos
cristais poliméricos. Átomos/íons de impurezas ou grupos de átomos/íons podem ser
incorporados na estrutura molecular como intersticiais; eles também podem estar
associados às cadeias principais ou como pequenas ramificações laterais.

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Nos polímeros, as pequenas moléculas de substâncias externas difundem-se entre as


cadeias moleculares por um mecanismo do tipo intersticial, de um vazio para outro. As
características de permeabilidade e de absorção de um polímero estão relacionadas com
o grau no qual as substâncias externas se difundem no material. A penetração dessas
substâncias externas pode levar ao inchamento e/ou a reações químicas com as
moléculas do polímero e, com frequência, à degradação das propriedades mecânicas e
físicas do material.

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As propriedades mecânicas dos polímeros são especificadas por muitos dos mesmos
parâmetros que são usados para os metais, isto é, módulo de elasticidade, limite de
escoamento e limite de resistência à tração.

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Os polímeros não são nem tão resistentes nem tão rígidos quanto os metais. No entanto,
sua alta flexibilidade, baixa massa específica e resistência à corrosão os tornam os
materiais preferidos para muitas aplicações.

As propriedades mecânicas dos polímeros são sensíveis a mudanças na temperatura e


na taxa de deformação. Com o aumento da temperatura ou a diminuição da taxa de
deformação, o módulo de elasticidade diminui, o limite de resistência à tração diminui e
a ductilidade aumenta.

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Sob deformações relativamente pequenas, o comportamento mecânico em baixas


temperaturas pode ser elástico; isto é, de acordo com a Lei de Hooke. Em temperaturas
mais altas, prevalece um comportamento viscoso ou semelhante ao de um líquido. Em
temperaturas intermediárias, o polímero é um sólido com características de borracha,
exibindo características mecânicas que são uma combinação desses dois extremos; essa
condição é denominada viscoelasticidade.
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Durante o processo de fratura, trincas se formam em regiões em que há uma


concentração de tensões localizada (riscos, entalhes e defeitos afilados). Como ocorre
com os metais, a tensão é amplificada nas extremidades dessas trincas, o que leva à
propagação da trinca e à fratura. As ligações covalentes na rede ou nas ligações
cruzadas são rompidas durante a fratura.

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Os fatores que favorecem a fratura frágil são uma redução na temperatura, um aumento
na taxa de deformação, a presença de um entalhe afilado, uma maior espessura da
amostra, e qualquer modificação na estrutura do polímero que aumente a temperatura de
transição vítrea.

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Os termoplásticos vítreos são frágeis abaixo de sua temperatura de transição vítrea. No


entanto, conforme a temperatura é elevada, eles se tornam dúcteis na vizinhança de suas
temperaturas de transição vítrea e apresentam escoamento plástico antes da fratura.

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Da mesma forma que os metais, os polímeros podem exibir fratura dúctil ou frágil sob
uma carga de impacto, dependendo da temperatura, do tamanho da amostra, da taxa de
deformação e do modo de aplicação da carga.

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A resistência ao rasgo é a energia necessária para rasgar uma amostra cortada que
possui uma geometria-padrão.

A dureza representa a resistência de um material a risco, penetração, e assim por diante.

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A deformação elástica nos polímeros ocorre sob níveis de tensão relativamente baixos
da curva tensão-deformação. O surgimento da deformação elástica nos polímeros
semicristalinos resulta do alongamento das moléculas das cadeias nas regiões amorfas,
na direção da tensão de tração aplicada (estágio 1). A continuação da deformação no 2o
estágio ocorre por mudanças na região amorfa e na região cristalina lamelar. As cadeias
amorfas continuam a alinhar-se e ficam alongadas; além disso, há dobramento e
estiramento das ligações covalentes fortes da cadeia no interior dos cristalitos lamelares.

A transição da deformação elástica para a plástica ocorre no Estágio 3. Durante o


Estágio 3, as cadeias adjacentes nas lamelas deslizam umas em relação às outras; isso
resulta em uma inclinação das lamelas, tal que as dobras das cadeias ficam mais
alinhadas com o eixo de tração. No Estágio 4, segmentos de blocos cristalinos separam-
se das lamelas, permanecendo presos uns aos outros pelas cadeias de ligação. No
estágio final (Estágio 5), os blocos e as cadeias de ligação ficam orientados na direção
do eixo de tração. Desse modo, uma deformação por tração apreciável dos polímeros
semicristalinos produz uma estrutura altamente orientada.

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É usado com frequência para melhorar as propriedades mecânicas de fibras e filmes


poliméricos. Em certo grau esses processos são reversíveis. Se a deformação for
interrompida em algum estágio arbitrário e se a amostra for aquecida até uma
temperatura elevada próxima à sua temperatura de fusão (se a amostra for recozida), o
material se recristalizará para formar novamente uma estrutura esferulítica. Além disso,
a amostra tenderá a contrair-se, em parte, para as dimensões que tinha antes da
deformação. A extensão dessa recuperação na forma e na estrutura dependerá da
temperatura de recozimento e também do grau de alongamento.

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O comportamento mecânico de um polímero é influenciado por fatores tanto do serviço


quanto estruturais/de processamento. O aumento da temperatura e/ou a diminuição da
taxa de deformação levam a reduções no módulo de tração e no limite de resistência à
tração, assim como a uma melhoria na ductilidade.

Outros fatores que afetam as propriedades mecânicas:

• Peso molecular (Mn) - O módulo em tração é relativamente insensível ao peso


molecular. Entretanto, o limite de resistência à tração aumenta com o aumento de Mn.

• Grau de cristalinidade - Tanto o módulo em tração quanto a resistência aumentam com


o aumento da porcentagem de cristalinidade.
• Pré-deformação por estiramento - A rigidez e a resistência são melhoradas pela
deformação permanente do polímero em tração.

• Tratamento térmico - O tratamento térmico de polímeros não estirados e


semicristalinos leva a um aumento na rigidez e na resistência, além de uma diminuição
na ductilidade.

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Aumento no módulo de tração,

Aumento do limite de escoamento e

Redução da ductilidade.

Para algumas fibras poliméricas que foram estiradas, a influência do recozimento sobre
o módulo de tração é contrária à dos materiais não estirados - isto é, o módulo diminui
com o aumento na temperatura do recozimento por causa da perda da orientação da
cadeia, bem como da cristalinidade induzida pela deformação.

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Os elastômeros podem ser deformados até níveis de deformação bastante grandes, e


retornarem elasticamente, como uma mola, à sua forma original. Isso resulta de ligações
cruzadas no polímero, as quais proporcionam uma força para retornar as cadeias à sua
conformação não deformada. Seus módulos de elasticidade são muito pequenos e, além
disso, variam em função da deformação, uma vez que a curva tensão-deformação não é
linear. Em um estado isento de tensões, um elastômero será amorfo e composto por
cadeias moleculares com ligações cruzadas que estão altamente torcidas, dobradas e
espiraladas.

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1-Ele não deve cristalizar-se com facilidade; os materiais elastômeros são amorfos, com
cadeias moleculares que estão naturalmente espiraladas e dobradas em seu estado isento
de tensões.

2-As rotações das ligações da cadeia devem ser relativamente livres para que as cadeias
retorcidas possam responder de imediato à aplicação de uma força.
3-Para que os elastômeros apresentem deformações elásticas relativamente grandes, o
surgimento da deformação plástica deve ser retardado. A restrição dos movimentos das
cadeias umas em relação às outras por ligações cruzadas atende a esse objetivo.

4-Finalmente, o elastômero deve estar acima de sua temperatura de transição vítrea.

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Vulcanização é o processo de formação de ligações cruzadas nos elastômeros, e é


realizado por meio de uma reação química irreversível, conduzida normalmente em uma
temperatura elevada. Na maioria das reações de vulcanização, compostos à base de
enxofre são adicionados ao elastômero aquecido; cadeias de átomos de enxofre ligam-se
às cadeias adjacentes da estrutura dos polímeros, formando ligações cruzadas entre elas.

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Nucleação: durante a solidificação, formam-se núcleos nos pontos em que pequenas


regiões das moléculas embaraçadas e aleatórias tornam-se ordenadas e alinhadas, na
forma de camadas com cadeias dobradas.

Durante o estágio de crescimento da cristalização, os núcleos crescem pela continuação


da ordenação e do alinhamento de novos segmentos de cadeias moleculares; isto é, as
camadas com cadeias dobradas permanecem com a mesma espessura, mas aumentam
em suas dimensões laterais, ou, no caso das estruturas esferulíticas, existe um aumento
no raio da esferulita.

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A transição vítrea ocorre em polímeros amorfos (ou vítreos) e semicristalinos, e é


devida a uma redução no movimento de grandes segmentos de cadeias moleculares
causada pela diminuição da temperatura.

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Temperatura de Fusão

Durante a fusão de um polímero ocorrerá um rearranjo das moléculas na transformação


de um estado molecular ordenado em um estado molecular desordenado. A composição
química e a estrutura molecular influenciam a capacidade das moléculas da cadeia do
polímero em realizar esses rearranjos e, portanto, também afetam a temperatura de
fusão. A presença de ligações duplas e de grupos aromáticos na cadeia principal do
polímero reduz a flexibilidade da cadeia e causa um aumento na Tf Grupos laterais
volumosos ou grandes tendem a restringir a rotação molecular e elevar a Tf A
temperatura de fusão de um polímero também depende do peso molecular. Para pesos
moleculares relativamente baixos, um aumento no seu valor (ou do comprimento da
cadeia) aumenta Tf

Temperatura de Transição Vítrea

No aquecimento pela temperatura de transição vítrea, o polímero sólido amorfo


transforma-se de um estado rígido em um estado borrachoso. As moléculas que estão
virtualmente congeladas em suas posições abaixo de Tv começam a apresentar
movimentos de rotação e de translação acima de Tv.

A flexibilidade da cadeia é diminuída e o valor de Tv é aumentado pela presença do


seguinte:

1. Grupos laterais volumosos.

2. Grupos polares (presença ao menos 1 átomo de elemento diferente de C e H);

3. Ligações duplas e grupos aromáticos na cadeia principal, os quais tendem a enrijecer


a cadeia polimérica. O aumento do peso molecular também tende a aumentar a
temperatura de transição vítrea. Uma pequena quantidade de ramificações tende a
reduzir Tv. Uma alta densidade de ramificações reduz a mobilidade da cadeia e eleva a
Tv. Alguns polímeros amorfos apresentam ligações cruzadas, resultando em uma
elevação de Tv.

As ligações cruzadas restringem o movimento molecular. Com uma alta densidade de


ligações cruzadas, o movimento molecular fica virtualmente impossibilitado; o
movimento molecular em larga escala fica impedido, em razão de esses polímeros não
apresentarem uma transição vítrea ou o seu consequente amolecimento.

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Os vários tipos de polímeros compreendem:

Plásticos

• termoplásticos
• termofixos (ou termoestáveis, ou termorrígidos)

Elastômeros (ou borrachas)

Fibras

Revestimentos

Adesivos

Espumas

Filmes

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Termoplásticos: são materiais plásticos que não sofrem alteração química sob a ação
química do calor e da pressão. Podem, portanto, ser amolecidos repetidas vezes e
moldados para as formas desejadas. Sofrem alterações com a temperatura e amolecem a
partir de 60 oC.

Termofixos: os materiais termoestáveis, ao contrário dos termoplásticos, não podem ser


amolecidos e remoldados. Sofrem modificações químicas com o calor, e a sua
temperatura de amolecimento é bastante elevada (acima de 250 oC).

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Os plásticos mais comuns em engenharia podem ser dividas em 19 famílias que são:

1. Poliolefinas (resinas vinificas)

2. Policarbonatos

3. Alílicos

4. Acrílicos

5. Poliamidas

6. Amino plásticos

7. Celulósicos

8. Polioximetilênicos

9. Epoxídicos
10. Fluoro plásticos

11. Polissulfonas

12. Fenólicos

13. Polialômeros

14. Polifenilênicos

15. Silicones

16. Poliamidas

17. Poli éteres

18. Éteres poliarílicos

19. Poliuretanos

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Os elastômeros podem ser deformados até níveis de deformação bastante grandes, e


retornarem elasticamente, como uma mola, à sua forma original.

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A borracha é um polímero que pode ser natural ou artificial.

A borracha natural é obtida por meio do látex, que é produzido em muitas espécies
vegetais tropicais. Mas praticamente toda a produção mundial de borracha natural vem
da extração de látex da seringueira 

Realizam-se incisões no caule dessa árvore e o líquido branco escorre, sendo coletado
em tigelas e devendo ser recolhido com frequência a fim de evitar contaminação e
putrefação.

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A vulcanização é um processo de reticulação pelo qual a estrutura química da borracha,


matéria-prima, é alterada pela conversão das moléculas do polímero independente,
numa rede tridimensional onde ficam ligadas entre si. A vulcanização converte um
emaranhamento viscoso de moléculas com longa cadeia numa rede elástica
tridimensional, unindo quimicamente (reticulação) estas moléculas em vários pontos ao
longo da cadeia.

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Borrachas para uso geral - possuem propriedades que atendem aos requisitos de muitos
produtos, muitas vezes também com propriedades diferentes, são relativamente baratas,
produzidas e consumidas em grande volume.
Borrachas especiais - exceto propriedades elásticas básicas, elas têm pelo menos uma
propriedade especial, por ex. resistência ao envelhecimento, resistência a produtos
químicos, resistência ao inchaço em óleos polares e não polares, resistência a altas ou
baixas temperaturas, etc. Normalmente são produzidas e consumidas em menor volume
que as borrachas gerais e são significativamente mais caras.

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