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Fim da Idade Média

A Idade Média, Idade Medieval, Era Medieval ou Medievo foi o período intermédio
numa divisão esquemática da História da Europa, convencionada pelos historiadores,
em quatro "eras", a saber: a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade
Contemporânea.

Este período caracteriza-se pela influência da Igreja sobre toda a sociedade. Esta
encontra-se dividida em três classes: clero, nobreza e povo. Ao clero pertence a função
religiosa, é a classe culta e possui propriedades, muitas recebidas por doações de reis ou
nobres a conventos. Os elementos do clero são oriundos da nobreza e do povo. A
nobreza é a classe guerreira, proprietária de terras, cujos títulos e propriedades são
hereditários. O povo é a maioria da população que trabalha para as outras classes,
constituído em grande parte por servos.

O sistema político, social e económico característico foi o feudalismo, sistema muito


rígido em progressão social.

Fome, pestes e guerras são uma constante durante toda a era medieval. As invasões de
árabes, vikings e húngaros dão-se entre os séculos VIII e XI. Isto trouxe grande
instabilidade política e económica.

A economia medieval é em grande parte de subsistência. A riqueza era medida em


terras para cultivo e pastoreio. O comércio era escasso e a moeda era rara. A economia
baseava-se no escambo.

Muitos Estados europeus são criados nesta época: França, Inglaterra, Dinamarca,
Portugal e os reinos que se fundiram na moderna Espanha, entre outros. Muitas das
línguas faladas na Europa evoluíram nesta época a partir do latim, recebendo influências
dos idiomas dos povos invasores.

Periodização

Castelo Lichtenstein, construído originalmente no século XII e reconstruído no XIX. Os


castelos são um dos ícones da Idade Média no imaginário das pessoas.

O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos


políticos. Nesses termos, ter-se-ia iniciado com a desintegração do Império Romano do
Ocidente, no século V (em 476 d. C.), e terminado com o fim do Império Romano do
Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453 d.C.) ou com a
descoberta da América (em 1492)[1].

A Era Medieval pode também ser subdividida em períodos menores, num dos modos
de classificação mais populares, é separada em dois períodos:

1. Alta Idade Média, que decorre do século V ao X;


2. Baixa Idade Média, que se estende do século XI ao XV.
Uma outra classificação muito comum divide a era em três períodos:

1. Idade Média Antiga (ou Alta Idade Média ou Antiguidade Tardia) que decorre
do século V ao X;
2. Idade Média Plena (ou Idade Média Clássica) que se estende do século XI ao
XIII;
3. Idade Média Tardia (ou Baixa Idade Média), correspondente aos séculos XIV e
XV.

Esse período inicial da história medieval é conhecido como "Primeira Idade Média",
pois é uma fase de transição e de adaptações da Europa. Períodos históricos "de
transição" também podem ser denominados Idade Média, porém o período medieval é
um evento estritamente europeu.

O adjetivo relacionado com este período é: medieval (ver, por exemplo, música
medieval, arte medieval).

Idade Média Oriental


Com a invasão dos povos bárbaros ao Império Romano, as pessoas foram para o campo,
onde estariam mais seguras. Os grandes proprietários então, construíram castelos com
grandes muralhas e segurança para se protegerem dos bárbaros.

Com a queda do Império Romano, técnicas artísticas da Grécia Antiga acabaram


perdidas, entre elas estava muito do que se sabia sobre a noção de perspectiva. A pintura
medieval passa a ser predominantemente bidimensional, e as personagens retratadas
eram pintadas maiores ou menores de acordo com sua importância. Esse caráter
estilizado das obras do período é também entendido como um reflexo próprio daquele
contexto cultural, que enxergava a vida com forte ênfase no seu aspecto simbólico. Os
artistas medievais não estavam primariamente preocupados com o realismo, a intenção
de passar uma mensagem religiosa pedia imagens claras e didáticas ao invés de figuras
desenhadas com precisão fotográfica.

Ao lado da pintura, a tapeçaria foi a mais importante forma de arte medieval. Isso
decorre em muito por sua utilidade ao manter, no inverno, o calor interno dos castelos,
construídos de pedra. A mais famosa tapeçaria medieval é o ciclo d' A senhora e o
unicórnio. As duas principais manifestações arquitetónicas, principalmente relacionadas
à construção de catedrais, foram o estilo românico e mais tarde o gótico. Destaca-se

O período de 1100 a 1300 já foi chamado de Revolução Industrial da Idade Média.

Causavam espanto e admiração inovações tais como grandes relógios mecânicos que
transformaram a noção de tempo nas cidades. Presenciaram-se descobertas como as dos
óculos, em 1285, e da prensa móvel, em 1448. Houve também muitas inovações na
forma de utilizar os meios de produção, com as técnicas de serralheria e incisão de
pedras, a fundição de ferro, e os avanços nas técnicas de construção aplicadas ao estilo
gótico. No setor agrícola, temos o desenvolvimento de ferramentas como a charrua,
melhorias em carroças e carruagens, arreios para animais de carga, e a utilização de
moinhos d'água. Avanços em instrumentos como a bússola e o astrolábio, na confecção
de mapas e a invenção das caravelas tornaram possível a expansão marítimo-comercial
Europeia na Idade Moderna.

O legado medieval para o progresso científico

A tecnologia das grandes navegações permitiria, em séculos futuros, a descoberta de um


número extraordinário de novas espécies de animais e plantas, além de novas formações
geológicas e climáticas. Os avanços obtidos na óptica logo iriam gerar aparelhos como o
microscópio e o telescópio, que, juntamente com a prensa móvel, (outro fruto
medieval), são vistos como os equipamentos mais importantes já criados para o avanço
do conhecimento humano. Mas a herança mais importante do período provavelmente foi
o nascimento e multiplicação das universidades, juntamente com o surgimento das
primeiras sementes da metodologia científica contemporânea.

Antes de 1500, a visão do mundo dominante na Europa, assim como na maioria das
outras civilizações, era orgânica. As pessoas viviam em comunidade pequenas e coesas,
e vivenciavam a natureza em termos de relações orgânica, caracterizadas pela
interdependência dos fenômenos espirituais e materiais e pela subordinação das
necessidades individuais às da comunidade [carece  de fontes]. A natureza da ciência medieval
baseava-se na razão e na fé [carece  de fontes], e sua principal finalidade era compreender o
significado das coisas e não exercer a predição ou o controle da história [carece  de fontes].

Guerra e armamento

Espadas do período final da Idade Média.

A Idade Média foi, em termos bélicos, como um período de grandes desenvolvimentos


tecnológicos, essencialmente provindos de dois grandes laboratórios, o Médio Oriente e
a península Ibérica. As duas zonas, que desde muito cedo se tornaram palcos de
violentas batalhas entre mouros e cristãos, fizeram com que a prática, a filosofia, a
tecnologia e a própria génese da guerra evoluíssem. Temos que ter consciência que os
termos cruzada e jihad surgem nesta época, e embora ambas tenham um significado
extremamente semelhante, são dois paradigmas de uma realidade muito peculiar.

Quando ocorreu a invasão muçulmana da península Ibérica, o povo dominante eram os


Visigodos, cujos exércitos se apoiavam essencialmente numa infantaria pesada, muito
lenta. Os exércitos mouros, todavia, utilizavam uma cavalaria extremamente veloz, com
armamento defensivo muito ligeiro, que lhes permitia uma rápida evolução no terreno e
que deu a estes exércitos a vantagem, pelo menos numa fase inicial, e permitiu a
conquista da maior parte da península a um ritmo apenas observado nos conflitos
contemporâneos.

Gastronomia
O Catolicismo começou a mudar os hábitos. Os conventos incentivavam o uso de frutas
e legumes em refeições muito simples. Nos séculos VII e IX, a comida sofisticou-se,
passando a incluir massas, ovos recheados, carne e peixe. As Cruzadas, entre os séculos
XI e XIII, permitiram aos europeus entrar em contato com produtos do Oriente, logo
incorporados na culinária: trigo-sarraceno, açúcar, anis, cominho, canela, gengibre, noz-
moscada, açafrão, cebolinha e ameixa. Esses novos ingredientes possibilitaram o
desenvolvimento da salsicharia e das técnicas de preparação de vinagre, mostarda e
molhos especiais.

Crises
Por volta do século III, o Império Romano passava por uma grande crise econômica e
política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o
investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o
número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma
proporção, caía o pagamento de tributos originados das províncias.

Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais


desprotegidas. Muitos soldados, sem receber soldo, deixavam as obrigações militares.

Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a


penetração pelas fronteiras do norte do império. Após o ano 395 d.C., com a morte do
imperador Teodósio I o império foi definitivamente dividido em : Império Romano do
Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino),
com capital em Constantinopla.

Em 476 d.C., o Império Romano do Ocidente caiu após a invasão por diversos povos
bárbaros. Foi o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade
Média.

Peste negra

Em meados do século XIV, uma doença devastou a população europeia. Historiadores


calculam que aproximadamente um terço dos habitantes europeus morreu nesta época,
seja pela doença, por guerras ou por fome [carece  de fontes]. A Peste Negra era transmitida
através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões
dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições
higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença,
a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus
espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os
conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar
ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais
ou religiosos. Muitos fugiam para o meio rural com medo de serem infectados.

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