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CENTRO DE ESTUDOS SÃO LUCAS

BEATRIZ ARAÚJO SOUZA


FLÁVIA DA SILVA PINTO
JOÃO VIRGÍLIO ANDRADE SANTOS
MARCELLA THALITA CORREIA DA PAZ
REGINA ANDRADE SANTOS

CUIDADOS DE ENFERMAGEM À GESTANTES COM INFECÇÃO URINÁRIA

ARACAJU
2022
BEATRIZ ARAÚJO SOUZA
FLÁVIA DA SILVA PINTO
JOÃO VIRGÍLIO ANDRADE SANTOS
MARCELLA THALITA CORREIA DA PAZ
REGINA ANDRADE SANTOS

CUIDADOS DE ENFERMAGEM À GESTANTES COM INFECÇÃO URINÁRIA

Trabalho apresentado para obtenção


de nota parcial da disciplina de
introdução a metodologia, do curso
técnico em enfermagem do centro de
estudos São Lucas.

ORIENTADOR: PROF.ME. EDNILTON REIS

ARACAJU
2022
OBJETIVO GERAL

Esse trabalho tem como objetivo descrever as ações a serem implementadas


pela equipe de enfermagem, nos cuidados e na prevenção de infecções
urinárias nas mulheres no período gestacional que realizam o pré-natal.

Avaliando o consumo hídrico de cada gestante desde a pré- consulta até o final
da gestação, orientando com relação a importância de ingerir no mínimo 2 litros
de água por dia, impedindo que as bactérias se fixem nas paredes da bexiga
com o aumento da quantidade da urina.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Minimizar as possíveis intercorrências e os riscos durante a gestação,


realizando acompanhamento adequado, com o foco na prevenção das
complicações da ITU nas gestantes.
INTRODUÇÃO

Na fase adulta todas as mulheres podem apresentar casos de infecção do trato


urinário, geralmente ocorrem na bexiga ou na uretra, mas as infecções mais
graves afetam os rins.

É uma patologia que pode ocorrer em qualquer idade, quando ocorre na bexiga
pode causar dor pélvica, dor ao urinar, aumento da vontade de urinar e
sangramento na urina. Mas quando a infecção é nos rins pode causar vômitos,
febre, náuseas e dores nas costas.

Durante a gestação o risco de infecção urinária aumenta devido as alterações


fisiológicas que acontecem no corpo da gestante. O que predispõe a infecção,
é a redução da contração involuntária dos ureteres e a compressão do útero
que provoca um represamento da urina. A infecção do trato urinário (ITU) pode
ser sintomática ou assintomática, podendo se manifestar de três maneiras:
Cistite - Infecção do trato urinário baixa, Pielonefrite - Infecção do trato urinário
alta e Bacteriúria assintomática.

A infecção assintomática é a mais preocupante, pois pode passar


despercebido, ocasionando assim um parto prematuro do bebê ou possíveis
internações da gestante. Já a bacteriúria assintomática quando acontece no
início da gravidez se torna um risco para uma futura pielonefrite. A cistite é
mais frequente no segundo e terceiro trimestre da gestação, e devem ser
tratadas em regime de urgência, geralmente incidem em 1 a 5% das grávidas e
poucas vezes são precedidas pela bacteriúria assintomática.

A enfermagem tem um papel muito importante para garantir uma assistência de


qualidade a gestante, reduzindo assim as ocorrências de mortalidade materna,
morbidade e perinatal, educando e tornando a mulher mais participativa no
acompanhamento do seu pré-natal, parto e puerpério.

Durante a gestação, as mulheres passam por diversas alterações emocionais,


fisiológicas e física, que as tornam mais vulneráveis a ITU, sendo a terceira
intercorrência clinica mais comum na gestação acometendo de 10% a 12% das
gestantes. Vale salientar que a ITU na gestação pode causar diversas
complicações como: Abortamento, trabalho de parto prematuro, hipertensão
gestacional, pielonefrite aguda, insuficiência renal, paralisia cerebral neonatal.
E para o feto as complicações podem ser bem mais severas: retardo mental,
parto prematuro, óbito intrauterino e morte neonatal.

Segundo a autora Lorena Sabino Gomes, 2017 do livro Infecção Urinária em


Gestante (Uma abordagem interativa) da Editora Novas Edições Acadêmicas, “
A infecção do trato urinário está entre as três principais intercorrências na
gravidez e devido as alterações morfofisiológicas podem resultar em
complicações obstétricas e/ou perinatais”. E sem dúvidas, essa situação afeta
diretamente a qualidade de vida da mulher aumentando o risco de morbidade
materna.
A maioria das complicações podem ser evitadas com o devido
acompanhamento e um pré-natal eficaz, a equipe de enfermagem precisa ter
competência suficiente para analisar os sinais clínicos, que são de suma
importância para um diagnóstico precoce e seu devido tratamento em tempo.

As principais orientações da enfermagem para as gestantes com infecção


urinária devem ser: Manter uma ingestão hídrica de no mínimo 2 litros por dia;
Urinar frequentemente para ajudar na limpeza da bexiga e uretra dificultando a
infecção; urinar antes de dormir e após as relações sexuais para diminuir a
entrada de bactérias na bexiga; Evitar o uso de roupas justas e calcinhas de
material sintético, pois os mesmos alteram a transpiração da genitália e tornam
a vulva mais aquecida e úmida favorecendo assim o desenvolvimento de
bactéria; Evitar uso de qualquer tipo de creme, desodorante ou perfume que
possa causar alergia e irritação formando feridas, pois as relações alérgicas
favorecem a contaminação por bactérias.

A experiência do Ensino Teórico Pratico de Saúde da Mulher II com gestantes


da Maternidade Oswaldo Nazareth localizada na Praça XV – Rio de janeiro
permitiu constatar a importância da assistência de enfermagem, através da
implementação de intervenções para reduzir o risco de infecção urinária e o
acompanhamento adequado no pré-natal. O enfermeiro tem o papel
fundamental nessa prática, já que o mesmo é o responsável pelo paciente.
Através da educação em saúde, promovemos a saúde durante a gestação e
assim, minimizando as intercorrências e os riscos para a gestação e o parto.

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