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Trabalho laboratorial 11
Operação de uma coluna de destilação descontínua
Grupo 2.2.:
Catarina Neves - 2015245289
Mariana Nunes - 2017263210
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Introdução teórica
A destilação é uma operação unitária que se baseia num processo de separação
de componentes de uma mistura homogénea, cujas volatilidades são diferentes, isto é,
os componentes apresentam pontos de ebulição distintos.
3
𝑤
𝑀𝑎𝑐𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎
𝑥= 𝑤 (1−𝑤) (2)
+
𝑀𝑎𝑐𝑒𝑡𝑜𝑛𝑎 𝑀á𝑔𝑢𝑎
altura da coluna
HETP = (7)
nº de andares teóricos
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Parte experimental
1 – balão de alimentação;
3 – controlador PID;
4 – sensor de temperatura;
5 – válvula de refluxo;
6 – balão de destilado.
Figura 1
Procedimento
Para dar início ao processo de destilação, o volume do balão de alimentação foi
prefeito com cerca de 8L de uma mistura de acetona e água. Verificou-se se as válvulas
(do balão de alimentação que comunicam com o exterior e a do balão de destilado)
estavam fechadas.
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Quando a alimentação entrou em ebulição, foi registada a temperatura e o
instante correspondente. A partir deste momento, começou-se a contar o tempo de
destilação.
Foram recolhidas amostras de destilado e resíduo, em intervalos de tempo
regulares, para sua posterior análise no refratómetro, em que se registaram as
temperaturas e o caudal de destilado.
Finalmente, quando se atingiu a temperatura de ebulição da água, o interruptor
geral de aquecimento foi desligado, mas a agitação no balão de alimentação foi mantida
enquanto o seu conteúdo se encontrasse em ebulição. Quando se deixou de observar
ebulição, a água de arrefecimento do condensador e o interruptor elétrico geral foram
desligados.
6
42 85,0 56,4 151,6
44 87,0 56,4 152,7
46 90,0 56,4 153,7
48 92,0 56,3 155,0
50 94,0 56,3 156,0
52 96,0 56,3 157,3
54 98,0 56,3 159,5
56 99,0 56,3 160,3
58 100,0 56,3 161,5
60 101,0 56,7 162,6
62 101,0 99,3 162,7
180,0
160,0
140,0
120,0
Temperatura (°C)
100,0
Balão
80,0
Topo
60,0
Óleo
40,0
20,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (min)
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Para um tempo de 54 min e uma temperatura no balão de 98C, a mistura fica
muito pobre em acetona e passamos a ter apenas água, o que se reflete, no último
instante, 62 minutos, a temperatura atinge os 99,3C no topo. Provavelmente, com mais
tempo ir-se-ia de encontro à temperatura de ebulição da água, 100C.
Nota: As pequenas oscilações, na ordem das décimas, devem-se ao tempo de resposta da sonda.
8
48 1,3569 1,3340 0,3968 0,0146
50 1,3568 1,3335 0,3943 0,0066
52 1,3572 1,3334 0,4043 0,0049
54 1,3571 1,3334 0,4018 0,0049
56 1,3574 1,3334 0,4094 0,0049
58 1,3571 1,3338 0,4018 0,0114
60 1,3572 1,3332 0,4043 0,0017
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Representou-se, então, o comportamento da fração molar de acetona ao longo
do tempo, no destilado, Figura 3.
1,20
1,00
0,80
xdestilado
0,60
Experimental
0,40 Teórico
0,20
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (min)
Figura 3 – Fração molar de acetona no destilado em função do tempo.
Como previsto, os valores da fração molar são elevados uma vez que, para o
destilado, no topo da coluna, a temperatura é aproximadamente constante e igual à de
ebulição da acetona.
No último ensaio, para o qual se apresenta uma descontinuidade no gráfico, a
composição é muito próxima de zero, pois há um grande aumento de temperatura, logo
só quase se verifica água.
0,06
0,05
0,04
xresíduo
0,03
Experimental
0,02 Teórico
0,01
0,00
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (min)
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Ao longo do processo a acetona evapora, então, a sua fração no resíduo
decresce, em prol do seu aumento no topo da coluna.
Para o destilado observa-se pela figura 3 e pelos resultados acima que as frações
molares não têm grande discrepância. Por outro lado, existe uma maior divergência nos
valores referentes ao resíduo. Podendo-se dever a resíduos de experiências anteriores
na coluna.
A acetona, sendo bastante volátil pode evaporar aquando da preparação da
atividade.
Podem existir também erros operatórios relacionados com a medição no
refratómetro.
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De seguida, sabendo que o caudal é definido pelo quociente entre o volume e a
unidade de tempo, como demonstrado na equação (10), através dos volumes medidos
das 18 amostras de destilado retiradas, obtiveram-se os caudais volumétricos para o
tempo de abertura da válvula, ilustrados na tabela 5.
𝑉
𝑄= (10)
𝑡
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Constata-se que o caudal diminui ao longo do tempo, que vai de acordo ao facto
da acetona também diminuir no topo da coluna.
3,500
3,000
Caudal de destilado (mL /s)
2,500
2,000
1,500
1,000
25 30 35 40 45 50 55 60 65
Tempo total (min)
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Para se apurar o número de andares teóricos da coluna de enchimento, figura 6,
é necessário traçar a reta operatória de retificação no diagrama de equilíbrio do sistema
binário, segundo o método de McCabe-Thiele. Para tal, considerou-se um valor médio
de destilado, 𝑥𝑑𝑒𝑠𝑡 = 0,92, tal que, pela expressão (6):
Por fim, pela equação (7), sabendo que a coluna tem 2 metros de altura (ℎ =
2 𝑚), chegou-se ao objetivo deste trabalho:
2
𝐻𝐸𝑇𝑃 = = 0,4 𝑚
5
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Conclusões
Compreendeu-se que a temperatura em que entra em ebulição depende da sua
concentração, e constatando-se que a temperatura no topo não chega a atingir os
100°C.
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Bibliografia
[1] http://labvirtual.eq.uc.pt/ (consultado no dia 23 de abril de 2020).
[2]
E. G. Azevedo, A M Alves, Engenharia de Processos de Separação, 2ª Edição, Imp. IST, 2013.
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ANEXOS
Anexo 1: curva de calibração
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