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DOM CASMURRO

ASSIS. Machado de. Dom Casmurro. Projeto Gráfico de Coleção Clássicos da


Literatura. 1. Ed. Editorial Sol90. 2004. 209 p

Joaquim Maria Machado de Assis, escritor brasileiro nascido em 1839,


na cidade do Rio de Janeiro é considerado o maior expoente da nossa
litaratura. Ocupou durante dez anos a presidência da Academia Brasileira de
Letras e escreveu, além de poemas, reportagens e contos, grandes clássicos
da Literatura Brasileira, tais como Memórias Póstumas de Brás Cuba e
Quincas Borba, publicou Dom Casmurro em 1899. O livro foi um marco na
história literária de nosso país e repercute até os dias atuais, pois retrata mais
um exemplo de adultério feminino.

Narrada em primeira pessoa pelo próprio protagonista, essa é a história


de Bento, apelidado de Dom Casmurro por ter hábitos isolados e ser bastante
fechado. Orfão de pai, Bentinho é criado pela mãe, Dona Glória,, os tiso,
Justina e Cosme e o padrinho José Dias.

O enredo começa no ano de 1857, na Rua de Mata-Cavalos, quando o


menino, então com 15 anos, se apaixona por sua vizinha e grande amiga
Capitu, também adolescente. Capitu seria uma menina provocante, mesmo na
sua inocência. Os dois acabam separando-se em razão de uma promessa feita
por Dona Glória. A mãe, ao perder o primeiro filho, prometeu que se tivesse
outro filho varão ele seguiria carreira religiosa. Bento, então, mesmo sem
vontade, foi mandando para um seminário. Lá ele conhece Ezequiel Escobar,
também seminarista e que vem a tornar-se seu melhor amigo.

Por medo de perder Capitu e por não agradar-se da vida religiosa, Bento
acaba deixando o seminário e vai estudar direito, forma-se bacharel aos 22
anos e casa-se com Capitu, com quem tem um filho, cujo nome lhe foi dado em
homenagem ao seu melhor amigo Ezequiel. Daí em diante não consegue ser
feliz, atormentado pela ideia de que está sendo tráido por sua esposa Capitu
com o seu melhor amigo, ao ver que a medida que seu filho cresce mantém
traços parecidos com os de Escobar.Decidido, resolve separar-se de sua
esposa, a mesma viaja para a Europa com o filho e falece, anos depois,
Ezequiel. Bentinho por sua vez torna-se um velho solitário, carrancudo e
intolerante, que busca acima de tudo resgatar o seu passado. Para tal
reconstrói a sua antiga casa e relata suas memórias.

Hoje com o advento da mídia e das fofocas, muito diferente da época de


Machado, vemos a traição como uma coisa normal, cotidiana. O adultério está
em toda parte em novelas, filmes, na casa do vizinho, o juramento matrimonial
está sendo quebrado. Como toda a história nos é contada com a versão de
Bentinho, passa-se a desconfiar de toda a veracidade da mesma. Devido a
neurose dele, provalvemnte tudo tenha sido fruto de sua imaginação e atpe
mesmo o seu casamento com seu amor de infância possa não ter existido.
Devido à ambiguidade do livro, ele não possui uma versão definitiva. Nunca
saberemos se a história foi verdadeira ou não. Se for verídica, não saberemos
se Capitu realmente traiu com o seu melhor amigo.

Com seu estilo literário baseado no Realismo e seus tons de ironia


espalhado pelo texto, Machado de Assis nos brinda com uma obra prima da
literatura, não só por sua singela história de amor e traição mas também pelas
críticas espalhadas a sociedade, de modo geral, por todas as páginas.

Antonia Sousa de Araújo, Gleidiane dos Santos Leitão, Jéssica Vaz Viera,
Maria do Socorro de Lima, Maria Raimunda Pereira Gomes, Paulo
Domingos da Rocha, Rosete de Jesus Santos Silva, são acadêmicos do
Curso de Pedagogia pelo Insituto de Educação Superior do Brasil.

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