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Guia para

o uso do L-PRF
Fibrina rica em plaquetas e leucocitos (L-PRF):
diferentes aplicações intraorais usando o con-
ceito IntraSpin

Diagramas de Fluxo:
Técnica passo a passo
Nelson R. Pinto1, Andy Temmerman2, Ana B. Castro2,
Simone Cortellini2, Wim Teughels2, & Marc Quirynen2

1: University of the Andes, Department of Periodontics and Implant


Dentistry, Faculty of Dentistry, Santiago, Chile

2: Catholic University of Leuven / University Hospitals Leuven, Department


of Oral Health Sciences, Periodontology, Leuven, Belgium
 
Departments of Periodontology

Guia para o
uso do L-PRF
Fibrina Rica em Plaquetas e leucóci-
tos, diferentes aplicações intra orais
usando o conceito IntraSpin.

A cicatrização de feridas tem sido sempre uma


prioridade em cirurgia oral. Num esforço para mel-
horar a cicatrização dos tecidos duros e moles,
utilizaram-se tradicionalmente substitutos, incluin-
do fatores de crescimento e materiais biológicos.
Também se introduziram membranas para sepa-
rar os tecidos.

Investigações recentes indicam claramente que

Diagramas de
L-PRF(Leucocyte –Platelet Rich Fibrin, uma se-
gunda geração de concentrados plaquetares) mel-

Fluxo:
hora significativamente a cicatrização das feridas
em tecidos duros e moles. A evidência científica
apoia a afirmação que o L-PRF tem a capacidade

Técnica passo de funcionar em vez dos substitutos mencionados


anteriormente.

a passo Os procedimentos clínicos beneficiam dos últi-


mos avanços com os protocolos de concentrados
plaquetares incluindo mas não limitado a: cica-
trização dos tecidos moles, cirurgia periodontal,
aumento gengival, osteonecrose dos maxilares,
regeneração de defeitos infra ósseos, preser-
vação crestal, elevação do seio maxilar, colo-
cação imediata de implantes e osteointegração.
Uma vantagem adicional é que estes protocolos
de concentrados oferecem soluções de tratamen-
to de custo significativamente mais reduzidos para
os nossos pacientes, devido á sua facilidade de
uso e baixo custo de preparação.

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Cicatrização de tecidos Preservação alveolar

O nosso conhecimento básico dos

mecanismos biológicos da cica-

trização de tecidos moles e duros

aumentou exponencialmente nos


Impregnar o implante Implantes imediatos
últimos anos. Os avanços nos

protocolos autologos de concen-

trados plaquetares afetam profun-

L-PRF
damente a forma como tratamos

os pacientes na atualidade.

Leukocyte -Platelet Rich Fibrin


Graças a estes avanços podemos Implante Flutuante

agora introduzir um novo nível de

opções de tratamento para a nos-

sa prática diária.... desde procedi-

mentos periodontais até regener-

ação de defeitos ósseos incluindo

a própria osteointegração.
Defeito infra-ósseo Regeneração de tecido mole

Elevação do seio maxilar Osteonecrose dos maxilares

Imagem 1:Principais indicações para o uso de L-PRF

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Diagrama de Fluxo um
Método passo a passo para a preparação de L-PRF
(Protocolo simples a realizar no próprio gabinete)

Protocolo para a preparação de coágulos de L-PRF


• Punção venosa: Obter 4 a 8 tubos de sangue de 9 ml.
• Os tubos devem estar na centrifuga antes dos 60 segundos( A centrifugação deve ser realizada em pares de tubos
que devem ser centrifugados enquanto obtemos os novos tubos).
• Centrifugação a 400g RCF(2700RPM usando a centrifuga IntraSpin) durante pelo menos 12 minutos( o tempo tem
inicio quando colocamos os últimos dois tubos).
• Depois dos 12 minutos de centrifugação( Doentes a fazerem medicação anti coagulante recomenda-se 15 a 18 minu-
tos) os coágulos de L-PRF estão prontos.
• Recolhemos os coágulos dos tubos e procedemos á separação cuidadosa das células vermelhas do sangue.

Protocolo para a preparação das membranas de L-PRF.


• Coloque os coágulos no Kit Xpression para uma compressão suave por gravidade(com a ajuda da placa da bandeja)
• 5 minutos mais tarde as membranas de L-PRF estão prontas para serem usadas.
• As membranas podem ser usadas por um período de 2,5 a 3 horas após a recolha, devem ser irrigadas por exsudato
para evitar a sua desidratação.

Protocolo para a preparação de “tampões” de L-PRF


• Coloque os coágulos no pequeno cilindro da caixa de metal.
• Utilize o pilão para comprimir cuidadosamente o coagulo.
• Os “tampões” podem ser utilizados por um período de 2,5 a 3 horas após a recolha. Devem ser irrigados por exsuda-
to para evitar a sua desidratação.

Imagem 2

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Diagrama de Fluxo Um
A B C

D E F

G H

Imagem 3:
Processo de preparação de membranas e “tampões” de L-PRF
A&B: : Recolha de sangue com borboleta de 21G e tubos vermelhos de 9ml.
C: Centrifugação a 400g RCF(2700 RPM com a centrifuga IntraSpin).
D: Coagulo de L-PRF no tubo; separação clara: células da série vermelha(RCBs); plasma acelular(PPP) na parte
superior e coágulo de fibrina no meio.
E&F: Extração do coágulo do tubo e separação das células vermelhas.
G: Kit especialmente desenhado(Xpression Kit) para comprimir os coágulos e formar membranas de L-PRF com
uma consistência e espessura de 1mm. Podem ser usados os cilindros e o pilão da esquerda para a formação
dos “tampões” para o preenchimento de alvéolos pós extração.
H: Membranas de L-PRF após suave compressão; a parte vermelha da membrana representa a face, onde se en-
contram mais plaquetas e leucócitos.

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Diagrama de Fluxo Dois


Método passo a passo para o uso de L-PRF no desbridamento com cirurgia de
retalho.

Protocolo de L-PRF como único biomaterial para a regeneração de um defeito infra ósseo em cirurgia com
retalho:
• Incisão intra sulcular com a máxima preservação do complexo gengival.
• Elevação mínima do retalho e limpeza do tecido de granulação do defeito infra ósseo.
• Alisamento radicular.
• Lavar o defeito com o exsudado de L-PRF(recolhido da parte inferior do Kit Xpression, depois da compressão dos
coágulos).
• Aplicar a membrana de L-PRF(ou parte dela) no defeito( preferencialmente com a parte da face virada para o osso).
• Cobrir o defeito ósseo com 2 ou mais camadas de membranas de L-PRF, estendendo 2 mm do bordo ósseo por
baixo do periósteo, com o objetivo de selar o alvéolo e dirigir o crescimento do tecido mole por cima das membra-
nas.
• Suturar e proporcionar um encerramento primário da papila interdentária sem tensão.

Cuidados pós operatórios:


• Alimentos moles, não morder ou mastigar na zona tratada, não efetuar limpeza mecânica da zona tratada.
• Clorhexidina a 0,12%, duas vezes ao dia durante 1 minuto durante pelo menos 3 semanas.
• Analgésicos.

Imagem 4:
Representação gráfica de um defeito infra ósseo
preenchido com duas membranas de L-PRF fragmen-
tadas(preferencialmente a parte da face) e cobertas
com membranas de L-PRF (duas camadas com a face
virada para o osso e entrando pelo bordo vestibular
e lingual). O encerramento primário não é impre-
scindível.

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Diagrama de Fluxo Dois


A B C

D E F

G H I

Imagem 5:
Tratamento regenerativo de defeitos infra ósseos com L-PRF.
A: Incisão intra sulcular com preservação da papila.
B: Elevação mínima do retalho.
C: Defeito depois do alisamento radicular.
D: Lavagem do defeito infra ósseo com o exsudado de L-PRF.
E&F: Aplicação de membranas de L-PRF fragmentadas preferencialmente da face da membrana.
G&H: Cobertura do defeito ósseo com pelo menos 2 membranas de L-PRF.
I: Sutura do retalho, preferencialmente com o encerramento primário da papila interdentária, ausência de tensão.

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Diagrama de Fluxo Três


Método passo a passo para a preservação da crista com L-PRF

Protocolo para a conservação da crista com L-PRF:


• Extração atraumática do dente com a máxima preservação de osso alveolar.
• Eliminação cuidadosa de todo o tecido inflamatório e de granulação(Uso de brocas especiais se necessário).
• Preparar um descolamento em envelope de aproximadamente 2 mm de largura entre os bordos ósseos do alvéolo e
os tecidos moles que os rodeiam. Inserir parte das membranas de L-PRF entre o periósteo e o retalho, com a finali-
dade de selar o alvéolo e guiar o crescimento dos tecidos moles por cima das membranas e não por baixo.
• Sempre que possível utilizar o exsudado de L-PRF(aspirado com uma seringa), obtido mediante a compressão dos
coágulos para irrigar e limpar o alvéolo.
• Colocar os tampões de L-PRF(mais ou menos 3-5 tampões) no alvéolo uma a um, comprimir fortemente com o cal-
cador de amálgama e absorver o soro em excesso com uma compressa. Cobrir o alvéolo com pelo menos uma
camada dupla de membranas de L-PRF, fazer deslizar as margens das membranas entre o tecido duro e mole ao-
redor do alvéolo para evitar uma infiltração epitelial.
• Suturar com um ponto de colchoeiro interno ou externo com o objetivo de manter as membranas livres de tração.

Cuidado pós operatório:


• Não usar clorhexidina nos dois primeiros dias, para não impedir a cicatrização inicial dos tecidos moles.

Imagem 6:
A imagem representa o alvéolo pós extração
preenchido com L-PRF. Várias membranas/tampões(3
ou mais) são comprimidas no fundo do alvéolo(face
direcionada para o osso). O alvéolo é selado com
duas membranas de L-PRF. Estas membranas são
posicionadas por baixo do periósteo em zona de
tecido ósseo(espaço criado entre o periósteo e os
bordos ósseos cobrindo 2 mm). Suturar sem cooptar
os bordos da ferida para que ocorra uma cicatrização
por segunda intenção.

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Diagrama de Fluxo Três


A B C

D E F

G H I

Imagem 7:
Uso de L-PRF como material de preenchimento de um alvéolo com o objetivo de manter as dimensões do osso
alveolar.
A&B: Preparação dos tampões de L-PRF com o Kit Xpression.
C: Eliminação cuidadosa de todo o tecido inflamatório e de granulação.
D: Preparação do descolamento(aproximadamente 2 mm)entre os bordos ósseos do alvéolo e os tecidos moles
envolventes(necessário para deslizar as membranas de L-PRF até ao final, com o objetivo de evitar o rápido cresci-
mento de tecido conjuntivo e forçar que o epitélio cresça sobre as membranas).
E&F: Colocação individualmente dos tampões de L-PRF( mais ou menos 3 a 5 tampões)no alvéolo com uma com
pressão eficiente.
G&H: Cobertura do tampão com pelo menos uma camada dupla de membrana de L-PRF(deslizar os bordos por
debaixo dos tecidos descolados).
I: Suturar livre de tensão, pontos que permitam a estabilização das membranas, não é obrigatório o encerramento
primário da ferida.

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Diagrama de Fluxo Quatro


Método passo a passo para a elevação de seio através da técnica de janela
lateral e L-PRF

Técnica de elevação de seio com janela lateral e L-PRF como único material de preenchimento:
• Incisão crestal( com uma ou duas incisões de descarga).
• Descolar o retalho em direção apical e distal para ter uma visão ampla.
• Preparação da janela lateral com instrumental piezoeletrico(pode também ser utilizada uma Broca)(não esquecer de
no CBCT observar a localização das artérias que se encontram na parede lateral).
• Elevar cuidadosamente a membrana de Schneider, empurrando cuidadosamente a janela óssea(atenção aos possí-
veis bordos afiados que podem romper a membrana).
• Quando a membrana estiver elevada iniciamos a preparação do leito para o implante.
• Depois de terminada a preparação do implante colocar três membranas de L-PRF(preferencialmente duas membra-
nas dobradas) cobrindo a membrana de Schneider na zona onde os ápices dos implantes serão posicionados.
• Coloque as membranas contra as paredes mesial/distal/palatina do seio.
• Inserir os implantes.
• Adicionar membranas de L-PRF em torno dos implantes no seio e por vestibular.
• Cobrir a janela com pelo menos 2 capas de membranas de L-PRF( com a face para o lado do seio).
• Encerrar a janela sem deslocar as membranas de L-PRF.
• Suturar com suturas monofilamento não reabsorvíveis.

Cuidados pós operatórios:


• Não voar, mergulhar nem tocar instrumentos de sopro durante pelo menos 6 semanas.
• Evitar espirrar fortemente durante pelo menos 6 semanas.
• Prescrever analgésicos, antibióticos sistémicos, aerossol nasal e corticoides, se necessário.
• Após 4-6 meses de cicatrização podemos colocar o pilar se o implante está bem osteointegrado

Imagem 8:
Representação gráfica da situação finalizada da
elevação sinusal com técnica de janela lateral com
a colocação imediata de implante utilizando L-PRF
como único material de preenchimento. Várias cama-
das de membranas(3 ou mais) de L-PRF devem
cobrir a membrana de Schneider por cima do ápex do
implante e preencher o local do implante. O espaço
entre as paredes dos implantes e as paredes ósseas
do seio; devem ser preenchidas com membranas(-
frequentemente 3 ou mais). A janela encerra-se com
pelo menos 2 capas de membranas de L-PRF.

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Diagrama de Fluxo Quatro


A B C

D E F

Imagem 9:
Elevação sinusal mediante técnica de janela lateral, com colocação simultânea de implantes utilizando L-PRF
como único material.
A: Depois da preparação cuidadosa da osteotomia, colocam-se membranas de L-PRF para cobrir a membrana de
Schneider(≥ 3 camadas) e a zona a aumentar, especialmente palatina, pois é uma zona de difícil acesso depois da
inserção do implante.
B: Colocação do implante.
C: Membranas de L-PRF adicionais colocadas em redor do implante.
D: Cobertura da janela com pelo menos 2 camadas de membranas de L-PRF.
E: CBCT imediatamente depois da cirurgia.
F: Radiografia um ano após a cirurgia( A linha a tracejado representa a posição inicial do soalho do seio.

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Diagrama de Fluxo Cinco


Método passo a passo para a elevação do seio maxilar através da aborda-
gem transalveolar e L-PRF.

Protocolo para a elevação do seio maxilar, transalveolar com a colocação simultânea de implantes usando
L-PRF como único material de enxerto:
• Incisão crestal(podemos fazer uma ou duas incisões de descarga).
• Descolar o retalho para exposição da crista óssea.
• Preparação da osteotomia do implante até 1mm de distância da membrana de Schneider(podemos usar diferentes
técnicas de preparação óssea incluindo a piezoelectric).
• Colocar as membranas de L-PRF na osteotomia(Atua como um amortecedor para o passo seguinte).
• Com cuidado frature o soalho do seio com o uso de osteótomos.
• Elevar a membrana de Schneider inserindo varias membranas de L-PRF(colocação cuidadosa, uma de cada vez).
no seio através do leito do implante recorrendo aos osteótomos.
• Assegurar que pelo menos 4 membranas estão no interior do seio.
• Inserir o implante.
• Suturar com suturas não reabsorvíveis monofilamento.

Cuidados pós operatórios:


• Não voar, mergulhar nem tocar instrumentos de sopro durante pelo menos 6 semanas.
• Evitar espirrar, fortemente durante pelo menos 6 semanas.
• Prescrever analgésicos, antibióticos sistémicos, aerossol nasal e corticoides se necessário.
• Após 4-6 meses de cicatrização o pilar pode ser colocado se o implante esta bem osteointegrado.

Imagem 10:
Representação gráfica do resultado final depois de se
realizar elevação do seio por técnica trans alveolar.
Várias membranas de L-PRF (preferencialmente 3 ou
mais) devem separar a membrana de Schneider do
ápex do implante, bem como o espaço entre o im-
plante e as paredes do seio aumentado(o numero de
membranas para cada implante deve ser de 4 ou mais
membranas).

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Diagrama de Fluxo Cinco


A B C

D E F

G H I

Imagem 11:
Aumento sinusal por via transalveolar utilizando L-PRF como único substituto ósseo.
A&B: Preparação da osteotomia até aproximadamente 1 mm de distância da membrana de Schneider.
C: Colocação de uma membrana de L-PRF na zona da osteotomia (atua como um amortecedor para os osteótomos).
D: Fratura do soalho do seio com osteótomos.
E&F: eElevação da membrana de Schneider inserindo várias membranas de L-PRF (≥ 3).
G&H: Colocação do implante.
I: Radiografia um ano após a cirurgia.

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Diagrama de Fluxo Seis


Método passo a passo para impregnar o implante com L-PRF

Revestir o implante com L-PRF:


• Preparar a osteotomia do leito do implante segundo o protocolo estabelecido pela marca.
• Utilizar o exsudato de L-PRF obtido após a compressão dos tampões de L-PRF, para irrigar e limpar o local de
inserção do implante.
• Posicionar o implante no seu transportador.
Opção 1:
• Colocar um tampão de L-PRF numa taça de titânio.
• Deixar o implante rodar lentamente no tampão e simultaneamente adicionar um pouco de pressão contra a parede
da taça até que o L-PRF esteja completamente enrolado no implante.
• Inserir o implante no local da osteotomia.
Opção 2:
• Colocar o implante em contacto com a membrana de L-PRF.
• Deixar o implante girar lentamente e envolver a membrana de L-PRF em torno do implante com a face para o ex-
terior.
• Inserir o impante; a face da membrana fica em contacto com a parede óssea.
.
Opção 3:
• Colocar o implante em contacto com a membrana de L-PRF.
• Deixar o implante rodar lentamente até que a superfície do implante esteja em contacto com a membrana. Os res-
tos da membrana de L-PRF são visíveis na superfície do implante.
• Inserir o implante no local da osteotomia.
Em todas as opções adicionar:
• Recolher o exsudado de L-PRF com uma seringa depois da compressão dos tampões.
• Irrigar a superfície do implante antes da inserção.
• Inserir o implante no local da osteotomia.

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Diagrama de Fluxo Seis


1A 1B 1C

2A 2B 2C

3A 3B 3C

4A 4B 4C

Imagem 12: : Diferentes técnicas para impregnar um implante com L-PRF antes da inserção.
1A: Posicionar o implante contra um tampão de L-PRF numa taça de titânio.
1B&1C: Rotação lenta do implante em contacto com o tampão enquanto se aplica uma ligeira pressão contra a pare-
de da taça de Titânio, o implante envolve-se em L-PRF.
2A: Colocação da membrana de L-PRF(transportada na espátula de titânio) em contacto com o implante.
2B&2C: Membrana de L-PRF enrolada em torno do implante(uso de baixa rotação) com a face da membrana de
L-PRF para o exterior. Deve ficar sempre em contacto com a parede ósse.
3A: Colocação da membrana de L-PRF em contacto com o implante .
3B&3C: Rotação lenta do implante em contacto com a membrana.
4A: Aspiração do exsudado do L-PRF.
4B&4C: Irrigar a superfície do implante com o exsudado de L-PRF antes da inserção do mesmo.
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Diagrama de Fluxo Sete


Método passo a passo para o recobrimento de uma recessão gengival.

Protocolo para o recobrimento de uma recessão gengival realizando um retalho de avance coronal utilizando o
L-PRF como único material de enxerto:
• Incisão segundo protocolo da técnica cirúrgica e realizar uma preparação de espessura total do local receptor.
• Remover cuidadosamente o epitélio de recobrimento da papila.
• Suturar no mínimo 2 a 3 membranas de L-PRF(tamanho adequado) sutura de 6-0 reabsorvível.
• Colocar o enxerto de L-PRF no tecido conjuntivo exposto(leito receptor), sobre a recessão e suturar ao periósteo.
• Suturar com um retalho de avanço coronal para cobrir o enxerto.

Cuidados pós operatórios:


• Não exercer pressão na zona do enxerto durante pelo menos 6 meses.
• Dieta com alimentos moles ou líquidos, não trincar ou mastigar na zona que foi tratada. Não efetuar limpeza.
mecânica da zona tratada. Uso moderado da cavidade oral.
• Clorhexidina a 0,12%( a partir do 3º dia) 3 vezes ao dia durante 1 minuto durante 3 semanas.
• Prescrever analgésicos.

Imagem 13:
Representação gráfica final da situação depois do
recobrimento da recessão gengival com retalho
de avanço coronal e membranas de L-PRF. Várias
membranas de L-PRF( 3 ou mais) são colocadas no
leito receptor e sobre a recessão. Suturar o retalho de
avanço coronal sobre a recessão.( O periósteo, linha
azul, foi cortado previamente para permitir o avanço
coronal do retalho).

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Diagrama de Fluxo Sete


A B C

D E F

G H I

Imagem 14:
Recobrimento de recessão gengival com o procedimento de retalho de avanço coronal e membranas de L-PRF.
A: Preparação de retalho de espessura parcial do local receptor.
B&C: Remoção do epitélio que recobrem as papilas.
D: Coloque pelo menos 3 membranas juntas e suture-as(Com as dimensões do leito receptor).
E&F&G: : Colocar o enxerto de L-PRF no tecido conjuntivo exposto(leito receptor) e sobre a recessão.
H&I: Suturar e recobrir o enxerto com um retalho de avanço coronal.

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Diagrama de Fluxo Oito


Step by step approach for the preparation of L-PRF block.

Protocolo para a preparação de PRF block utilizando 0,5 g de biomaterial(biomaterial alogénico, xenogénico ou
sintético):
• Punção venosa, obter 6 tubos(tampa vermelha) de sangue seguindo o protocolo standart e 2 tubos(tampa branca),
colocar os últimos junto com os primeiros na centrifuga e iniciar a centrifugação(2700rpm/400g RCF).
• Depois de 3 minutos de centrifugação parar e retirar os tubos de tampa branca.
• Reiniciar a centrifugação com os tubos restantes(tampa vermelha) e terminar os restantes 9 minutos em falta.
• Abrir os tubos brancos e aspirar o liquido amarelo que se encontra no seu interior(Fibrinogénio) com uma seringa,
até chegar aos glóbulos vermelhos, ter cuidado para não os aspirar, utilizar seringa de plástico e manter o liquido
aspirado no interior.
• Depois de terminar a centrifugação dos restantes tubos, extrair os coágulos de L-PRF e comprimir suavemente no
Kit Xpression.

Preparação do bloque
• Recortar as membranas em pequenos fragmentos.
• Misturar as membranas recortadas com o osso particulado num recipiente(proporção de 2 membranas para 0,5 g
de biomaterial), se a mistura estiver demasiada seca adicionar um pouco de exsudado de L-PRF do Kit Xpression.
Obter uma mistura uniforme.
• Adicionar 1cc de fibrinogénio liquido sobre a mistura homogénea e misturamos suavemente durante mais ou menos
5 segundos enquanto modelamos o bloco com a forma desejada.
• O fibrinogénio vai coagular em alguns minutos e obtemos um bloco de PRF.

Em alternativa podemos misturar a mistura membrana/biomaterial no local a regenerar, adicionar depois a fibrina li-
quida com o objetivo de dar forma ao bloco in situ, contudo ter em atenção que o liquido só pode penetrar mais ou
menos 5 mm de profundidade no material misturado.

Imagem 15:
Representação gráfica final do PRF Block num caso
de aumento ósseo horizontal. As pequenas perfu-
rações na zona cortical do osso garantem um aporte
óptimo de sangue ao material de enxerto. O PRF
Block adapta-se muito bem ao defeito ósseo e o fibrin-
ogénio transforma-se lentamente em fibrina. Neces-
sitamos de pelo menos duas membranas de L-PRF(
as faces devem estar direcionadas para o osso) para
recobrir o bloco. As membranas devem ser fixadas por
taxas, devemos tentar ter um encerramento primário.

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Diagrama de Fluxo Oito


A B C

D E F

G H I

Imagem 16:
Preparação clinica de PRF Block utilizando 0,5 g de biomaterial
A: Obtenção de 6 tubos(tampa vermelha) de sangue segundo protocolo standart e por ultimo 2 tubos para a ob-
tenção de fibrinogénio(tampa branca).
B: Depois de três minutos de centrifugação, retire os tubos de tampa branca, feche a centrifuga e reinicie a centrifu-
gação dos restantes 9 minutos com os tubos de tampa vermelha. Com uma seringa recolher a fibrinogénio(Porção
amarela na parte superior dos tubos) e mantê-la.
C: Comprimir suavemente os coágulos no Kit Xpression.
D&E: . Proceder à mistura das membranas cortadas em fragmentos com o substituto ósseo selecionado, num recipi-
ente de titânio.
F&G: Esvaziar a seringa de fibrinogénio sobre a mistura, misturar suavemente enquanto se modela para obtermos a
forma desejada.
H: PRF Block pronto a ser usado (± 5 minutos).
I: Colocação do PRF Block sobre implante com deiscência bucal.

♦ Agradecimentos: Agradecemos a Jeffrey Sakoff da intra-Lock Inc. pela apresentação deste documento bem como pe-
las fotos dos equipamentos. Tradução Portuguesa realizada por Dr Paulo Maia e editada por Jordi Martin da Intra-Lock
Iberia

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Diagramas de Fluxo
Métodos passo a passo

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