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27/11/2020 A prisão do devedor de alimentos durante a pandemia | JOTA Info

CPC NOS TRIBUNAIS

A prisão do devedor de alimentos durante a pandemia


Com a pandemia, diversos habeas corpus foram impetrados com objetivo de requerer prisão domiciliar

RODRIGO BECKER
MARCO AURÉLIO PEIXOTO

27/11/2020 15:28

Crédito: Pixabay

A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LXVII, prevê a possibilidade de prisão
civil “pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia”.

Em harmonia com o texto constitucional, o artigo 528 do CPC dispõe acerca do rito do
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aludida prisão civil, na hipótese de
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devedor não pagar a dívida, nem se escusar do seu pagamento.

O réu, portanto, pode agir de três formas para cumprir a determinação legal e evitar a
prisão: pagar o débito, provar que já pagou ou justi car a impossibilidade de efetuá-lo.
Entretanto, se ainda assim, após o m do prazo, permanecer inerte quanto às hipóteses
do caput do art. 528 do CPC, o juiz mandará decretar a prisão do devedor pelo prazo
mínimo de um mês e, no máximo três meses (§§ 2° e 3° do art. 528 do CPC).

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Cabe acrescentar que o credor deve requerer expressamente a prisão do devedor, na


inicial, não sendo possível ao juiz decretá-la de ofício.

Ademais, a prisão civil é autorizada pelo débito alimentar que compreende até 3 (três)
prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do
processo, posicionamento da súmula 309 do STJ, que foi incorporado pelo CPC de
2015: “o débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende
as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no
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Cumpre esclarecer que o STJ decidiu, também, que o atraso de uma só prestação
alimentícia, compreendida entre as três últimas atuais devidas, já é hábil a autorizar o
pedido de prisão do devedor, nos termos do §3° do art. 528 do CPC. [1]

O limite de três meses se justi ca porque não se considera que haja urgência para
receber as verbas anteriores a este prazo, pois, nesse caso, as prestações alimentícias
vencidas passam a ter caráter preponderantemente patrimonial, não se sustentando o
emprego de uma medida coercitiva tão grave quanto a prisão[2], razão pela qual devem
ser cobradas por outro procedimento executivo (rito geral das obrigações de pagar
quantia certa).

É importante ressaltar que, no momento em que a prestação alimentícia for paga, o juiz
deve, imediatamente, suspender o cumprimento da ordem de prisão, (art. 528, § 6°, do
CPC) ou seja, o executado pode efetuar, a qualquer tempo, o pagamento das três
prestações anteriores ao início do cumprimento de sentença e das que se venceram no
curso da execução para se livrar da prisão civil.

Essa prisão deverá ser cumprida sob o regime fechado em local separado dos presos
comuns[3], e aqui reside o cerne deste texto.

A questão acerca do regime de prisão nunca teve grandes debates até que a pandemia
relativa ao coronavírus, que atingiu o mundo inteiro, levou diversos presos a requererem
o não cumprimento da prisão em regime fechado, pois as prisões são um local de fácil
contágio pelo vírus. Desse modo diversos habeas corpus foram impetrados com
objetivo de requerer a prisão domiciliar, ou mesmo, a suspensão da execução da pena,
por motivos de saúde e por questões de medida de prevenção sanitária.

Rapidamente a questão chegou ao Superior Tribunal de Justiça, que não conseguiu


uniformizar o seu entendimento, no primeiro momento. As duas Turmas competentes
para analisar esse tipo de questão no Tribunal (Terceira e Quarta) divergiram quanto à
consequência do deferimento da ordem de habeas corpus, muito embora ambas
fossem unânimes em entender que a manutenção do regime fechado era, de fato, uma
ilegalidade no momento atual da pandemia.

Assim, em virtude do coronavírus, a Terceira Turma do STJ admitiu, excepcionalmente,


a suspensão da prisão dos devedores por dívida alimentícia em regime fechado e
a rmou que se trata de hipótese emergencial de saúde pública que autoriza
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provisoriamente o diferimento da execução da obrigação cível enquanto pendente aESTOU CIEN
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pandemia[4]. Por essa conclusão, o cumprimento da pena seria suspenso e somente


voltaria a ocorrer depois de passada a situação sanitária que atinge o mundo.

De outra banda, a Quarta Turma concluiu pela necessidade de prisão domiciliar, em


oposição à ideia de diferimento do cumprimento da pena. Para o colegiado, “diante do
iminente risco de contágio pelo Covid-19, bem como em razão dos esforços
expendidos pelas autoridades públicas em reduzir o avanço da pandemia, é
recomendável o cumprimento da prisão civil por dívida alimentar em regime diverso do
fechado” [5], de modo que determinaram que a prisão civil se desse em regime
domiciliar.

A questão não foi resolvida, contudo, nesse meio tempo foi editada foi editada a Lei
14.010/20, que, dentre tantas normas transitórias de direito privado, trouxe o seguinte
dispositivo:

“Art. 15. Até 30 de outubro de 2020, a prisão civil por dívida alimentícia, prevista no art. 528, § 3º e
seguintes da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), deverá ser cumprida
exclusivamente sob a modalidade domiciliar, sem prejuízo da exigibilidade das respectivas
obrigações”.

Assim, de acordo com a norma, autorizou-se, excepcionalmente, que as prisões por


dívida alimentar fossem cumpridas em regime domiciliar, na linha do entendimento da
Quarta Turma do STJ.

É bom ressaltar que, antes mesmo dessa lei, alguns juízes pelo Brasil já deferiam a
prisão domiciliar, enquanto outros suspendiam a execução da pena, enquanto o País
estivesse no período de pandemia.

Após a edição da lei, contudo, uma questão ainda cou em aberto e logo chegou ao
Superior Tribunal de Justiça: a lei retroage para alcançar as penas impostas antes de
sua edição, e assim permitir que todos os réus de dívidas alimentares cumpram suas
penas de prisão em regime domiciliar, inclusive aqueles no qual o cumprimento da
pena havia apenas sido suspenso?

A esse respeito, decidiu o STJ que se a prisão civil do devedor de alimentos foi
decretada antes de 12/06/2020, data de entrada em vigor da Lei 14.010/2020, é
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conversão em regime domiciliar[6]. Dessa forma,
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passada a pandemia, o devedor terá que cumprir a pena. Por outro lado, se a
decretação da prisão foi posterior à lei, obrigatoriamente deverá ocorrer em regime
domiciliar.

Vale ler a ementa do julgado, no ponto que trata do tema:

“Os propósitos da presente impetração consistem em de nir: (i) preliminarmente, se é


admissível o habeas corpus, seja no que tange ao cabimento, seja no que tange a
superveniente perda do objeto da impetração; (ii) se porventura superada a preliminar,
se o cumprimento das prisões civis de devedores de alimentos decretadas antes da
entrada em vigor da Lei 14.010/2020 deve ser diferido ou ocorrer em regime de prisão
domiciliar.” [7]

Importante apenas destacar que o referido julgado da Segunda Seção, muito embora
tenha destacado a posição que aqui apontamos no tocante à retroatividade, acabou
por car prejudicado, por uma questão de perda de objeto.

Não obstante essa questão, posteriormente, a própria Terceira Turma do STJ se


adequou ao posicionamento da Segunda Seção, ainda que naquele julgado não tenha
sido expressamente decidido no dispositivo:

“4.1. Passados sete meses do primeiro caso de Covid-19 registrado no Brasil


(26/2/2020), os dados o ciais do Governo Federal indicam expressivos números de
casos e de óbitos, a revelar seu elevado grau de disseminação e de letalidade,
indiscutivelmente. Ainda que haja determinados grupos de pessoas mais suscetíveis
aos deletérios efeitos causados pelo novo Coronavírus, não se pode precisar, com
segurança, no atual estágio cientí co, a reação de cada organismo, tampouco relegar
ao magistrado, por simples dados estatísticos, a tarefa de avaliar, no caso concreto, a
existência de risco à saúde para o devedor de alimentos, olvidando, inclusive, o alto
índice de transmissibilidade – incontida – do vírus em caso de encarceramento.

4.2. Em atenção: i) ao estado de emergência em saúde pública declarado pela


Organização Mundial de Saúde, que perdura até os dias atuais, decorrente da pandemia
de Covid-19, doença causada pelo Coronavírus (Sars-Cov-2); ii) à adoção de medidas
necessárias à contenção da disseminação levadas a efeito pelo Poder Público, as quais
se encontram em vigor; iii) à Recomendação n. 62 do Conselho Nacional de Justiça
consistente na colocação em prisão domiciliar das pessoas presas por dívida
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que determinou, expressamente, que, até 30 de outubro de 2020, a prisão civil por
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dívida de alimentos seja cumprida exclusivamente sob a modalidade domiciliar, sem


prejuízo da exigibilidade das respectivas obrigações, mostra-se agrante a ilegalidade
no ato atacado, a autorizar, excepcionalmente, o conhecimento do presente writ e,
principalmente, a concessão da ordem impetrada.

5. As Turmas de Direito Privado do STJ são uníssonas em reconhecer a indiscutível


ilegalidade/teratologia da prisão civil, sob o regime fechado, no período de
pandemia, anterior ou posterior à Lei n. 10.410/2020.
6. A divergência subsistente no âmbito das Turmas de Direito Privado refere-se
apenas ao período anterior à edição da Lei n. 10.410/2020, tendo esta Terceira
Turma, no tocante a esse interregno, compreendido ser possível o diferimento da
prisão civil para momento posterior ao m da pandemia; enquanto a Quarta Turma
do STJ tem reconhecido a necessidade de aplicar o regime domiciliar.”[8]

Portanto, a partir desses entendimentos, qualquer devedor de alimentos que tenha sua
prisão decretada após a entrada em vigor da Lei 14.010/2020 deverá cumpri-la em
regime domiciliar, enquanto os devedores que tiveram sua prisão decretada
anteriormente à edição da lei deverão cumprir da forma como determinada no título
judicial, exceto se for em regime fechado, já declarado ilegal durante a pandemia pelo
STJ.

As decisões do STJ nos parecem acertadas. Quanto à


aplicabilidade após a edição da lei, não há muito o que
se debater, porque a norma é expressa.

A questão que se poderia levantar é se a norma deveria ser aplicada retroativamente a


todas as condenações e, assim, alcançar todos os presos, inclusive aqueles que tinham
tido o cumprimento da pena suspenso, porque, nesse caso, a prisão domiciliar seria
mais bené ca.

Em primeiro lugar, é importante que se diga que se trata de pena de natureza civil, com
objetivo de coagir o devedor a pagar o débito, e não como meio de punição pela
conduta antijurídica praticada. Isso por si só já distancia essa prisão do devedor de
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Tanto é assim que a própria lei 14.010/2020 previu a possibilidade de aplicar o regime
domiciliar apenas aos presos por dívidas alimentares e não a todos os presos do
sistema criminal. Não por menos também que o CPC, não obstante tenha a previsão de
prisão do devedor de alimentos, determina que ele deve ser separado dos demais
presos, certamente porque são prisões com natureza distinta.

Outros pontos importantes a serem destacados, na distinção entre as penas, é que a


prisão civil não decorre de uma reprovabilidade penal, pois o réu não praticou nenhum
ato criminal acobertado por norma de conduta antijurídica. Além disso, mesmo
cumprindo a pena, ele continua primário a demonstrar que, de fato, se tratam de penas
que recebem tratamento diferenciado não só do ordenamento jurídico, mas da própria
natureza e da essência das penas impostas, não se justi cando, portanto, a
retroatividade da lei mais bené ca, gura própria do direito penal.

Assim, apesar de o STJ não ter entrado nessa seara, pensamos que o entendimento foi
acertado não só pelos fundamentos contidos nas decisões, mas por tudo o que aqui
trouxemos.

O episódio 43 do podcast Sem Precedentes analisa a nova rotina do STF, que hoje tem
julgado apenas 1% dos processos de forma presencial. Ouça:

Sem Precedentes, ep 43: Como a nova realidade …

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[1] AgRg no AREsp 561453/SC, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma, DJe

27/10/2015.

[2] No mesmo sentido: MEDINA, José Miguel Garcia. Execução: Teoria geral, princípios

fundamentais e procedimento no processo civil brasileiro, 5ª edição. São Paulo: Editora


Revista dos Tribunais, 2017, p. 568.

[4] HC 574.495/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, DJe

01/06/2020,

[5] HC 561.257/SP, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta Turma,  DJe 08/05/2020.

[6] HC 606.285/SP, Rel. Ministro Moura Ribeiro, Terceira Turma, DJE, DJe 17/09/2020.

[7] HC 568.021/CE, Rel. p/ Acórdão Ministra Nancy Andrighi, Segunda Seção, DJe

31/08/2020.

[8] HC 569.014/RN, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira Turma, DJe

14/10/2020.

RODRIGO BECKER – Doutorando em Direito Processual pela UERJ. Mestre em Direito de Estado e Constituição
pela UnB. Advogado da União. Consultor Jurídico do DF. Coordenador do Grupo de Pesquisa sobre a Suprema
Corte dos EUA no IDP. Professor da graduação e da pós-graduação do IDP. Membro fundador e presidente da
ABPC.
MARCO AURÉLIO PEIXOTO – Advogado da União. Mestre em Direito Público pela Universidade Federal de
Pernambuco – UFPE. Especialista em Direito Público pela UnB. Membro do Instituto Brasileiro de Direito
Processual – IBDP. Associado Fundador da ANNEP - Associação Norte e Nordeste de Professores de
Processo, Professor Honorário da Escola Superior da Advocacia da OAB/PE, da Graduação em Direito do
Centro Universitário Estácio do Recife, das Especializações em Direito Processual Civil da UFPE, do Centro
Universitário Estácio do Recife, ATF Cursos, Esmatra VI, IMADEC/MA, Facesf e Espaço Jurídico. Diretor da
Escola da AGU na 5ª Região. Conselheiro Seccional da OAB/PE.

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