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Projetos para fixação do aprendizado 1

Projetos para fixação do aprendizado


- 2009/1 -
A seleção de circuitos práticos com amplificadores operacionais que damos a seguir tem
por base componentes bastante conhecidos e por isso fáceis de obter. Trata-se de uma
série de aplicativos que sempre é interessante ter à mão, pela sua utilidade para projetos.

Apesar do crescente uso das funções digitais na maioria dos circuitos, inclusive nos que
operam com sinais analógicos, os amplificadores operacionais ainda representam
elemento indispensável para projetos que operem com diversos tipos de sinais.

Assim, ter um banco de configurações que façam uso de amplificadores operacionais é


algo que todo projetista deve possuir para consulta. Os circuitos que damos a seguir
devem ser guardados, pois certamente o leitor irá precisar de algum deles um dia.

Índice
Projeto 1 - Amplificador para Servo 2
Projeto 2 - Fonte de Corrente Bilateral 2
Projeto 3 - Gerador de Forma de Onda Triangular 4
Projeto 4 - Detector de Luz com Faixa Dinâmica Ampla 5
Projeto 5 - Referência de Tensão de Alta Estabilidade 6
Projeto 6 - Amplificador para Transdutor Piezoelétrico 7
Projeto 7 - Pré-amplificador RIAA 8
Projeto 8 - Oscilador Ponte de Wien 9
Projeto 9 - Monitor de Corrente 10
Projeto 10 - Amplificador com limitação de Saída 11
Projeto 11 – Amplificador de alto-ganho 12
Projeto 12 - Detector de nível de iluminamento 14
Projeto 13 – Interface entre o sensor de temperatura e o computador 17
Projeto 14 – Sensor piroelétrico e circuito de 18
Projeto 15 – Gravador para o microcontrolador PIC 20
Projeto 17 – Gravador para o microcontrolador PIC Versão sem proteção da porta 21
Projeto 18 – Controle Remoto Acústico 22
Projeto 19 – Som remoto por infravermelho 23
Projeto 20 – Carregador para Baterias Nicad 24

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Projeto 1 - Amplificador para Servo


O primeiro circuito consiste de um amplificador para servo em que um par de
transistores complementares é usado para se obter um booster de corrente.
Esses transistores podem ser substituídos por equivalentes como o par BD136/135 para
correntes até 500 mA, os quais devem ser montados em radiadores de calor.
Os resistores Rb da base dos transistores devem ter seus valores bem casados e,
eventualmente, alterados em função das características de temperatura dos transistores,
as quais podem variar bastante em função do tipo.
Para os transistores indicados, esses resistores são calculados conforme a seguinte
fórmula:

Veja que nessa fórmula prevê-se que os transistores começam a conduzir com uma
tensão de aproximadamente 0,5 V.
A fonte de alimentação para o circuito deve ser simétrica de acordo com o motor usado.

A tensão de controle depende do divisor resistivo de entrada e pode ser calculada


conforme a fórmula:

Para os valores indicados no circuito original teremos uma corrente de 200 mA no


motor quando a tensão de entrada for de 5 V.

O circuito proposto é mostrado na figura 1 e faz uso de um amplificador operacional


OP-77.

Figura 1
Projeto 2 - Fonte de Corrente Bilateral

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O circuito ilustrado na figura 2 consiste de uma fonte de corrente cujo sentido de


circulação pela carga pode ser controlado pelo sinal aplicado à entrada.

Figura 2

Observe o uso de resistores de precisão para que a intensidade da corrente na carga seja
proporcional à tensão aplicada à entrada.

A fonte de alimentação deve ser simétrica e o trimpot é colocado para ajustar o ganho
da etapa.

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Projeto 3 - Gerador de Forma de Onda Triangular


O circuito exibido na figura 3 gera um sinal preciso de forma de onda triangular, com
amplitude pico a pico de 20 V. O circuito conta também com uma saída de sinal
retangular com 12,4 V.

Figura 3

Essa amplitude é limitada pelos diodos zener ligados em oposição e em série na saída.
Os valores desses componentes podem ser alterados para uma amplitude diferente.

A freqüência do sinal depende de R1 e C1. Para valores de R1 entre 3k e 15 M ohms o


circuito vai gerar sinais entre 100 Hz e 500 kHz. Outras faixas de valores podem ser
geradas com a utilização de amplificadores operacionais apropriados. O valor de R1 em
função de C1 e da freqüência pode ser calculado pela seguinte fórmula:

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Projeto 4 - Detector de Luz com Faixa Dinâmica Ampla


O circuito apresentado na figura 4 tem uma faixa dinâmica bastante ampla, usando
como elemento sensor um foto-diodo. Esse circuito fornece em sua saída uma tensão de
0,5 V para cada nW de luz incidente no sensor. A fonte de alimentação deve ser
simétrica e amplificadores equivalentes podem ser usados.

Figura 4

O ganho desse circuito é determinado pelos resistores na rede de realimentação.

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Projeto 5 - Referência de Tensão de Alta Estabilidade


Este circuito fornece uma tensão de referência estável em 6,4 + 5% + 5ppm/°C, com o
uso de um amplificador operacional e um diodo zener de valor apropriado.

A relação entre R2 e R3 determina a tensão de referência quando calculada em função do


diodo zener usado. A fonte de alimentação não precisa ser simétrica.

R1 fixa a corrente no diodo zener em 2 mA para maior estabilidade de funcionamento. O


circuito para essa referência de tensão é dado na figura 5.

Figura 5

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Projeto 6 - Amplificador para Transdutor Piezoelétrico


Na figura 6 temos um amplificador para transdutor piezoelétrico (alta impedância). R1 e
C1 determinam a freqüência inferior de corte da faixa de operação, o que significa, pelos
valores indicados, uma freqüência muito baixa.

Figura 6

A resistência de entrada do circuito apresentado é de 10 elevado ao expoente 12. A


corrente de retorno necessária a esse tipo de circuito deve então ser extremamente baixa,
sendo fornecida pelo resistor de 22 M ohms.

Outros amplificadores operacionais podem ser usados e a fonte de alimentação deve ser
simétrica.

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Projeto 7 - Pré-amplificador RIAA


Para a recuperação de discos de vinil com a passagem das gravações para CD ou outra
mídia, é preciso contar com um equalizador RIAA. Sua finalidade é compensar a
alteração da faixa dinâmica dos sons gravados num disco, dado o sistema de reprodução
mecânica usado.
O circuito permite a realização dessa recuperação de sinais através da equalização
RIAA. O sinal de entrada pode ser obtido diretamente de uma cápsula magnética de um
antigo toca-discos que, então, fornece o sinal ao pré-amplificador.

O sinal do pré-amplificador poderá então ser gravado noutra mídia, por exemplo, um
CD, mantendo as características do som original.

O circuito mostrado na figura 7 não necessita de fonte de alimentação simétrica e, dada


sua sensibilidade à captação de zumbidos, deve empregar cabos blindados tanto para os
sinais de entrada quanto de saída.

Figura 7

R1, C1, R2 e C2 formam a rede de equalização RIAA. C3 e R4 na saída formam um filtro


passa-altas com freqüência de corte em torno de 22 Hz de modo a impedir que as
oscilações do sistema mecânico (rumble) passem para a mídia final ou reprodução.
A distorção do circuito é de apenas 0,02% com uma saída de sinal de 7 Vpp. A
freqüência superior de corte é de 20 kHz.

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Projeto 8 - Oscilador Ponte de Wien


O circuito ilustrado na figura 8 gera um sinal senoidal de grande estabilidade com uma
amplitude de 3 Vpp, quando é alimentado por uma fonte simples de 9 V.

Figura 8

A freqüência de 1 kHz é determinada pelos capacitores e pelos resistores na rede de


realimentação. A forma de onda da saída, para menor distorção, é ajustada no trimpot de
500 k ohms (470k).

Os diodos são de uso geral como os 1N914 ou 1N4148, e amplificadores operacionais


equivalentes podem ser experimentados.

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Projeto 9 - Monitor de Corrente


O circuito que apresentamos na figura 9 se destina ao monitoramento da corrente em
uma carga. Esse circuito fornece uma tensão de 1 V para cada ampère de corrente que
circula sobre a carga.

Figura 9

Esse valor é dado pelo resistor R1 que, dependendo da faixa de correntes monitorada,
pode ser alterado. Também podemos fazer essa alteração pela modificação do ganho do
circuito, o que é conseguido através de R5.

A fonte de alimentação deve ser simétrica e é necessário considerar a dissipação de R1


para o monitoramento de correntes de grandes intensidades.

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Projeto 10 - Amplificador com limitação de Saída


Na figura 10 vemos um circuito que possui um sistema de limitação (ceifamento) do
sinal de saída que não supera determinado valor, mesmo que a entrada tenda a saturar o
circuito.

Figura 11

Repare que, como esses ajustes são independentes, o ceifamento pode ocorrer com
valores positivos e negativos diferentes da tensão do sinal de saída.
Na figura 11 temos a curva característica deste circuito.
Observe que a fonte de alimentação deve ser simétrica.

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Projeto 11 – Amplificador de alto-ganho

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Projetos para fixação do aprendizado 13

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Projetos para fixação do aprendizado 14

Projeto 12 - Detector de nível de iluminamento

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Projetos para fixação do aprendizado 15

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Projetos para fixação do aprendizado 16

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Projetos para fixação do aprendizado 17

Projeto 13 – Interface entre o sensor de temperatura e o


computador

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Projetos para fixação do aprendizado 18

Projeto 14 – Sensor piroelétrico e circuito de


chaveamento

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Projetos para fixação do aprendizado 19

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Projetos para fixação do aprendizado 20

Projeto 15 – Gravador para o microcontrolador PIC

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Projetos para fixação do aprendizado 21

Projeto 17 – Gravador para o microcontrolador PIC


Versão sem proteção da porta

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Projeto 18 – Controle Remoto Acústico


Circuito apresentado permite ligar ou desligar uma carga de potência a partir de sons.

José Roberto da Silva Gomes

O circuito apresentado permite ligar ou desligar uma carga de potência a partir de sons.
O comando pode ser através de bater palmas, por exemplo. A ação é biestável graças ao
Flip-Flop 4013. Isso significa que batendo palmas uma vez, o circuito liga, e batendo
palmas novamente o circuito desliga.
O trimpot atua como um ajuste de sensibilidade e o capacitor pode ser de qualquer tipo.
O microfone deve ser obrigatoriamente uma cápsula de cristal. Não serve eletreto.

O transformador usado na fonte tem secundário de 9 + 9 V com 150 mA de corrente e


primário de acordo com a rede local. Não usar transformador maior.

Comentário:

Na verdade, trata-se do circuito conhecido também como “vox”, ou seja, um relé


acionado por som. Este circuito encontra uma ampla gama de aplicações que vão desde
o acionamento de eletrodomésticos ou abertura de portas com um assobio ou bater
palmas, o que é interessante em demonstrações, até como alarme de queda de objetos,
intrusos, etc.

O circuito utiliza uma configuração biestável com o CI 4013, a qual pode ser substituída
por uma configuração monoestável para um acionamento temporizado. Enfim, o
circuito admite modificações interessantes. Uma idéia para os leitores mais sofisticados
consiste em se agregar um filtro seletivo entre o microfone e o CI 4001 de modo a se
obter o acionamento com uma única freqüência.
* Originalmente publicada na revista Eletrônica Total - Fora de Série - Ano 19 - N° 132 - 2008

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Projeto 19 – Som remoto por infravermelho

Com o projeto apresentado a seguir, é possível transmitir sinais de áudio de um


local a outro utilizando um feixe de infravermelho modulado.

Ivan Fernando Roberto

Com o projeto apresentado a seguir, é possível transmitir sinais de áudio de um local a


outro utilizando um feixe de infravermelho modulado. O alcance depende de eventuais
recursos ópticos usados com o LED emissor e o fotodiodo receptor. A saída do
circuito deve ser aplicada à entrada de um bom amplificador de áudio. Uma aplicação
é na transmissão do som de TV para um amplificador. O trimpot usado no receptor
serve para ajustar sua sensibilidade, enquanto que o trimpot do transmissor ajusta o
nível de modulação para que não ocorra distorção.
O sinal transmitido é monofônico. Uma idéia seria empregar técnicas de multiplexação
e decodificação estéreo, semelhante a dos canais de FM para obter um link estéreo A
alimentação do transmissor é feita com uma tensão de 3 V. Para tensões maiores deve
ser ligado em série com o LED infravermelho um resistor limitador de 22 ohms para 6
V a 47 ohms para 9 V. A saída de áudio do receptor deve ser feita com fio blindado para
que não haja a captação de zumbidos. O receptor pode ser alimentado por bateria
comum devido a seu baixo consumo. Circuitos integrados equivalentes para o receptor
podem ser usados.

Comentário:

O ponto crítico neste


projeto é o ajuste do sistema
óptico, principalmente para
se evitar interferências da
iluminação ambiente. Em
especial, como este tipo de
transmissão modula
diretamente o feixe de luz,
sua sensibilidade a ruídos
de lâmpadas fluorescentes é
grande. De modo algum o
foto-sensor deve estar
exposto à luz dessas
fontes.No diagrama, o
fotodiodo aparece com a
polaridade invertida, que
este tipo de sensor trabalha normalmente com a polarização no sentido inverso, ou seja,
catodo positivo em relação ao anodo. Para maior sensibilidade, este componente poderá
ser substituído por um fototransistor do tipo Darlington.
* Originalmente publicado na revista Eletrônica Total - Fora de Série - Ano 19 - N°
132 - 2008.

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Projeto 20 – Carregador para Baterias Nicad

Pequenas pilhas e baterias de Nicad (Níquel-Cádmio) podem ser carregadas com


facilidade com o circuito proposto.

José Aquiles Barros Ribeiro - Aracajú - SE

Pequenas pilhas e baterias de Nicad (Níquel-Cádmio) podem ser carregadas com


facilidade com o circuito proposto. Como ele não usa transformador, as pilhas não
devem ser tocadas e nem colocadas no aparelho com ele conectado à rede, pois existe o
perigo de choque.

O circuito consiste em uma fonte sem transformador onde a redução da tensão da rede é
feita por um capacitor de poliéster de 3 µf x 500 V. Para a rede de 220 V pode ser usado
um capacitor de 1,5 µF x 800 V. Observe que alguns resistores usados são de fio com
uma potência de dissipação elevada.

As pilhas ou baterias em recarga devem ser ligadas em série nas saída (+) e (-). O diodo
zener Z1 é para 7,5 V e o transistor de potência deve ser dotado de um pequeno
dissipador de calor. O circuito deve ser instalado em caixa fechada para se evitar o
contato com qualquer das suas partes.

*Originalmente publicado na revista Eletrônica Total - Ano 18 - Edição 128 -


Fevereiro/08

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