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08/06/2019 Disciplina Portal

Direito Processual Penal


Aplicado

Aula 10 - Intervenção corporal, identi cação


criminal por meio de material genético – DNA –
e o princípio do nemo tenetur se detegere.
INTRODUÇÃO

Nesta aula, serão abordadas as prisões cautelares, especi camente, a temporária, prevista na Lei 7960/89, e a em
agrante; modalidades de prisões provisórias previstas no texto constitucional, no seu art.5º, inciso LXI e nos arts. 283
e 302 do CPP.

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A prisão em agrante é uma medida de autodefesa da sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de


locomoção daquele que é surpreendido em situação de agrância, a ser executada independentemente de prévia
autorização judicial.

Serão analisados ainda a identi cação criminal por meio de material genético e a intervenção corporal. Situação
complexa é o ranço histórico de tratar o imputado (seja ele réu ou mero suspeito, ainda na fase pré-processual) como
um mero “objeto” de provas, ou melhor, o “objeto” do qual se deve ser extraída a “verdade” que funda o processo
inquisitório.

Com a superação dessa coisi cação do réu e a assunção de seu status de sujeito de direito, funda-se o mais sagrado
de todos os direitos: o de não produzir prova contra si mesmo (nada a temer por se deter = nemo tenetur se detegere).
Desse verdadeiro princípio, desdobram-se importantes vertentes, como o direito ao silêncio e a autodefesa negativa.

Assim, no processo penal contemporâneo, com o nível de democratização alcançada, o imputado pode perfeitamente
recusar-se a se submeter a intervenções corporais, sem que dessa recusa nasça qualquer prejuízo jurídico-processual.
Essa é a premissa básica para discutirmos a problemática que será apresentada nessa aula.

OBJETIVOS

Reconhecer as prisões cautelares: em agrante e temporária no contexto da atuação da polícia judiciária.

Analisar a intervenção corporal, a identi cação criminal por meio de material genético – DNA – e o princípio do nemo
tenetur se detegere.

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AS PRISÕES CAUTELARES: EM FLAGRANTE E TEMPORÁRIA NO


CONTEXTO DA ATUAÇÃO DA POLÍCIA JUDICIÁRIA

Em princípio, a palavra “ agrante” indica que o autor do delito foi visto praticando ato executório da infração penal e,
por isso, acabou preso por quem o agrou e levado até a autoridade policial.

Ocorre que o legislador, querendo dar mais alcance ao conceito de agrância, estabeleceu, no art. 302 do Código de
Processo Penal, quatro hipóteses em que referido tipo de prisão é possível, sendo que, em algumas delas, o criminoso
até já deixou o local do crime.

FLAGRANTE PRÓPRIO OU REAL


Sob tal denominação estão abrangidas as hipóteses dos incisos I e II do art. 302 do CPP.

Inciso I — Considera-se em agrante delito quem está cometendo a infração penal. Conforme mencionado, trata-se de
situação em que o sujeito é visto durante a realização dos atos executórios da infração penal ou colaborando para sua
concretização. Assim, pode ser preso em agrante, por exemplo, aquele que for visto efetuando os disparos contra a
vítima do homicídio ou apontando a arma para a vítima do roubo.

Inciso II — Considera-se em agrante delito quem acaba de cometer a infração. Ponderando que nas modalidades
agranciais dos incisos III e IV, do art. 302, do CPP, o agente é preso após deixar o local do crime, resta para esta
modalidade do inciso II, a hipótese em que o sujeito é encontrado ainda no local dos fatos, imediatamente após
encerrar os atos de execução do delito.

É o que ocorre quando vizinhos acionam a polícia por ouvir disparos dentro de uma residência e os policiais, lá
chegando, encontram a vítima morta e o homicida ao lado.

FLAGRANTE IMPRÓPRIO OU QUASE FLAGRANTE

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De acordo com o art. 302, III, do CPP, considera-se em agrante delito quem é perseguido, logo após, pela autoridade,
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor da infração.

Premissa dessa modalidade de prisão em agrante é que o agente já tenha deixado o local do crime, após a realização
de atos executórios, e que seja perseguido.

A lei esclarece que tal perseguição pode se dar por parte da autoridade (policiais civis ou militares), do ofendido
(vítima) ou de qualquer outra pessoa — o que, aliás, tornaria desnecessária a menção aos demais. Não é necessário
que a perseguição tenha se iniciado de imediato, muito embora seja evidente a possibilidade de agrante em tal caso.

A expressão “logo após” abrange o tempo necessário para que a polícia seja acionada, compareça ao local, tome
informações acerca das características físicas dos autores do crime e da direção por eles tomada, e saia no encalço
destes.

Uma vez iniciada a perseguição, logo após a prática do crime, não existe prazo para sua efetivação, desde que referida
perseguição seja ininterrupta. Por isso, a perseguição pode durar vários dias, desde que os policiais estejam o tempo
todo em diligências, no encalço dos criminosos (fato que, em geral, só ocorre em crimes de maior gravidade).

Ao contrário do que se possa imaginar, iniciada a perseguição, não existe prazo de 24 horas para a efetivação da prisão
em agrante. O que existe na lei é um prazo de 24 horas para a lavratura do auto de prisão após esta ter se efetivado
(art. 306, § 1º).

Tampouco a palavra “perseguição” supõe que os fugitivos estejam na esfera visual dos perseguidores, mas tão
somente que os últimos estejam no encalço dos autores do crime, à sua procura. O próprio Código de Processo Penal,
em seu art. 290, § 1º, cuida de esclarecer que o executor está em perseguição ao autor do delito.

FLAGRANTE PRESUMIDO OU FICTO


Nos termos do art. 302, IV, do CPP, considera-se ainda em agrante delito quem é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração.

Nessa modalidade, o sujeito não é perseguido, mas localizado, ainda que casualmente, na posse das coisas
mencionadas na lei, de modo que a situação fática leve à conclusão de que ele é autor do delito.

É o que ocorre, por exemplo:

Exemplo
, Quando alguém rouba um carro e, algumas horas depois, é parado em uma blitz de rotina da polícia que constata a ocorrência do
roubo e, por isso, leva o condutor do veículo até a vítima que o reconhece, ou, ainda, quando o furtador de uma bolsa feminina é
agrado por policiais em uma praça, vasculhando o interior da bolsa minutos após o furto.

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Note-se que, no último exemplo, o furto considera-se consumado porque a bolsa já havia sido tirada da esfera de
vigilância da vítima sem a ocorrência de perseguição imediata. Daí a conclusão de que a prisão em agrante não
signi ca necessariamente que o furto esteja apenas tentado.

O alcance da expressão “logo depois” deve ser analisado no caso concreto, em geral de acordo com a gravidade do
crime, para se dar maior ou menor elastério a ela, sempre de acordo com o prudente arbítrio do juiz.

Outras denominações:

A doutrina e a jurisprudência criaram várias outras denominações para se referir a situações especí cas que envolvem
a questão do agrante para de nir se são ou não válidas.

FLAGRANTE PROVOCADO OU PREPARADO


Nessa espécie de agrante, agentes provocadores (que podem ser da autoridade, da vítima etc.) induzem, convencem
alguém a praticar um suposto delito, tomando, ao mesmo tempo, providências para que se torne impossível sua
consumação.

Suponha-se que um grupo de policiais, não conseguindo fazer prova de que determinada pessoa atua como assaltante
de bancos faça com que um deles, disfarçadamente, passe a frequentar os mesmos lugares do investigado (bares, por
exemplo) para com ele estabelecer uma amizade.

Quando mantém o contato, o policial disfarçado mente que é assaltante e convence o investigado a cometerem um
roubo, em conjunto, em determinado estabelecimento bancário; contudo, no instante em que entram no banco e
anunciam o roubo, diversos policiais, que estão também à paisana no local aguardando o crime, dão voz de prisão ao
investigado.

Em tais casos o agrante é nulo por ter sido preparado por agente provocador.

Nesses termos, existe a Súmula n. 145, do Supremo Tribunal Federal: “não há crime, quando a preparação do agrante
pela polícia torna impossível a sua consumação”. Trata-se de hipótese de crime impossível, que não é punível nos
termos do art. 17 do Código Penal.

Assim, apesar de o assaltante ter demonstrado sua má-fé ao aceitar tomar parte no roubo, em verdade, deverá ser
solto — o agrante deve ser relaxado —, pois não houve efetivo ilícito penal, já que tudo não passou de uma encenação
por parte dos policiais, desconhecida do investigado.

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Quando policiais disfarçados compram algumas doses da droga que estavam no bolso do tra cante, a prisão em
agrante é considerada legal em razão de peculiaridades do tipo penal do crime de trá co (art. 33, caput, da Lei n.
11.343/2006).

Com efeito, referido delito possui inúmeras condutas típicas, sendo que diversas delas constituem crime permanente.

Na situação em análise, a venda da droga constituiu encenação, não podendo o tra cante ser acusado por trá co em
razão de tal venda. Acontece que ele tinha anteriormente a droga em seu poder para m de trá co (crime permanente),
o que torna legal a prisão em agrante.

A negociação entabulada pelos policiais à paisana visava apenas demonstrar a nalidade para a qual ele tinha a droga
em seu poder. Na denúncia, contudo, o promotor deve acusá-lo de trazer a droga consigo para trá co, e não pela venda.

Por sua vez, caso os policiais se aproximem de um usuário que não tem drogas em seu poder e o convença a ir até o
tra cante pegar um pouco de drogas para vender a eles, estamos diante de agrante provocado.

Em tal caso, os policiais induziram o usuário a obter a posse da droga para vender a eles, tratando-se, portanto, de obra
de agente provocador, que descaracteriza o delito.

FLAGRANTE ESPERADO
Não se pode confundir os chamados agrantes esperado e preparado.

Esperado é uma forma válida e regular, na qual agentes da autoridade, cientes, por qualquer razão (em geral notícia
anônima), de que um crime poderá ser cometido, em determinado local e horário, sem que tenha havido qualquer
preparação ou induzimento, deixam que o suspeito aja, cando à espreita para prendê-lo, em agrante, no momento da
execução do delito.

Note-se que, em tal caso, não há qualquer farsa ou induzimento, apenas aguarda-se a prática do delito no local.

FLAGRANTE FORJADO
Trata-se de hipótese de agrante nulo, que deve ser relaxado, porque foram criadas provas de um delito inexistente
exatamente para viabilizar a prisão. O autor da farsa deve responder por crime de denunciação caluniosa e também por
abuso de autoridade se for funcionário público.

Exemplo
, a) policiais colocam droga no carro de alguém para prendê-lo por crime de trá co;

b) pessoa coloca pertences na bolsa de outrem e aciona a polícia dizendo que foi furtada e convence os policiais a revistar todos
os presentes, de tal forma que os policiais encontram os bens e dão voz de prisão ao inocente.

No primeiro exemplo, os autores da farsa foram os policiais, enquanto no segundo eles foram manipulados. Nos dois casos,
todavia, foram criadas provas de um crime inexistente, tratando-se de agrante forjado.

Se a própria autoridade policial ao receber o preso conduzido ao distrito perceber a fraude, deverá soltá-lo, podendo
prender em agrante o responsável pelo agrante forjado.

Caso a autoridade policial seja também ludibriada e lavre o auto de prisão, caberá ao juiz relaxar o agrante, assim que
descobrir a farsa.

FLAGRANTE RETARDADO

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Este instituto está previsto no art. 8º, da Lei 12.850/13, para permitir à polícia retardar a prisão em agrante de crimes
praticados por organizações criminosas, desde que as atividades dos agentes sejam mantidas sob observação e
acompanhamento, a m de que a prisão se concretize no momento mais e caz do ponto de vista da formação da
prova e fornecimento de informações.

A mesma providência também é prevista no art. 53, II, da Lei n. 11.343/2006 (Lei Antidrogas): que permite a “não
atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua
produção, que se encontrem no território brasileiro, com a nalidade de identi car e responsabilizar maior número de
integrantes de operações de trá co e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível”.

Em suma, o agrante retardado, também chamado de diferido, consiste em atrasar o momento da prisão, mantendo
acompanhamento sobre os criminosos, para que se consigam melhores provas contra os envolvidos em organizações
criminosas ou trá co de drogas.

Em geral, a lavratura do auto de prisão se dá na mesma cidade em que se consumou a infração penal. É, porém,
possível que a prisão ocorra em local diverso daquele em que foi praticada a infração penal.

Sabedor desta possibilidade, o legislador estabeleceu que, nestes casos, o auto deverá ser lavrado sob a presidência
da autoridade do município onde se deu a prisão. É o que diz o art. 290, do CPP, prevendo ainda a obrigação da
autoridade de encaminhar, posteriormente, o auto de prisão e o preso para o foro competente para prosseguimento.

Este dispositivo faz menção expressa às situações em que o autor do delito está sendo perseguido e passa do
território de um município ou comarca para outro, contudo, por interpretação extensiva, é aplicado também às
hipóteses de agrante presumido (ou cto), em que o sujeito não está sendo perseguido, mas é meramente
encontrado, logo depois do crime, na posse, por exemplo, do bem subtraído.

PRISÃO TEMPORÁRIA: LEI Nº 7.960/89


A Lei 7960/89 veio ao mundo para instituir a denominada prisão temporária, uma espécie do gênero prisão cautelar. É
bem verdade que a partir da CF, de 88, que por força do art. 5º, LXI a prisão de qualquer pessoa só pode ser realizada
se a hipótese for de agrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, o que
fez com que desaparecesse a chamada prisão para averiguação.

É uma medida privativa da liberdade de locomoção, decretada por tempo determinado, destinada a possibilitar as
investigações de crimes considerados graves, durante o inquérito policial. Sua disciplina encontra-se na Lei n.
7.960/89.

Hipóteses de cabimento

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Nos termos do art. 1º, da Lei n. 7.960/89, caberá prisão temporária:

I — Quando for imprescindível para as investigações durante o inquérito policial, ou seja,


quando houver indícios de que, sem a prisão, as diligências serão malsucedidas;
II — Quando o indiciado não tiver residência xa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;
III — Quando houver indícios de autoria ou de participação em um dos seguintes crimes:
homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, extorsão ou extorsão mediante
sequestro, estupro, epidemia ou envenenamento de água ou alimento, quadrilha, genocídio,
trá co de entorpecentes ou crime contra o sistema nanceiro.

Esses incisos são alternativos-cumulativos, pois, em todos eles estão presentes o F.B.I. e o
P.I.M. (os incisos I e/ou II podem cumular com o inciso III). O art. 2º, § 4º, da Lei n. 8.072/90,
possibilita também a decretação da prisão temporária nos crimes de terrorismo, tortura e
em todos os crimes hediondos.

Procedimento

A prisão temporária só pode ser decretada pelo juiz, que, entretanto, não pode fazê-lo de
ofício, dependendo de requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade
policial.

No último caso, antes de decidir, o juiz deve dar oportunidade para o Ministério Público se
manifestar (art. 2º, caput, e § 1º).

Feito os autos conclusos ao juiz, ele terá 24 horas para proferir sua decisão, decretando, de
forma fundamentada, a prisão temporária ou indeferindo-a (art. 2º, § 2º).

O juiz poderá, de ofício, ou em razão de pedido do Ministério Público ou do advogado,


determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da
autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito (art. 2º, § 3º). A prisão só
poderá ser executada após a expedição do respectivo mandado (art. 2º, § 5º). Efetuada a
prisão, a autoridade deve informar o preso acerca de seus direitos constitucionais (art. 2º, §
6º) — de permanecer calado, de ter sua prisão comunicada aos familiares ou pessoa por ele
indicada etc.

Nos termos do art. 3º da Lei n. 7.960/89, os presos temporários devem permanecer,


obrigatoriamente, separados dos demais detentos (provisórios ou condenados). Em todas
as comarcas e seções judiciárias deve haver plantão permanente de vinte e quatro horas do
Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária.

Prazos

De acordo com art. 2º, caput, da Lei n. 7.960/89, a duração da prisão temporária é de 5 dias,
prorrogável por mais 5 em caso de extrema e comprovada necessidade. Somente o juiz de
direito poderá prorrogar a prisão.

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Saliente-se, todavia, que o art. 2º, §4º, da Lei n. 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos)
permite que a prisão temporária seja decretada por prazo de 30 dias, prorrogável por igual
período, quando se trate de crime hediondo, trá co de drogas, terrorismo ou tortura.

DA IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
Cotidianamente, o cidadão é identi cado por meio da identi cação civil, seja pela apresentação da certidão de
nascimento, seja pela apresentação da carteira de identidade, ou quaisquer dos demais documentos autorizados em
lei (art. 2°, Lei 12.037/2009). Trata-se, por quanto, de uma identi cação obrigatória prevista no hodierno ordenamento
jurídico brasileiro.

Lado outro, operando em caráter de excepcionalidade, nosso ordenamento jurídico também dispõe acerca da
identi cação criminal, usada com o to de identi car pessoas (vivas ou falecidas) quando da falha ou da
impossibilidade da identi cação civil.

Clique aqui (glossário) e saiba mais informações sobre Identi cação Criminal

Um dos primeiros julgados, no Brasil, referente à produção de prova pelo exame de DNA ocorreu em uma Ação de
Investigação de Paternidade, apreciada pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, em 13 de Junho de 1994.
Na ocasião, a decisão unânime fundou-se no entendimento de que “a perícia genética é sempre recomendável, porque

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permite ao julgador um juízo de fortíssima probabilidade, senão de certeza” (Superior Tribunal de Justiça. Resp.
38451).

Isso se dá pela característica individualizada que a molécula de DNA apresenta. Seu componente, presente em todas
as células do organismo, carrega características únicas do indivíduo, herdadas de seus genitores. Trata-se, portanto, de
um método avançado e com um grau de certeza quase que absoluto. “A con abilidade dos resultados autoriza sua
utilização em demandas judiciárias de colorido mais intenso”.

Sobre o tema, o STJ editou a súmula 301, no qual expõe que “em ação investigatória, a recusa do suposto pai a
submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade”, ou seja, diante da recusa de se submeter
ao exame, ao suposto pai será atribuído os efeitos da con ssão cta.

Por corolário, nada impede que, além da ampla e insuspeita utilização da análise do DNA pela esfera Cível, seja o
mesmo método, utilizado nas demandas Penais. Dá análise do DNA seria possível se con rmar, não apenas a autoria
dos crimes que deixam vestígios, mas também sua materialidade e, por conseguinte, a culpabilidade dos envolvidos.

A partir dessa premissa, por meio do projeto de Lei n° 93, de autoria do Senador Ciro Nogueira, foi promulgada, em
2012, a Lei n° 12.654, a qual alterou a Lei n° 7.210/1984, e a Lei n° 12.037/2009, regulamentando, ainda, a coleta de
per l genético como forma de identi cação criminal.

Em análise ao referido projeto, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania a rmou que “a determinação de
identidade genética pelo DNA constitui um dos produtos mais revolucionários da moderna genética molecular
humana”. Expôs que se trata de uma técnica extremamente superior a todas demais técnicas preexistentes na
Medicina forense, inclusive às impressões digitais clássicas.

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Do ponto de vista das aplicações práticas na atividade pericial forense, o Instituto de Criminalística do Paraná explica
que, os exames de DNA são empregados, dentre outros, nos casos de identi cação de suspeitos, de cadáveres
carbonizados ou em decomposição, de corpos mutilados, e ainda, para a produção de per s de material genético
recuperado a partir de evidências de natureza biológica presentes em suportes diversos, encontrados em locais de
crimes, como manchas de sangue, de esperma, de saliva, pelos entre outros.

INTERVENÇÃO CORPORAL E A EXTRAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO


DO ACUSADO

1 - Nas palavras de Mellado, a intervenção corporal pode ser determinada como “a utilização do corpo do acusado,
mediante atos de intervenção, para efeitos de investigação e comprovação dos delitos”.
2 - Hernadez (apud SABOIA, 2014) compreende que a intervenção corporal é a realização de atos de investigação ou
obtenção de provas no corpo do próprio acusado.
3 - Consoante Nicolas Gonzalez-Cuellar Serrano, (1990, p. 285-305): Intervenções corporais são medidas de
investigação realizadas no corpo das pessoas, sem obrigação de serem realizadas com seu consentimento, através da
coação direta, se necessário, com o objetivo de encontrar conjunturas fáticas que sejam do interesse processual, em
relação às condições ou ao estado físico ou psíquico do sujeito, ou com o condão de localizar artefatos nele ocultados.
4 - Sobre o tema, Maria Elisabeth Queijo, (2003, p. 245) traduz que as provas que implicam intervenção corporal no
acusado podem ser invasivas ou não invasivas. Consideram-se invasivas as intervenções corporais que pressupõem
penetração no organismo humano, por instrumentos ou substâncias, em cavidades naturais ou não. Já as intervenções
não invasivas se caracterizam por provas que não precisam penetrar o organismo, como, por exemplo, a coleta de um
o de cabelo para a realização do exame de DNA, a impressão datiloscópica e os exames fecais.

Com o advento da Lei 12.654/2012, o art. 9°-A, da LEP, estabelece que, a identi cação do per l genético, mediante
extração de DNA será por técnica adequada e indolor.

A intervenção, compreendida como um meio de investigação e empregado para ns de constatação da autoria ou


materialidade, não é restrita aos acusados de delitos, podendo, ainda, ser realizada em vítimas e testemunhas.

No entanto, a doutrina e a jurisprudência majoritária seguem no sentido de que, fere o princípio da não
autoincriminação, a extração de sangue ou qualquer outro material corpóreo, de forma coercitiva para ns de exame
material genético e identi cação criminal.

Insta entender e conceituar, contudo, o papel do indiciado na investigação criminal, no qual tal conceituação é de
extrema importância para elucidação e conclusão para o trabalho em tela.

O PAPEL DO INDICIADO NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

Eugênio Pacelli, (2014, p. 389) explica que: As legislações europeias, de modo geral, bem como a anglo-americana e
algumas de países da América do Sul, como ocorre, nesses países, com a Argentina (art. 218, Código Procesal de La
Nación), por exemplo, preveem situações nas quais o réu, embora sujeitos de direitos, e não mero objeto do processo,
deve se submeter a (ou suportar) determinadas ingerências corporais, com nalidades probatórias.

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Ademais, em sentido contrário, Guilherme de Souza Nucci (2014, p. 113-114) esclarece que: O indiciado como objeto
da investigação é a posição natural ocupada pelo indiciado durante o desenvolvimento do inquérito policial. Não é ele,
como no processo, sujeitos de direitos, a ponto de poder requerer provas e, havendo indeferimento injusti cado,
apresentar recurso ao órgão jurisdicional superior. Não pode, no decorrer da investigação, exercitar o contraditório,
nem a ampla defesa, portanto. Deve acostumar-se ao sigilo do procedimento, não tendo acesso direto aos autos, mas
somente através de seu advogado. Por isso, é considerado como objeto da investigação.

Completa, ainda, que a despeito de existir decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, aparentemente em sentido
contrário: O que nos parece tenha querido dizer o Ministro Celso de Mello é que há direitos e garantias individuais
aplicáveis à fase do inquérito policial, a todo suspeito ou indiciado. Assim, tem este o direito ao silêncio, merece ter sua
integridade física preservada, não pode ser submetido a qualquer procedimento vexatório (direito à imagem) pode
constituir advogado para acompanhar a investigação, en m, como pessoa que é, deve ter preservados seus direitos
constitucionais. Isso não o transforma em sujeito de direitos no contexto do procedimento investigatório e inquisitivo,
na essência. Ao a rmar-se ser o indiciado objeto da investigação isso não signi ca dizer que ele é sujeito desprovido
de direitos, isto é, uma coisa qualquer, no sentido inanimado que o termo pode representar, mas tão somente
representa o valor de ser o suspeito o alvo da investigação produzida, sem que possa nesta interferir, como faz,
regularmente, no processo penal instaurado. (NUCCI, 2014)

Superada a elucidação do papel do indiciado durante a fase de investigação criminal, importante mencionar a
intangibilidade física do corpo do acusado e, por conseguinte, sua necessidade, ou não, de consentimento para
extração do material genético, o que faremos a seguir.

DA INEXIGÊNCIA DE CONSENTIMENTO E DE COLABORAÇÃO DO


ACUSADO PARA A EXTRAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO E
REALIZAÇÃO DO EXAME DE DNA
A concordância do acusado à intervenção corporal afastaria quaisquer fatos impeditivos à prática dos procedimentos,
é o que leciona Aury Lopes Jr. (2001, p. 322-323, quando expõe que, “Havendo o consentimento do suspeito, poderá ser
realizada qualquer espécie de intervenção corporal, pois o conteúdo da autodefesa é disponível e, assim, renunciável.”

Importante mencionar, ainda, nos dizeres de Eugênio Pacelli (2014, p. 397), que “a nova regra, (da Lei 12.654/12), prevê
que a defesa também poderá requerer a identi cação criminal em favor do acusado, isto é, como meio de afastar o
quanto antes, a sua responsabilidade criminal.”

O problema atinente à intervenção corporal nasce, no entanto, quando inexiste o consentimento do acusado à
realização desta. A jurisprudência e a doutrina divergem acerca a legitimidade do Estado de submeter o acusado a tais
procedimentos sem sua anuência.

É sabido que nas demandas Cíveis a “obrigatoriedade” do fornecimento do material genético, principalmente para ns
de investigação de paternidade. Inclusive o tema foi sumulado pelo STJ, por meio da Súmula 301, no qual foi
anteriormente mencionada neste trabalho em tópico anterior.

O Ministro Francisco Resek, no julgamento do HC 71373-4 (BRASIL, 1996), posicionou-se favorável ao exame de
sangue compulsório em um processo de paternidade. Em seus argumentos, sustentou que a extração de sangue para
a realização do referido exame não traria prejuízos à saúde do réu e que não pode ser considerado absoluto e ilimitado
o direito do indivíduo sobre o próprio corpo, salientando que existem casos onde a jurisprudência da Suprema Corte
resolveu que a incolumidade física deve ceder a interesses preponderantes, como o da saúde pública e a vacinação
compulsória.

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Nesse ponto, Carlos Henrique Haddad (2007, p. 87-108), defende que: Não se reconhece ofensa à integridade física
pela mera submissão à intervenção corporal, pois as lesões no corpo podem ser suportadas sem integrar o sentido
material de sua tipicidade, em virtude da facilidade em obter um material orgânico que contenha DNA. Afastando a
tipicidade material das ofensas corporais que não traduzam sequelas ou sofrimento físico considerável, que não
comprometam anatômica, estética, siológica ou mentalmente o acusado é uma exigência das combinações dos
critérios de tolerância, dos danos idade social e da proporcionalidade.

Não há imprecisão quanto à importância da proteção e respeito sobre a entidade corporal. Todavia, tal abrigo não pode
ser ampliado de forma a confundir com uma proibição ao uso do corpo humano como meio de prova em ocasiões que
não atentem contra o princípio da dignidade da pessoa humana.

As apreciações laboratoriais, seja de coleta sanguínea ou de urina, são socialmente admissíveis e usadas com relativa
frequência na vida rotineira da sociedade como um todo, não sendo assinalado como exames vexatórios ou
humilhantes. Tais procedimentos, quando atendidos aos padrões necessários de higiene, não põem em risco a saúde e
o bem-estar do examinado.

Atenção
, A coleta compulsória, porém, é controversa na jurisprudência brasileira. Ao se posicionarem sobre o tema, juristas e
doutrinadores baseiam-se, em sua maioria, em processos e situações fáticas que versam sobre investigações de paternidade.
Contudo, na apreciação da matéria, percebe-se que os princípios fundamentais envolvidos, especialmente a intangibilidade do
corpo, aplicam-se no âmbito penal, no qual a criação da Lei 12.654/2012 trouxe à tona o debate em matéria criminal.

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Abundantes são os posicionamentos que fazem jus ao destaque acerca matéria ora tratada, dentre eles o de Carlos
Carbone, (2007, p. 107-108,) (apud SABOIA) defendendo que: A extração de sangue, cabelos e/ou pelos pubianos, as
amostras epiteliais, são legítimas contra a vontade do acusado, desde que cumpram os requisitos indispensáveis da
racionalidade, proporcionalidade, necessidade, utilidade e relevância, e não violem o direito à privacidade, à dignidade
física e tampouco o direito à dignidade humana, uma vez que somente afetam de forma leve o corpo humano e não
ofendem a proibição de tratamento desumano e degradante, quando realizados por pessoas habilitadas e com o limite
de não colocar em perigo a vida ou a saúde. Tampouco o seu consentimento prévio é necessário para a realização da
diligência da extração de amostra de sangue.

Sobre o assunto, Carlos Henrique Borlido Haddad (2015) manifestou-se no sentido de que: A admissão do exame de
DNA compulsório no processo penal brasileiro, posto que seja uma novidade em relação ao tipo de prova que
disponibilizará, não representará nenhuma inovação acerca das restrições e bens jurídicos que já suporta o acusado. A
pena privativa de liberdade, a prisão provisória de nalidade instrutória indireta, o monitoramento ininterrupto de
diálogos, a sanção capital e a medida de segurança de caráter indeterminado são superlativamente mais lesivos do
que a colheita do material orgânico, mormente em relação àquela que não possui o caráter de invasividade. É preciso
apenas voltar os olhos para as provas e sanções atualmente existentes no processo penal e lembrar-se da existência
de medidas de caráter restritivo para superar a cultura de intangibilidade absoluta do acusado.

A entidade corporal de um indivíduo tem valor inestimável e por isso carece a proteção constitucional. Entretanto, trata-
se de uma importância que necessita ser considerada de encontro com os demais preceitos éticos, constitucionais e,
consequentemente, jurídicos, pois, casos em que a investigação permeia em torno de fato grave imputado ao acusado,
pode este con rmar-lhe a culpa ou inocentá-lo.

Luis Gustavo Gradinetti Castanho Carvalho (apud SABOIA) traduz a ideia de que: Desde que não viole a dignidade
humana, não há um direito absoluto de negar-se a se submeter ao exame de pareamento cromossômico (DNA), à
extração de sangue ou ao recolhimento de cabelos para a realização de perícia. Isso porque, a vida de relação encara
como absolutamente normal a extração de sangue para exames laboratoriais de saúde, assim como não se pode
atribuir nenhum risco à extração de um o de cabelo.

De tal sorte, haja vista a segurança do método e sua prática indolor de extração de material genético, não é verossímil
sustentar que a prática de um exame desta natureza confrontaria o direito à inviolabilidade corporal do indivíduo, nem
tampouco que consistiria em procedimentos ofensivos que violem o princípio da dignidade da pessoa humana.

DO PRINCÍPIO DO NEMO TENETUR SE DETEGERE E SUA


CONFORMIDADE COM A PROVA PRODUZIDA POR MEIO DE DNA
Preliminarmente, impreterível destacar que, o princípio supramencionado signi ca, em tradução livre, que ninguém é
obrigado a se descobrir, conhecido como o direito de não produzir provas contra si, ou, ainda, o princípio da não
autoincriminação.

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Não se vislumbra, pois, qualquer ofensa ao princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo.
A nal, a identi cação criminal, por esse novo método, será produzida quando indispensável para a investigação
policial, com autorização judicial (art. 3°, IV, Lei 12.037/2009), enfocando-se a individualização do investigado, desde
que haja dúvida quanto a sua real identidade.

Conclui, ainda, que:

Ante ao exposto, correlacionando, ainda, com os preceitos trazidos por Nucci, quanto à conceituação de que ao
acusado, deve-se atribuir o papel de objeto da investigação criminal, veri co que não há que se falar em ofensa ao
princípio da não autoincriminação no caso ora tratado.

DA CRIAÇÃO DE UM BANCO DE DADOS GENÉTICO-CRIMINAL


Hodiernamente, as técnicas de identi cação por meio de per s genéticos podem ser utilizadas tanto na esfera civil,
quanto na esfera penal. Com o advento da recém-promulgada Lei 12.654/12, criou-se a possibilidade de se de
comparar, e mais ainda, de armazenar esses materiais genéticos colhidos a partir do DNA extraído em locais de crime,
ou de condenados pela pratica de delitos violentos, em um banco de dados de DNA.

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A utilização do DNA com o to de se identi car criminosos revolucionou a investigação criminal, principalmente nos
casos em que deixam vestígio, pois o material coletado na cena do crime, até mesmo na própria vítima, possibilita a
imputação da autoria delitiva a um sujeito com muito mais segurança e con abilidade, evitando erros grosseiros.

O primo dos bancos de dados de per s genéticos de criminosos foi criado na Inglaterra, mas sem dúvida o banco mais
importante, é o CODIS (Combined DNA Index System).

O CODIS teve seu marco inicial como um projeto piloto, em 1990, e ganhou impulso com o DNA Identi cation Act, de
1994, que deu ao FBI a autoridade de estabelecer um banco de dados em nível nacional para ns de investigação
criminal.

Atualmente, a Rede Integrada de Bancos de Per s Genéticos no Brasil, conta, com 18 laboratórios, locados nos Estados
do Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal; além de um laboratório da Polícia Federal.

Esses laboratórios armazenam os materiais genéticos coletados nas cenas de crimes, com o to de serem
comparados com o per l genético de um indivíduo, suspeito ou condenado pela prática de um crime. (SCHIOCCHET,
2012).

Especialista a rmam que, assim como ocorreu os Estados Unidos, a implementação de banco de dados deverá
contribuir bastante para a redução dos índices de criminalidade no Brasil. De igual forma, é de suma importância para
auxiliar as forças policiais na investigação criminal.

ATIVIDADES
1- A prisão temporária pode ser de nida como uma medida cautelar restritiva, decretada por tempo determinado,
destinada a possibilitar as investigações de certos crimes considerados pelo legislador como graves, antes da
propositura da ação penal. Sobre o tema, assinale a a rmativa correta.

a) Assim como a prisão preventiva, pode ser decretada de ofício pelo juiz, após requerimento do Ministério Público ou
representação da autoridade policial.
b) Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser xado em, no máximo, 15 dias, prorrogáveis uma vez pelo mesmo
período.
c) Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser imediatamente solto.
d) O preso, em razão de prisão temporária, poderá car detido no mesmo local em que se encontram os presos provisórios ou
os condenados de nitivos.

Justi cativa

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2- A respeito da prisão em agrante, considere:

I. João teve seu veículo roubado e comunicou o crime à Polícia. Uma viatura saiu à procura dos assaltantes e, logo
depois, viu os autores do crime de posse do veículo subtraído.

II. Os integrantes de uma viatura policial viram uma pessoa sendo assaltada e se aproximaram. Percebendo a
aproximação da polícia, os assaltantes fugiram a pé, sendo perseguidos e cercados em uma viela.

III. Por meio de denúncia anônima, investigadores de polícia dirigiram-se ao local indicado pelo denunciante e
encontraram em poder das pessoas que ali estavam diversos documentos de veículos furtados.

Podem ser presas em agrante delito as pessoas das situações indicadas APENAS em

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.

Justi cativa

Glossário

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