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DEL RIO, Isabella G ; FREITAS, Laura A ; KRUSE, Marianne N ; FERRARINI, Márcio ; FARIA,
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Luciane G. ; OLIVEIRA, Andrea C.
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Aluno do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo , São Paulo, Sp.
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Professor do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo , São Paulo, Sp.
e-mail: lauragfreitas@gmail
INTRODUÇÃO
A cáscara sagrada é a casca dessecada de rhamnus purshiana, deve ser colhida após pelo
menos um ano antes de ser usada para fins medicinais. Na cáscara fresca estão presentes formas
reduzidas de glicosídeos, que, durante um período mínimo de um ano se convertem em glicosídeos
monoméricos oxidados com atividade catártica mais suave. Trata-se uma árvore nativa da costa do
pacífico da américa do norte cuja a sua função fisiologica é a correção da constipação habitual, em
que não só atua como laxativo mais restaura a tonicidade natural do cólon (ROBBERS, 1997).
Percolação farmacopéica é o processo extrativo que consiste na passagem do solvente
através da droga previamente macerada mantida em percolador, sob velocidade controlada.
Percolação experimental (seringa) consiste numa adaptação da percolação farmacopêica em menor
escala, desenvolvida em uma seringa de 60mL, onde a droga vegetal em pó (4g), fica em contato
com líquido extrator (40mL) pelo mesmo período e condições de um percolador e ao final, escota-se
todo o percolado, lavando o conteúdo até completar o volume final pretendido de tintura.
Maceração consiste no processo em manter a droga, convenientemente pulverizada, nas
proporções indicadas na fórmula em contato com líquido extrator com agitação diária de
aproximadamente 20 dias, neste estudo a maceração estática foi mantida sem agitação e a dinâmica
em agitação continua, em agitador mecânico.
OBJETIVO
Analisar e comparar os métodos extrativos da Cascara sagrada (Rhamnus purshiana) pelos
métodos percolação farmacopéica, percolação experimental (seringa), maceração estática (sem
agitação) e dinâmica (com agitação continua).
METODOLOGIA
Partiu-se da droga seca Cascara sagrada (Rhamnus purshiana) em pó padronizado, utilizou-
se como líquido extrator etanol 90%.
No método de percolação farmacopeica, utilizou-se um percolador de aço inox, com papel de
filtro no fundo, adicionou-se 37g da droga seca em pó, previamente umedecida com liquido extrator,
acrescentou-se o restante do liquido extrator até cobrir a droga e perfazer o volume total esperado.
Após esse processo o percolador foi fechado com um papel filme e a tampa, devidamente rotulado e
identificado. A droga e o liquido extrator permaneceram em contato durante vinte e dois dias. Após
esse tempo realizou-se a percolação na velocidade de 8gts/mim/100g droga, lavando com o liquido
extrator o percolado, até se obter o volume de 200 ml. A tintura de Cascara Sagrada (Rhamnus
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purshiana) foi filtrada com um papel filtro para reter qualquer resíduo da droga, deixado em repouso
no mínimo 48h e refiltrado posteriormente e depois realizou-se o controle de qualidade.
Método de percolação experimental realizado na seringa, com um papel filtro forrou-se o
fundo da seringa de 60 ml acrescentou–se 4,0g de Cascara sagrada (Rhamnus purshiana) em pó e
adicionou-se 40mL de liquido extrator (Álcool 90º) e tampou-se com o embolo deixando um sistema
hermeticamente fechado, a droga ficou em contato com o liquido extrator durante vinte e dois dias.
Após esse tempo realizou-se a percolação espontânea, visto ser uma adaptação e não ter torneira
para dosar a quantidade a ser gotejada, lavando da mesma forma o percolado com o liquido extrator,
até se obter o volume final de 40 ml. A tintura de Cascara Sagrada (Rhamnus purshiana) foi filtrada
com um papel filtro para reter qualquer resíduo da droga, deixado em repouso no mínimo 48h e
refiltrado posteriormente e depois realizou-se o controle de qualidade.
O método de Maceração experimental com agitação foi realizado em um recipiente fechado
(vidro âmbar), adicionou-se 40g da droga Cascara Sagrada (Rhamnus purshiana) e 200 ml de liquido
extrator (álcool 90%) e acrescentou- se o agitador magnético em agitação continua com agitador
magnético (Fisaton, potencia 650W, mod.752ª, série:978755), padronizado na velocidade 5. O vidro
âmbar foi devidamente fechado, identificado e rotulado. A droga permaneceu em contato com o
liquido extrator durante vinte e dois dias sob agitação, depois foi realizado a filtragem com papel filtro
lavando o macerado com o líquido extrator até a obtenção do volume de 200 ml, deixado em repouso
no mínimo 48h e refiltrado posteriormente e depois realizou-se o controle de qualidade.
O método de maceração experimental sem agitação foi realizado o mesmo procedimento que
a maceração experimental com agitação, porém mantido em repouso, durante todo o processo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Resultados do controle de qualidade dos métodos utilizados para extração da Cáscara
Sagrada (Rhamnus purshiana).
Odor Característico
Fonte: Autor
78 78 83 84
Fonte: Autor
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Tabela 3: Densidade relativa das tinturas obtidas do processo de Maceração(g/cm ).
Densidade
picnômetro
picnômetro
0,8483 0,8519
0,8480 0,8521
0,8486 0,8517
Fonte: Autor
3
Tabela 4: Densidade relativa das tinturas obtidas do processo de Percolação (g/cm ).
Percolação Percolação
Farmacopeica seringa
Picnometro Picnometro
0,8648 0,8675
0,8646 0,868
0,8650 0,8646
Fonte: Autor
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Fonte: Autor
Fonte: Autor
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Fonte: Autor
CONCLUSÃO
Os métodos utilizados para extração da Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana) por
maceração mostrou diferenças estatisticamente significativas (p=0,05) para teste T, para o dinâmico
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em relação ao estático, quanto a densidade relativa, e correlação entre densidade relativa e resíduo
seco.
Os métodos de extração por percolação não apresentaram diferenças estatisticamnete
significativas, assim a percolação experimental (seringa) mostrou-se equivalente ao método
farmacopéico, sendo de grande valia este achado, pois este pode ser empregado em análises de
controle de qualidade em baixa escala.
REFERÊNCIAS
ROBBERS, James E.; SPEEDIE, Marilyn K.; TYLER, Varro E. Farmacognosia - Biotecnologia. 2.
ed. São Paulo: Premier, 1997. 372 p.
BRASIL. Farmacopéia brasileira. 5 ed. v.1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília:
ANVISA, 2010.
Klein, T., Longhini, R., Bruschi, M.L., Mello, J.C.P. Fitoterápicos:um mercado promissor. Rev Ciênc
Farm Básica Apl., 2009;30(3):241-248
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Brasília: Ministério
da Saúde;2007b.
HELOU, Joao H.; Pharmaceutical preparations obtained of the extraction, Rev. bras. farmacogn.
vol. 2-3-4, São Paulo, 1989.
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