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Em 1º. de maio de 1891, uma manifestação no norte da França foi dispersada pela
polícia no que resultou na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve
para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a
Internacional dos Trabalhadores, em Bruxelas, proclamou essa data como dia
internacional de reivindicações de condições laborais.
Na data de 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada diária de oito
horas e proclamou o dia 1º. de maio desse ano, feriado.
No ano de 1920, a União Soviética adotou o dia como feriado nacional e este
exemplo foi seguido por muitos outros países.
Ainda ficou estabelecida a política de expulsão dos líderes dos trabalhadores que
fossem estrangeiros.
Em 1912 o governo patrocinou o Congresso Trabalhista que tinha como objetivo
fundar um partido político. Nesse congresso fundou-se a Confederação Brasileira
do Trabalho (partido).
Em contrapartida, foi realizado em 1913, um novo Congresso Operário Brasileiro,
que reafirmou as ideias anteriormente defendidas pelo anarcossindicalistas,
apontando para uma organização dos trabalhadores que fosse livre e que tivesse
no sindicato o principal agente organizador dos operários, deixando de lado
qualquer possibilidade de fundação de um partido com direção rígida e
hierárquica ao movimento.
O movimento operário no Brasil também sofreu as influências do que ocorria no
mundo. Uma delas foi a Primeira Guerra Mundial que trouxe prejuízos à
economia brasileira diminuindo o ritmo de crescimento do setor industrial, além
de elevar o custo de vida resultando em várias manifestações e greves.
Em 1917 teve início uma das mais famosas greves, ocorrida da fábrica têxtil Crespi,
uma das maiores unidades fabris de São Paulo, com mais de dois mil
trabalhadores. O movimento se espalhou para outros setores que também
entraram em greve e ganharam as ruas paralisando, por completo, a cidade.
A greve foi vitoriosa e no acordo foi estabelecido: aumento de 20% nos salários em
geral; a não dispensa dos grevistas; respeito ao direito de associação dos
funcionários; pagamento quinzenal; melhoria das condições econômicas e morais
dos trabalhadores. Em dezembro o governo publicou decreto que regulamentava
(pela primeira vez) o trabalho feminino e infantil, ficando proibida a exploração
do trabalho noturno desses.
Outra influência sobre o movimento operário brasileiro foi a Revolução Russa de
1917. Com a vitória dos comunistas na Rússia, os socialistas que compunham o
movimento operário brasileiro se fortaleceram e passaram a interferir mais
fortemente no movimento e, ao mesmo tempo, os anarquistas foram perdendo
espaço.
Em 1922 foi fundado o Partido Comunista do Brasil (PCB), que no movimento
operário passou a defender a ideia de construção da unidade sindical como melhor
instrumento de defesa dos interesses da classe trabalhadora. A partir daí cresceu o
prestígio dos comunistas e seu domínio no movimento sindical.
Entre 1920 e 1929, o movimento operário abarcava fundamentalmente três
correntes: 1- sindicalista de esquerda (anarquistas); 2- reformista de direita; e 3-
comunista.
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De 1930 a 1945: Em 1930, Júlio Prestes foi eleito presidente do Brasil em uma
disputa eleitoral duvidosa com Getúlio Vargas. Com apoio de vários setores da
política nacional, Vargas promoveu um levante armado e tomou o poder.
Já em 1930, Vargas criou o Ministério do Trabalho. Seu plano foi o de realizar
através do Estado leis de cunho trabalhista para os trabalhadores urbanos, sem
molestar a aristocracia agrária, passando a ideia de um Estado protetor da classe
trabalhadora.
A Lei de Sindicalização foi publicada em 1931. O decreto estabeleceu: vínculo e
reconhecimento do sindicato à aprovação do estatuto pelo Ministério do Trabalho;
facultativo “aos sindicatos” dos patrões e empregados e operários celebrarem
acordos entre si; proibição das organizações sindicais de se vincularem às
organizações internacionais, sem aprovação do Ministério do Trabalho e
estabelecimento que os sindicatos, as federações e as confederações deveriam
mandar anualmente um relatório para o Ministério do Trabalho.
Ficou estabelecido, de acordo com as novas leis, que os sindicatos deveriam ser
atrelados ao Estado, não tendo a menor possibilidade de autonomia.
Os trabalhadores resistiram a essas políticas que tolhiam a liberdade de
organização, realizando greves na cidade de São Paulo, colocando-se como força
contrária.
Em 1935 formou-se a Aliança Nacional Libertadora (ANL), composta por forças
políticas diversas, com o incentivo do PCB. Esta frente popular elegeu como
bandeira a luta contra o fascismo, o imperialismo e o latifúndio. A fundação da
ANL se deu ao mesmo tempo em que houve um enfraquecimento institucional do
sindicalismo oficialista.
Em 1937, Vargas deu um golpe de Estado, Estado novo, com o apoio dos militares,
estabelecendo uma política de maior intervencionismo na sociedade.
Os princípios da constituição de 1937, que regeram mais esta etapa do governo
Vargas, afetaram diretamente a estrutura sindical controlando ainda mais a classe
operária e incentivando o processo de acumulação do capital.
As políticas governamentais para os sindicatos levaram a um recrudescimento das
forças mais combativas, provocando um aumento das práticas pelegas nos
sindicatos: direções sindicais cooptadas pelo governo, deixando de ser
organizações de embates políticos.
Com toda a repressão militar e institucional que impediam as formas alternativas
de organização dos trabalhadores e, tornavam instrumentos de luta como a greve
um crime, se estabeleceu um momento difícil para a classe trabalhadora.
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Central Única 35,84 36,79 38,23 38,320 36,70 35,60 34,39 33,67 PT/esquerda. Metalúrgico, bancário, Alta Grande
dos % % Dividida entre a servidor público, rural,
Trabalhadores ideologia de educação
(CUT) - 8/1983 mercado e a
estatizante
Força Sindical 12,33 13,10 13,71 14,12 13,70 13,80 12,59 12,33 PDT/centro- Metalúrgico, Alta Grande
(FS) - 3/1991 % % esquerda. automotivo, construção
Ideologia civil e comerciário
francamente de
mercado
União Geral 6,29 7,19 7,19 7,89 11,30 11,20 11,92 11,67 PSD/Centro, Comerciário, Média ↑ Média ↑
dos % % defensora da terceirizados, Colônia
Trabalhadores economia de de pescadores e Asseio
(UGT) -7/2007* mercado e conservação
Central dos 5,09 6,12 7,55 7,77 9,20 9,20 9,33% 9,13% PCdoB/ Educação, metalurgia, Média ↑ Média ↑
Trabalhadores PSB.Esquerda rural, serviço público
e
Trabalhadoras
do Brasil (CTB)
- 12/2007
Nova Central 6,27 5,47 6,69 7,04 8,10 8,10 8,01% 7,84% Suprapartidária, Transporte, construção Média→ Média→
Sindical de sem uma e mobiliário, turismo e
Trabalhadores vinculação servidores públicos
(NCST) -6/2005 preponderante,
ideologicamente
de centro e
adepta de
economia de
mercado
Central Geral 5,02 5,02 5,04 7,02 - - - - Partido da Pátria Prestador de serviço Baixa Baixa
dos Livre (ex-MR
Trabalhadores 8 ). Centro-
do Brasil esquerda
(CGTB) -
08/2006**
*Fusão da CGT, SDS e CAT. A CGT, fundada em abril de 1986 como central, transformou-se em CGT- Confederação em 1988.
** CGT fica como central em 1988, como a sigla CGTB.
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