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Militar
Fico lembra da tensão pela Guerra Fria e o Brasil como local estratégico
politicamente no mundo. Assim, a SNI surge como um órgão de informações em 1964
para tornar a repressão um pouco mais “organizada”. Entretanto, Castelo Branco
rechaçou que viesse a ser um novo DIP e não renovou o chamado “expurgo” dos IPM,
irritando radicais. p.43
Em seguida, Fico explica como Castelo e os radicais dos IPM tentaram dominar
o campo das atuações contra os opositores. Inclusive levando à construção e elaboração
do AI-2. p.44-52
O AI-2 foi lindo no dia 27 de outubro de 1965 como concessão aos radicais –
apesar de não acalmá-los-, vetava a releição de Castelo Branco e condicionava eleições
indiretas para presidente. O que gerou ambiente para Costa e Silva postular o cargo:
Para Fico, Costa e Silva não estava sozinho ao assinar o AI-5 e lançar o Brasil
numa ditadura de fato, chegando a lembrar que seus ministros o acompanhavam. E
lembrou Delfim Netto, na reunião que aprovou o Ato, que poderia ter inflamado ainda
mais o discurso do ditador:
Fico lembra que algumas informações não tinham utilidades efetivas, mas
poderiam atuar no efeito moral e psicológico:
Assim, saber detalhes sobre a vida sexual de alguém era inútil, como
informação, para as decisões governamentais; mas poderia ser
essencial para as atividades clandestinas de espionagem do sistema,
que poderia - como efetivamente fez - lançar mão de tais dados para
desqualificar o "inimigo". p.76