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A DITADURA MILITAR
COMO ACONTECEU?
- O golpe contra João Goulart estava organizado para acontecer por volta do dia 10 de abril,
em uma ação conjunta de militares, membros do Ipes e dos EUA mas as coisas não saíram
como previsto. No dia 31 de março, uma rebelião organizada por Olympio de Mourão deu
início ao golpe militar.
Olympio Mourão era comandante da 4ª Região Militar e iniciou uma rebelião em Juiz de Fora.
Suas tropas marcharam em direção ao Rio de Janeiro com o objetivo de derrubar o governo.
PORQUE ACONTECEU?
- A ditadura militar no Brasil aconteceu devido a uma série de fatores, incluindo instabilidade
política, tensões sociais e econômicas, além do contexto da Guerra Fria.
ATOS INCONSTITUCIONAIS
- Os atos institucionais eram decretos com poder de Constituição e foram utilizados pelos
militares para darem legitimidade às violências e ilegalidades cometidas durante o período da
Ditadura Militar. Ao todo, foram emitidos 17 atos institucionais.
Os principais atos institucionais foram os cinco primeiros, emitidos entre 1964 e 1968. Entre
eles, o Ato Institucional nº 5 foi o mais famoso porque iniciou o momento de maior violência
da Ditadura Militar, os conhecidos “anos de chumbo”
O AI-5 é uma norma legal instituída pelo governo militar que estabelecia prerrogativas para
que os militares pudessem perseguir os opositores do regime. Consistia basicamente em uma
ferramenta que dava legalidade jurídica para o autoritarismo e a repressão impostos pelos
militares desde 1964. Esse ato foi anunciado, via rádio, no dia 13 de dezembro de 1968,
durante o governo de Artur Costa e Silva
Proibição do direito de habeas corpus àqueles que fossem acusados de cometer crimes
políticos;
Desobrigação do governo de ter que explicar à Justiça qualquer ação realizada com base no AI-
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BENEFICIOS
- Entre os anos de 1969 e 1973, o PIB brasileiro cresceu de 9,8% ao ano para 14% ao ano e a
inflação caiu de 19,46% para 15,6%. Além disso, outras medidas do governo contribuíram para
o clima de crescimento econômico e efervescência financeira, como a redução de gastos
públicos e de emissão de papel moeda. Esse crescimento econômico foi chamado de “O
milagre econômico”
Durante o milagre econômico brasileiro, foram construídas diversas obras públicas, apelidadas
pela imprensa da época como Obras Faraônicas, uma referência irônica a suas infraestruturas
gigantescas e pouca importância prática. Como por exemplo:
Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira e Itaipu, a Usina Nuclear Angra 1, a Ponte Rio-Niterói e o
começo da construção da Transamazônica
MALEFICIOS
- Como em todas as ditaduras, o regime militar de 64 foi caracterizado pelo desrespeito aos
direitos humanos. Através da Lei da Anistia, assinada em 28 de agosto de 1979, cerca de 16 mil
brasileiros recebem algum tipo reparação devido às perseguições, prisões, torturas,
condenações, banimentos, demissões sofridas durante o regime. Além de que 50 mil pessoas
foram presas apenas em 1964; 536 sindicatos sofreram intervenção no período, entre eles o
Sindicato dos Bancários de São Paulo; e 6,5 mil militares que eram contra o regime foram
perseguidos.
Durante a ditadura militar havia apenas entre os mais ricos e a classe média uma falsa
sensação de segurança causada pela enorme repressão policial contra as camadas mais pobres
da população.
A CULTURA NA DITADURA
Ainda assim, muitos artistas não se intimidavam, e seguiam se impondo como membros de
uma oposição que lutava pela liberdade de expressão. Infelizmente, vários deles foram presos.
Como por exemplo: Caetano Veloso, Gilberto Gil. Raul Seixas e Rita Lee, todos esses cantores
foram presos ou extraditados do Brasil.
CONCLUSAO
- Golpe de 1964 deu início a um período de 21 anos de repressão que assolaria a história do
Brasil. Através do exercício da violência, por meio de um Estado autoritário e antidemocrático,
a Ditadura Militar deixou centenas de mortos e desaparecidos, cerceando a liberdade da
população civil e agravando ainda mais os índices de desigualdade social no país.
Embora nos últimos anos a historiografia da ditadura militar tenha dado um grande salto, urge
ainda a necessidade de ressaltarmos a importância do trabalho de memória: “Lembrar para
não repetir”. Em tempos de ameaça à democracia, olhar para o passado pode nos dar uma
perspectiva para pensarmos nosso horizonte e projetarmos um futuro cada vez mais
comprometido com os ideais democráticos.