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PPGAU
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Natal
Março/ 2010
1
Natal
Março/ 2010
1
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
Profa. Dra. Nelci Tinem
Orientadora – PPGAU/ UFRN
_________________________________________________
Profa. Dra. Edja Bezerra Faria Trigueiro
Examinadora interna – PPGAU/ UFRN
_________________________________________________
Prof. Dr. Fernando Diniz Moreira
Examinador externo – MDU/ UFPE
Natal
Março/ 2010
3
AGRADECIMENTOS
Júlio Katinsky
6
RESUMO
ABSTRACT
In the mid-1980s, the magazine Projeto published the Actual Brazilian Architecture
catalogue presenting texts by Hugo Segawa and Ruth Verde Zein with a corpus of
works and engaged architects of the 1960s and 1970s. To comprehend the Brazilian
architectural production post-1964, in those years of the 1980s, became a significant
mission to reactivate the Brazilian architectural debate weakened by the military
dictatorship. In his doctoral thesis Spadoni (2003) deals with the different ways which
characterizes the Brazilian architectural production of the 1970s. Marked by
inventiveness, this production was in tune with the modern thinking and in the
transition period between the 1970s and the 1980s it synchronized with the
international debate about post-modern architecture. Considering Spadoni’s doctoral
thesis, this work deals with the modern experience observed in the one-family-
houses built in the seventies in João Pessoa. Some modern experiences were not
clear outside, to observe it, it was necessary to search for the type of experience into
the spatial disposition and of the know-how constructive, because into the
appearance some houses not make explicit the use of the modern language. Other
observed experiences allude to the repertoire of the Brazilian period in the years
1940s-1960s, to the experience of the modern architecture in São Paulo of the
1960s, to the experiences in which the climate of the Northeastern region strongly
influenced the architectural conception. We can also find in a reduced number of
houses a particular experience: it refers to experiences that expose the constructive
doing, which leave the material apparent and apply to the residential type the
experience of the industrial pre-fabricated buildings.
LISTA DE IMAGENS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE MAPAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.................................................................................................... 18
1.1 Construção do Objeto de Estudo................................................................ 21
1.2 Justificativa................................................................................................... 27
1.3 Objetivos....................................................................................................... 29
1.3.1 Objetivo geral............................................................................................. 29
1.3.2 Objetivos específicos................................................................................ 30
1.4 Procedimentos Metodológicos................................................................... 30
1.4.1 Pesquisa bibliográfica............................................................................... 30
1.4.2 Pesquisa em arquivo................................................................................. 33
1.4.3 Sistematização das informações.............................................................. 36
1.4.4 Pesquisa de campo................................................................................... 45
1.4.5 Definição dos elementos de análise........................................................ 52
1.5 Estrutura do Trabalho.................................................................................. 55
3 DA REALIDADE DO LUGAR............................................................................ 75
3.1 A Cidade de João Pessoa nos Anos 1970.................................................. 75
3.2 Da Arquitetura na Paisagem Urbana........................................................... 81
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 155
ANEXOS............................................................................................................... 160
ANEXO 01 - FICHAS DE REGISTRO.................................................................. 161
ANEXO 02 - FICHAS DE ANÁLISE..................................................................... 244
18
1 INTRODUÇÃO
arquitetônica dos anos 1970 com um “pluralismo” que expressava as suas múltiplas
“tendências”.
Para Weston (2004), os arquitetos modernos encontraram na residência
unifamiliar um dos tipos mais apropriados para a realização de experiências de
diferentes naturezas: múltiplas tendências, teorias, formas e materiais. Em seu livro
A Casa no Século XX ele comenta particularmente as diferentes experiências
modernas construídas no Ocidente ao longo dos anos 1910-1990, contemplando os
seus exemplares mais significativos. Dos anos 1970 ele destaca as Casas Trubek e
Wislocki (1971-72) de Venturi, a casa de Westchester County, em Nova Iorque
(1974-76) de Robert Stern e a casa Plocek (1976-82) de Michael Graves como
referências da experiência “pós-moderna”. Para o autor esses exemplos apontam
referências do passado e recorrem a efeitos cenográficos para expressar uma falsa
solidez. Outra referência arquitetônica marcante dos anos 1970, citada por Weston,
é a Casa VI (1972-75) de Peter Eisenman, que realizou diferentes experiências, em
que submetia a linguagem moderna a uma série de complexas transformações
formais equivalentes à dinâmica encontrada na sintaxe lingüística.
Acayaba (1983), Arantes (2002), Bastos (2003), Khoury (2003), Sanvitto
(1994), Segawa (1999) e Spadoni (2003), autores que tratam da arquitetura
brasileira nos anos 1970, confirmam que nos anos 1970 os projetos de casas
brasileiras não estabeleciam um diálogo com as experiências “pós-modernas” da
Europa e dos Estados Unidos. Segundo Spadoni (2003), nos anos 1970, ainda
mantínhamos uma tradição construtiva ligada às experiências realizadas entre os
anos 1940-1960, período de grande prestígio da arquitetura moderna brasileira. Para
ele, os anos 1970 devem ser compreendidos como um momento em que a produção
brasileira tentava renovar-se, mantendo o legado moderno das décadas anteriores,
buscando, ao mesmo tempo, caminhos que contemplassem o debate sobre a crítica
ao movimento moderno. Ele destaca que os anos 1970, no Brasil, marcam um
período de “transição” entre a arquitetura moderna e as tendências contemporâneas.
Alguns autores concordam que na década de 1970 existia uma forte influência
das experiências paulistas sobre a produção brasileira. De acordo com Bruand
(1981) a experiência dos arquitetos paulistas tomou impulso após a construção de
Brasília. Na visão de Acayaba (1983) a arquitetura residencial paulista dos anos
1970 se expressava pelas experimentações de uma “arquitetura corrente”, que é
associada ao legado moderno brasileiro do período 1930-1960, ou por uma
27
1.2 Justificativa
O exame do que foi a arquitetura moderna no Brasil dos anos 1970 ainda é
limitado quando comparado a pesquisas dedicadas a outros períodos da produção
moderna brasileira, como por exemplo, àquela realizada entre os anos 1930 e a
inauguração de Brasília. Apesar do significativo volume de obras, a arquitetura
brasileira dos anos 1970 ainda não foi devidamente tratada nas diferentes regiões do
Brasil. Essa produção precisou de um tempo para começar a revelar-se e “assumir o
lugar que lhe caberia a algumas décadas atrás” (SPADONI, 2003).
28
(...) não é verdade que nesses trinta anos não se produziram coisas
interessantes no Brasil. Simplesmente elas não puderam aparecer. Dou os
nomes de três ou quatro arquitetos, que fizeram experiências
interessantíssimas e que só agora provavelmente terão possibilidade de
publicar seus trabalhos no exterior, com a densidade que merecem
(KATINSKY Apud SPADONI, 2003).
1.3 Objetivos
A escolha do tema, arquitetura moderna nos anos 1970, induziu a uma leitura
preliminar sobre o assunto para delimitar o objeto de estudo. A delimitação do objeto
de estudo levou a definição dos temas a serem tratados na pesquisa e exigiu uma
investigação sistemática que permitiu a ampliação das referências sobre o assunto,
particularmente aquelas, cujo conteúdo tratava especificamente da produção
arquitetônica moderna dos anos 1970 no cenário nacional e internacional.
31
Não foram encontrados os arquivos dos anos 1970 e 1971 e parte do arquivo
dos anos 1972-1974 estava incompleto, com projetos “mutilados” ou deteriorados
pela umidade. Devido à dificuldade de manuseio deste material e à falta de
integridade do mesmo, o levantamento inicial restringiu-se ao período 1975-1979.
As lacunas deixadas pelo arquivo não comprometeram os objetivos e a
qualidade da pesquisa, uma vez que o volume de projetos encontrados constitui
uma mostra significativa. Mesmo tendo que restringir-se ao recorte 1975-79, é
importante ressaltar que este volume corresponde a 80% de toda construção civil
realizada em João Pessoa nos anos 1970 (observem-se os quantitativos do Quadro
04). A decisão de não incluir os anos de 1970 a 1974, permitiu a concentração da
pesquisa no manuseio de registros bem conservados, nos quais era possível
35
1
Naqueles anos 1970, o comércio informal expandia suas atividades para áreas ainda consideradas
nobres do centro da cidade, como o Viaduto Damásio Franca, defronte ao Paraíba Palace Hotel, e
áreas próximas ao Parque Solon de Lucena (Lagoa).
37
O que se constatou foi que observar unicamente o aspecto formal das 217
residências não era suficiente para tratar todos os tipos de experiências modernas
presentes na arquitetura residencial de João Pessoa nos anos 1970. Era necessário
aprofundar a observação ainda mais, para além dos elementos formais, buscando a
experiência moderna do modo mais amplo possível. Foi então que passou a ser
considerado os aspectos espaciais e técnico-construtivos para ampliar a
compreensão sobre o universo das residências modernas estudadas.
Do ponto de vista espacial, algumas casas apresentavam esquemas de
plantas claramente geométricos em que era perceptível a concepção do espaço livre
a partir de uma “malha”, ou modulação espacial. Ou esquemas que valorizavam o
centro do espaço residencial (um jardim coberto de pérgulas de concreto ou a
grande sala de jantar-estar) e os ambientes dispostos à sua volta. Ou ainda um
interior marcado por desníveis.
Das características associadas à estrutura de sustentação, por exemplo, a
modulação estrutural, a estrutura autoportante, o uso do concreto armado, a
expressão desse mesmo concreto, muitas vezes aparente, os pilotis e os elementos
formais derivados da estrutura, como balanços, empenas, pérgulas e marquises,
foram os elementos mais perceptíveis na arquitetura objeto de estudo. A propósito, a
expressão do concreto aparente, por exemplo, foi um dos tratamentos mais
44
valorizados pela expressão gráfica dos arquitetos locais, seja no desenho das
fachadas ou das perspectivas.
Foi se constatando que as 217 casas encontradas no arquivo (ver em Anexo
01) apresentavam algum tipo de experiência que se relacionava claramente com
decisões da arquitetura moderna.
Como a observação inicial não foi suficiente para encontrar exemplares
representativos da arquitetura objeto de estudo e diante da dificuldade de se
trabalhar com todo este número, passou-se a “contar” os tipos de experiências
modernas presentes em cada exemplar. Desta tarefa resultou a formação de dois
grupos de casas: um que se caracterizava pela presença de pelo menos um tipo de
experiência moderna (uso de técnicas construtivas associadas ao concreto armado,
por exemplo) e outro grupo que se caracterizava pela presença de dois ou mais
tipos de experiências modernas (modulação espacial, modulação da estrutura de
sustentação, geometrização da forma, uso de técnicas construtivas associadas ao
concreto armado, por exemplo). O primeiro grupo reuniu 101 casas e o segundo 116.
A quantidade e a variedade de experiências modernas presentes nas casas do
segundo grupo apontou objetos modernos por excelência, os quais favoreciam o
avanço da pesquisa.
A tarefa de dividir as 217 casas em dois grupos possibilitou a descoberta dos
exemplares mais representativos da arquitetura objeto de estudo, a dimensionar o
número de projetos a serem organizados em fichas de análise (ver em Anexo 2 2), a
determinar o número de casas a serem incorporadas pela pesquisa de campo e pelo
levantamento fotográfico e a reduzir o esforço para a escolha dos exemplares a
serem analisados posteriormente.
Considerando este procedimento, vale ainda salientar que o descarte das 101
residências do primeiro grupo não chegou a comprometer os objetivos da pesquisa,
uma vez que os tipos de experiências formais, espaciais e técnico-construtivas
observadas nelas mantiveram-se presentes nos 116 exemplares do segundo grupo.
As casas do primeiro grupo não traziam experiências “representativas”, ou
diferentes, elas se repetiam nas casas do segundo grupo.
Considerando que o projeto arquitetônico de cada uma das 116 casas
dispunha de uma média de 04 pranchas de desenhos, 464 pranchas foram
2
Neles estão organizadas as fichas das 116 residências selecionadas – as residências encontradas,
as não encontradas e os óbitos.
45
11 casas (ou 9,50% delas) não existem mais, passando a fazer parte
dos ÓBITOS dos anos 1970;
46 casas (ou 43,10% elas) não foram encontradas devido à mudança
de nome dos logradouros nos últimos anos;
59 residências (ou 47,40% delas) foram encontradas e fotografadas.
Imagem 35 – Centre George Pompidou / Renzo Piano & Richard Rogers / 1971-1977
Fonte: Curtis (2008)
3
De certa forma, a obra de João Filgueiras Lima (Lelé) também poderia ser incluída na “linha
apagada do tempo”.
66
Imagem 42 – Edifício-sede da PETROBRÁS, Roberto Gandolfi, José Gandolfi, Luiz F. Neto, José
Sanchotene, Abraão Assad e Vivente de Castro/ 1968
Fonte: http://www.seebla.com.br/historia.asp
Eduardo Longo vai se juntar a esse grupo privilegiado com a inovação técnica
e formal das suas experiências com as “casas-bola”. Rejeitando, de certa forma, a
produção moderna cada vez mais homogênea, as suas experimentações colocavam
problemas estruturais, propunham materiais novos e buscavam uma nova
linguagem.
A construção da primeira “casa-bola” no início da década de 1970 estendeu-
se por toda a década.
A idéia nasce de uma espécie de visão que tem numa viagem, sobre a
vontade de construir em série a partir de estruturas simplificadas. A idéia da
bola surge, de forma quase natural, da possibilidade de compor essas
68
Imagem 58 – Residência Juarez Brandão Lopes, Rodrigo Lefèvre e Flávio Império/ 1968
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/01.001/3352?page=2
3 DA REALIDADE DO LUGAR
4
A proposta não encontrada foi a do arquiteto Cláudio Meireles Fontes.
85
Imagem 71 – Estádio Ministro José Américo de Almeida – Almeidão, arquiteto (?)/ 1975(?)
Foto postal: Ambrosiana postais, São Paulo
88
Imagem 75 – Antigo Viaduto Dorgival Terceiro Neto (1978), atual Via Expressa
Miguel Couto / 1978
Fonte: http://wwww.fotolog.com/ajor2004/58868032
90
A laje inclinada também é outra solução muito utilizada e pode ser pré-moldada ou de
concreto (Imagem 83) com mais de 20% de inclinação, onde a telha cerâmica, ou de
fibrocimento, se apóia diretamente sobre ela, correspondendo ao tipo de cobertura
desenvolvida nas experiências de Delfim Amorim (AMORIM, 1991).
espaço interior, pela presença da área livre possibilitada pelos pilotis e pelo
tratamento das fachadas: uma combinação de superfícies de tijolo aparente, azulejo
decorado e superfícies brancas, elementos esses associados ao vocabulário do
legado moderno brasileiro.
Ficha de Registro
Ficha de Análise
Localizada a uma quadra da beira mar da praia do Cabo Branco (ver Mapa
05) esta casa foi construída num lote medindo 25m x 30m, na esquina da Rua Adolfo
Loureiro França com a Avenida Antonio Lira. Olhando desde a Rua Adolfo Loureiro
(Fachada Norte) é possível perceber uma construção dividida em dois blocos,
interligada por uma rampa (Imagem 91) que passa por dentro de um jardim. Sob um
dos blocos está uma área livre definida pelos pilotis.
para jantar e a outra para almoço (esta última não corresponde à copa), terraço,
lavabo social, gabinete (ou escritório), copa/cozinha com despensa, lavanderia e
dependência completa para empregada (Planta Baixa 02). No pavimento superior
define-se o setor íntimo da residência, onde estão quatro quartos (duas suítes) e um
banheiro social (Planta Baixa 02).
materiais contrastantes como o tijolo e o concreto aparente (Imagem 96/ Imagem 97)
e painéis de azulejos decorados (Imagem 98). O que não se pode confirmar é se o
revestimento é original, do período da construção. Mas podemos dizer que, do ponto
de vista da imagem, estas experiências formais muito se assemelham a um
vocabulário associado ao legado moderno brasileiro dos anos 1940-1950,
particularmente ao conjunto de obras assinadas por Acácio Gil Borsoi no mesmo
período.
Ficha de Registro
Ficha de Análise
Imagem 99 – Implantação
Elaboração: Ygor Nunes
5
O tratamento texturizado das superfícies somente pôde ser observado com o levantamento
fotográfico, pois apesar da boa representação gráfica do projeto, não estava claro esse tipo de
acabamento nos desenhos.
111
serviço e abrigo para dois automóveis, distribuídos numa área total construída de
270,00 m². Entre os espaços interiores encontra-se uma pérgula central que sinaliza
através de uma mudança de nível, uma área de transição entre a sala de jantar e o
hall de circulação (Imagem 105) que dá acesso aos quartos no pavimento superior.
Um dos artifícios modernos, também presentes nesta casa, estava na criação
de planos semi-enterrados e/ou elevados em relação ao nível da rua (Imagem 106).
Com isto foi possível criar uma topografia interior que não correspondia às
condições naturais do terreno, modificando-o e valorizando as perspectivas visuais
dos espaços interiores. Isto se tornou possível devido aos diferentes níveis de pisos
gerados, que se interligavam por meio de pequenas escadarias, e pelas diferentes
alturas das paredes internas. Este artifício mudava a noção de escala da residência,
especialmente quando observada a partir da rua (Imagem 107). Foi através dos
desníveis interiores que o programa se distribuiu, o que faz acreditar que a
concepção do espaço, a partir da planta “centrífuga” e o jogo de volumes foram os
elementos determinantes da concepção da Residência Virgínio Veloso Freire Filho.
Imagem 107 / Imagem 108 – Fachada Norte/ visão da Avenida São Paulo
Fonte: Arquivo Central da PMJP. Foto: Ricardo F. Araújo
115
Ficha de Registro
Ficha de Análise
A Residência Laureano Casado da Silva foi uma das construções que mais
suscitou dúvidas quanto à natureza da experiência presente na sua estrutura:
tratava-se de uma experiência predominantemente formal ou atendia a uma
exigência funcional do programa? Sua imagem, ou configuração formal,
pressupunha uma ligação com a experiência moderna paulista dos anos 1960,
devido à expressão do concreto bruto aparente e ao prisma suspenso. A
documentação arquitetônica deixava bastante evidente a caixa suspensa no projeto
da Residência Laureano Casado da Silva (Imagem 110).
Ficha de Registro
Ficha de Análise
Imagem 116 / Imagem 117 – Representações do “grande abrigo” segundo Sanvitto (1994)
Fonte: Sanvitto (1994, p. 73)
Imagem 121 – Conceito do “grande abrigo” presente na Residência Haroldo Coutinho Lucena
Fonte: Arquivo Central da PMJP. Elaboração: Ricardo F. Araújo
Ficha de Registro
Ficha de Análise
Ficha de Registro
Ficha de Análise
Imagem 134 – Residência Sr. Luís Régis Pessoa de Farias/ 1975 – Bairro dos Estados
Fonte: Arquivo Central da PMJP. Fotos: Ricardo F. Araújo
Imagem 136 – Residência Sr. José Maria de Araújo Dantas / 1976 – Cabo Branco
Fotos: Ricardo F. Araújo / Fhillipe Germano
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Comentário de Osmar Penteado de Souza e Silva (ARANTES, 2004)
140
7. CASAS HÍBRIDAS
Imagem 150 – Alguns elementos decorativos que podem apresentar-se nas chamadas “casas
híbridas”
Fotos: Rayssa Martins / Luciana Lyra
7
O “pseudo-colonial” foi o mais comumente encontrado, mas havia também o “estilo mediterrâneo”.
146
Situada no Bairro dos Estados, trata-se de uma casa térrea, com alguns
desníveis internos, de 312,45 m² de área construída, edificada em terreno de 60m x
40m (2.400 m²), do tipo mais conhecido como “cabeça de quadra” (Imagem 154).
Sua implantação está em posição favorável à captação da ventilação natural, sem
obstáculos circunvizinhos, permitiu que os arquitetos posicionassem a sala de estar
e o setor íntimo da mesma de modo a captarem a ventilação dominante. Neste
sentido os quartos foram os mais privilegiados por estarem elevados em relação ao
nível da Rua Projetada e voltados para o lado da piscina. A preocupação com o
clima quente e úmido do lugar é outra experiência moderna que também podem ser
associadas estes tipos de casas.
147
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
KHOURY, Ana Paula. Grupo Arquitetura Nova. Flávio Império, Rodrigo Lefèvre,
Sérgio Ferro. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, FAPESP, 2003.
MELO, Alexandra Consulin Seabra de. Yes! Nós temos Arquitetura Moderna.
Dissertação (mestrado) – PPGAU, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
2004.
157
NESBITT, Kate (org.). Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica
(1965-1995). Tradução: Vera Pereira. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.
SILVA, Izabel do Amaral e. Um Olhar sobre a obra de Acácio Gil Borsoi: obras e
projetos residenciais 1953-1970. Natal, 2004. Dissertação (mestrado) – PPGAU,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
158
VERDE ZEIN, Ruth – Brutalismo, sobre sua definição (ou de como um rótulo
superficial é, por isso mesmo, adequado). Arquitextos 084.00 – 01/maio/2007.
Periódicos:
http://www.domusweb.it/en/from-the-archive/kurokawa-s-capsules/
http://conquestofspace.wordpress.com/2008/03/06/buckmunster-filler/
http://www.megastructure-reloaded.org/yona-friedman/
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Opera_de_Sydney.png
http://architecturaldesign.rietveldacademie.nl/?cat=28
http://www.designboom.com/history/teatromondo.html
http://www.seebla.com.br/historia.asp
http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto_detalhe.php?id=179
159
http://petcivilufjf.wordpress.com/page/2/
http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq111/arq111_00.asp
http://www.letsbookhotel.com/en/brazil/guaruja/images.aspx
http://leonardofinotti.blogspot.com/2008/11/eduardo-longo-casa-bola.html
http://www.panoramio.com/photo/2008469
http://www.yapi.com.tr/Haberler/kuresel-utopya_54857.html
http://www.eduardolongo.com/projetos.html
http://www.cs.cmu.edu/~artigas/home/fau/
http://www.arcoweb.com.br/artigos/um-pouco-de-historia-a-saga-15-03-2007.html
http://quando-as-catedrais-eram-brancas.blogspot.com/2009/03/adenda-as-tres-
ultimas-entradas.html
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/01.001/3352?page=4
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/01.001/3352?page=5
7. ANEXOS
161
ANEXO 01
FICHAS DE REGISTRO
PROJETOS DE ARQUITETURA
(ARQUIVO CENTRAL DA P.M.J.P. ANOS 1975-1979)
7. ANEXOS
162
Ano: 1975
02 - (Caixa 05- A)
04 - (Caixa 05- C)
08 - (Caixa 04- F)
09 - (Caixa 03- G)
11 - (Caixa 01- I)
18 - (CAIXA N - 02)
CREA/Inscrição na P.M.J.P:
Aprovação na P.M.J.P:
09/01/1975.
Dados:
Área do Terreno: 384,00m²
Área da construção: 170,55m²
Taxa de Ocupação: 0,55%
Índice de Aproveitamento: 0,44%
164
22 - (CAIXA R - 03)
23-(CAIXA S - 04)
CREA/Inserção na P.M.J.P:
CREA: 344- D 16ª Região
Visto: Não encontrado
Aprovação na P.M.J.P:
21/julho /1975
Dados:
Área do Terreno: 450,00m²
Área da construção: 278,00m²
Taxa de Ocupação: 0,40%
Índice de Aproveitamento: 0,6169%
165
02
Proprietário
ANTONIO IBRAILDO DE ARAÚJO
Local
AVENIDA RIO GRANDE DO NORTE – Bairro dos Estados
Arquiteto
PEDRO ABRAHÂO DIEB
CREA/ Inscrição na PMJP
2090-D/ 2ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
01/AGOSTO/75
Dados
Área do terreno: 2.640,00 m2.
Área de construção: 462,00 m2.
Indice de ocupação: 0,175%
Indice de aproveitamento: 0,237%
03
Proprietário
BRÁULIO PEREIRA LINS
Local
RUA LIONILDO FERNANDES DE OLIVEIRA
Arquiteto
RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI
CREA/ Inscrição na PMJP
0440/ 75 – 2ª. REGIÃO
VISTO 711 – 16ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
28/AGOSTO/75
Dados
Área do terreno: 432,00 m2.
Área de construção: 183,60 m2.
Indice de ocupação: 44%
Indice de aproveitamento: 42%
166
04
Proprietário
CELEIDA F. MONTEIRO GALVÃO
Local
RUA ADOLFO CIRNE, 101
Arquiteto
RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI
CREA/ Inscrição na PMJP
0440/ 75 – 2ª. REGIÃO
VISTO 711 – 16ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
10/SETEMBRO/75
Dados
Área do terreno: 291,49 m2.
Área de construção: 152,08 m2.
Indice de ocupação: 52%
Indice de aproveitamento: 54%
05
Proprietário
DR. JOSÉ VERIATO DE SOUSA
Local
AVENIDA PIAUÍ c/ AVENIDA ALAGOAS – Bairro dos Estados
Arquiteto
HUGO MIGUEL JIMÉNEZ SALINAS
CREA/ Inscrição na PMJP
1836-D/ 2ª. REGIÃO
VISTO 54/ 16ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
03/DEZEMBRO/75
Dados
Área do terreno: 958,00 m2.
Área de construção: 280,00 m2.
Indice de ocupação: 0,23
Indice de aproveitamento: 0,29
06
Proprietário
SR. GENUÍNO JOSÉ RAIMUNDO
Local
RUA SAFFA SAID ABEL – Loteamento Jardim Tambauzinho
Arquiteto
PEDRO ABRAHÂO DIEB
CREA/ Inscrição na PMJP
2090-D/ 2ª. REGIÃO
131 – 16ª. REGIÂO
Aprovação na PMJP
15/AGOSTO/75
Dados
Área do terreno: 936,00 m2.
Área de construção: 325,00 m2.
Indice de ocupação: 0,34%
Indice de aproveitamento: 0,38%
167
07
Proprietário
LUÍZ RÉGIS PESSOA DE FARIAS
Local
RUA MAESTRO OSVALDO EVARISTO DA COSTA – Bairro dos Estados
Arquitetos
ANTÔNIO JOSÉ DO AMARAL E SILVA
MARIA BERENICE FRAGA DO AMARAL
CREA/ Inscrição na PMJP
3578 – D
224-72
Aprovação na PMJP
25/NOVEMBRO/75
Dados
Área do terreno: 640,00 m2.
Área de construção: 243,30 m2.
Indice de ocupação: 0,395
Indice de aproveitamento: 0,383
08
Proprietário
DR. PEDRO SOLIDÔNIO PALITOT
Local
AVENIDA MARIA ELIZABETH c/ FRUTUOSO DANTAS - Tambaú
Arquiteto
MÁRIO GLAUCO DI LÁSCIO
CREA/ Inscrição na PMJP
Aprovação na PMJP
10/JANEIRO/75
Dados
Área do terreno: 600,00 m2.
Área de construção: 285,00 m2.
Indice de ocupação: 0,47
Indice de aproveitamento: 0,94
09
Proprietário
DR. VALDES CUNHA CAVALCANTI
Local
AVENIDA GENERAL GERALDO COSTA c/ AVENIDA GENERAL EDSON RAMALHO - Tambaú
Arquiteto
GLÁUCIA CAVALCANTI ANUNCIAÇÃO
CREA/ Inscrição na PMJP
5404
VISTO 682 – 16ª. REGIÃO
07386
Aprovação na PMJP
27/OUTUBRO/75
Dados
Área do terreno: 480,00 m2.
Área de construção: 205,00 m2.
Indice de ocupação: 0,50
Indice de aproveitamento: 0,43
168
ANO: 1976
01/ CAIXA 04 – LETRA A
Proprietário
ARTUR GONSALVES RIBEIRO
Local
AVENIDA MATO GROSSO c/ AVENIDA PIAUÍ – Bairro dos Estados
Arquiteto
RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI
CREA/ Inscrição na PMJP
0440/ 75 – 2ª. REGIÃO
VISTO 711 – 16ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
25/AGOSTO/76
Dados
Área do terreno: 800,00 m2.
Área de construção: 316,00 m2.
Indice de ocupação: 52%
Indice de aproveitamento: 52%
Aprovação na PMJP
22/DEZEMBRO/76
Dados
Área do terreno: 510,00 m2.
Área de construção: 343,60 m2.
Indice de ocupação:
Indice de aproveitamento:
172
Aprovação na PMJP
19/MAIO/76
Dados
Área do terreno: 1.750,00 m2.
Área de construção: 468,00 m2.
Indice de ocupação: 0,37
Indice de aproveitamento: 0,26
174
Aprovação na PMJP
15/DEZEMBRO/76
Dados
Área do terreno: 620,00 m2.
Área de construção: 346,00 m2.
Índice de ocupação: 0,5
Índice de aproveitamento: 1,00
178
Aprovação na PMJP
27/JANEIRO/1976
Dados
Área do terreno: 300,00 m2.
Área de construção: 50,00 m2.
Indicie de ocupação:
Indicie de aproveitamento:
ANO: 1977
01/ CAIXA 02 – LETRA A
Proprietário
ANGELA CRISTINA REGIS DE FREITAS
Local
RUA EVALDO VANDERLEY - TAMBAUZINHO
Arquiteto
RÉGIS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI
CREA/ Inscrição na PMJP
0440/ 75 – 2ª. REGIÃO
VISTO 711 – 16ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
21/JANEIRO1977
Dados
Área do terreno: 380,00 m2.
Área da coberta: 170,00 m2.
Área de construção: 152,80 m2.
Indicie de ocupação: 0,42
Indicie de aproveitamento: 2,35
Aprovação na PMJP
14/MARÇO/1977
Dados
Área do terreno: 350,40 m2.
Área da coberta: 188,00 m2.
Área de construção: 188,00 m2.
Indicie de ocupação: 41%
Indicie de aproveitamento: 53%
190
Aprovação na PMJP
28/SETEMBRO/1977
Dados
Área do terreno: 1.215,00 m2.
Área de coberta: 300,00 m2.
Área de construção: 300,00 m2.
Indicie de ocupação: 0,39
Indicie de aproveitamento: 0,39
Aprovação na PMJP
14/DEZEMBRO/77
Dados
Área do terreno: 350,00 m2.
Área de construção: 114,00 m2.
Indicie de ocupação: 47,90%
Indicie de aproveitamento: 45,04%
Aprovação na PMJP
14/OUTUBRO/77
Dados
Área do terreno: 1.770,00 m2.
Área de construção: 480,00 m2.
Indicie de ocupação: 0,27
Indicie de aproveitamento: 0,27
211
ANO: 1978
01/ CAIXA 02 – LETRA D
Proprietário
DAMIÃO LEITE LIMA
Local
JARDIM OCEANIA II
Arquiteto
TERTULIANO DIONÍSO
CREA/ Inscrição na PMJP
3460 – D/ 2ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
28/AGOSTO/1978
Dados
Área do terreno: 511,00 m2.
Área de construção: 248,70 m2.
Indicie de ocupação: 48,6
Indicie de aproveitamento:
Aprovação na PMJP
19/JANEIRO/1978
Dados
Área do terreno: 360,00 m2.
Área de construção: 165,60 m2.
Indicie de ocupação:
Indicie de aproveitamento:
Aprovação na PMJP
12/JUNHO/1978 (em boletim de classificação)
Dados
Área do terreno: 5.400,00 m2.
Área de construção: 544,97 m2.
Indicie de ocupação:
Indicie de aproveitamento:
215
Aprovação na PMJP
31/MAIO/78
Dados
Área do terreno: 1.200,00 m2.
Área de coberta: 190,00 m2.
Área de construção: 290,86 m2.
Indicie de ocupação: 18%
Indicie de aproveitamento: 25%
3/ CAIXA 01 – LETRA C
Proprietário
CARLOS LIRA MARANHÃO
Local
RUA CAIRÚ c/ RUA FRANCISCO C. DE ARAÚJO – Loteamento Parque Cabo Branco
Arquiteto
MARIO GOUVEIA BORBA
CREA/ Inscrição na PMJP
615/D – 9ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
11/NOVEMBRO/78
Dados
Área do terreno: 907,50 m2.
Área de construção: 305,46 m2.
Indicie de ocupação: 23,47%
Indicie de aproveitamento: 34,28%
225
ANO: 1979
Aprovação na PMJP
07/FEVEREIRO/79
Dados
Área do terreno: 420,00 m2.
Área de construção: 65,75 m2.
Indicie de ocupação: 19%
Indicie de aproveitamento: 0,3
01 CAIXA 07 – LETRA A
Proprietário
ANÍBAL PEIXOTO FILHO
Local
AVENIDA BARÃO DA PASSAGEM c/ RUA PEDRO BATISTA – ST 03.
Arquiteto
AMARO MUNIZ CASTRO
CREA/ Inscrição na PMJP
6755/D – 2ª. REGIÃO
VISTO 965 – 16ª. REGIÃO
Aprovação na PMJP
16/NOVEMBRO/79
Dados
Área do terreno: 640,00 m2.
Área de construção: 347,00 m2.
Indicie de ocupação: 0,54
Indicie de aproveitamento: 0,65
ANEXO 02
FICHAS DE ANÁLISE
PROJETOS DE ARQUITETURA
(ARQUIVO CENTRAL DA P.M.J.P. ANOS 1975-1979)
245
ARMÁRIOS
ÓBITO
NÃO ENCONTRADO
257