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Seu início foi marcado em 1947, nós Estados Unidos onde um historiador usou esse
termo e após isso, começou a ser falado na doutrina, expandindo-se para todos os
países. Foi consagrada no trabalho de Arthur Shlesinger Jr., um norte americano,
que classificou os juízes da suprema corte em: juízes ativistas com ênfase na defesa
dos direitos das minorias e das classes mais pobres; juízes ativistas com ênfase nos
direitos de liberdade; juízes campeões da autorrestrição, e juízes representantes do
equilíbrio de forças, colocando o ativismo exatamente como oposto da autorrestrição
judicial, em atenção à visão que os julgadores têm a respeito da função judicial.
O ativismo judicial equipara uma norma com um assunto que está sem regra jurídica
a ser tratado, tendo uma postura mais expansiva em relação aos direitos e garantias
dos direitos fundamentais, garantindo o que os outros poderes não garantiram até
então. Tem uma participação mais ampla e intensa do Judiciário na concretização
dos valores e fins constitucionais, com maior interferência no espaço de atuação dos
outros dois Poderes. Portanto, é possível dizer que o ativismo judicial procura extrair
o máximo das potencialidades do texto constitucional, indo, assim, além do
legislador ordinário.
O juiz notando uma lacuna, supri essa lacuna de uma forma a expandir os direitos
fundamentais que estão na Constituição, porém a grande crítica é que isso dará um
grande poder ao judiciário, ficando assim, o poder judiciário como a última
alternativa e isso pode desequilibrar a relação entre os três poderes, onde não existe
hierarquia dentre eles, de cada poder ser independente e que nenhum deles pode
se sobrepor ao outro.
Temos dois pontos importantes sobre o ativismo judicial, um ponto positivo que é o
atendimento às demandas sociais não atendidas por instâncias políticas e um
aspecto negativo ao revelar que as instituições constitucionalmente competentes
não funcionam satisfatoriamente.
Por fim, com a pauta da garantia de existência de uma Constituição acima de todos
os Poderes da República e que nenhum deles está acima dela, temos a justificativa
de que um dos papeis do Judiciário, é de assegurar as condições mínimas de
existência do povo. Isso é garantir verdadeira justiça social, dever enraizado do
Poder Judiciário, na concretização do indispensável para realização da dignidade da
pessoa humana.