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Grego O GOVERNO INTERNO DO MUNDO e Outras Palestras de Annie Besantpdf
Grego O GOVERNO INTERNO DO MUNDO e Outras Palestras de Annie Besantpdf
DO MUNDO
Annie Besant
Ishvara
Os Construtores de um Cosmo
A Hierarquia de nosso Mundo
Os Governantes
Os Instrutores
As Forças
AMIGOS:
Agora que falo isso, hesito. Eu estava prestes a dizer que falei
a partir de meu próprio conhecimento. Mas deveria ter
explicado melhor. É perfeitamente possível desenvolver uma
faculdade de "olhar para trás", e ler o que chamamos de
"Registros Ocultos" do mundo, que abrangem muito mais do
que a nossa história comum; procurando por eles, aquilo que a
ciência está principiando a chamar de "memória do mundo",
ela está começando a reconhecer como uma realidade que
todos os eventos permanecem nesta memória do mundo; a
ciência faz o que parece ser a princípio a espantosa declaração
de que se viajarmos até um certa distância de nosso próprio
mundo, até algum outro globo, poderemos ver os eventos que
aconteceram em nossos mundo há milhares de anos atrás.
Isso soa um tanto surpreendente se for a primeira vez que
vocês ouviram falar disso. A visão depende do deslocamento
da luz. Mas a visão, como a conhecemos, não poderia transpor
os imensos espaços necessários. Mas se pudesse, uma
pessoa em um planeta distante veria coisas que ocorreram
aqui muito depois de elas terem acontecido. Por que ouvimos o
som de uma arma de fogo só bem depois de vermos a faísca
do disparo, uma vez que o disparo e o som são simultâneos?
Porque o som viaja muito mais devagar que a luz. A luz se
desloca tão rapidamente que a um quilômetro ou mais de
distância não percebemos o intervalo entre o disparo e sua
faísca. Mesmo assim a luz viaja a uma velocidade definida. Um
"ano-luz" é a distância em que a luz viaja no período de um
ano. As distâncias astronômicas são tão grandes que são
medidas em anos-luz. Suponhamos que nos desloquemos a
uma distância de mil anos-luz, e que sejamos capazes de ver
através desta distância descomunal para o estado da Terra há
mil anos atrás quando a luz a deixou, e então olhando para o
nosso mundo veríamos o que estava acontecendo há mil anos
atrás. Para entendermos isso só precisamos de um breve
pensamento, uma pequena imaginação. É muitíssimo claro e
simples, basta pensarmos. Os eventos estão todos lá o tempo
todo. Mas para vê-los em qualquer ponto é preciso haver um
órgão de visão. Se conseguirmos apenas isso então
poderemos ver toda a história do mundo como se viajássemos
de volta para o mundo através do raio de luz, olhando os
registros nesta luz. Isso com efeito é exatamente o que faz o
Ocultista, embora não o faça desta forma, mas a partir de um
ponto de vista em que os registros passam como se fosse um
filme; é uma analogia imperfeita, mas há de servir. O Ocultismo
os chama de Registros Akáshicos. A ciência ao procurá-los diz
que eles devem estar lá, mas não sabe como alcançá-los. É
natural. Eles só podem ser acessados através do
desenvolvimento de certas faculdades que existem no homem.
É neste sentido que eu falo do que "vi". É neste sentido que eu
disse que a Hierarquia veio de outra parte, porque eu vi
aqueles grandes Senhores da Luz vindo para nosso mundo;
foi-me dito que Eles vieram de Shukra, Vênus, que deu ao
nosso mundo o início de sua Hierarquia Oculta. Isto, porém,
está além de meus poderes de pesquisa, eu vi apenas Sua
chegada. Há algumas tradições em alguns de nossos livros,
que falam da vinda dos grandes Senhores. Lemos neles, por
exemplo, a respeito dos Kumaras. De onde Eles vieram? Quem
são Eles? Eles vieram para nosso mundo de algum lugar. Os
Registros Ocultos e os livros Hindus dizem que estes grandes
Seres vieram de Shukra. Eles vieram para nosso mundo porque
nosso mundo estava pronto, estava em um estágio de
evolução em que os homens estavam capacitados para receber
aquela grande onda de Vida que tornou possível o intelecto
humano. E Eles vieram porque sem a orientação de Seres
superiores o intelecto teria se desencaminhado, teria
mergulhado em um mundo cheio de paixão e natureza animal,
para grande prejuízo da evolução futura dos seres humanos.
***
PALESTRA 2
O Método de Evolução
A Construção do Homem
A Construção das Raças e Sub-Raças
Os Manus
AMIGOS:
***
PALESTRA 3
O Plano Divino
Suas Divisões
Religiões e Civilizações
A Parte Atual do Plano
As Escolhas das Nações
AMIGOS:
Mas o ponto que quero evidenciar com tudo isso é que até o
momento presente toda civilização nascida de uma religião
pereceu; até agora tudo desapareceu, exceto o Hinduísmo, a
matriz. Contemporâneo da Babilônia e do Egito, ainda é
contemporâneo da Inglaterra, da França e da América. Vejam
as civilizações que existiram: onde está o Egito? Onde está a
civilização do Egito? Mortos. A civilização da Pérsia? Morta. As
civilizações da Grécia e de Roma? Mortas. Nada resta senão
suas ruínas, sua literatura e sua arte. E a Cristandade teve um
milhar de anos de ignorância atrás de si antes de incorporar as
descobertas da Grécia e do Egito, e renová-las. Isso foi o que
aconteceu em todo o passado. A pergunta é: "Vai acontecer de
novo? A civilização da quinta sub-raça será destruída como o
foram as outras civilizações?" Por que elas pereceram?"
Porque exauriram toda sua força, se confinaram em formas
velhas em vez de passar para as novas. Foram destruídas e a
ignorância se seguiu. Acontecerá o mesmo com a Europa?
Este é o problema de hoje em dia, ainda sem solução.
Na última vez que estive na Inglaterra pude ver uma nova fase
se estabelecendo. Eu estava costumada com o velho
Unionismo Mercantil, que ensinou tanta disciplina às massas
que elas foram capazes de empreender grandes greves sem
desorganização, perturbação ou problemas de qualquer
espécie. Vi um maravilhoso panorama em Londres durante a
greve dos ferroviários - milhares de pessoas andando
calmamente para fora do trabalho. Não havia motins, nem
problemas, nem medo de parte de ninguém, o Estado
continuava sua vida normalmente. A possibilidade da fome
assustou o Governo. Tivemos o estranho espetáculo de toda a
população ferroviária caminhando pelas ruas sem nada para
fazer, e muitos nobres e pessoas de berço favorecido
trabalhando nas estações, algumas delas carregando latas de
leite, algumas operando as máquinas, e assim por diante, até
que a greve terminasse. Uma outra coisa discutida era a "Ação
Direta". O que significa é: Uma única empresa ou uma
combinação delas que tem em suas mãos as vidas das
pessoas, aquilo que chamamos de indústrias-chave, como o
carvão ou o transporte, e as que suprem as necessidades
básicas da vida nas grandes cidades, como a água, eletricidade
e assim por diante; estas organizações se unem e entram em
greve por causa de um objetivo comum além do comércio e
indústria, e então dizem: "Se vocês não concordarem com
nossas idéias, passarão fome até que se submetam". O antigo
plano do empregador está sendo usado pelo empregado, uma
parte do povo tiranizando o restante de todo o povo, um povo
representado na Câmara dos Comuns, e os membros eleitos
pelo povo. A Ação Direta surge de uma classe ou parte do povo
querendo impor sua vontade sobre a Nação através da ameaça
da fome. Em certo sentido isso tem valor. Isso ensina às
classes superiores o quanto elas são dependentes dos
trabalhadores, e o quanto elas os usaram mal no passado. Mas
se bem sucedida, a Ação Direta será fatal. A Inglaterra é o
único país da Europa capaz de tornar possível a transição para
a democracia sem revolução - embora ela tenha tido em seu
passado algumas revoluções menores. Ela recebeu o sufrágio
praticamente universal, o sufrágio de toda a sua população. O
caminho está aberto diante dela, se puder manter sua liderança
e puder fazer uma transição para uma grande Comunidade
Britânica com a Índia, uma grande Comunidade Anglo-Indiana
de Nações livres, autodirigidas e autogovernadas, mas unidas
por laços de serviço mútuo. Este é o Plano que o Manu está
tentando concretizar. Mas fico triste de ver que a Inglaterra está
se revelando estúpida e tola em sua relação com a Índia, e
como resultado temos agora este movimento de Não-
Cooperação. Se ele frutificar tudo será perdido. Teremos
primeiro anarquia e então tirania, um restabelecimento de uma
autocracia que o Edito de Reforma em parte destruiu. Este é o
estado atual das coisas. Para que lado a balança penderá só os
Altos Deuses podem dizer. Se a Índia e a Inglaterra não
conseguirem construir juntas uma Comunidade de Nações
livres, então o precioso Plano que poderia unir Europa e Ásia
em liberdade, e não mais em tirania e sujeição, provavelmente
será atrasado em um século ou mais. A Índia é a única Nação
capaz de espiritualizar o mundo e destruir o materialismo; e se
a Não-Cooperação conseguir desencadear a anarquia, então a
Índia terá fracassado em sua missão e perderá a bênção que
deve levar à humanidade.
Não posso lhes dizer que caminho a luta está seguindo. Tudo o
que sei é que todo o poder do Governo Interno do Mundo, dos
Rishis e dos Devas, todos Eles estão empenhados em conduzir
a Índia e a Inglaterra unidas e não separadas ao longo do
conflito, pois em sua união reside a salvação e a paz do
mundo. Se isso puder ser feito, e se puder ser criado este
Modelo esplêndido, haverá algo além: a Federação do Mundo
que têm anunciado os poetas e sonhadores; todo o mundo se
conformará a este Modelo, e todas as Nações do mundo se
tornarão uma única e grande Federação. As Nações Unidas são
o começo deste Sonho. Se ele há de ser só um sonho ou não,
só uma visão do futuro, depende deste país e da Grã-Bretanha,
e esta está fazendo muito mal a sua parte, tornando mais difícil
que ambas as Nações se mantenham juntas. Por outro lado ela
está se desempenhado muito bem em outros aspectos,
outorgando um Edito de Reforma muito mais abrangente do
que qualquer outra lei de reforma que o mundo já conheceu,
embora as pessoas que não a leram estejam abusando
bastante dele. As coisas estão se movendo tão rápido desde
que ele foi delineado que ele não parece ser tão importante
como é.