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– Distinga:
Gestão pública de gestão privada da AP
A AP atua, normalmente, segundo o direito publico (gestão publica), mas, por vezes,
utiliza o direito privado (gestão privado) sem, contudo, perder de vista os seus
objetivos, no sentido da prossecução do interesse pública.
Ora, a gestão publica trata se da atividade publica da AP desenvolvida sob a égide do
direito adm, direito publico. A entidade publica intervém c prerrogativas de
autoridade, c ius imperium.
Por sua vez, gestão privada é a atividade da AP q desenvolve sempre para fins do
interesse publico, utilizando (ao abrigo) o direito privado. Neste caso, a AP intervém
despida do manto de soberania, em posição de igualdade relativamente aos
particulares.
Os litígios no âmbito da gestão publico encontram se sujeitos á jurisdição dos tribunais
administrativos, ao passo que na gestão privada, os litígios encontram se sujeitos á
jurisdição dos tribunais comuns.
•Discricionariedade de vinculação
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“A regulamentação da atividade adm umas vezes é precisa, outras vezes é imprecisa”
Quando atribui competência a um órgão adm, o legislador pode optar pela vinculação
ou pela discricionariedade – duas formas típicas pelas quais a lei modela a atividade da
AP.
Na vinculação, o legislador refere a par e passo qual a atuação do órgão que exerce a
competência, adequando o seu comportamento á lei, pelo que a atuação do agente
adm se encontra completamente regulada.
Já na discricionariedade, o legislador confere aos órgãos adm uma certa margem de
manobra, isto é, uma margem de liberdade de atuação. Neste caso, é dada ao órgão a
possibilidade de escolher, de entre uma serie limitada ou ilimitada de
comportamentos, aquele que lhe pareça o mais adequado, oportuno e conveniente á
satisfação da necessidade publica especifica prevista na lei.
Descentralização de desconcentração
A desconcentração administrativa diz respeito á organização interna de uma pessoa
coletiva, tratando-se de um esquema de organização das pessoas coletivas públicas. A
desconcentração tem como base a organização vertical das competências,
distribuindo-as pelos diversos níveis da cadeira hierárquica. Ora, mais concretamente,
a desconcentração adm consiste na distribuição vertical das competências decisórias
entre os diversos graus da hierarquia. Por isso, as competências decisórias podem ser
atribuídas a órgãos intermédios ou periféricos da escala hierárquica.
Administrativamente, descentralizar significa criar novas pessoas coletivas. É
centralizado o sistema em que todas as atribuições são confiadas, por lei, a uma única
pessoa coletiva, o estado-administração, não existindo, portanto, quaisquer outras
pessoas coletivas publicas incumbidas do exercício da função administrativa. É
descentralizado o sistema em que a função administrativa se encontra confiada não
apenas ao estado, mas também a outras pessoas coletivas territoriais, como, por
exemplo, as autarquias locais.
Há descentralização quando os órgãos das autarquias locais são livremente eleitos
pelas respetivas populações, quando a lei os considera independestes em termos de
atribuições e competências e quando estiverem sujeitos a formas atenuadas de tutela
adm, em regra, restritas ao controlo da legalidade.
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Este meio de impugnação administrativa deve ser deduzido por meio de requerimento
(a apresentar ao autor do ato ou da omissão ou à autoridade a quem esteja dirigido
que, neste caso, o remete ao primeiro no prazo de 3 dias), no qual o interessado deve
expor os fundamentos que invoca, podendo juntar os elementos probatórios que
considere convenientes
Contudo, de referir que perde a faculdade de recorrer aquele que, sem reserva, tenha
aceitado, expressa ou tacitamente, um ato administrativo depois de praticado.
Quanto a prazos, o recurso hierárquico contra a omissão alegadamente ilegal de ato
administrativo pode ser apresentado no prazo de um ano, o qual é contado da data do
incumprimento do dever de decisão, e o recurso hierárquico de ato expresso pode ser
apresentado no prazo de 30 dias, no caso de recurso hierárquico necessário, e no
prazo de impugnação contenciosa do ato em causa, no caso de recurso hierárquico
facultativo.
Finalmente, salvo se a lei estipular prazo diferente, o prazo para o órgão competente
apreciar e decidir o recurso hierárquico é de 30 dias, o qual pode ser elevado até 90
dias quando haja lugar à realização de nova instrução ou de diligências
complementares.
O regime geral deste meio de impugnação administrativa vem regulado nos artigos
184.º a 190.º do Código do Procedimento Administrativo, enquanto as normas que
especificamente regulam o recurso hierárquico constam dos artigos 193.º a 198.º do
mesmo Código
Este meio de impugnação administrativa deve ser deduzido por meio de requerimento,
no qual o interessado deve expor os fundamentos que invoca, podendo juntar os
elementos probatórios que considere convenientes.
Contudo, de referir que perde a faculdade de reclamar aquele que, sem reserva, tenha
aceitado, expressa ou tacitamente, um ato administrativo depois de praticado.
Quanto a prazos, a reclamação contra a omissão alegadamente ilegal de ato
administrativo pode ser apresentada no prazo de um ano, o qual é contado da data do
incumprimento do dever de decisão. Já a reclamação de ato expresso deve ser
apresentada no prazo de 15 dias, contado da data da sua notificação, mesmo nos
casos em que o ato tenha sido objeto de publicação obrigatória.
O regime geral deste meio de impugnação administrativa vem regulado nos artigos
184.º a 190.º do Código do Procedimento Administrativo, enquanto as normas que
especificamente regulam a reclamação constam dos artigos 191.º e 192.º do mesmo
Código.
• O poder discricionário
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Na discricionariedade, o legislador confere aos órgãos adm uma certa margem de
manobra, isto é, uma margem de liberdade de atuação. Neste caso, é dada ao órgão a
possibilidade de escolher, de entre uma serie limitada ou ilimitada de
comportamentos, aquele que lhe pareça o mais adequado, oportuno e conveniente á
satisfação da necessidade publica especifica prevista na lei.
O poder discricionário não se trata de uma liberdade sem limites, sendo antes uma
competência, uma tarefa correspondente a uma função jurídica.
Na discricionariedade, a lei não da ao órgão adm “um cheque em branco”, e muito
menos uma liberdade para escolher qualquer solução que respeite o fim da norma,
antes o obrigando a escolher a melhor solução para a satisfação do interesse publico,
de acordo c um conjunto de princípios de atuação tais como: Adequabilidade do
comportamento ao fim, justiça, igualdade, imparcialidade, proporcionalidade e boa fé.
Assim sendo, o poder discricionário é um poder-dever jurídico.
O poder discricionário é sempre conferido por lei, dada a sua capacidade limitada de
previsão, bem como atendendo ao facto de serem aqui pretendidas as melhores
soluções, tendo em conta o interesse publico a prosseguir. Só existe quando previsto
na lei e na medida e com o alcance previstos na lei, não sendo uma exceção ao
princípio da legalidade.
Em sexto lugar, temos o poder de decidir recursos. Neste particular, o sh tem o poder
de reapreciar os atos do subalterno, podendo confirmar, revogar, anular ou,
eventualmente, suspender ou modificar os atos administrativos (este último só se a
competência do subalterno não for exclusiva).
Deveres do subalterno:
No que toca aos deveres do subalterno, este tem desde logo o dever de obediência,
que se traduz na obrigação de cumprir as ordens emanadas dos seus legítimos
superiores hierárquicos, em matéria de serviço e sob forma legal ART 271 N2 CRP
Requisitos do dever de obediência: ordem/instruções provenham do legitimo superior
hierárquico, que as ordens/instruções sejam dadas em matéria de serviço, q a
ordem/instrução revistam a forma legalmente prevista.
Caso as ordens sejam ilegais, há o direito de respeitosa representação, isto é, o direito
de reclamar/exigir a ordem por escrito. Se a ordem constituir um crime, cessa o dever
de obediência ART 271 N3 CRP. Também não há dever de obediência sempre que as
ordens provenham de um ato nulo ART 162 N1 CPA.
Qual a maioria regra para aprovação de uma deliberação por um órgão colegial? Se
essa maioria não se forma, como deve o órgão proceder?
Para se poder considerar ter sido tomada uma deliberação, a lei exige que nesse
sentido tenha sido votado a maioria, que corresponde a mais de metade dos votos. A
maioria diz-se simples ou absoluta, se corresponde a mais de metade dos votos;
relativa, se traduz apenas a maior votação obtida entre as várias alternativas, ainda
que não atinja mais de metade dos votos; e qualificada ou agravada, se a lei a faz
corresponder a um número superior á maioria simples- por ex 2/3, 4/5
O voto de qualidade trata-se de uma forma de resolver empates nas votações, em que
o presidente participa na votação com os outros membros e, havendo empate,
considera-se automaticamente desempatada a votação, de acordo com o sentido de
voto do presidente.
Já no voto de desempate, sendo esta também uma forma de resolver empates nas
votações, procede-se á votação sem que o presidente vote e, havendo empate, o
presidente vota, desempatando.
Pode um órgão colegial deliberar sobre assuntos não incluídos na ordem do dia?
ART26 N1 e 2 CPA
– Comente a seguinte asserção:
O direito adm é necessário?
O DA é um ramo de drt publico que regula as relações entre a AP e os particulares,
sobretudo quando aquela atue provida do ius imperii, isto é, do mando de soberania.
A AP prossegue o interesse publico, que apresenta primazia sobre os interesses
privados. Esta primazia exige que a AP disponha de prerrogativas de autoridade, que
lhe permitam impor aos particulares as soluções que melhor sirvam o interesse
publico.
ART 48 CPA
A falta de menção da delegação ou subdelegação no ato praticado ao seu abrigo, ou a
menção incorreta da sua existência e do seu conteúdo, não afeta a validade do ato,
mas os interessados não podem ser prejudicados no exercício dos seus direitos pelo
desconhecimento da existência da delegação ou subdelegação- ART48 N2 CPA
A falta de publicação faz com que a delegação seja ineficaz, logo, o órgão delegado é
incompetente e se praticar atos no âmbito da delegação de poderes, tais atos
padecem do vicio de incompetência- ART 57 N2 e ART 159 CPA
"No silêncio da lei, é proibida a abstenção aos membros dos órgãos consultivos e aos
dos órgãos deliberativos, quando no exercício de funções consultivas” - razão que
levou o legislador a estabelecer esta proibição
A admitir-se a abstenção estar-se-ia a admitir, por via indireta, que o órgão pudesse
renunciar ao exercício do poder, uma vez que todos os seus membros se poderiam
abster.
Nas funções consultivas não se pode abster.
Se querem parecer não há abstenção.
CPA ART 30