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Apostila Tecnicas
Apostila Tecnicas
Técnicas de Análise
de Circuitos
Eletricidade Geral
Serra – 10/2005
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................3
4 SUPERPOSIÇÃO .................................................................................................12
6 REFERÊNCIAS ....................................................................................................15
Em alguns circuitos, como a ponte de wheaststone e circuitos com mais de uma fonte,
observa-se a necessidade de utilização de outros métodos mais avançados para análise e
resolução de circuitos, pois os métodos utilizados para circuitos série-paralelo nem sempre
podem ser aplicados.
Para a utilização de métodos mais sofisticados devem ser entendidas algumas definições:
Esta técnica foi desenvolvida pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff e é descrita em
duas formas.
I2
I4 I1
Figura 2 – LKC
∑I = ∑I
CHEGAM SAEM
∑ - SÍMBOLO DE SOMATÓRIO
I 2 + I3 + I5 = I1 + I 4
1) Adotar quais serão os nós principais e qual será o nó de referência do circuito (o terra do
circuito, potencial é nulo, ou seja, 0V);
2) Definir, arbitrariamente, os sentidos das correntes nos ramos do circuito;
3) Aplicar a LKC, ∑ ∑
ICHEGAM = ISAEM , nos nós principais;
4) Cálculo da corrente I do ramo pela seguinte expressão:
G H
VN − VN ± E
I=
R eq Ramo
G
VN : Tensão do nó onde a corrente sai
H
VN : Tensão do nó onde a corrente chega
+E: Caso haja uma fonte de tensão que favorece a corrente
-E: Caso haja uma fonte de tensão que desfavorece a corrente
R eq Ramo : Resitência equivalente do ramo
5) Resolver o sistema de equações da LKC, caso alguma corrente resultante seja negativa,
o sentido real está ao contrário ao adotado.
A
R1
R2
V1 V2
R3
0 - Va + V1 - Va + V1
I1 = = , a corrente sai do nó B (0V), chega ao nó A (Va) e a fonte
R1 R1
V1 favorece a corrente;
0 - Va + V2 - Va + V2
I2 = = , a corrente sai do nó B (0V), chega ao nó A (Va) e a fonte
R3 R3
V2 favorece a corrente;
V -0 V
I3 = a = a , a corrente sai do nó A (Va), chega ao nó B (0V) e não existe fonte no
R2 R2
ramo.
5) Resolver o sistema
I1 + I 2 = I3
⎛ - Va + V1 ⎞ ⎛ - Va + V2 ⎞ Va
⎜ ⎟+⎜ ⎟=
⎝ R1 ⎠ ⎝ R 3 ⎠ R 2
0 - Va + 60 - Va + 60
I1 = = , a corrente sai do nó B (0V), chega ao nó A (Va) e a
4 4
fonte de 60 V favorece a corrente;
Va - 0 V
I2 = = a , a corrente sai do nó A (Va), chega ao nó B (0V) e não existe fonte
3 3
no ramo;
V - 0 - 36 V − 36
I3 = a = a , a corrente sai do nó A (Va), chega ao nó B (0V) e.fonte
12 12
36 V desfavorece a corrente
5) Resolver o sistema
I1 = I 2 + I3
⎛ - Va + 60 ⎞ Va ⎛ Va - 36 ⎞
⎜ ⎟= +⎜ ⎟
⎝ 4 ⎠ 3 ⎝ 12 ⎠
- 3Va + 180 4Va + Va − 36
=
12 12
- 8Va = - 216
Va = 27 V
“A soma de todas as tensões no sentido horário de uma malha, ou num circuito fechado, é
igual às somas das tensões no sentido anti-horário.” ou
“A soma de todas as quedas de tensões de uma malha, ou num circuito fechado, é igual à
soma de todos os aumentos de tensão em relação à corrente adotada na malha, ou seja, a
soma de todas as tensões na malha é igual à zero.”
Figura 7 – LKT
Para realização de soma algébrica das tensões no circuito elétrico, deve-se estabelecer:
1) Definir o sentido das correntes nas malhas (horário ou anti-horário), na prática defini-se o
mesmo sentido da corrente para todas as malhas;
2) Aplicar a LKT, ∑ V = 0;
3) Resolver o sistema de equações originado da aplicação da LKT, caso alguma corrente
seja negativa o sentido real está ao contrário ao adotado.
C R1 A E
R2
V1 V2
D B R3 F
Malha A: ACDBA
Malha B: AEFBA
Observa-se que o ramo “AB” pertence à malha A e também a malha B.
Malha A
∑V = 0
V1 − V3 − V4 + V5 = 0
∑V = 0
− V2 − V6 − V5 + V4 = 0
Como V4 =R 2 .I1 , V5 =R 2 .I 2 , V6 =R 3 .I 2
-V2 - R 3 .I 2 - R 2 .I 2 + R 3 .I1 = 0
`
- R 2 .I1 + ( R 2 + R 3 ) .I 2 = − V2
⎧⎪( R1 + R 2 ) .I1 - R 2 .I 2 = V1
⎨
⎪⎩- R 2 .I1 + ( R 2 + R 3 ) .I 2 = −V2
Exemplo 2:
Malha 1
∑V = 0
V1 − V2 − V5 + V6 = 0
60 - 4I1 - 3I1 + 3I 2 =0
-7I1 + 3I 2 = −60
Malha 2
∑V = 0
-V4 − V3 − V6 + V5 = 0
-36 - 12I 2 - 3I 2 + 3I1 =0
3I1 − 15I 2 = 36
⎧−7I1 + 3I 2 = −60
⎨
⎩ 3I1 - 15I 2 = 36
3I1 - 15I 2 = 36
3 × 8,25 - 15I 2 =36
-15I 2 = 11,25
I 2 = - 0,75 A
Observe-se que a corrente I2 está negativa, ou seja, o sentido adotado está invertido.
A corrente no ramo AB, resistor de 3Ω, é igual a I1 - I 2 , ou seja, 8,25 – (0,75) igual a
9Ω.
Existe uma equivalência entre uma fonte de tensão em série com uma resistência com uma
fonte de corrente em paralelo com uma resistência, mantendo as mesmas características
nos terminais da fonte, obedecendo à lei de ohm V = R x I.
r A A
I r
V
B B
Dado os circuitos abaixo, existe uma equivalência entre eles, a corrente percorrida no
resistor RL é a mesma nos dois circuitos.
r A A
RL I r RL
V
IL IL
B B
Exemplo:
“Dado um circuito, contendo somente elementos lineares e com mais de uma fonte de
tensão (e/ou corrente), a corrente em qualquer trecho do circuito é igual à soma algébrica
das correntes individuais causadas por cada fonte independente atuando sozinha, com
todas as outras fontes de tensão substituída por curtos-circuitos e todas as outras fontes de
corrente substituídas por circuitos abertos".
Exemplo:
Fonte equivalente de Thévenin: VTH é igual à tensão vista entre os terminais identificados
(em aberto).
RL VTH RL
I I
B B
Exemplo:
4 A 12 A
RTH
3
B B
I=
( 60 - 36 )
= 1,5 A
4 + 12
VTH = 60 - 4 × 1,5 = 54 V
Observa-se que o circuito equivalente de Thévenin, em alguns casos, pode ser obtido
através do teorema de transformação de fontes.