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COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E SANEAMENTO - CASAN

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E INFORMAÇÃO - DI


GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – GPO
DIVISÃO DE GESTÃO DE PROCESSOS - DIPG

INSTRUÇÃO DE SERVIÇOS N.º 06/2009


REFERENTE: INSTRUÇÃO PARA ESPECIFICAÇÃO DE CENTRO DE
CONTROLE DE MOTORES - CCM
VIGÊNCIA: DEZEMBRO DE 2009

1 – FINALIDADE

A presente Instrução de serviço tem por finalidade, estabelecer critérios e


procedimentos quanto à especificação técnica para a elaboração de projetos,
descrição dos materiais e equipamentos a serem fornecidos para a confecção dos
Quadros de Comando para os sistemas da CASAN. Bem como servir de
orientação às empresas contratadas para confecção dos Quadros de Comando.

2 – CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as Superintendências Regionais de Negócios, todas as


Unidades componentes da Diretoria Técnica, e empresas contratadas.

3 – CARACTERÍSTICAS GERAIS

Todo Centro de Controle de Motores (CCM) ou Quadro de Comando deverá


seguir as seguintes instruções:

3.1 – Segurança

Para garantir a segurança dos operadores, os CCM deverão conter as seguintes


características:

a) Barramento isolado, com disjuntor termomagnético para proteção e


seccionameto de cada circuito de motor além do disjuntor geral na entrada de
alimentação;
b) Barramento de terra e neutro interligados;
c) Haste de aterramento exclusiva para o quadro (aterramento esquema TT),
com resistência de terra máxima 10Ω;
d) Placa de acrílico ou policarbonato para proteção dos barramentos;
e) Botão de parada de emergência, tipo cogumelo cor vermelha (geral);

3.2 Proteções para o Equipamento

a) Proteção individual para ventilação e iluminação por disjuntor


termomagnético;
b) Proteção individual para tomadas auxiliares por disjuntor termomagnético;
c) Proteção individual para comando por disjuntor termomagnético;
d) Proteção individual para o circuito de automação por disjuntor
termomagnético;
e) Proteção das chaves estáticas por disjuntor termomagnético em caixa
moldada (sobrecarga e curto circuito);
f) Proteção contra falta de fase na alimentação;
g) Proteção contra descargas atmosféricas tipo DPS;
h) Proteção contra sobrecarga, sobrecorrente e subcorrente por disjuntor-motor,
para motores com partida direta;
i) Relé de retardo na reenergização para cada circuito de motor;

3.3 – Sinalização do Equipamento

a) Sinaleiro para motor ligado, na cor vermelha, desligado na cor verde, defeito
na cor amarela;
b) Interface Homem / Máquina - IHM da chave de partida na porta do painel,
quando utilizado inversor de freqüência ou soft starter;
c) Horímetro;
d) Multimedidor de grandezas elétricas (tensão, corrente, Fator de Potencia -
FP) para motores com potência a partir 30cv;
e) Botão liga na cor verde, desliga na cor vermelha e de reset na cor amarela;
f) O botão reset deve ser instalado na parte interna do painel;
g) Placa de identificação de botões e sinalizadores.

3.4 – Acessórios

a) Aberturas para ventilação do CCM (quadro de comando) com dimensões


adequadas, com telas de proteção com filtros, exaustor e ventilador, para
saída do ar quente;
b) Desumidificador controlado por termostato regulável, nos casos de motores
acionados por soft starter ou inversor de freqüência e potências maiores que
20cv;
c) Chave seletora de três posições fixas: Manual/0/Automático;
d) Uma tomada tipo 2P + T / 250V na parte interna do CCM (quadro de
comando), protegidas por disjuntor termomagnético adequado, para uso da
manutenção;
e) Régua de bornes com fusível para uso da automação, além da régua de
bornes utilizada para entradas e saídas dos cabos de força e controle;
f) Iluminação interna do painel por lâmpada fluorescente tipo tubular, acionada
por interruptor na porta;

3.5 – Cabos

a) Anilha de identificação nos cabos ;


b) Cabos de força identificados por cores conforme ABNT;
c) Os cabos de comando com seção mínima 1mm2;
d) Cabos de força com isolação tipo EPR (borracha etileno propileno).

3.6 – Painel

a) Porta documentos em uma das portas do painel com manual em português


dos principais equipamentos do painel e projeto completo do CCM (quadro
de comando);
b) Porta com abertura mínima de 105º;
c) Porta com trava de posição;

3.7 – Abrigo

Quando for necessário a utilização de abrigo, o mesmo deverá conter as


seguintes características:

a) O abrigo em alvenaria para o CCM (quadro de comando) deverá ser previsto


no projeto elétrico;
b) As laterais do abrigo deverão ser fechadas, ficando a critério do projetista o
preenchimento com tijolos vazados ou não;
c) Dimensões mínimas do abrigo: altura de 1,90m do piso ao ponto mais baixo
do teto e no mínimo 1m de área protegida pela pingadeira na frente do painel.
d) Toda área coberta pelo abrigo deverá ter piso de concreto.
e) Nos casos onde for previsto automação, o abrigo de alvenaria deverá ter
espaço suficiente para comportar o CCM (quadro de comando) e o quadro
para automação.
f) A pintura deverá estar em conformidade com o Manual de Identidade Visual
da CASAN.
OBS.: Quando necessário, a utilização de portas no abrigo, as mesmas deverão
ser confeccionadas em aço galvanizado, com encaixe para colocação de
cadeado, sendo o mesmo fornecido pela empresa construtora. As dobradiças
deverão ser chumbadas no concreto, sendo confeccionadas no mesmo material
da porta.

3.8 - Capacitores para Correção de Fator de Potência

a) Os bancos de capacitores deverão ser protegidos por disjuntores


termomagnéticos com corrente adequada à potência do banco;
b) O acionamento dos capacitores deverá ser feito por contatores especiais para
manobra de capacitores, com contatos auxiliares NAa (normalmente aberto/
adiantado) e resistor de pré-carga;
c) Temporizador para evitar o acionamento dos capacitores antes do tempo de
descarga;
d) Quando o acionamento do motor for por soft starter, os capacitores deverão
ser acionados após a rampa de aceleração, e desacionados antes da rampa de
desaceleração.

3.9 - Acionamento dos Motores

a) Poderá ser por partida direta para motores com potência até 10cv, exceto para
os casos específicos onde for indispensável o uso de inversores de
freqüência;
b) Para potência acima de 5cv deverá ser utilizado soft-starter ou inversor de
freqüência, conforme necessidade de operação do sistema.

4 - CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS

4.1 - Quando forem confeccionados quadros de comando para os sistemas de


esgoto, deverá ser observado o que segue:

a) Nos sistemas de esgoto onde é necessária a medição de nível através de


sonda de pressão hidrostática, a mesma deve ser protegida por tubo de PVC
rígido, com diâmetro adequado, e furos na parte inferior (submersa) para
permitir a entrada do fluido.
b) Os cabos de sinal e dados não deverão conter emendas;
c) Cabos de sinal e comando devem ser instalados em eletrodutos exclusivos,
separados dos cabos de força;
d) Nas estações elevatórias de esgoto, os eletrodutos que vão do poço ao quadro
de comando deverão passar por caixa de passagem e ter suas extremidades
bloqueadas por espuma expansiva de poliuretano, de modo a evitar que o gás
gerado pelo efluente penetre no quadro de comando.

4.2 - Quando a instalação for em ambientes agressivos o CCM (quadro de


comando) deverá ter grau de proteção IP 68.

5 – DA PROPOSTA

Quando da abertura do processo licitatório, o proponente deverá fornecer as


seguintes informações:

a) Lista de materiais contendo equipamentos, marcas, modelos, especificações


técnicas e catálogos.

5 - DO FORNECIMENTO DO CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES – CCM

5.1 – Antes do fornecimento do equipamento, o fornecedor deverá apresentar os


seguintes documentos:

a) Projeto Executivo contendo as seguintes informações:

• Lista de materiais contendo equipamentos, marcas, modelos, especificações


técnicas, catálogos impressos e CD ROM, e quaisquer outras informações
que a CASAN julgar necessária;
• Diagramas trifilar e funcional;
• Vista frontal do painel com dimensões e lay-out interno, ambos com legenda;
• Número da Autorização de Execução e Fornecimento - AEF, data, local de
aplicação (SAA / SES, cidade);

b) Os projetos deverão ser entregues em duas vias, sendo fornecido uma via em
CD ROM no formato Autocad 2000, com extensão DWG, e a outra impressa,
de fácil visualização e entendimento.

Obs.: Para a execução do CCM, o projeto apresentado deverá ser aprovado


previamente, tendo como parâmetro os itens contidos na especificação técnica
contidas no edital.

6 – Da Entrega do CCM

6.1 - Quando a instalação do CCM for pela CASAN


O CCM (quadro de comando) deverá ser inspecionado por técnico da CASAN
no estágio final da montagem.
A inspeção consiste em:
• Checagem dos componentes;
• Teste de funcionamento do quadro, com carga nominal;
• Os custos inerentes deverão fazer parte do fornecimento.

6.2 – Quando a instalação do CCM for por conta da empresa contratada

• A empresa deverá fornecer o cabeamento do CCM (quadro de comando)


até os motores, com seção nominal adequada e isolação em EPR para
90oC.
Das Parametrizações:
• O fornecedor deverá dispor de técnico habilitado, no qual deverá realizar
o Start-up no local de instalação e dar instruções básicas de operação,
parametrização e manutenção, e fazer todos os ajustes necessários ao
funcionamento do equipamento.

Obs.: Todo Centro de Controle de Motores – CCM (Quadro de Comando)


deverão ser projetados, fabricados, ensaiados e fornecidos conforme descrito na
norma NBR (conjunto de manobra e controle de baixa tensão)

7 - DAS GARANTIAS

Todos os componentes do CCM (Quadro de Comando) deverão possuir garantia


mínima de 12 meses, a contar da entrega do mesmo, assim como o armário
metálico.
Os fornecedores das soft starters e inversores de freqüência deverão prestar
assistência técnica autorizada pelos fabricantes dos referidos equipamentos.

8 – APROVAÇÃO

Walmor Paulo de Luca Cesar Paulo de Luca


Diretor Presidente Diretor Técnico

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