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LIBERDADE, INDEPENDÊNCIA OU SEGURANÇA FINANCEIRA: QUAL DELAS VOCÊ

REALMENTE PRECISA AGORA?

Conquistar segurança financeira, ter liberdade ou ser independente financeiramente? Qual sua meta e como
buscar esses objetivos? Veja os passos que te levam ao sucesso!

Liberdade, independência ou segurança financeira: qual delas você realmente precisa agora?

Quando as pessoas definem suas metas anuais, palavras como liberdade, independência ou segurança
financeira sempre são usadas para resumir a forma como elas
desejam estar sob o aspecto econômico.

Diferenças na jornada financeira


Mas, o que significa cada uma delas e, principalmente, qual caminho
tomar para conquistar esses objetivos? Podemos dizer que:

 segurança financeira = ter uma reserva de recursos que te dê


tranquilidade para os próximos meses de orçamento familiar;
 liberdade financeira = conseguir decidir com autonomia qual
a estratégia de investimentos e gastos ideal para você;
 independência financeira = ter um patrimônio muitas vezes
superior a sua necessidade mensal e que, inclusive, gere uma
renda passiva confortável por bastante tempo (ou indefinidamente!).

É uma forma interessante de descrevê-los e, comparando o que cada um desses objetivos pode proporcionar,
fica fácil de supor que o melhor é mirar na independência financeira, certo?

Nem sempre! Você já deve ter ouvido alguém dizer que, antes de correr, você precisa aprender a caminhar.

Pois aqui vale o mesmo, ou seja, a segurança financeira é um ótimo começo e vai trazer muitos benefícios
(inclusive de conforto!) para suas finanças.

O que é segurança financeira?

Objetivos da segurança financeira


A segurança financeira é o resultado de uma boa gestão do capital,
onde você consegue fazer uma reserva de dinheiro suficiente para
garantir de seis a dez meses da sua receita atual. Assim, pode
custear suas despesas mensais em uma situação atípica, como no caso
de um desligamento ou transição de carreira.

Ou seja, é a base necessária para que você possa mirar nos seus
planos de médio e longo prazo com mais tranquilidade.

Por ser um recurso que pode ser acionado a qualquer momento, opções de investimento com boa liquidez
(capacidade de tornar um ativo em dinheiro disponível para uso) são as mais recomendadas.

A especialista em investimentos do iDinheiro explicou e trouxe sugestões das melhores opções em renda


fixa para 2021 neste material. Recomendo!

Segurança financeira NÃO É só gastar menos do que ganha


É preciso entender que a segurança financeira não é só conseguir a diminuição dos seus gastos no dia-a-dia.
Isso vai ajudar bastante, inclusive para objetivos maiores (alô independência financeira!). Mas vai muito
além disso.

A segurança financeira precisa ser vista como uma ponte para os investimentos e um treino para ter
hábitos de investimentos estratégicos.

A pessoa consegue que consegue economizar dinheiro para criar uma reserva desenvolve uma boa
disciplina e tem uma porcentagem de sua renda mensal disponível para investimentos de médio e longo
prazo.

Mas claro, como todo investimento, é preciso ter em mente os objetivos e metas que deseja alcançar com
este dinheiro. Somente com esse ponto é possível fazer boas escolhas com o seu dinheiro.

O que é liberdade financeira?

Objetivos da liberdade financeira


A liberdade financeira pode estar relacionada a sua autonomia para
tomar decisões econômicas e também por não depender de ninguém
para complementar sua renda.

Se você deixou a casa dos seus pais, paga todas as suas contas, faz
boas escolhas sobre suas finanças (com conhecimento do que está
fazendo) e não depende da complementação de renda de ninguém,
já tem a sua liberdade financeira conquistada.

Ou seja, a liberdade financeira está relacionada a possibilidade de


decidir sobre como acumular dinheiro e organizar as suas finanças. Isto significa que você tem a liberdade de
tomar decisões sobre o capital que está em suas mãos.

O que é independência financeira?

Objetivos da independência financeira


Resumidamente, poderíamos dizer que independência financeira
é o mesmo que viver de renda ou, ter um volume de recurso
muito superior ao que você precisa mensalmente.

Se você tem 300, 500 ou 2000 vezes o que precisa para suas
despesas mensais, pode alocar esses recursos de forma
diversificada e vê-los aumentarem sem que você tenha que se
esforçar para isso.

Em outras palavras, é a boa e velha renda passiva trabalhando para você. E, antes que você pense que esse é
um objetivo quase impossível de alcançar, uma reflexão simples vai ajudar: tudo depende do seu
referencial.

Conquistar uma independência financeira em uma cidade com custo de vida alto e hábitos de consumo
elevados pode ser bem difícil.

Mas, revisar seus gastos e reduzir despesas pode facilitar o caminho para quem deseja saber como ser
independente financeiramente, concorda?
Quais as melhores ferramentas para gerenciar suas finanças?
Para garantir a segurança financeira (ou liberdade e independência), muitas pessoas acabam utilizando
ferramentas e estratégias interessantes.

Então, logo abaixo vamos apresentar algumas dicas que podem te ajudar a gerenciar melhor as suas finanças.

1. Orçamento mensal para a segurança financeira

Um grande passo para conseguir um bom controle financeiro é avaliar sua receita e os seus gastos mensais.

Portanto, não deixe de acompanhar as suas despesas e receitas todo mês. Afinal, é por meio desta análise
que você vai começar a entender como é o seu orçamento e como você pode se planejar para a realização dos
seus objetivos futuros.

Lembrando que não é preciso muita coisa para começar a entender o seu orçamento mensal. O que você
provavelmente vai precisar de imediato é de uma planilha ou aplicativo que consiga documentar todas as
contas a pagar e também os valores a receber. 

2. Aplicativo de controle financeiro

Todos sabemos que a tecnologia está ajudando cada vez mais as pessoas a encararem a sua rotina com mais
agilidade e simplicidade, juntamente com um toque de inovação.

E com certeza, para o controle financeiro nós não poderíamos deixar de citar os aplicativos e plataformas
que podem facilitar na criação de um controle financeiro pessoal eficiente. 

É possível encontrar vários tipos de aplicativos no mercado, desde os gratuitos, pagos, para sistema
operacional Android ou iOS. Para este momento, aconselhamos que confira nosso review dos melhores
aplicativos para controle financeiro e escolha o que mais encaixa com o seu perfil.

3. Investimentos com liquidez diária

O grande benefício de investir seu dinheiro em investimentos com liquidez diária é justamente
a possibilidade de resgatar o seu dinheiro no mesmo dia.

Todavia, mesmo na escolha das aplicações de liquidez diária merece uma boa análise e estratégia.

Por exemplo, se você avaliar o rendimento da poupança hoje, vai ver que ele está perdendo para a inflação.
Uma boa alternativa, portanto, podem ser os CDB’s dos melhores bancos digitais.

4. Investimentos de longo prazo

Investir dinheiro em ativos de longo prazo é interessante para as pessoas que estão pensando em construir
uma boa renda para o futuro, focando na liberdade e independência financeira.

Isto significa que este tipo de aplicação de longo prazo tem uma grande relação para aumentar, conquistar e
até mesmo proteger o seu patrimônio em um período mais prolongado.

E quando falamos sobre investimento em longo prazo, muitos têm dúvida sobre o real tempo. Não é mesmo?
Pois bem, normalmente o mercado funciona com a seguinte regra: 

 Longo prazo são conhecidos por períodos superiores a 5 anos;


 Já no médio prazo, podemos dizer que o seu período é entre 2 a 5 anos;
 E por fim, abaixo do prazo de 2 anos podemos dizer que são os ativos de curto prazo.

5. Perceba que a saúde financeira é fundamental 

Por fim, gostaríamos que você entendesse que a saúde financeira é fundamental não só pelo saldo da sua
conta bancária, mas também porque ela interfere diretamente nas suas emoções.

Por exemplo, já esqueceu de pagar uma conta, ou mesmo, recebeu uma notificação de multa que não tinha
dinheiro para pagar?

São situações que te desestabilizam e chateiam, não é mesmo? Mas, quando a saúde financeira entra em
colapso total, os efeitos são muito mais intensos e podem até afetar sua saúde.

Portanto, não deixe de fazer um bom controle financeiro!

Independência, liberdade ou segurança financeira? Todas, por favor!


Se considerarmos que um objetivo é elementar para o outro, você pode buscar todos eles. Mas, como dito no
início do post, antes de querer saber como ser independente financeiramente, busque conhecimento para ter
liberdade e conseguir tomar decisões sábias.

E, antes da liberdade, fortaleça sua segurança financeira. Em outras palavras, antes de correr, primeiro é
preciso aprender a caminhar.

Mas, depois que fizer isso e criar sua base com a segurança financeira, pode ter certeza que vai conseguir
escalar seus sonhos e objetivos até a lua! O céu não será seu limite.

Ou seja, quando começar sua reserva financeira, pense que aquele será um pequeno passo para suas finanças,
mas um grande salto para ser independente financeiramente!

Um pequeno passo para suas finanças, mas um grande salto para ser independente financeiramente
Gostou do conteúdo e vai colocar o conhecimento em prática? Então, compartilhe com seus amigos e assine
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Independência financeira: por onde começar para


conquistar a sua?
Diversas pessoas buscam, entre seus objetivos, uma vida financeira
confortável no futuro e viver de renda. Entretanto, é muito comum ter dúvidas
sobre como dar os primeiros passos para alcançar a independência
financeira.

Ao mesmo tempo, quanto antes você começa a se organizar e a entender


sobre o assunto, maiores são as chances de conquistar esse objetivo em um
prazo menor. Então vale a pena se aprofundar sobre o tema para se planejar
a partir de agora.
Neste post, você aprenderá o que é a independência financeira e os passos
para conquistar a sua. Acompanhe a leitura!

O que veremos neste artigo:


 1  O que é a independência financeira?
 2  Por que não se deve confundir independência financeira com liberdade
financeira?
 3  Quais são os benefícios de se alcançar a independência financeira?
 4  Como trilhar o caminho certo para alcançá-la?
o 4.1  Tenha um bom controle financeiro
o 4.2  Faça investimentos
o 4.3  Conhecer seu perfil de investidor
o 4.4  Ter planos de curto, médio e longo prazo
o 4.5  Entender as alternativas de renda fixa e variável
o 4.6  Manter os aportes frequentes

O que é a independência financeira?

A independência financeira  significa ter dinheiro suficiente para se sustentar


e manter o padrão de vida, sem depender do seu trabalho. Entretanto, isso
não significa que você tenha que parar de trabalhar.

O nome do termo vem justamente da possibilidade de você tomar decisões


livremente — inclusive a de continuar trabalhando. Afinal, você teria
independência atuar como quiser quando se trata da vida profissional, sem
precisar de uma ocupação fixa para arcar com suas despesas.

Por que não se deve confundir independência financeira com


liberdade financeira?

Após aprender o que é a independência financeira, é importante entender o


que muda em relação à liberdade financeira. Os dois conceitos apresentam
semelhanças, mas não são sinônimos. Então é fundamental não confundi-los.

Na verdade, a liberdade financeira acontece quando você tem mais


tranquilidade nas tomadas de decisões relacionadas a dinheiro. Aqui, surge a
oportunidade de focar em questões mais relevantes, além do trabalho, por ter
certa segurança em relação ao orçamento.
Por exemplo, quem já conquistou a liberdade financeira não precisa se
submeter a um emprego com o qual não se identifica apenas para aumentar o
salário. Logo, é possível ter maior autonomia para escolher aquilo que
pretende fazer e os projetos que gostaria de desenvolver.

Contudo, também é necessário ter organização financeira, para que as


escolhas não comprometam seu padrão de vida. Dessa maneira, a liberdade
financeira é uma etapa anterior à independência financeira.

Quais são os benefícios de se alcançar a independência financeira?

Ao conhecer o conceito de independência financeira, fica mais fácil entender


por que essa conquista faz parte dos objetivos de diversos investidores. O
principal motivo é a maior qualidade de vida que essa flexibilidade traz para o
dia a dia.

Nesse caso, as preocupações financeiras se tornam menores, o que pode


reduzir níveis de estresse e ansiedade, por exemplo. Ainda, você terá mais
tempo para focar no que lhe dá prazer, pois não precisará focar em conseguir
um bom salário ou aumentar a renda mensal com um trabalho extra.

Isso acontece porque os seus rendimentos serão resultado dos


seus investimentos . Ou seja, o dinheiro trabalha para você, garantindo uma
renda passiva.

Como trilhar o caminho certo para alcançá-la?

Ter um bom planejamento financeiro permitirá visualizar melhor o caminho


que deve ser percorrido para alcançar os objetivos. E com a independência
financeira não é diferente. Porém, nem sempre é fácil saber trilhar essa
jornada.

Por isso, vale a pena conhecer os passos que podem ajudar a conquistar a
sua independência financeira. Veja mais abaixo!

Tenha um bom controle financeiro

O primeiro passo para conseguir sua independência financeira é  organizar


as suas finanças . Afinal, sem fazer esse controle, será mais difícil aplicar as
estratégias necessárias para essa conquista. Para tanto, comece montando
um orçamento com aquilo que você ganha e gasta.

Com isso, será mais fácil entender as suas principais despesas e o seu custo
de vida. Depois, vale a pena definir como o dinheiro será usado e, se for o
caso, se planejar para quitar as dívidas.

Nesse orçamento também será possível identificar as oportunidades para


economizar, como ao fazer cortes e substituir gastos. Assim, é possível
definir metas e começar a se planejar para realizar aportes e fazer o dinheiro
trabalhar para você.

Faça investimentos

Você já viu que investir o seu dinheiro é fundamental para conseguir


conquistar a sua independência financeira. Aqui, o primeiro passo é ter uma
reserva de emergência. Ela consiste em um montante para auxiliar em
situações imprevistas, para evitar o endividamento.

Em geral, ela corresponde a 6 meses dos seus custos mensais. Além da


proteção diante de emergências, esse montante também permitirá que você
defina seus caminhos com mais segurança, como uma mudança de carreira.

Após economizar e alocar a sua reserva, você pode começar a avaliar outras
opções do mercado para rentabilizar o seu patrimônio.

Conhecer seu perfil de investidor

Para começar a investir, também é preciso conhecer o seu  perfil de


investidor , que pode ser conservador, moderado ou arrojado. Com isso, você
saberá qual é o nível de tolerância ao risco, ponto fundamental para
identificar os investimentos mais adequados para a sua carteira.

Ter planos de curto, médio e longo prazo

Para alinhar os seus investimentos, é essencial ter objetivos bem definidos


com curto, médio e longo prazo. Isso permitirá direcionar os seus aportes
para as alternativas mais alinhadas. Nesse ponto, quando se trata de
independência financeira, o longo prazo  se torna essencial.

Isso permite que o investidor se beneficie mais dos juros compostos e da


economia real. Assim, é possível potencializar o crescimento do patrimônio
de forma consistente.

Entender as alternativas de renda fixa e variável

Também é importante saber que o mercado financeiro  disponibiliza


diferentes tipos de investimentos, tanto em renda fixa quanto em variável.
Então é possível encontrar alternativas com variados níveis de risco, prazos,
rentabilidades e liquidez.

Conhecendo melhor as possibilidades, ficará mais fácil identificar as opções


mais alinhadas ao seu perfil e objetivos financeiros. Para aprender mais,
você pode buscar conteúdos sobre investimentos ou contar com
uma assessoria de investimentos .

Manter os aportes frequentes

Por fim, é interessante manter uma estratégia de aportes frequentes. Separe


uma quantidade da receita mensal e invista para que o patrimônio cresça de
maneira contínua. Lembre-se de que são esses aportes que ajudarão no
acúmulo de capital ao longo do tempo.

Agora você já sabe o que é independência financeira e como se planejar para


conquistar a sua. Embora seja um objetivo que demanda tempo e dedicação
ao investir, ele pode ser alcançado com planejamento e organização nas
finanças.

5 passos para
conseguir sua
independência
financeira
Para você, o que significa ser bem-sucedido? Muitas pessoas consideram que essa realização vem
através da independência financeira, da capacidade de sustentar todas as suas despesas sem
depender de mais ninguém.
Ser independente financeiramente pode significar não precisar mais trabalhar e viver apenas de
renda proveniente de investimentos. Ou talvez continuar trabalhando, mas viver uma vida confortável
que permite o equilíbrio entre trabalho e lazer.
De um jeito ou de outro, a independência financeira subentende uma relação saudável entre você e o
seu dinheiro. Só se chega a esse estado quando você, antes de tudo, tem conhecimento sobre educação
financeira e consegue entender e controlar suas finanças.
Existem algumas fases da independência financeira, que você poderá atingir seguindo os passos
indicados neste artigo. São elas:
1ª fase - Liberdade de dívidas
Você não possui nenhuma dívida pendente e, após pagar contas e gastos regulares, o valor que sobrar
poderá ser guardado.
2ª fase - Reserva de emergência
Você possui dinheiro suficiente guardado para viver sem salário por um período, podendo variar entre 2
e 12 meses. Recomenda-se que você tenha pelo menos 6 meses dos seus gastos mensais em reserva
para cobrir possíveis imprevistos. Esse é um elemento fundamental para ser independente
financeiramente.
3ª fase - Investimentos
Você já consegue guardar mais do que a sua reserva de emergência, por isso o excedente podem ser
investidos para te oferecer uma fonte de renda secundária, além do seu salário. No entanto, esses
rendimentos servem apenas como complemento a sua receita principal e não cobrem sozinhos todos os
seus gastos.
4ª fase - Independência financeira
Os rendimentos provenientes dos seus investimentos conseguem cobrir todos os seus gastos e você
pode optar por continuar ou não trabalhando.
Para passar por essas 4 fases e conquistar sua independência financeira, reunimos 5 passos que vão te
ajudar nesse processo.
1) Faça um planejamento financeiro
O que não se mede, não se gerencia. Pensando nisso, o primeiro passo para conseguir sua
independência financeira é organizar todas as entradas e saídas de dinheiro.
Segundo uma pesquisa realizada pela Conquer em parceria com o Datacenso, 7 em cada 10 brasileiros
não possuem um bom planejamento financeiro. Apesar de parecer um processo demorado, organizar
o seu planejamento financeiro é simples, que ficou ainda mais fácil com a criação de planilhas
inteligentes e aplicativos para te ajudar nessa tarefa. Tudo o que você precisa é saber quais são os
seus ganhos e gastos mensais para inserir as informações na planilha ou aplicativo.
Neste momento, é importante registrar todos os seus gastos, desde os mais significativos até aqueles
menores que você não acha que vão fazer diferença no bolso (várias despesas pequenas viram um gasto
grande no fim do mês!).
Para te ajudar nessa etapa, criamos um modelo de planilha gratuito para você registrar informações
importantes. Assim, você consegue acompanhar todas as suas movimentações financeiras de
uma maneira descomplicada. Para baixar a planilha de finanças pessoais, é só acessar aqui.

2) Crie uma reserva de emergência


Agora que você já sabe quais são os seus gastos mensais, multiplique esse valor por 6 para saber quanto
você precisaria guardar para conseguir viver sem o seu salário caso algum imprevisto acontecesse. Essa
é a sua reserva de emergência.
Antes de pensar nos seus objetivos a médio e longo prazo, criar esse fundo emergencial é essencial
para não ser pego desprevenido. Suas economias, depois de cobrirem as contas e despesas
obrigatórias, devem ser direcionadas para este fim.
3) Defina suas metas
Se o planejamento financeiro te ajuda a entender o seu ponto de partida, definir suas metas te ajuda a
saber onde você quer chegar. 
Quer poder viajar nas férias todos os anos? Seu apartamento precisa de uma reforma? Precisa começar a
investir na sua educação? Com a sua reserva de emergência garantida, agora é hora de pensar no que
você quer ter condições financeiras de realizar. 
Ser independente financeiramente é a sua grande meta, mas quais são os objetivos menores que você
tem que alcançar ao longo do caminho? 
Defina quanto você precisa ter em mãos para realizar essas metas e, com o seu planejamento financeiro
pronto, entenda como você pode mudar seus hábitos e passar a economizar uma parcela do seu
dinheiro.
4) Mude seus hábitos
Falando em mudar de hábitos para economizar seu dinheiro, esse é um passo que vai fazer uma
diferença significativa na sua jornada em busca da independência financeira. 
Principalmente no início, é preciso entender que não vai entrar dinheiro extra na sua conta bancária do
nada. É a sua mudança de hábitos que vai garantir que você pare de ter despesas desnecessárias.
Se você paga a mensalidade da academia, mas só vai 3 ou 4 vezes no mês, que tal começar a praticar
exercícios físicos em casa até pegar o hábito e, só então, passar a frequentar a academia? Ou então, se
você tem o costume de jantar em restaurantes todos os dias, talvez possa fazer isso 2 vezes na semana e,
nos outros dias, cozinhar em casa.
E isso são apenas alguns exemplos, existem várias outras formas de economizar. Mudanças sutis no seu
padrão de vida podem te ajudar a fazer boas economias no final do mês. 
5) Invista seu dinheiro
A pesquisa Conquer/Datacenso identificou que somente 15% dos brasileiros tem bons conhecimentos
sobre como investir. Este talvez seja um dos assuntos que as pessoas menos conhecem e mais
precisam. Você já deve estar cansado de ouvir que o rendimento da poupança é mínimo e que não
compensa deixar o seu dinheiro parado lá. Mas qual a melhor opção para fazê-lo render mais?
A renda fixa é uma opção para os investidores conservadores e de primeira viagem. Além de ser fácil de
investir seu dinheiro, a aplicação é segura e o rendimento é maior que o da poupança. Além disso, o
Tesouro Direto, por exemplo, exige uma aplicação inicial de apenas R$30,00.
No começo, os ganhos provavelmente serão mais baixos, mas, com consistência, os resultados podem
ser significativos. Conforme você for aprofundando seus conhecimentos sobre o mercado financeiro,
poderá diversificar sua carteira de investimentos e passar a investir também em diferentes opções de
renda variável, aumentando os rendimentos e gerando fluxo de caixa. Para conhecer 3 dicas de como
começar a investir, dá uma olhada nesse artigo da Conquer.
Muitas pessoas sonham em ser independentes financeiramente, mas nem sempre sabem o que fazer ou
por onde começar. Esses 5 passos com certeza vão ajudar a começar essa jornada e servirão de norte
para quem busca a tranquilidade e a flexibilidade que a independência financeira proporciona.
Aprenda a fazer um
bom planejamento
financeiro pessoal e
alcance metas
Com organização e planejamento é possível ter uma vida financeira mais
tranquila. Descubra como!

Quando se trata de educação financeira, o Brasil fica muito atrás de outros países.
Segundo levantamento  da Standard & Poor’s, nosso país ocupa a 74ª posição
entre 140 nações, justamente por não estimular o ensino do planejamento
financeiro desde a infância.  
É por isso que muitas pessoas não sabem lidar com dinheiro e passam a vida
endividadas, atrasando, por consequência, seus projetos de vida. 
Pensando nisso, preparamos dicas para você conseguir se organizar, repensar
prioridades e fazer um controle financeiro pessoal eficaz, que irá contribuir para
que você viva com mais tranquilidade e concretize todos os seus objetivos. 
O que é planejamento financeiro?
O planejamento financeiro é um método de organização financeira pessoal para
reconhecer a situação em que suas finanças se encontram e, com isso, determinar
os objetivos que você deseja atingir e o que fazer para conquistá-los.
É possível realizar um planejamento financeiro pessoal, ou seja, que considere
apenas os seus gastos individuais e seus projetos de vida, como também planejar
as finanças da sua família ou empresa. Entenda as diferenças!
Planejamento financeiro pessoal
Cada pessoa tem seus hábitos de consumo e a sua maneira de organizar o
dinheiro. Por isso, realizar um planejamento financeiro pessoal pode ser o ideal
para você.
Neste caso, entra no controle financeiro pessoal tudo o que é gasto apenas por
você e todos os projetos que você deseja alcançar individualmente. Ele é ótimo
para pessoas solteiras ou que moram sozinhas e não têm filhos
Planejamento financeiro familiar
Por muitos anos foi tabu discutir sobre a condição financeira da família.
Resultado disso é que dinheiro é o segundo maior motivo de separação no mundo,
atrás apenas da infidelidade. 
Por isso, realizar o planejamento financeiro familiar pode garantir a união e o
bem-estar da família e possibilitar a construção de um patrimônio a longo prazo.
Com ele, a família pode organizar as finanças e realizar seus sonhos, colocando
na ponta do lápis tudo o que é gasto pelos membros do lar e o que será feito para
realizar os projetos, como uma reforma da casa ou viagens de férias.
Planejamento financeiro empresarial
Se as pessoas e famílias devem planejar e organizar suas finanças, imagina uma
empresa. O planejamento financeiro empresarial é fundamental para garantir a
sobrevivência e o crescimento das empresas. Em linhas gerais, a ideia é a mesma:
mensurar gastos fixos e variáveis, avaliar a entrada e o lucro, ter um fluxo de
caixa saudável, com capital de giro  robusto e reservar uma parte de fundos para
ampliar os negócios. 
Para ajudar a descobrir como montar um planejamento financeiro empresarial,
vale a pena considerar contratar um profissional especializado. Refletir sobre
assuntos relacionados à organização do fluxo de caixa, à necessidade de criar
mais capital de giro, ao processo de contas a pagar e a receber, entre outros, pode
ser mais fácil com um olhar externo. 
Como fazer um planejamento financeiro?
Para muitos brasileiros, a resposta pode estar na ponta da língua: organizar as
despesas, adotar um estilo de vida que esteja em linha com a receita disponível e
não comprar por impulso são algumas das orientações mais conhecidas. Mas, ao
que parece, o problema está em transpor a teoria e cuidar das contas de verdade
no dia a dia.
Um estudo  realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que 45% dos
consumidores não fazem um controle financeiro pessoal. Entre as pessoas das
classes C, D e E, a proporção sobe para 48%. 
Os dados não mentem: não saber o que é planejamento financeiro, ou como fazer
um, está intimamente relacionado ao descontrole das dívidas. Mas, afinal, como
realizar um bom controle financeiro pessoal?
Na prática, você registra todas as suas despesas, considerando custos fixos e
variáveis, quanto recebe e onde pretende investir. E mensalmente vai
acompanhando essa evolução para enxergar claramente onde é possível
economizar, onde acertou e errou. A seguir, explicaremos, passo a passo, como
fazer isso. Confira!
Passo a passo: como iniciar um planejamento financeiro 
Você já imaginou conseguir juntar aquela quantia tão sonhada? Terminar o mês
sempre no azul? Ter um dinheirinho para viajar? Investir e controlar seu dinheiro
de perto? O Portal Exponencial listou 12 atitudes que podem fazer suas finanças
decolarem. Entenda agora como deve ser feito um planejamento financeiro.  
1. Conheça sua situação financeira 
Cada pessoa tem seus hábitos de consumo e a sua maneira de organizar o
dinheiro. Algumas têm mais facilidade para poupar, enquanto outras não resistem
àquelas comprinhas por impulso e veem o dinheiro sumir antes do fim do mês. 
Para montar o seu planejamento financeiro pessoal, faça um exercício de reflexão
e seja sincero consigo mesmo. Avalie os seus hábitos de consumo, entenda de que
maneira você lida com o dinheiro e quais são as suas dificuldades no momento.  
Quem está com dívidas em atraso, por exemplo, já deve mapear todas elas para
entender o tamanho do problema. É importante conhecer o saldo devedor -
considerando os juros - e o valor das parcelas atrasadas antes de partir para a
renegociação. 
2. Defina seus objetivos
Uma boa maneira de se manter organizado e focado em sua nova relação com o
dinheiro é ter objetivos e prazos para alcançá-los bem definidos. Nesse momento,
é importante ser realista e respeitar suas possibilidades. 
Qual o seu maior sonho que envolva dinheiro? Comprar um carro? Ter uma casa
própria? Sair das dívidas? Liste os principais desejos e coloque um prazo para
cada um. Pense em seus planos e divida-os em metas menores, de curto prazo. Se
você precisa juntar R$ 3 mil em um ano para fazer uma viagem, por exemplo,
pode estipular como meta poupar R$ 250 por mês.
Lembrando que, por mais que você economize dinheiro e tenha uma organização
financeira pessoal, é fundamental estimar uma meta realista para seu
planejamento financeiro. Não adianta você colocar como meta juntar 10 mil reais
em seis meses para viajar se sua renda e seus gastos mensais mal permitem
guardar 100 reais por mês.
3. Conheça sua receita
Nem todo mundo conhece exatamente a própria renda mensal. É importante
entender que o seu salário nominal não será o valor real que irá cair na sua conta
bancária. O valor que precisa ser considerado é o salário líquido, a quantia que
sobra depois de ter tarifas e impostos descontados.
Portanto, comece analisando seu holerite, caso você seja trabalhador formal, e
calcule o salário total de todo mês. Se realizar serviços informais e sazonais não
se esqueça de adicionar à soma. 
Os especialistas e educadores financeiros aconselham não basear seus gastos em
uma renda variável. Se você não trabalha com carteira assinada e sua renda total é
variável, é necessário calcular uma média para entender qual valor você pode
considerar como sendo sua renda mensal. 
4. Anote suas despesas
Uma atitude fundamental para fazer seu planejamento financeiro é acompanhar o
quanto e como o seu dinheiro é gasto todo mês. Assim, você tem uma ideia de
quanto é possível economizar por mês. 
Para observar mais de perto essas despesas, você deve acompanhar o extrato da
conta corrente e da fatura do cartão de crédito com frequência. Fique de olho
constantemente e não deixe para fazer isso só no dia do pagamento.
Fique atento também aos gastos invisíveis , aquelas despesas menores, mas
diárias, que consomem uma parcela importante do orçamento sem que você
perceba. Você pode anotar tudo o que paga em um caderno, no celular ou no
computador. O que nos leva à próxima dica.
5. Use uma ferramenta para o planejamento financeiro
Para organizar todas as informações, você pode montar uma planilha de controle
financeiro pessoal ou buscar por um aplicativo de planejador financeiro. O
primeiro é um dos métodos mais tradicionais e seguros. As tabelas ajudam a ver
claramente quais gastos estão comprometendo sua renda e o que é possível cortar.
Para facilitar essa visão, você pode anotar cada vez que realiza algum pagamento
no computador ou em um caderninho mesmo. Quando chegar no fim do mês você
vai saber exatamente quanto consumiu e onde poderia ter economizado. Também
é vantajoso porque você não arrisca esquecer contas que precisa pagar no
futuro.   
Seu celular pode ser outro aliado. Existem softwares e aplicativos próprios para
lembrar qualquer movimentação e parcelas não pagas, além de criar um
planejamento. Assim, você não corre o risco de esquecer o pagamento daquele
débito importante.
Leia também | Ferramentas de finanças: qual é a opção ideal para você?
6. Faça um balanço mensal e anual
Todo fim de mês você deve fazer um levantamento e uma análise total dos
números. Olhe para seus ganhos (salário, faturamento), para os gastos e avalie
quanto conseguiu poupar para destinar aos seus sonhos.
Faça as seguintes perguntas a si mesmo:
 “todos os gastos foram realmente necessários?”

 “como eu posso evitar despesas comprometedoras e novas dívidas?”

 “eu consegui investir o valor pretendido e ainda pagar todas as contas em dia?”

Tudo isso pode te ajudar a encontrar caminhos melhores para o seu planejamento
financeiro. Se você percebeu que não precisava ter desembolsado tanto, veja
quais gastos é possível cortar. E tenha sempre em mente que deixar de guardar
significa uma quantia a menos para seus projetos futuros.
Quando acabar o ano, você pode fazer o mesmo exercício e olhar para sua
planilha de controle financeiro pessoal. Nesse caso, é válido avaliar se você
conquistou tudo que queria durante esse período.
Leia também | Como economizar no supermercado? Confira 10 dicas práticas
7. Classifique os gastos
Por mais difícil que pareça, é possível ter dinheiro para os gastos básicos e
manter a conta no azul mesmo estipulando um limite máximo para gastar. Isso
fica ainda mais fácil depois que você conhece sua situação financeira e domina o
dinheiro.
Existem algumas estratégias que podem ajudar. A Regra 50-30-20, por exemplo,
é uma fórmula muito usada por educadores financeiros. A ideia é distribuir
melhor o que você recebe e, a partir disso, criar prioridades dentro do que deve
pagar. Para isso, seu salário é dividido em três partes:
 50% para gastos essenciais

                  Exemplo: contas de água, luz, escola...


 30% para gastos não essenciais

                  Exemplo: lazer, cabeleireiro, manicure...


 20% para investimentos para realizar sonhos
                Exemplo: Tesouro Direto, Bitcoin, CDB...
No caso de alguém que recebe R$ 2 mil por mês, deve ser destinado:
 R$ 1000 para contas básicas;
 R$ 600 para custos de lazer;
 R$ 400 para poupar e investir.
Mas, claro que esse é o ideal e deve ser adaptado a cada realidade. Os
compromissos financeiros de alguém casado e com filhos é diferente de quem é
solteiro e mora sozinho. Inclusive, você pode optar também pelo modelo 70-20-
10, se tiver mais despesas essenciais do que supérfluas. Cada momento da vida
vai pedir uma nova adaptação em seu planejamento financeiro.
O importante é criar e manter o hábito de poupar, mesmo que você não consiga
chegar exatamente no percentual sugerido. Pode ir ajustando isso ao longo do
tempo. O melhor é separar essa quantia logo no início do mês, para evitar gastar
tudo até o final, e deixar tudo registrado em sua planilha de planejamento
financeiro.
8. Comece a montar uma reserva de emergência
Todo mundo está sujeito a passar por eventos e situações não planejadas. Por
exemplo, perder o emprego, ter algum problema com o carro, ficar doente. São
momentos que podem alterar o rumo da sua vida, especialmente das suas
finanças. Justamente por isso é imprescindível buscar guardar dinheiro sempre
que possível e não viver só o hoje. 
Leia também | Reserva de emergência, como fazer e quando usar . 
9. Prepare o bolso para datas comemorativas
Uma boa solução para ter mais controle do dinheiro é também se preparar para
eventos previsíveis. Por exemplo, você sabe que em determinado mês pretende
comprar um presente de aniversário, tem o Dia das Mães, ou que irá viajar de
férias. É possível pensar nesses eventos previamente e já deixar a respectiva
quantia separada. Isso evita, inclusive, que você pague mais do que gostaria
quando estiver próximo do evento, além de ser uma forma de não esquecer.
10. Planeje sua aposentadoria
Você deve estar se perguntando se a aposentadoria entra como uma meta de longo
prazo que precisa fazer parte do seu planejamento financeiro pessoal. Sim,
considerar fazer uma previdência privada pode ser uma de suas estratégias de
investimento. 
Incluir no seu planejamento como se fosse um gasto fixo pode ser um bom hábito
para se aposentar com mais tranquilidade. 

Leia também | Previdência privada vale a pena? Confira dicas para a


aposentadoria
11. Amplie seu capital: invista
Depois de listar e organizar todos os seus gastos fixos e variáveis, cortar gastos
invisíveis, e economizar dinheiro é recomendável buscar novas formas de fazer
suas economias crescerem. 
Não basta guardar dinheiro na poupança, no longo prazo você deixa de ganhar. A
recomendação é investir. Você só precisa encontrar uma modalidade que se
encaixe no seu perfil de investidor.
É possível começar pelo Tesouro Direto , por exemplo. O valor mínimo é de R$30
e o mais importante é manter o hábito de aplicar.  
12. Continue estudando o assunto
Estudar e se atualizar te ajudará a atingir cada vez mais metas. Procure se
aprofundar nas análises e encontrar canais na internet que te ajudem nessa tarefa.
Você pode contar com jornais, revistas e portais, como o Exponencial , para se
atualizar sobre economia e finanças. 
Como começar um planejamento financeiro estando endividado?
Faz parte do planejamento financeiro quitar as dívidas e deixar de pagar juros
abusivos. Sem dívidas que crescem exageradamente todos os meses fica mais
fácil organizar a vida financeira e alcançar um ciclo virtuoso, aquele onde seu
dinheiro cresce.  
Não é necessário ter medo de fazer um empréstimo  caso você esteja endividado.
Desde que você escolha uma linha de crédito que ofereça juros e taxas mais
atrativas. Inclusive, é possível trocar várias dívidas com juros altos por apenas
uma, mais barata.
Uma das linhas de crédito mais em conta do mercado é o empréstimo com
garantia , outra opção é o consignado privado . Estas são modalidades que
contam com juros e taxas menores justamente pelo fato de terem uma garantia do
pagamento das parcelas. 
Ferramentas de
finanças: qual é a
opção ideal para você?
Planilha, aplicativo, agenda ou extratos bancários? Encarar os números é atitude
fundamental para manter as contas em dia e realizar conquistas, mas, afinal, qual
é a melhor ferramenta para isso?

As lições mais básicas de finanças pessoais, na verdade, não são segredo para
ninguém. Todo mundo já ouviu que para manter as contas em dia é preciso gastar
menos do que se ganha e reservar parte do orçamento para lidar com imprevistos
ou programar o futuro. Mas colocar essas orientações em prática e escolher uma
entre as diversas ferramentas de finanças disponíveis parece um grande
problema. 
No Brasil, sete em cada dez consumidores não conseguem guardar nenhuma parte
dos seus rendimentos, segundo estimativa do Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC Brasil). Além disso, mais de 60 milhões de pessoas estão com o nome sujo.  
Parte dessa situação é reflexo de problemas econômicos, como o alto índice de
desemprego e a consequente redução da renda das famílias. Mas, por outro lado,
esse cenário também mostra que a falta de planejamento financeiro é uma
realidade no país. 
E não tem outro jeito: quem deseja fugir dessas estatísticas e viver com
tranquilidade precisa de coragem para encarar as contas e começar um
planejamento financeiro. Mas, como fazer isso? 
Neste momento, uma dúvida comum é qual ferramenta utilizar. Hoje, além das
tradicionais planilhas, outros meios podem ser eficientes no controle de receitas e
despesas. Para entender os prós e contras de cada um e te ajudar a encontrar o
formato que mais tem a ver com você, conversamos com Felipe Barbosa,
planejador financeiro pela Academia GFAI e sócio da consultoria Capital 360.
Confira as orientações do especialista, a seguir: 
Planilhas: por que elas são ferramentas de finanças interessantes?
Bastante indicadas pelos educadores financeiros, as planilhas ainda são vistas
como ferramentas muito complexas, principalmente por quem não tem afinidade
com o Excel. 

Mas Felipe Barbosa explica que essa ferramenta pode funcionar como um “raio-
X” da sua vida financeira e traz algumas vantagens: permite visualizar com
facilidade em quais categorias você gasta mais, ajuda a comparar o seu
comportamento mês a mês e a fazer projeções de gastos e reserva. 
Isso porque, no arquivo em planilha, é mais simples enxergar os números do ano
todo, acompanhar evoluções e entender onde é possível fazer ajustes para colocar
as contas em ordem. 
Essa característica pode até te estimular o consumidor a poupar. “Quando você
percebe, por exemplo, que consegue reservar apenas 200 reais por mês, isso pode
parecer pouco para alcançar os seus objetivos. Em situações assim, muitos
desistem de poupar”, explica o planejador financeiro. “Mas, quando olha a longo
prazo e vê que manter esse hábito pode render uma economia de 2 400 reais ao
ano, fica mais fácil entender os efeitos daquela economia no seu bolso”.
Hoje, quem busca uma planilha pode encontrar diversos modelos, dos mais
básicos ao mais complexos. Para quem está começando a cuidar das finanças
agora e nunca teve contato com a ferramenta antes, escolher uma opção com
muitas informações pode ser motivo para desistir do planejamento financeiro. “A
planilha deve ser o mais simples possível”, recomenda o planejador financeiro.
“Se a pessoa não está habituada a abrir o Excel e logo de cara encontra um
modelo complexo, o planejamento não vai funcionar”. 
Mesmo optando por um modelo simples, é preciso ter força de vontade e reservar
um tempo à sua planilha para que o planejamento financeiro funcione. “As
planilhas não se atualizam de forma automática, como os aplicativos. No entanto,
o consumidor precisa ter consciência da importância de dedicar esse tempo para
mudar a sua vida financeira”. 
A Creditas, em parceria com o Thiago Nigro, fundador do canal de finanças O
Primo Rico, desenvolveu uma planilha de gastos  mensais que permite que o
usuário controle receitas e despesas de maneira bem simples. 
Aplicativos de finanças funcionam para todo mundo?
Os aplicativos de controle financeiro são a alternativa ideal para as pessoas mais
antenadas e que passam muito tempo com o smartphone. A vantagem de usar o
celular — e os aplicativos — como ferramenta de planejamento é que, como o
aparelho está sempre próximo, é possível registrar os gastos assim que eles
ocorrem.

Assim como para as planilhas, as opções de aplicativos de finanças são diversas,


e testar diferentes possibilidades é interessante para identificar com qual você
realmente se identifica. Entre os aplicativos de controle financeiro mais baixados
estão: Guiabolso, Mobills, Organizze e Minhas Economias. Vale a pena
conhecer. 
Mas o excesso de praticidade também pode ser um problema. “É comprovado que
tirar dinheiro da carteira, por exemplo, gera muito mais impacto emocional do
que passar um cartão ao fazer compras, pois é como se não sentíssemos o bolso
esvaziando”, explica Felipe. Isso quer dizer que, quanto mais manual for o
registro das receitas e despesas, melhor. 

É preciso ficar atento aos aplicativos que fazem o controle das finanças de forma
automática, tirando os dados diretamente do extrato bancário do consumidor.
“Assim, é como se você não estivesse em contato direto com os seus gastos”,
comenta o especialista. “A partir do momento em que você começa a registrar os
números por conta própria no aplicativo, isso reforça a sensação de que você
gastou, porque você vê o seu caixa diminuindo quando inclui essa informação”,
acrescenta. 
Além do mais, nos aplicativos de preenchimento automático, a tendência é que o
consumidor olhe para as contas apenas algumas vezes no mês. Quando você é
obrigado a preencher tem mais trabalho mas, quando pega esse hábito, o seu
planejamento financeiro tende a melhorar muito. 
Agendas e planners também são eficientes?
Aqueles que não gostam de tecnologia não têm motivos para não organizar as
finanças: é perfeitamente possível fazer um controle usando a boa e velha agenda
de papel ou um planner. “O método pode ser muito eficaz, mas é importante
lembrar que todas as informações, até os gastos menores, sejam anotadas”.  
De acordo com o especialista, o problema de fazer os registros em papel é que
essa alternativa normalmente rende mais trabalho para categorizar os gastos e
acompanhar a evolução de reservas para alcançar um objetivo específico, já que
fica mais difícil comparar os números mês a mês. “A princípio, esse modelo pode
parecer mais simples, mas é preciso ter em mente que no final do mês sempre
será necessário somar os gastos novamente e encaixá-los em categorias para
entender o seu comportamento financeiro”, orienta Barbosa. 
Extratos bancários: é possível controlar o orçamento dessa forma?
Há, ainda, quem prefira usar apenas extratos bancários para controlar o seu
orçamento. Hoje, aqueles que têm conta em banco já têm acesso aos
comprovantes físicos e em aplicativos. Aliás, por meio dos apps, algumas
instituições financeiras já organizam as entradas e saídas em categorias que
podem ser acessadas a qualquer momento. Alguns aplicativos de bancos,
inclusive, já trazem planejadores de orçamento embutidos. 
Felipe explica que fazer um controle por extrato bancário é interessante porque os
valores demonstrados ali são exatos. “Às vezes você pode errar na planilha ou no
aplicativo, mas o extrato do banco sempre indica o que você realmente tem”. É
um recurso interessante, por exemplo, para aqueles que confundem salário bruto -
aquele registrado na carteira de trabalho - com salário mínimo - o montante que
cai na conta. 
No entanto, o planejador financeiro não recomenda a utilização deste recurso de
forma isolada. “É interessante usar os extratos bancários apenas para confirmar
informações, entender o que você realmente gastou”, explica. “Inserir esses dados
em outro lugar e acompanhar os registros ainda é a melhor forma de se planejar”.  
Qual é o momento ideal para fazer um planejamento financeiro?
Engana-se quem pensa que planejamento é apenas para quem está endividado e
precisa reverter a situação. Felipe Barbosa explica que controlar as finanças é
importante para aqueles que estão no vermelho, os que têm as contas em dia e até
os grandes investidores. 
Isso porque o planejamento financeiro é uma forma de nos preparar para
diferentes situações, a fim de que possamos passar por todas elas com mais
tranquilidade. “A nossa vida tem altos e baixos: hoje você pode estar muito bem
financeiramente e, daqui um ano, enfrentar uma crise”, afirma. “O planejamento
financeiro te ajuda a aproveitar os momentos bons para que, quando a dificuldade
chegar, você não sofra tanto”, acrescenta o especialista.
Mais do que isso, o planejamento é um viabilizador de sonhos, como a compra de
um bem ou a liberdade financeira, tão almejada. Não é só para reverter um
quadro negativo, é para deixar o positivo no positivo. 
Dica de ouro: combine ferramentas para atingir melhores resultados 
Depois de conhecer um pouco mais sobre diferentes ferramentas de controle
financeiro, você pode eleger uma das opções para organizar as suas contas, mas
os recursos também podem trabalhar de forma complementar. “Você pode, por
exemplo, ter uma planilha de gastos e receitas e, mesmo assim, ficar de olho em
todos os extratos para verificar que os valores registrados estão corretos”,
recomenda Felipe. Assim, você pode aproveitar as vantagens de todas as
ferramentas. 

Saiba o que é reserva


de emergência, como
fazer e quando usar
Entenda a relevância de ter uma reserva financeira e aprenda a construir a sua
para não passar por dificuldades com as contas no futuro

“Imprevistos acontecem”. Eis uma expressão que ouvimos desde a infância.


Ainda assim, mesmo sabendo que tudo muda o tempo todo, frequentemente não
nos preparamos para as urgências. Principalmente no que se refere às finanças.
Prova disso é que mais da metade dos brasileiros (52,1%) não possuem uma
reserva de emergência. 
Os dados preocupantes fazem parte de uma pesquisa feita em março de 2020 pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O estudo deixa claro que a falta de educação
financeira é a principal responsável pela ausência do hábito de poupar pensando
no futuro.  
Mas, o que é reserva de emergência?
Se você chegou até aqui é por que quer saber o que é um fundo de emergência.
Esse é o primeiro passo para ter uma vida financeira equilibrada e mostra que
você está preocupado em se preparar para não passar apertos no futuro.    
Objetivamente, reserva de emergência é um montante que você acumula capaz de
pagar as suas despesas mensais fixas por um período, caso você deixe de ter uma
renda repentinamente ou se seus custos aumentarem muito por algum motivo que
não estava previsto. 
Para José Falcão Castro, analista de Investimentos da Easynvest, a reserva de
emergência é um dos itens mais importantes dentro de um planejamento
financeiro, pois são recursos destinados a situações inesperadas e, como o próprio
nome já diz, emergências.
“Reserva de emergência é aquela parte de seu patrimônio que vai te socorrer para
cobrir despesas inesperadas com saúde, educação, desemprego”, explica. “Porém,
não deve ser misturada a necessidades supérfluas e não essenciais.”
Um exemplo da importância de ter uma reserva financeira robusta é o isolamento
social imposto no Brasil e no mundo pelo avanço do coronavírus . Quem é
comerciante, autônomo e microempresário, por exemplo, sentiu no bolso o forte
impacto que a crise impôs no início de 2020.
Com as pessoas reclusas, as vendas diminuíram, mas as contas continuaram. O
empresário que tinha se preparado no passado e feito uma reserva de emergência,
conseguiu passar por este momento atípico de forma mais tranquila. Quem
“ganhava hoje para pagar as contas de amanhã” ou pior, estava endividado, teve
que “correr atrás do prejuízo” e descobrir novas formas de ganhar dinheiro para
não fechar as portas.
Mas não se engane: ter uma reserva financeira não é importante apenas para os
empresários. Todas as pessoas precisam e devem se planejar para compor um
fundo de emergência. Afinal, todo mundo corre o risco de ser demitido
repentinamente, de ter que gastar muito com remédios e atendimento hospitalar
caso fique doente ou ainda de ter que pagar o conserto do carro em caso de
quebra ou acidente. 
Ter dinheiro em caixa é capaz de ajudar muito caso surja qualquer imprevisto.  
Como fazer uma reserva de emergência
Organização e planejamento das finanças é essencial se você quer saber como
fazer a reserva de emergência. Nunca é tarde para começar a construir a sua.
Portanto, se você ainda não tem um fundo emergencial, aproveite para começar a
construir o seu agora. 
José Falcão, da Easynvest, explica que é necessário primeiro equilibrar as suas
contas pessoais passando um pente fino no orçamento doméstico. 
“As pessoas precisam compreender onde há gastos excessivos e supérfluos”, diz.
“Porém, não precisa cortar todos os gastos, mas sim otimizá-los para seus reais
objetivos de vida, controlar as dívidas, entre outros”.
Assim, somente após fazer esse primeiro exercício de finanças pessoais e
conseguir atingir um nível de equilíbrio que proporcione sobras no seu orçamento
pessoal, é possível começar a acumular dinheiro para compor a sua reserva de
emergência. 
No entanto, a orientação dos especialistas não é esperar sobrar dinheiro para
começar a fazer uma reserva de emergência. Sem educação financeira  e com fácil
acesso à crédito, como cartão de crédito e cheque especial, muitas pessoas gastam
mais do que ganham e ficam endividadas e sem “sobras” para pensar em poupar e
investir.
É por isso que o primeiro passo é refletir e entender a importância de ter um
controle dos gastos mensais e fazer essa análise minuciosa. Com este caminho,
você terá descobrirá para onde vai o seu dinheiro.
Diversas ferramentas e aplicativos auxiliam nesse cuidado com as finanças, mas
uma.  planilha de controle de gastos  já pode contribuir muito para balancear as
suas contas e ajudar você a iniciar a construção de sua reserva de emergência.   
Leia também: Aprenda a fazer um bom planejamento financeiro pessoal e
alcance metas
Reserva de emergência: quanto guardar?
Afinal, quanto deve ser a reserva de emergência? Normalmente, os especialistas e
educadores financeiros indicam que uma reserva financeira deve ter entre três e
seis meses dos seus custos fixos. Esse montante já garante segurança em caso de
emergência.
Mas, quanto maior for seu fundo emergencial, melhor. Se conseguir juntar um
valor de reserva de até 12 vezes o seu custo fixo, mais tranquilidade você terá
para lidar com uma situação que não estava contando. 
Para mensurar quanto exatamente é necessário guardar por mês para compor uma
reserva de emergência é necessário considerar algumas questões, como, por
exemplo, sua vida profissional. 
Tenha em mente que sempre que a remuneração for variável é preciso que a
reserva financeira seja maior. Por isso, se você for autônomo, sua reserva precisa
ser mais abundante, já que, ao contrário do trabalhador que possui carteira
assinada, não pode contar com benefícios como seguro desemprego, multas
rescisórias e fundo de garantia. 
Assim, se o autônomo tiver alguma dificuldade, como queda nas vendas ou
fechamento do negócio, precisa estar mais preparado para pagar os gastos fixos
no próximo mês. A orientação é, portanto, estabelecer uma porcentagem do lucro
mensal para compor o fundo de emergência. Esse valor exato só é possível definir
conhecendo todos os gastos fixos.
Para o profissional que possui carteira assinada é necessário considerar algumas
questões, como: há chances de promoção no curto prazo? Afinal, com um
aumento salarial é possível poupar mais dinheiro para compor a reserva. Ou, ao
contrário, em caso de demissão, a recolocação na sua área é fácil ou pode ser
demorada? Se for difícil arrumar um novo trabalho é fundamental ter uma reserva
emergencial maior, que irá te proteger por mais tempo. 
Como calcular a reserva de emergência?
É simples calcular o fundo de emergência. Após realizar o orçamento pessoal e
doméstico (receitas  - despesas), você terá de forma precisa o seu custo mensal e,
a partir desse valor, poderá acumular uma reserva mínima de três vezes do custo
mensal.
Por exemplo: se seu custo mensal for de R$ 2 000 você precisará ter guardado R$
6 000 de reserva de emergência ( 2 mil x 3 = ¨6 mil).
“Porém, seis vezes o custo mensal é o valor ideal para uma reserva de emergência
que permitirá manter o seu padrão de vida durante um semestre”, explica José
Falcão Castro, da Easynvest. 
Para ter seis meses garantidos de seus custos fixos, nas mesmas condições do
exemplo anterior, você precisaria de 12 mil reais reservados em um fundo de
emergência (2 mil x 6 = 12 mil). 
Reserva de emergência: onde investir
Agora que você entendeu a importância de construir uma reserva financeira, saiba
que guardar não é suficiente. Em um segundo momento é necessário investir seu
dinheiro para fazer a reserva crescer. Mas, como começar a investir se não sei
nada sobre investimentos?
Por muito tempo no Brasil as pessoas guardavam suas reservas de emergência na
poupança. A questão é que renda fixa traz um rendimento muito baixo. Por isso,
poupança não é investimento. E o pior, pode ser até ser uma forma de perder
dinheiro.
Funciona assim: quanto menor a taxa básica de juros do Brasil (a Selic), menor o
rendimento na poupança. Em outubro de 2019, por exemplo, quando a Selic
estava a 5,0% ao ano, aplicações na caderneta de poupança perdiam para a
inflação projetada para os próximos 12 meses. 
Assim, quem depositasse R$ 1 mil na poupança corria o risco de sacar, depois de
12 meses, um valor equivalente a R$ 998. Os 2 reais teriam sido corroídos pela
inflação, estimada pelo Banco Central em 3,54% na época, para os próximos 12
meses.
É importante saber que, por se tratar de um dinheiro que tem como objetivo ser
utilizado rapidamente em uma situação atípica, a reserva de emergência precisa
ser aplicada em investimentos com um prazo mais curto, que garantam um
resgate imediato.
“A necessidade de utilizar a sua reserva de emergência pode ser no longo prazo
ou até mesmo amanhã, nunca se sabe”, diz  José Falcão, da Easynvest. “Por haver
uma imprevisibilidade na utilização dos recursos, eles devem ser investidos em
produtos financeiros de alta liquidez que possibilitam resgates imediatos e que
não possuam qualquer tipo de oscilação de mercado, ou seja, risco”, diz.  
Segundo o especialista, os produtos mais indicados para essa finalidade são o
Tesouro Selic (LFT), (Tesouro Direto) e fundos de Renda Fixa Referenciados DI
Simples com resgates em até dois dias.  
Quem não conhece nada sobre investimentos, pode pesquisar sobre corretoras.
Algumas permitem fazer cadastro de forma 100% digital, sem custos e as
aplicações podem ser feitas diretamente do celular com segurança. 
Contudo, investir ainda não é hábito do brasileiro. Segundo a pesquisa da
CNDL/SPC, seis em cada dez brasileiros (62,0%) que costumam economizar
ainda têm como escolha a poupança. Além destes, também há os que preferem
guardar o dinheiro em casa (27,1%) e os que mantêm o montante na conta
corrente (23,1%). Fundos de investimento foram citados por apenas 6,5%,
seguidos por Tesouro Direto (4,7%), ações da bolsa de valores (4,7%) e CDB
(4,7%). A pesquisa foi feita em março de 2020.
Quando usar a reserva de emergência 
Definitivamente, reserva de emergência é para momentos inesperados. Urgentes.
É aquela parte de seu patrimônio que vai te socorrer para cobrir despesas
repentinas com saúde, educação, desemprego, redução da renda familiar, dívida
inesperada e outras necessidades essenciais. 
Se é para emergência só deve ser utilizada nesse tipo de situação. E não deve ser
misturada com gastos supérfluos e não essenciais, como parcelas de cartão de
crédito para consumos de bens e serviços que não sejam emergenciais.
E não esqueça: reserva de emergência também não é um recurso que deve ser
utilizado para férias, viagens e passeios. Recursos destinados a lazer devem ser
planejados antecipadamente.  
E você, já sabe tudo sobre reserva de emergência? O que acha de aproveitar as
dicas e começar a fazer a sua? Compartilha com a gente suas experiências.

Previdência privada
vale a pena? Confira
dicas para a
aposentadoria
Em meio às discussões sobre a reforma da Previdência, aprovada definitivamente
pelo Senado no último dia 23, as novas contribuições em previdência privada
aumentaram 23,4%. Saiba se investir na aposentadoria complementar é uma boa
ideia

Quem trabalha um dia se aposenta. Essa é a trajetória óbvia da população


economicamente ativa no mundo todo. Seja por idade ou por tempo de
contribuição, todas as pessoas têm direito a usufruir do seu trabalho também na
velhice. Para isso, existe a Previdência Social, que garante ao trabalhador que
possui carteira assinada o direito de receber quantias mensais mesmo quando
deixar de ser produtivo. Apesar disso, no  Brasil, a previdência privada, ou seja, a
aposentadoria que não está ligada ao sistema do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), não para de crescer: somente em agosto as novas contribuições
somaram R$ 11,5 bilhões, valor 23,4% maior que o do mesmo período de 2018,
segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi),
que representa 67 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar.  
A previdência privada vale a pena?

Leia mais: Reforma da previdência e tributária: o que você precisa saber


Para Renato Follador, ex-secretário de Previdência do Paraná e consultor em
finanças e previdência, um dos fatores que explica o aumento da procura pela
previdência privada  é a alta exposição do termo “previdência” na mídia nos
últimos três anos por conta das discussões sobre a reforma. “Todas as pessoas que
estavam na expectativa da reforma da previdência, sendo bombardeadas pela
mídia sobre avanços e retrocessos, sabiam que teriam uma diminuição na
aposentadoria, não no valor nominal, mas no aumento do tempo de contribuição,
e isso é exatamente o que aconteceu no texto aprovado pelo Senado. Ao prever
idades mínimas de 65 anos para homens e 62 para mulheres você obriga todos os
trabalhadores a trabalharem muito mais do que antes para ter direito a
aposentadoria pública”, explica Follador. “Não se faz reforma da previdência em
nenhum lugar do mundo para aumentar aposentadoria ou diminuir contribuição, é
exatamente o contrário, só se faz reforma quando o sistema previdenciário está
em desequilíbrio, isto é, quando as despesas são superiores às receitas, o chamado
déficit estrutural”. 
Leia mais: Reforma da Previdência confirma cenário otimista e anima
economistas
Tipos de previdência privada
Nos planos de previdência privada, é possível escolher o valor da contribuição e a
periodicidade em que ela será feita. Além disso, o valor investido em um plano de
previdência privada pode ser resgatado pela pessoa se ela desistir do plano.
Existem duas formas de tributação: uma delas é a tabela regressiva, que favorece
o resgate do dinheiro de uma só vez, a outra forma é a tabela de impostos
progressiva, mais vantajosa para aquelas pessoas que querem receber a quantia
investida em forma de parcelas mensais e não resgatar o dinheiro todo numa só
parcela.
O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é recomendado para pessoas com
renda mais alta, pois o valor pago ao plano pode ser abatido no Imposto de Renda
(desde que esse valor represente até 12% de sua renda bruta anual). Porém,
quando o dinheiro é sacado, o imposto pago é referente ao total que havia no
fundo.  Já o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) não pode ser abatido no
Imposto de Renda. Porém, quando o dinheiro é sacado, o imposto cobrado é
referente ao que o dinheiro investido rendeu.
Nos planos de previdência privada, é possível escolher se a renda recebida será
por um determinado período ou se ela será vitalícia. Quem faz o plano também
pode determinar que os filhos e a mulher continuem recebendo a renda se ele
morrer.
Previdência privada como cultura
A corretora de seguros Vanessa Houck, 45 anos, afirma ter a “cultura da
previdência” arraigada em sua família. Ela e o marido possuem a VGBL (Vida
Gerador de Benefício Livre”), além de duas outras previdências para os filhos.
Ela acabou de fazer um aporte para um dos meninos que completou 18 anos.
“Previdência privada vale a pena, é educação financeira. Eu recomendo que os
pais iniciem planos para os filhos desde cedo e incentivem eles a continuarem
pagando no longo prazo para garantirem um futuro tranquilo”, diz. “Quando eu
fiz para meus filhos foi pensado numa reserva para a faculdade ou para um carro.
Agora, meu filho de 18 anos escolheu continuar e não sacar o dinheiro de sua
previdência”, conta.
Segundo a FenaPrev, os planos que lideraram os novos depósitos em agosto  -
13,3 milhões de clientes, crescimento de 2,2% em relação a agosto de 2018 -
foram os do tipo VGBL. Eles representaram 93% dos aportes realizados no
período. Os 7% restantes optaram pelo PGBL, indicado para clientes de renda
mais alta, que fazem a declaração completa do Imposto de Renda.
Leia mais: Previdência: “é necessária a disseminação da educação previdenciária
desde a infância”
Previdência privada vale a pena?
Especialistas afirmam que o aumento longevidade somado a diminuição da taxa
de natalidade irá impor, em breve, uma nova discussão sobre a reforma da
previdência. “A Previdência Social do INSS  é um ser vivo, depende de fatores
que mudam rotineiramente”, diz o consultor Follador. Pensando nisso, o aumento
pela procura da previdência privada também é justificável. “A diferença da
previdência privada para a social é que na social você contribui para pagar a
aposentadoria no mesmo mês de alguém que você nem conhece na expectativa de
que quando chegar sua hora tenha dinheiro em caixa para pagar a sua
aposentadoria”, diz. “A história prova que quem se aposentou na década de 1970
ganhava até 20 salários mínimos, R$ 19 000 reais, hoje ninguém ganha mais que
5,9 salários, que é o teto”, explica. 

Follador diz ainda que gradativamente mais e mais pessoa querem fazer a
previdência privada pelo fato da contribuição ser em conta própria, uma
poupança previdenciária na qual se aplicam os juros do mercado financeiro. “Para
se ter ideia do que isso representa, depois de 35 anos de contribuição, dos 100%
da sua poupança previdenciária, 5 % é incentivo tributário do governo federal,
26% é o dinheiro que saiu do seu bolso para contribuição e incríveis 69% são
juros da aplicação financeira”.
A previdência privada vale a pena também para quem está fora do mercado de
trabalho formal. Com as altas taxas de desemprego dos últimos anos - segundo o
IBGE o contingente de desocupados somou 12,5 milhões de pessoas no último
trimestre -, mais o trabalho informal ganhou forças e planejar a aposentadoria
além da pública se tornou necessário. 
Leia mais: Ansiedade no trabalho custa R$ 200 mi por ano à Previdência
Dicas para escolher uma previdência privada
1. Objetivo
A Previdência privada é um investimento de médio e longo prazos. Por isso, é
importante que o cliente defina seu objetivo final, para escolher o melhor
produto. Mesmo se puder contribuir com uma quantia baixa, não demore para
começar seu  plano. 
1. Prazos e tributação
Defina prazos para escolher a tributação. Se aderir ao VGBL ou ao PGBL de
banco ou seguradora preste atenção na taxa de administração, quanto mais baixa
melhor. O regime progressivo de tributação parte da alíquota de zero a 27,5%, e
aumenta no decorrer do tempo. Já o regime regressivo parte de uma valor maior,
35%, mas diminui com os anos e, após o décimo ano, fica abaixo de 10%. Assim,
quanto mais tempo o dinheiro for ficar investido, mais o sistema regressivo pode
ser interessante.
1. Solidez da instituição
Apesar de todo setor de previdência privada ser fiscalizado pela Superintendência
de Seguros Privados (Susep), órgão do governo federal, fique de olho na solidez
da instituição financeira. Ela vai ser daqui a 30 anos?
Como os hábitos controlam nossa vida — e
como criar novos hábitos para mudar de vida

Sempre tive uma percepção de mim mesmo como uma pessoa disciplinada.
Alguém que conseguia estudar um pouquinho todo dia em vez de estudar na
véspera da prova, pelo menos quando a matéria não era tão chata assim.

Quando eu tinha uns 10 ou 11 anos, meu pai parou de beber no dia do


aniversário da minha mãe. Ele disse que era o presente dela. De algum modo,
esse gesto ficou gravado em mim. “O que faz com que as pessoas
mudem?”, era o que eu pensava incessantemente.

Eu gostava de pensar sobre hábitos mesmo antes de entender o que essa


palavra significava. Por que algumas pessoas roem unha? Por que tanta
gente continua a fumar mesmo sabendo que faz mal à saúde?

Desde o ano passado, comecei a estudar esse tema mais a fundo. Eu queria
entender porque, por exemplo, apenas 1 em cada 10 soldados viciados em
heroína durante a guerra do Vietnã tinham recaídas no vício quando voltavam
pra casa (um dado que colide frontalmente com os preconceitos de muita gente
quanto ao vício em drogas).

Ou porque ratos de laboratório, ao serem colocados em uma gaiola com cocaína


à disposição, optavam por não se drogar quando tinham acesso a outras
diversões e outros ratos — ao passo que, se eram colocados em um local apenas
com cocaína e sem qualquer outro atrativo, morriam de overdose.

Tudo isso não tem a ver apenas com hábitos, é claro, mas fato é que
eles explicam uma parte considerável da equação.
Uma das maiores pesquisadoras que conheci até o momento sobre o assunto é
a Wendy Wood. Ela é uma psicóloga social que escreveu um dos livros mais
profundos sobre hábito que já li até hoje, Good Habits, Bad Habits (Bons
Hábitos, Maus Hábitos, em tradução livre).

Nas pesquisas que fiz, descobrimos que cerca de 43% do que as pessoas
fazem todos os dias são ações repetidas no mesmo contexto, geralmente
enquanto pensam em outra coisa. Elas estão agindo automaticamente
sem de fato tomarem decisões. E é isso que é um hábito. Um hábito é uma
espécie de atalho mental para repetir algo que fizemos no passado que
funcionou pra nós e nos deu alguma recompensa. (Wendy Wood
em entrevista)

Wendy Wood me ensinou uma coisa muito interessante sobre mudança de


comportamento. Em seu livro, ela desvenda o mito da força de vontade.
Basicamente, o mais comum em nossa sociedade é acreditar que, se alguém não
muda algum comportamento que gostaria de mudar, é porque falta força de
vontade, persistência, compromisso, até mesmo “vergonha na cara”.

Talvez você, assim como eu até pouco tempo atrás, também acredite nisso.

A questão é que quem deseja mudar geralmente tem muita força de vontade.
Em seu livro, a autora conta sobre uma pesquisa feita com pessoas obesas nos
Estados Unidos que revelou que quase todas tentaram concretamente
emagrecer, algumas mais de vinte vezes. E, mesmo assim, 81% acreditavam
que era sua falta de força de vontade que estava atrapalhando seu
sucesso.

Não é a falta de força de vontade que atrapalha. Alimentação, assim como


várias outras esferas da vida, é resultado de 43% de ações inconscientes e
automatizadas, ou seja, hábitos. Para as pessoas obesas da pesquisa, é
como se seus hábitos fossem uma barreira invisível que os impedia de alcançar
seu objetivo. Como destruir essa barreira e, no lugar, criar uma ponte? Como
tornar os hábitos nossos aliados em vez de nossos inimigos?

Outra coisa importante que aprendi com Wendy Wood é que, quanto mais
distraídos, cansados ou sobrecarregados estamos, maior é a
tendência de “cair” nos nossos velhos hábitos — tanto os bons
quanto os ruins. Isso explica porque você começa o dia super motivado para
tomar um café da manhã saudável, mas assalta a geladeira à noite depois de
chegar do trabalho exausto e estressado. Ou porque você sente
que precisa meditar por 5 minutos depois de uma briga caso isso já seja um
hábito natural pra você nesses momentos.

É difícil não fazer alguma coisa do tipo “assaltar a geladeira” quando nossos
níveis de cortisol estão altos. Sem qualquer intenção consciente, o corpo nos
“pede” para darmos a ele alguma saída rápida para essa situação. Algum alívio
imediato que comprovadamente já tenha funcionado antes.

Para vários de nós, estratégias como assaltar a geladeira já foram muito


utilizadas para lidar com situações de estresse. Tão utilizadas que chegaram a
criar “superconexões” no cérebro, e essas superconexões são muito mais
facilmente acionáveis do que qualquer tentativa de parar e tomar uma decisão.

Com o tempo, na medida em que repetimos uma ação, nosso cérebro vai
conectando tudo com cada vez mais força: o contexto (chegar em casa depois do
trabalho), a deixa (a geladeira), a rotina (comer junk food) e a recompensa
(sensação de alívio, relaxamento e felicidade momentânea).

De modo que, quanto mais você repete esse comportamento, mais


difícil é suportar o contexto sem ceder ao velho hábito de sempre.

A dopamina é um neurotransmissor que possui um efeito central nessas


combinações do cérebro. Toda vez que sentimos a expectativa de obter uma
recompensa — ao chegar em casa, você vê a geladeira e anseia pelo gosto
delicioso da pizza — , o cérebro libera dopamina, e isso nos faz sentir bem. Toda
vez que obtemos de fato a recompensa, mais dopamina é liberada.

Se acessamos alguma recompensa inesperada, a liberação de dopamina é ainda


maior (como se ela falasse para o cérebro: “guarde essa informação porque nós
vamos precisar mais disso no futuro”).

Outros neurotransmissores como a serotonina, a ocitocina e


a endorfina também estão associados à construção de hábitos. Aprendi sobre
isso com uma outra autora, Loretta Breuning, em seu livro Habits of a
Happy Brain (Hábitos de um Cérebro Feliz, em tradução livre). Nosso corpo
aprendeu em milhões de anos de evolução a liberar essas substâncias sempre
que algo importante para nossa sobrevivência acontece — e, por mais estranho
que pareça, as decisões a respeito do que importa não são conscientes.

Esses neurotransmissores foram formatados para nos fazer sentir “felizes”


porque essa é a forma que a natureza encontrou de nos motivar na
busca do que é relevante para a transmissão dos nossos genes.

Da mesma forma, o cortisol é a substância projetada pela natureza para


que evitemos ameaças à nossa sobrevivência.

Quando o cortisol aumenta, nós chamamos isso de “medo”, e quando o


cortisol goteja, nós nomeamos isso como “ansiedade” ou “stress”. Esses
sentimentos ruins te dizem que a dor virá se você não agir rápido.
(Loretta Breuning no livro Habits of a Happy Brain)

É incrível como nossa experiência de vida é moldada por toda essa química
cerebral. Loretta Breuning chega a dizer que a “vida nos parece boa
quando excede nossas expectativas, e ruim quando nossas
expectativas não são atendidas”.
Quando o cérebro libera algum neurotransmissor associado à felicidade, a
sensação boa costuma não durar muito. Todos nós experimentamos isso
no dia-a-dia: ficamos felizes quando alguém nos elogia porque isso libera
serotonina e ocitocina, mas logo o sentimento passa e já estamos focados em
outra coisa.

Isso tem um motivo biológico. O corpo costuma ser econômico na liberação


dessas substâncias porque ele precisa estar focado na próxima recompensa (e
em evitar a próxima ameaça). É por isso que o mais comum é retornarmos
rapidamente a um estado neutro depois de experimentar um momento de
felicidade. Se ficássemos incrivelmente felizes o tempo todo, não haveria
porque insistir na busca por aprimorar a vida (quem assistiu The Good Place
até o final sabe disso).

Cada tentativa bem-sucedida em alcançar uma recompensa ou evitar um


perigo crava um sulco em nosso cérebro. É como se nosso lado animal
quisesse nos dizer: “isso deu certo, continue fazendo”. Esses sulcos vão
evoluindo até potencialmente se tornarem as superconexões que nem precisam
passar pela nossa mente consciente para serem ativadas. E assim os hábitos são
criados.

Boa parte dos nossos hábitos mais persistentes foram criados na infância e
na puberdade. São nesses períodos que uma substância chamada mielina
aumenta no cérebro, e isso facilita a formação de circuitos cerebrais super
eficientes. Ações muito repetitivas ou emocionalmente intensas nessas épocas
são facilmente convertidas em hábitos por causa da mielina.

Depois de adulta, uma pessoa precisa de uma dose muito maior de


repetição ou de emoções fortes para construir novos hábitos. Do
ponto de vista da evolução, isso faz sentido porque durante boa parte da
história da humanidade os seres humanos adultos não estavam focados em
aprender coisas novas, e sim em prover recursos para as novas gerações
aprenderem.

Uma pergunta comum sobre hábitos é o quanto de repetição é necessário para


de fato internalizar uma nova rotina. É comum vermos por aí pessoas falando
de 21 ou 45 dias para formar um hábito, por exemplo. Wendy Wood, que até
agora foi a pesquisadora que vi indo mais fundo nessa questão, afirma que pode
levar de dois a três meses para isso acontecer. Um pouco mais do que
gostaríamos de acreditar.

O que pode servir de consolo é que, quanto mais repetimos uma ação, mais ela
é internalizada pelo cérebro. E isso ocorre porque nosso corpo não gosta de
trocar o certo pelo duvidoso. Como Wendy Wood afirma em seu livro: “nós
repetidamente fazemos as coisas que amamos fazer. Mas nós também
acabamos amando as coisas que fazemos repetidamente”.

Nossa tendência é valorizar coisas que nos são familiares ou conhecidas porque
essa foi a estratégia de sobrevivência primordial durante grande parte da
nossa história evolutiva. A aprendizagem pela experiência é um comportamento
escasso em quase todas as outras espécies animais — com as quais
compartilhamos ancestrais comuns. Os circuitos cerebrais relacionados aos
hábitos são mais eficientes do que a intencionalidade na maioria dos casos, o
que não quer dizer que sejam necessariamente mais vantajosos no longo prazo.

(A evolução não trabalha recriando estruturas do zero. Pelo contrário, ela


trabalha aproveitando as estruturas dos nossos ancestrais e construindo “em
cima” delas. É por isso que, por mais que tenhamos desenvolvido a mente
consciente, nossos hábitos falam tão alto. As estruturas cerebrais responsáveis
pelos hábitos — os gânglios basais — são muito mais antigas na nossa trajetória
biológica do que as áreas responsáveis pela tomada de decisão consciente)
Nós, seres humanos, temos uma capacidade inata de aprender com as
nossas experiências de vida. Isso ocorre, segundo Loretta Breuning,
porque “humanos nascem com bilhões de neurônios, mas muito poucas
conexões entre eles. Nós construímos nossa rede neural interagindo com o
mundo”. Outros animais nascem com um cérebro muito menor e já com a
maioria das conexões feitas antes de virem ao mundo. No entanto, mesmo para
nós, quando um “aprendizado” na forma de um hábito é construído, é muito
difícil deletá-lo completamente.

Quanto a isso, outro estudioso de hábitos que gosto muito, James Clear,


afirma o seguinte:

Você pode quebrar um hábito, mas é improvável que o esqueça. Uma vez
que os sulcos mentais do hábito tenham sido criados em seu cérebro, são
quase impossíveis de serem removidos completamente. (James Clear no
livro Hábitos Atômicos)

O livro Hábitos Atômicos é uma verdadeira “bíblia” sobre mudança de


comportamento. O site do autor também é uma fonte muito rica para quem
quer se aprofundar no tema. James Clear deixa claro uma coisa sobre hábitos
que podemos perceber facilmente em nossas vidas: eles são uma faca de dois
gumes. É preciso muito cuidado com os costumes que adotamos porque, uma
vez que eles se tornam superconexões, boa parte da nossa existência é
governada por eles.

Dado que a repetição é um dos fatores mais importantes para o cultivo de novos
hábitos, faz sentido a máxima “um pouco todo dia”. Por isso, se você quer
adquirir o hábito de fazer exercícios regularmente, é melhor se exercitar 20
minutos todos os dias do que durante uma hora duas vezes por semana. “O
sucesso é resultado de hábitos diários — não de transformações únicas na vida”,
afirma Clear.
Lendo seu livro, dá pra perceber o quanto o autor é um verdadeiro ativista da
causa dos hábitos diários. Segundo ele, os hábitos são “os juros compostos
do autodesenvolvimento”, ou seja, quando pequenas ações repetidas se
acumulam, elas fazem uma diferença exponencial no longo prazo. É como
mudar a rota de um avião em apenas alguns graus e, com isso, chegar a um
destino totalmente diferente no fim da viagem. Eu não poderia concordar mais
com ele.

É comum olharmos para pessoas bem-sucedidas — ou simplesmente alguém


que ostenta algo que invejamos — e achar que “algo especial” aconteceu para
elas. Ainda que diferenças em termos de privilégios e até mesmo de sorte
existam, grandes conquistas e revoluções ocorrem com o acúmulo de
inúmeros pequenos passos que, em um dado momento, atingem um limite
crítico.

Ainda assim, as pessoas que consideramos bem-sucedidas e vitoriosas em


qualquer esfera da vida tem algo a mais em comum do que somente a repetição
diária de pequenas ações positivas.

Se autocontrole não tem a ver com força de vontade, então tem a


ver com o quê?

Além de ser impossível, seria contraproducente tentar eliminar nossas


vontades. Pessoas que conseguiram construir vidas saudáveis e produtivas não
fizeram isso parando de querer alguma coisa e/ou querendo mais de outra
coisa. Elas fizeram isso controlando seu ambiente.

Essa é a reviravolta irônica do desejo. Tentar suprimi-lo mina nossas


melhores intenções e dificulta o alcance de nossos objetivos. Confunde
nosso bom comportamento transformando-o em tortura. Como Wegner
explicou, “ficamos acordados nos preocupando com o fato de não
conseguirmos dormir e passamos o dia todo contemplando mentalmente
a geladeira quando queremos fazer dieta”. (Wendy Wood no livro Good
Habits, Bad Habits)

Em vez de negar o desejo, é mais interessante e viável se esforçar para se


colocar em contextos diferentes (ou manipular os contextos em que você está).
Como afirma Wendy Wood em seu livro, o “autocontrole é simples
quando você entende que ele envolve se colocar nas situações certas
para desenvolver os hábitos certos”.

Um exemplo interessante dessa estratégia é um estudo feito em um restaurante


de comida chinesa. Conforme Wood conta em seu livro,

em um estudo com clientes de um restaurante chinês com buffet livre,


cerca de 42% dos clientes obesos sentaram-se de frente para o buffet,
com a comida à vista. Apenas 27% das pessoas com peso normal
estavam sentadas de frente para o buffet. Além disso, as pessoas magras
também tinham maior probabilidade de colocar guardanapos no colo
(50%), enquanto apenas 24% das pessoas obesas o faziam. No entanto, a
diferença mais marcante foi que 71% das pessoas com peso normal
olhavam todo o buffet para ver o que estava disponível antes de se
servirem. Isso permitiu que elas escolhessem o que queriam, em vez de
apenas comer tudo que estava em seu caminho. Apenas um terço das
pessoas obesas fizeram isso. A maioria começou a se servir
imediatamente, sem verificar o que estava disponível antes. (Wendy
Wood no livro Good Habits, Bad Habits)

(É importante ressaltar que o estudo não quer dizer que todas as pessoas obesas
se comportam dessa forma, nem que uma pessoa torna-se obesa
necessariamente por causa dos hábitos descritos acima)

O exemplo do buffet de comida chinesa ilustra muito bem uma das frases que
eu mais gosto do livro do James Clear: “as pessoas com mais autocontrole
são tipicamente aquelas que precisam exercê-lo minimamente”. De
maneira habitual, as pessoas mais magras adotaram comportamentos que as
fizeram contornar a enorme oferta de comida disponível. Elas enxergavam a
experiência de outra forma, e o mais interessante é que provavelmente elas nem
precisaram optar por isso conscientemente: seus hábitos optaram por elas.

Como o estudo acima deixa claro, mesmo em um ambiente hostil em relação


aos hábitos que queremos cultivar — no caso, comer uma quantidade moderada
de comida — , é possível manipulá-lo para que fique mais difícil fazer o que
queremos evitar e mais fácil fazer o que queremos fazer.

O ambiente é a mão invisível que molda o


comportamento humano. Você não precisa ser vítima do
ambiente. Também pode ser o arquiteto. (James Clear)

Wendy Wood chama essa estratégia de manipular o ambiente de “fricção”.


Para eliminar um mau hábito, você precisa aumentar a fricção para torná-lo
extremamente difícil, chato, dispendioso e/ou constrangedor. Para
adotar um novo hábito, você precisa diminuir a fricção a ponto de torná-lo
extremamente fácil, simples, interessante e/ou motivador. Esse é um
dos maiores segredos de pessoas “disciplinadas”.

Podemos manipular praticamente qualquer ambiente para adicionar doses de


fricção nas ações que queremos evitar e diminui-la nas ações que queremos
adotar. Pense na sua casa, no seu espaço de trabalho, na sua cozinha,
no seu quarto, no carro, no seu celular ou no seu navegador. Tudo
isso é ambiente e, portanto, manipulável.

Outra possibilidade para moldar seus hábitos é, em vez de manipular o


contexto, trocá-lo por completo. Foi exatamente isso que os veteranos da
guerra do Vietnã fizeram ao voltar pra casa, o que fez com que a grande maioria
abandonasse o uso de heroína. De algum modo, isso também explica porque
ratos de laboratório não conseguem parar de se drogar em uma gaiola
entediante e solitária, mas deixam esse hábito de lado quando estão em um
ambiente rico em diversão e comunidade.

Alguns hábitos são tão arraigados que o contexto acaba ficando


vinculado a eles com o tempo. É por isso que alguns ex-fumantes não
precisam nem ver um cigarro para querer fumar quando estão em um bar, por
exemplo. O contexto criou uma relação umbilical com a rotina em si. Não é fácil
quando essa vinculação ocorre com um hábito que não nos faz bem, mas, como
vimos, mesmo em ambientes hostis é possível aumentar a fricção — ou evitá-los
totalmente.

Estrutura básica do hábito: anseio, deixa, rotina e recompensa

Talvez o autor mais popular sobre hábitos até hoje seja Charles Duhigg, que
escreveu o best-seller O Poder do Hábito. É um ótimo livro, ainda que tenha
um tom mais jornalístico do que os demais já citados. Na minha visão, Duhigg é
quem melhor explorou a estrutura básica do hábito, conforme vista abaixo.

Fonte: livro O Poder do Hábito.


A partir da imagem acima, vemos que a deixa para alguém querer fumar pode
ser simplesmente olhar para um maço de cigarro. A rotina é a ação de fumar
em si e a recompensa é a sensação prazerosa que as substâncias presentes no
cigarro causam no corpo. Cada vez que a pessoa se sente recompensada, isso
aprofunda o sulco cerebral responsável pelo hábito de fumar. No centro de tudo
isso, Charles Duhigg usa a palavra “anseio” para se referir ao desejo ou
necessidade que está por trás do hábito, muitas vezes invisível para
nós.

Em seu livro, Duhigg conta várias histórias, desde campanhas de marketing até
movimentos sociais, que têm em comum o fato de utilizarem a estrutura básica
do hábito para influenciar pessoas na mudança de comportamentos. Algo que
descobri em algumas dessas histórias é o quanto a recompensa precisa ser
clara e imediata para que o hábito realmente se instale. A espuma do
shampoo e a sensação de ardência ao escovar dente são totalmente
desnecessárias do ponto de vista de limpeza, mas foram introduzidas nesses
produtos para que o consumidor se sinta recompensado ao utilizá-los.

Pode parecer estranho ser recompensado por algo como uma espuma ou uma
ardência na boca, mas o ser humano precisa de um sinal inequívoco de
que alguma melhora aconteceu ao realizar uma ação. Em alguma medida,
podemos ficar realmente viciados nisso.

Exercer autocontrole, como vimos, não tem a ver com ter mais força de
vontade, e sim com manipular o ambiente. Charles Duhigg sistematizou uma
forma bem interessante de fazer isso a partir da estrutura básica do hábito. A
premissa básica desse método é que não se muda um hábito, e sim cria-se
outro. Para isso, você deve isolar as deixas, mudar a rotina e adicionar
alguma recompensa que consiga nutrir seu anseio.
O primeiro passo é isolar as deixas. Isso significa identificar as situações
concretas que te fazem adotar o hábito do qual você está tentando se livrar. Os
tipos de deixas mais comuns estão relacionados aos seguintes itens:

 Lugar

 Horário

 Estado emocional

 Outras pessoas

 Ação imediatamente anterior

 Eletrônicos (celular, computador, TV etc)

Alguém que quer parar de fumar pode, por exemplo, identificar que as
situações que mais o convidam a acender um cigarro são: quando está
estressado no trabalho (lugar e estado emocional); e quando está no bar com
amigos fumantes (lugar e outras pessoas).

Esses são os momentos principais que ele deve se atentar. Além de isolar as
deixas, é importante também entender qual é o anseio central que está
motivando o hábito. Seguindo com o exemplo acima, será que a pessoa fuma
para obter distração, alívio ou status social? É possível compreender o
anseio experimentando com recompensas diferentes da habitual.
Um caso clássico é o de pessoas que param de fumar e começam a mascar
chiclete ou a comer mais. Embora possam ter consequências negativas, esses
dois hábitos são capazes de satisfazer alguns dos mesmos anseios dos fumantes.

Depois de experimentar com diferentes recompensas e isolar as deixas, o


próximo passo é criar um plano para ser executado toda vez que o anseio
aparecer, por exemplo, “em vez de fumar, eu vou mascar um chiclete e procurar
alguém para conversar”. E, claro, se certificar de que você possui tudo que é
necessário para o plano ser bem-sucedido (no caso, chiclete e pessoas).

Vale a pena ler na íntegra sobre o método proposto por Duhigg. O que eu trouxe
aqui é somente um resumo a partir dos pontos que me chamaram mais atenção.
Mais à frente, vou compartilhar outras dicas práticas para quem deseja evitar
maus hábitos e construir novos.

Nudges: empurrãozinhos na direção certa

Um outro conceito que tem a ver com a manipulação do ambiente para moldar
hábitos são os nudges. Um nudge é qualquer coisa que modifica a
arquitetura de escolha de uma pessoa de modo a influenciá-la a
seguir determinada direção, mas preservando sua liberdade de
decidir como quiser.

Certa vez, em uma caminhada de vários dias com um grupo de mochileiros,


paramos para jantar na casa de uma moradora local. Ela serviu a comida em
uma panela enorme com colheres e pratos igualmente grandes, e isso foi o
suficiente para que eu comesse mais do que o habitual naquele dia. Ou seja: o
tamanho da porção — e até mesmo dos utensílios que utilizamos para nos
alimentar — impacta no quanto comemos.

Um dos exemplos mais interessantes de nudge é a diferença entre “opt-


in” e “opt-out”. Esse nudge explica, dentre outras coisas, porque em alguns
países o número de doadores de órgãos é muito maior do que em outros. Em
um estudo da Universidade de Columbia e da London Business School, os
pesquisadores perceberam que a forma de se perguntar se alguém queria ser
doador impactava muito na decisão.

“Se você quer ser um doador de órgãos, marque aqui”.


“Se você não quer ser doador de órgãos, marque aqui”.

A primeira afirmação é um opt-in, ou seja, a pessoa decide ser doadora. A


premissa, nesse caso, é que o “padrão” é não doar órgãos. A segunda é um opt-
out, isto é, a pessoa decide não ser doadora. Aqui, a premissa é que o padrão é
ser doador de órgãos.

É uma alteração sutil, mas capaz de causar uma diferença muito grande. Em
2004, a Dinamarca tinha 4% de doadores e era adepta do opt-in. No mesmo
ano, a Suécia tinha 86% utilizando o opt-out. Vários outros países adeptos do
opt-out haviam conquistado um número bem maior de doadores de órgãos do
que aqueles que escolhiam pelo opt-in.

Fonte: jamesclear.com.

Existem muitas outras variações de nudges além do opt-in/opt-out. Em um


artigo disponibilizado pela Universidade de Harvard, são listados pelo menos
10 tipos, dentre eles:

 Uso de normas sociais: ênfase no que as pessoas mais fazem, por


exemplo, “85% das pessoas do seu bairro reciclam lixo” ou avisos de alta
procura por quartos de hotel em sites de reserva.

 Lembretes: por exemplo, mensagens de texto para pacientes lembrarem


de tomar o remédio na hora certa ou e-mails para ajudar as pessoas a
pagarem suas contas em dia.
 Estratégias de compromisso prévio: estimular as pessoas a se
comprometerem “oficialmente” com algo, por exemplo, aderir a um
programa de tratamento para quem quer parar de fumar.

 Aumento de facilidade e conveniência: facilitar ao máximo a adoção


do comportamento desejado, por exemplo, colocar opções de comida
saudável nas prateleiras mais visíveis do supermercado.

De maneira ampla, nudges são como “empurrãozinhos” capazes de influenciar


decisões ao mesmo tempo em que protegem a liberdade das pessoas. Nem
todos levam à formação de hábitos, mas o objetivo de certa forma é o mesmo:
mudança de comportamento.

Objetivos ou rotinas?

Um dos dilemas que se apresenta para quem estuda mudança de


comportamento é a escolha do foco mais adequado: objetivos ou rotinas.

Ter um objetivo é a maneira mais comum de tentar mudar alguma coisa.


“Emagrecer 5 quilos”, “escrever um livro”, “vender 10 projetos” e “começar a
namorar” são alguns exemplos de objetivos.

No entanto, pensar em termos de rotinas (ou sistemas) é bem menos comum.


“Não comer açúcar e fazer exercícios três vezes por semana”, “escrever uma
página por dia”, “fazer três contatos comerciais por dia” e “frequentar um lugar
diferente por semana” são os respectivos exemplos de rotinas a partir dos
objetivos acima.

Em resumo, rotina tem a ver com o processo e objetivo tem a ver


com o resultado.

Quando ouvimos a palavra rotina, nossa tendência é imaginar uma coisa chata.
Isso ocorre porque fomos acostumados a seguir rotinas impostas, e não a criar
as nossas próprias. Apesar disso, a criação de rotinas pode ser uma estratégia
incrivelmente eficaz para avançar em algo. E a definição de objetivos, embora
popular, traz alguns problemas.

 Problema 1: Vencedores e perdedores têm os mesmos objetivos

Todo atleta olímpico quer ganhar uma medalha de ouro. Todo candidato
quer conseguir o emprego. E se pessoas bem e mal-sucedidas
compartilham os mesmos objetivos, então não é a meta que diferencia os
vencedores dos perdedores (James Clear no livro Hábitos Atômicos)

 Problema 2: Alcançar um objetivo é somente uma mudança


momentânea

Imagine que tenha um quarto bagunçado e defina uma meta para limpá-
lo. Se tiver energia para arrumá-lo, terá um quarto organizado — por
ora. Mas se mantiver os mesmos hábitos desleixados que levaram a um
quarto bagunçado, logo estará olhando para uma nova pilha de bagunça
e esperando por outra explosão de motivação. (James Clear no livro
Hábitos Atômicos)

 Problema 3: Os objetivos restringem sua felicidade

O pressuposto implícito por trás de qualquer meta é o seguinte: “quando


alcançar minha meta, serei feliz”. O problema com uma mentalidade de
metas é que você está continuamente colocando a felicidade de lado até o
próximo marco. (James Clear no livro Hábitos Atômicos)

“Corrija as entradas, e as saídas se corrigirão”, afirma Clear. Objetivos


podem até ser úteis em alguns casos, mas nós os utilizamos muito mais porque
achamos que é o único jeito de implementar mudanças do que por sua
efetividade comprovada.
Então, sim, tenha consciência de onde você quer chegar, mas saiba que você só
chegará até onde suas rotinas permitirem.

Mercado financeiro:
conheça os principais
conceitos
Você já quis começar a investir, mas desistiu quando se deparou com termos
como FGC, rentabilidade, IPCA, liquidez e várias outras palavras do mercado financeiro que você não
faz ideia do que significam? Então esse artigo vai te oferecer a ajuda que faltava para você entender o
mundo das finanças de uma vez por todas.

Entrar no mercado financeiro pode ser mais simples do que você imagina. No entanto, a linguagem e
os conceitos utilizados nem sempre dão essa impressão.

Segundo uma pesquisa exclusiva realizada pela Conquer em parceria com o Datacenso, 85% dos
brasileiros não sabem investir. A verdade é que muitas pessoas nem buscam entender sobre o assunto
por acreditarem que é complexo demais.

O vocabulário financeiro é extenso. É quase como se existisse um outro idioma, o “economês”, uma
linguagem que está na boca dos economistas e investidores, mas que torna tudo mais complexo do que
deveria ser.

Se você quer garantir um futuro estável e tem interesse em investir, antes é preciso entender o que
esses termos significam. Esse é o primeiro passo para começar a decodificar as finanças. 

Por isso, reunimos os principais conceitos do mercado financeiro neste artigo. Dá uma olhada na lista!

Ativos e Passivos
Ativos e passivos se referem a bens, créditos e valores que geram receita ou despesas para uma pessoa
ou empresa. Os ativos são aqueles que podem ter um valor atribuído a eles, já os passivos são aqueles
que representam um gasto.
Por exemplo, o imóvel em que você vive é um passivo, porque você paga aluguel, contas de luz e
outras despesas para morar nele. Mas, se você aluga um imóvel para alguém, ele se torna um ativo,
porque você passa a ganhar dinheiro com ele.

Rentabilidade
Esse é um dos termos mais utilizados no mercado financeiro. A rentabilidade se refere ao retorno que
você recebe sobre o investimento realizado e, normalmente, esse valor é apresentado em
porcentagem.

A rentabilidade pode ser definida através de índices de inflação, taxas pré e pós-fixadas ou baseadas
apenas na valorização.

 Taxa prefixada: estabelecida no momento em que você realiza o investimento, você


já sabe qual será o rendimento ao final do período determinado.
 Taxa pós-fixada: você só sabe o retorno que receberá da aplicação no final do
período.

Liquidez
A liquidez é a facilidade com que você consegue resgatar o investimento sem que ele perca valor.
Quanto maior a liquidez, mais rápido você consegue tirar o dinheiro de uma aplicação. Existem dois
tipos de liquidez:

 Liquidez diária: você pode resgatar o ativo e o respectivo rendimento (proporcional


ao período em que ficou aplicado) a qualquer momento.
 Liquidez no vencimento: você só recebe o valor aplicado mais a rentabilidade na data
de vencimento estabelecida no momento da compra. O resgate antecipado estará
sujeito a desvalorização do ativo, ou seja, pode não haver rendimento e talvez o valor
resgatado seja até menor que o valor aplicado inicialmente.

Reserva de emergência
Como o próprio nome já diz, a reserva de emergência é o montante de dinheiro que você deve ter
guardado para possíveis imprevistos. Recomenda-se que você tenha reservado o valor
correspondente aos seus gastos de 2 a 6 meses para não ser pego desprevenido caso perca suas fontes
de renda atuais.

Renda fixa
Essa é uma das modalidades de investimentos. Ao investir em renda fixa, você já sabe qual será a
rentabilidade ao longo do processo. Esse tipo de investimento é recomendado para investidores
iniciantes e conservadores, porque une a segurança aos bons rendimentos.
Além disso, ela é uma opção para criar uma reserva de emergência, já que rende mais do que a
poupança e algumas opções apresentam alta liquidez, ou seja, o valor pode ser resgatado rapidamente.

Para conhecer as diferentes alternativas de investimento em renda fixa, dá uma olhada neste artigo da
Conquer.

Renda Variável
Outra modalidade de investimento, a renda variável faz jus ao nome: é difícil prever com certeza qual
será sua rentabilidade no futuro. Os ativos da renda variável podem gerar rendimentos muito maiores
do que outros tipos de investimento, no entanto, o risco da operação também é mais elevado. 

Neste artigo, você aprende de forma mais aprofundada o que é a renda variável e como ela funciona.

Corretora de valores
A corretora de valores é a instituição que faz a ponte entre o investidor e o mercado financeiro. Uma
pessoa física não tem acesso direto aos títulos de investimento, por isso, as corretoras regulamentadas
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fazem o intermédio e mantêm
os investimentos seguros.

Indexador
Um indexador financeiro é uma taxa de reajuste utilizada para acompanhar a atividade econômica,
corrigir preços e evitar variações na cotação de um ativo em determinado período.

Selic
O termo Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia. A Selic é a taxa básica de juros
do Brasil definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) a cada 45 dias.

Essa taxa representa o percentual de juros adequado para controlar a inflação e serve como referência
para outras tarifas relacionadas ao empréstimo de dinheiro no país.

CDI
A sigla CDI significa Certificado de Depósito Interbancário, um dos principais indexadores dos ativos
no mercado financeiro. Isso quer dizer que o CDI é utilizado como referência para a correção da
rentabilidade dos ativos.

De forma simples, os bancos realizam empréstimos entre si e a taxa que regula essa modalidade de
empréstimo de curtíssimo prazo (até 24 horas) chama-se CDI.
IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é utilizado pelo Banco Central do Brasil
para medir a inflação no país. Esse valor é calculado pelo IBGE mensalmente e identifica a variação dos
preços no comércio.

Fundo Garantidor de Crédito (FGC)


O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma instituição privada que protege os investidores. Com o
objetivo de contribuir para a estabilidade do mercado financeiro, o FGC serve como uma garantia sobre
os investimentos em caso de falência, liquidação ou possíveis intervenções do emissor dos ativos.
Nesses casos, o FGC assegura até R$ 250 mil para o investidor.

Com essa lista dos principais termos utilizados no mercado financeiro, você consegue entender
melhor como funciona a dinâmica dos investimentos. Quem saber não era isso que faltava para você
dar o próximo passo e investir o seu dinheiro?

E, se você quer continuar aprendendo mais sobre finanças, dá uma olhada também nesses 6 livros de
educação financeira para ler agora.

Investir é uma das maneiras mais efetivas de garantir um futuro financeiramente confortável, por
isso, não deixe de continuar estudando sobre o assunto para adquirir conhecimento suficiente para se
tornar um investidor.

Investimento em
renda variável: o que
é e como funciona
Com a pandemia da Covid-19, vimos uma grande crise se instaurar no Brasil e no mundo. Com esse
cenário, a Bolsa de Valores sofreu uma das piores quedas da história. 
Mas se você pensa que esse cenário de incertezas não movimentou os investimentos, os números
mostram o contrário: entre março e abril de 2020, a Bolsa ganhou 440 mil novos investidores,
chegando assim à marca de 2,4 milhões de investidores brasileiros. 
Como a renda fixa pode não ser tão atrativa no momento em que estamos vivendo, a maioria dos
brasileiros que investiu em 2020 optou pela renda variável. Uma levantamento feito pela rede social
Leadr em parceria com a Píon, agência de inteligência de dados, mostrou que 78% dos entrevistados fez
investimento em março de 2020. Desse total, 74% preferiram investir em ativos de renda variável,
enquanto 12% optaram por renda fixa. 
Se você tem interesse em se tornar um investidor e quer saber mais sobre o assunto, confira o artigo e
entenda mais detalhes sobre essa possibilidade de investimento.
O que é renda variável?
Nos investimentos de renda variável, o rendimento não é previsível e o investidor não tem a certeza de
qual será o valor ao final da operação - diferente do que acontece com a renda fixa.
O rendimento pode variar em pouco tempo por sofrer influência de diferentes fatores como inflação,
taxas de juros, câmbio, cenário econômico e político, por exemplo. 
Nesse modelo de investimento, não existe um prazo estipulado para a duração da operação, ou seja,
o título é do investidor até o momento em que ele o vende. Além disso, o rendimento está diretamente
ligado ao negócio e mercado envolvidos na operação. Isso implica que vai estar atribuído ao lucro da
empresa em que o investidor aplicou seu dinheiro. 
Comparado à renda fixa, o investimento em renda variável apresenta risco maior e, por isso, é mais
indicado para investidores mais experientes. Mas também existem vantagens, como a flexibilidade no
prazo da operação e maiores rendimentos.
Quais são os investimentos em renda variável?
Muitas pessoas associam os investimentos diretamente com o mercado de ações. De fato, essa é uma
das possibilidades mais comuns entre os investimentos de renda variável, mas também existem outras
alternativas. 
Entre as várias possibilidades de investimento, muitas delas apresentam um modelo em que o
investidor não precisa gerenciar seus investimentos diretamente. Ao contar com o auxílio de um
gestor de fundo, por exemplo, o investidor pode ampliar sua carteira, além de contar com uma gestão
profissional dos seus investimentos. 
Você está pensando em aproveitar o momento para investir em renda variável? Então confira algumas
das alternativas para começar a investir:
Ações
A ação representa a menor porção que pode ser adquirida de uma empresa, ou seja, o investidor que
opta por ações está comprando pedaços de empresas. Fazendo isso, o investidor se torna sócio da
organização e, de acordo com o número de ações compradas, ele tem a sua participação na companhia -
compartilhando os eventuais prejuízos e lucros. 
As ações são negociadas na Bolsa de Valores e os preços são determinados por diversos fatores. Pela
legislação brasileira, toda negociação precisa ser intermediada por uma corretora de valores. A
vantagem é que, atualmente, tudo isso é feito online, por meio das plataformas das corretoras. 
Além disso, investir em ações pode trazer maiores ganhos quando comparado a outras possibilidades de
investimentos. Mas é preciso ter atenção: como é um investimento de risco, é preciso estudar antes
de investir, entendendo o mercado e quais são as melhores possibilidades de investimento.
Fundos de investimento
Os fundos de investimentos são um conjunto de ativos financeiros oferecidos por administradoras que
gerenciam essa carteira. É como se o fundo fosse um condomínio em que as pessoas adquirem uma
cota, pagam um valor para quem está gerenciando e precisam seguir determinadas regras. 
Esse tipo de investimento é regulado por órgãos que classificam e realizam fiscalizações de todas as
atividades. 
No fundo de investimento, existe um gestor que gerencia todos os ativos, e ele tem uma grande
experiência nas estratégias de investimento. A grande vantagem é justamente ter essa intermediação,
ou seja, o investidor não precisa necessariamente administrar seus ativos diretamente. 
Existem diferentes tipos de fundos de investimentos. Para o investidor entender qual escolher, é
fundamental entender o seu próprio perfil, assim como as vantagens e desvantagens de cada modelo de
fundo.
 Fundos de ações
Os fundos de ações, por exemplo, são uma maneira de investir na Bolsa de Valores sem a necessidade
de comprar ações diretamente das empresas. Ao adquirir uma cota deste fundo, o gestor se torna
responsável por gerenciar as ações e os valores aplicados. 
Existem diferentes tipos de fundos de ações, que são classificados de acordo com a sua gestão e
a estratégia, segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
 Fundos multimercado
Nos fundos multimercado, o gestor da carteira tem a possibilidade de adotar estratégias diferentes,
com flexibilidade e liberdade que podem oferecer maiores rendimentos para os investidores.
Esses fundos podem atuar em diferentes mercados, como, por exemplo, bolsas, juros e câmbio. Essa
possibilidade tem gerado interesse dos investidores por mesclar melhores rentabilidades e
representar um menor risco por não concentrar o investimento em um único segmento.
 Fundos imobiliários (FIIs)
Já nos fundos imobiliários, os investidores agrupam recurso que possa ser utilizado no mercado
imobiliário. O mais comum é que o recurso seja aplicado na compra ou construção de imóveis, e os
ganhos deles são distribuídos entre os participantes do fundo. 
Entre as vantagens dos fundos imobiliários estão a facilidade de fazer o processo online por meio das
corretoras, a possibilidade de altos ganhos e ser um investimento que pode ser feito com pouco
dinheiro. Em contrapartida, há o risco do investimento inicial cair pela cobrança de taxas
administrativas, além da liquidez média, já que pode demorar para o investidor conseguir vender as suas
cotas.
BDRs
Os investidores que têm interesse em ativos de empresas estrangeiras podem fazer isso por meio
do BDR (Brazilian Depositary Receipt). Essa é a alternativa para as empresas conseguirem recursos
brasileiros e dos investidores aplicarem os investimentos em empresas de fora do país.
É importante ressaltar que essa possibilidade é diferente de investir diretamente na empresa, já que
o BDR equivale a um fundo de investimento, ou seja, existe uma intermediação entre o investidor e a
empresa.
ETF
O ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de ações que usa um índice da Bolsa de Valores como
referência. Ele tem o objetivo de atingir o mesmo nível ou um nível superior desse indicador, que pode
ser índice Bovespa (IBOV). 
A gestão desse fundo também é feita por um especialista, que acompanha diretamente o mercado e faz
as compras e vendas necessárias com o objetivo de conseguir os melhores resultados.
Ibovespa e investimento de renda variável
O Ibovespa, também conhecido como IBOV, é o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo. Ele
indica o desempenho médio das principais ações negociadas na Bolsa de Valores. 
Como esse índice é um termômetro do mercado de ações, acompanhá-lo é fundamental para quem
quer investir em renda variável e conseguir bons resultados. Entender essa dinâmica pode ser um
grande aliado nos seus investimentos.
Como começar a investir em renda variável 
Ainda que especialistas afirmem que o momento é favorável para investimento em renda variável, é
preciso ter atenção nas possibilidades. 
Assim como para os investimentos em renda fixa, é preciso entender e respeitar o seu perfil de
investidor. Além disso, estudar sobre as possibilidades de investimento é fundamental, assim como se
aprofundar nas informações técnicas, operacionais e financeiras da empresa em que você vai investir.
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e professores que são referência no mercado

6 livros de educação
financeira para ler
agora
Você tem interesse em melhorar a forma como você cuida do seu dinheiro, mas não sabe muito bem por
onde começar? Os livros de educação financeira podem te oferecer o suporte que você precisa para
aprender a gerir suas finanças e criar novos hábitos financeiros.
Adquirir conhecimento sobre finanças pessoais é essencial para controlar seu orçamento, ter uma vida
financeiramente confortável e construir um patrimônio. Isso porque criar uma relação saudável com
o seu dinheiro exige, além de práticas financeiras responsáveis, a mudança na sua mentalidade e na
forma como você enxerga suas finanças pessoais.
Pensando nisso, reunimos 6 livros de educação financeira que você não pode deixar de ler. Dá uma
olhada na lista:
1) Pai Rico, Pai Pobre
"A principal razão pela qual as pessoas têm problemas financeiros é que passaram anos na escola,
mas não aprenderam nada sobre dinheiro. O resultado é que elas aprendem a trabalhar por dinheiro…
mas nunca a fazê-lo trabalhar para elas." - Robert Kiyosaki.
Entre os livros de educação financeira, este é provavelmente um dos mais vendidos do mundo. Escrito
pelo milionário americano Robert Kiyosaki, “Pai Rico, Pai Pobre” retrata as experiências do autor em
sua jornada de aprendizado sobre sua vida financeira.
Kiyosaki nasceu em uma família de classe média no Havaí. Seu pai biológico (chamado de “pai pobre” no
livro) nunca atingiu sua liberdade financeira, enquanto o pai de seu amigo (chamado de “pai rico”)
tornou-se um dos homens mais ricos do estado. 
Com ensinamentos simples, mas muito valiosos, o autor compara o comportamento dos dois pais e
relata como o pai rico o instruiu para assumir o controle de seu dinheiro e conquistar sua
independência financeira. 
Se você quer construir um patrimônio sólido e deseja entender como fazer o dinheiro trabalhar para
você, não deixe de ler esse clássico da educação financeira.
2) Os Segredos da Mente Milionária
O livro “Os Segredos da Mente Milionária”, de T. Harv Eker, fala sobre as diferenças entre a forma de
pensar dos ricos e das demais pessoas e apresenta 17 modos de pensar e agir que distinguem esses
dois tipos de mentalidades.
O autor traz uma reflexão sobre “o seu modelo de dinheiro”, um conjunto de crenças que molda a
forma como tratamos o dinheiro desde a infância e que acaba levando muitas pessoas a condições
financeiras difíceis.
Segundo Eker, "Enriquecer não diz respeito somente a ficar rico em termos financeiros. É mais do que
isso: trata-se da pessoa que você se torna para alcançar esse objetivo".
Com este livro, você também aprende a administrar seu dinheiro com um método eficiente ensinado
pelo autor, além de descobrir como aumentar seu patrimônio líquido.
3) O homem mais rico da Babilônia

Com mais de dois milhões de exemplares vendidos no mundo, “O homem mais rico da Babilônia” é um
clássico entre os livros de educação financeira. George S. Clason oferece recomendações sobre como
multiplicar a sua renda e solucionar problemas financeiros com base nos segredos dos antigos
babilônios.
A Babilônia foi um dos centros urbanos mais prósperos da Antiguidade, no entanto, os ensinamentos
trazidos por Clason neste livro continuam relevantes atualmente. O autor reúne conselhos
para administrar seu orçamento, evitar o desperdício e se planejar para o futuro, além de te ajudar
a manter o controle do seu dinheiro durante as crises. Não poderia ser mais atual, certo?
4) Os Axiomas de Zurique

A Suíça é um dos países com a maior renda per capita do mundo, além de possuir aplicações financeiras
de milionários de todos os continentes. No livro “Os Axiomas de Zurique”, Max Gunther revela
as estratégias de um grupo de banqueiros suíços que ganharam fortunas investindo em diferentes
frentes após a Segunda Guerra Mundial.
O autor apresenta os princípios usados por esses investidores para minimizar os riscos e aumentar os
lucros. Essas regras foram divididas em 12 axiomas (verdades inquestionáveis) principais e 16
secundários, que oferecem uma nova visão sobre o dinheiro.
Está pensando em investir o seu dinheiro? Então esse livro é pra você!
5) O investidor inteligente
Um dos maiores consultores de investimentos do século XX, Benjamin Graham produziu o que ficou
conhecido como a bíblia do mercado de ações. A edição mais recente de “O investidor
inteligente” possui prefácios de Armínio Fraga Neto, economista e ex-presidente do Banco Central do
Brasil, e Warren Buffett, uma das maiores referências em investimentos no mundo. Buffett ainda indica
a obra como “o melhor livro sobre investimentos já escrito”.
Já no prefácio, o objetivo do autor fica claro: “O propósito deste livro é fornecer, de uma forma
apropriada aos leigos, orientações para adoção e execução de uma política de investimentos.”
Graham apresenta o conceito de “valor de investimento” para proteger investidores de erros
significativos e ensiná-los estratégias de longo prazo.
Não deixe de ler, afinal, os ensinamentos do livro continuam muito relevantes mesmo depois de anos da
publicação de sua primeira edição, em 1949.
6) Nudge: Como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro
e felicidade
Nós tomamos, em média, 35 mil de decisões por dia. Durante a nossa vida, fazemos escolhas simples
sobre o que comer no almoço e escolhas mais complexas sobre investimentos financeiros, por exemplo. 
No entanto, muitas vezes fazemos escolhas erradas e elas trazem consequências. Se essa
consequência for uma indigestão por você ter não ter se alimentado de forma saudável no almoço, não
será tão difícil de resolver. Mas se você cometer erros ao investir sua renda, pode ter certeza de que o
prejuízo será maior e mais difícil de solucionar.
No livro “Nudge”, Richard H. Thaler e Cass R. Sunstein mostram como estamos sujeitos a tomar decisões
ruins e explicam como podemos fazer escolhas melhores. Com base em anos de pesquisa
sobre ciência comportamental, os autores revelam como é possível estabelecer uma “arquitetura da
escolha” que facilita nossas tomadas de decisão.

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