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AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR EM MOÇAMBIQUE.

  

Humberto Filipe Cuamba

COMO É FEITA AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR EM MOÇAMBIQUE?

MESTRADO EM EDUCAÇÃO/PSICOLOGIA EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA

MAPUTO

2024
                                               
                                                 

Humberto Filipe Cuamba

COMO EFEITA AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR EM MOÇAMBIQUE?

MESTRADO EM EDUCAÇÃO/PSICOLOGIA EDUCACIONAL

  O trabalho  é da cadeira de Psicologia de


Aprendizagem, a nível de mestrado  delegação
De Maputo, orientado pela: Professora
Doutora: Bendita Donaciano.
 

  

UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA

MAPUTO

2014
Índice                                                                                                                     pag

1-Introdução
………………………………………………………………………………...1
2-  Avaliação  ideal do ensino superior
…………………………………………………….3
3- Como é feita avaliação no ensino superior em
Moçambique?........................................11
4- Estratégias de melhoramento do processo avaliativo em Moçambique no
ensino           
superior…………………………………………………………………………………
……13
5-
Conclusão………………………………………………………………………………
…..14
6- Refêrencias
Bibliograficas………………………………………………………………..15

1-Introdução

 Seria uma acção desnecessária  ensinar sem determinar o nível da aprendizagem alcançado,
porque tornaria também difícil apurar se de facto o processo de ensino - aprendizagem esta
ocorrer efectivamente.
Dai, que avaliação do ensino  constitui uma etapa necessária  e obrigatória e a cima de tudo deve
ser permanente e continua.
Segundo Libâneo ( 195 p 1900)   avaliação  é uma componente do processo de ensino
que visa, através da verificação dos resultados obtidos, determinar a correspondência
destes com os objectivos propostos e, daí, orientar a tomada de decisões em relação as
actividades didácticas seguintes."  
O processo de ensino e aprendizagem a todos níveis  passa por varias etapas a transmissão,
assimilação e avaliação.
A última etapa vai espelhar o perfil do graduado que pretende-se num determinado curso ou seja
na formação, isto é,  é na fase da avaliação que tornam-se salientes os propósitos do processo de
ensino -aprendizagem que podem ser no âmbito académico, social e pessoal.
A evolução paradigmática no que concerne as metodologias de ensino -aprendizagem no ensino
superior é acompanhado por novos desafios no processo avaliativo, dai o surgimento de novas
estratégias de avaliação que levam o aluno a desenvolver uma aprendizagem construtiva e
significativa.  Ao falarmos da avaliação no presente ensaio pretendemos abordar o seguinte tema: 

Avaliação no ensino superior em Moçambique, tendo como  linha de orientação  a pergunta:


Como é feita avaliação no ensino superior em Moçambique?
Esperamos no ensaio relatar factos empíricos que se observam ao longo do processo da
avaliação  dos  conteúdos de aprendizagem, finalmente propor algumas estratégias de
melhorar os aspectos negativos observados. A realização do ensaio  bem como a escolha
do tema é motivado pelo facto de actualmente notar-se dificuldades nos estudantes de
aplicar com clareza ou seja tecer um argumento sólido acerca dos conhecimentos
científicos nas áreas em aprendizagem. Por exemplo: É possível numa determinada
cadeira o estudante não conhecer claramente o objecto de estudo da mesma.
Logo se não conhece o objecto de estudo da cadeira em aprendizagem tornasse difícil
igualmente  perceber os aspectos tais como objectivo, a importância, a sua
aplicabilidade e a ligação do conhecimento obtido durante as aulas com a realidade do
meio social.
Se for na sala de aula em que o estudante é colocado uma questão a maior preocupação
é revisitar o caderno de apontamentos de modo a consultar e depois é que procura
intervir.
 Na óptica da corrente cognitivista defendida por Piaget significa, que o estudante não
possuem esquemas cognitivas para  corresponder as exigências da questão  colocada,
logo o fracasso na adaptação  no problema por ultrapassar, o que podemos dizer em
outras palavras falta de inteligência.
 Ora, é nesta  vertente que ao realizarmos este estudo procura-se levar a   comunidade
académica universitária a reflectir em relação a problemática da avaliação no ensino
superior em Moçambique, com o objectivo de minimizar o seu impacto negativo na
aplicação das  habilidades cientificas em casos peculiares sempre que for necessário.
Dai que, ao  levar acabo o ensaio esperamos de uma forma geral:
a)      Levar os docentes e os estudantes a fazer uma reflexão acerca da avaliação  como um
processo que determina e espelha a qualidade de formação, por isso, que é necessário
pautar por modelos avaliativos que possam de facto atingir esta finalidade.
b)      Alertar aos estudantes o perigo existente divido o  uso da fraude como recurso para
atingir um grau quantitativo elevado durante as avaliações sem neste caso desenvolver
uma aprendizagem significativa baseada na auto-regulação.
c)      Ressalvar o papel da autonomia na aplicação dos saberes assimilados perante novas
situações o que pressupõe o desenvolvimento de um raciocínio lógico e coerente nas
respostas estruturadas.
 Em suma os problemas que advêm pela aplicação incorrecta da avaliação estão
relacionados com a falta de autonomia, auto-regulação,  a  formação de estudantes
incapazes de interligar o conhecimento adquirido na sala de aula  com a realidade real
da sociedade.
Palavras-chave, avaliação, ensino, aprendizagem.

2-  Avaliação  ideal do ensino superior


 Para desenvolver esta  questão da avaliação ideal do ensino superior remeti-nos a uma
questão relevante de reflexão: Como deve ser a avaliação ideal no ensino
superior? Numa primeira fase para responder esta questão podemos usar como padrão
de resposta o facto de cada instituição possuir a nível interno o regulamento académico.
O regulamento académico possui um capítulo especifico da avaliação que aborda  os
princípios, objectivos os tipos de avaliação bem como os instrumentos de avaliação a
ser usados. Então diríamos que avaliação ideal é aquela que o docente universitário
obedece correctamente os princípios objectivos instrumentos de avaliação bem como
tomada de consciência em relação aos perigos existentes  no desenvolvimento deste
processo para produzir alunos com auto-regulação e autonomia no uso do conhecimento
adquirido durante avaliação. Em outras palavras  a avaliação ideal  é aquela que leva o
aluno aprender, e  a saber usar o que aprendeu em diferentes contextos da sua vida. É 
importante avaliar o tipo de aprendizagem que o aluno desenvolveu. Por exemplo.
Na perspectiva  Gil(1997:107):
“o sistema de avaliação aplicado nas escolas superiores tem privilegiado área
intelectual,  mais especificamente a memorização aprovação em muitas disciplinas e
mesmo a conclusão de cursos tem sido frequentemente decorrência do que os alunos
foram capazes de memorizar. O processo de avaliação deve transcender esse nível e
procurar verificar em que medida o aluno foi capaz  não apenas de memorizar mais
também transferir o que aprendido para situações praticas. Uma educação integrada
devera estar  preocupada também em avaliar as áreas psico - motora e sócio - afectiva.
A final não tem como objectivo apenas conhecimentos mais também desenvolver as
habilidades e as atitudes dos seus alunos.”
 O autor vinca claramente que os resultados da aprendizagem devem transcender a
memorização, isto é,  o estudante deve ser capaz de  transferir o  aprendido para
situações praticas,  desenvolvendo habilidades e as atitudes dos estudantes.
 O regulamento académico da instituição universitária constitui um instrumento
impulsionador  para se atingir uma avaliação ideal pós, espelha  formalmente como
deve ser o processo avaliativo na universidade.
 Por exemplo, o regulamento  académico actualizado da universidade pedagógica, no
capitulo V,  da avaliação da aprendizagem, na secção I  que versa dos fundamentos da
avaliação, no artigo 16
 apresenta como  princípios gerais da avaliação os seguintes: 
1.  A avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico, sistemático, que permite
desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e investigação, identificar e
desenvolver as suas potencialidades e a sua formação integral, estimular a auto-
avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e desenvolver
uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional, cultural e social. 2. A
avaliação subordina-se às competências e ao perfil de saída definidos no currículo de
cada curso. 3. A avaliação tem de permitir a identificação e descrição clara do que vai
ser objecto e conteúdo da avaliação: conhecimentos, habilidades, capacidades e atitudes,
ou seja, competências. 4. A avaliação tem de se basear na selecção de técnicas e
instrumentos adequados às competências e aos objectivos previamente definidos. 5. A
avaliação tem de desenvolver a motivação dos estudantes e melhorar o seu desempenho
académico. 6. A avaliação deve contribuir para a melhoria do processo de ensino -
aprendizagem, da qualidade de ensino e do sucesso do sistema educativo.  
 No artigo  17  do mesmo capitulo aborda os objectivos da avaliação  a citar:
a) Determinar o grau de aquisição de um conjunto de competências, i.e., conhecimentos,
habilidades, capacidades e atitudes do estudante numa determinada disciplina, módulo
ou actividade curricular; b) Estimular o estudo individual e colectivo, regular e
sistemático; c) Comprovar a adequação e eficiência das estratégias de ensino -
aprendizagem utilizadas; d) Permitir a identificação e o desenvolvimento de
potencialidades;
  Quanto as funções e instrumento de avaliação, o artigo 18 e artigo 20 respectivamente
esclarecem claramente que:
A avaliação da aprendizagem cumpre as seguintes funções: 1. Função diagnóstica –
tem em vista conhecer o nível actual do estudante, ou seja, as suas competências para
permitir desenvolver novas aprendizagens; 2. Função formativa – tem em vista avaliar o
decorrer do processo de ensino - aprendizagem, ou seja, os seus vários momentos e
ajudar a solucionar dificuldades; 3. Função sumativa – tem em vista a classificação do
estudante ao fim de uma unidade temática, conjunto de unidades temáticas, actividade
curricular ou curso.   E na perspectiva do regulamento os diversos instrumentos de
avaliação destacámos: a) Trabalhos teóricos; b) Trabalhos práticos; c) Seminários; d)
Testes; e) Exames das disciplinas; f) Observação; g) Práticas Profissionalizantes:
Práticas Pedagógicas e Estágio Pedagógico; Práticas Técnico Profissionais e Estágio
Profissionalizante h) Relatórios de Práticas Profissionalizantes; i) Auto-avaliação; j)
Portefólio; k) Exames de Qualificação; Monografia; Dissertação de Mestrado; Tese de
Doutoramento  e Outras formas estabelecidas no Plano de Estudos. 
 Procuramos ilustrar que a avaliação ideal na instituição que tomamos como exemplo
será considerada eficiente e eficaz se docente e os estudante obedecer o que esta
plasmado.
Contudo no que concerne a visão teórica da perspectiva da avaliação  ideal ainda
podemos destacar diversos autores. Na perspectiva de Bloom, Hastings e Madaus
(1975)  citados  por  Abreu esclarecem que a avaliação pode ser considerada como:
“ um método de adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino e a
aprendizagem, incluindo uma grande variedade de evidências que vão além do usual de
‘papel e lápis’. […] um auxílio para clarificar os objectivos significativos e as metas
educacionais, um processo para determinar em que medida os alunos estão se
desenvolvendo dos modos desejados, um sistema de controle da qualidade, pelo qual
pode ser determinada, etapa por etapa do processo ensino - aprendizagem, a
afectividade ou não do processo e, em caso negativo, que mudanças devem ser feitas
para garantir sua efectividade. um instrumental da prática educacional para verificar se
procedimentos alternativos são ou não igualmente efectivos ao alcance de um conjunto
de fins educacionais, envolvendo uma colecta sistemática de dados, por meio dos quais
se determinam as mudanças que ocorreram no comportamento do aluno, em função dos
objectivos educacionais e em que medida estas mudanças ocorrem.  
É  preciso acima de todo repararmos  nos objectivos e no valor da  avaliação como
processo de continuidade de aprendizagem de modo que a sua implementação possa
permitir o desenvolvimento de capacidade e habilidades sócio - afectivos e psico-
motores.
Segundo Hoffmann (2002) citado Abreu, avaliar nesse novo paradigma é dinamizar
oportunidades de acção - reflexão, num acompanhamento permanente do professor e
este deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendizagem, reflexões acerca do
mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de verdades
formuladas e reformuladas.
 A pratica da avaliação constitui um acto dinâmico onde o professor e o aluno assumem
o seu papel, de modo co-participativo, através da implementação do diálogo e da
interacção respeitosa, comprometendo-se com a construção do conhecimento e a
formação de um profissional competente. É  um acto essencialmente político,
expressando concepções de Homem – Mundo –Educação.
De acordo com Donaciana, professora da cadeira de psicologia de aprendizagem  a nível
de mestrado em educação e psicologia escolar salienta numa aula tipo conferencia sobre
avaliação que:
“Avaliação é parte integrante e indissolúvel do processo de ensino - aprendizagem e tem
de ter em conta os aspectos afectivos, psicomotores e cognitivos tanto de quem avalia
como de quem é avaliado. Se o aluno estiver com fome, preocupado ,com medo de fazer
o teste, ansioso, poderá não conseguir realizar a avaliação pois não está concentrado. 
Na sala de aula ao mesmo tempo que os alunos aprendem os conteúdos curriculares,
avaliam-se as habilidades, os conhecimentos, os hábitos de estudo, as atitudes e os
valores.”
 Ainda  na visão da professora:
“A avaliação é parte integrante do processo de formação, uma vez que possibilita
diagnosticar lacunas a serem superadas, aferir os resultados alcançados considerando as
competências a serem construídas  e identificar mudanças de percurso eventualmente
necessárias. É uma  reflexão transformada em acção, não podendo ser estática e nem ter
apenas carácter classificatório. É um processo de diálogo com a realidade da sala de
aula, com o objectivo de reflectir e posicionar-se sobre o que nesse ambiente acontece. “
 Fica evidente que avaliação ideal constitui  um processo de auto-análise e de auto-
conhecimento tanto do professor quanto do aluno.
O professor precisa conhecer-se; saber que tipo de escolhas faz nos conteúdos que
avalia;  reconhecer seus preconceitos e falhas para não fazer uma avaliação subjectiva;
saber assumir a importância e a responsabilidade das suas decisões sobre a vida futura
dos seus alunos. 
Exigindo assim do professor, um grande compromisso com a profissão uma formação
adequada e consistente na área da sua disciplina, um comprometimento contínuo e
permanente com o aluno, uma atenção plena e cuidados em todas as intervenções que
faz e dos alunos e ter uma clareza na relação com os alunos: não esquecer que é
educador.
O  professor sendo mediador do processo e figura mais importante ao garantir que
avaliação deve ocorrer na forma ideal desejada e necessário garantir a objectividade.
Seguinte modo:
Informar a acção do professor sobre a transferência de competências possuídas para
habilidades e domínios de realização mais deficitários ; 
Respeitar as condições objectivas de avaliação, devendo a criança estar ciente dos
objectivos da avaliação, da forma de realizar as tarefas e como atingir a mestria; e 
Orientar-se para a recolha de informação que seja efectivamente relevante para o
processo de ensino.
Em suma, avaliação ideal deve permitir que o aluno aprende, saiba reconhecer os
resultados obtidos, e partir dos resultados alcançados para adquirir novas aprendizagem,
e para o professor deve facilitar descobrir o nível da aprendizagem do estudante, poderá
igualmente a leccionação dos próximos conteúdos partindo das experiências já
consolidadas.  E obrigatório garantir que avaliação seja um exercício que visa a fixação
continua dos conteúdos na memoria de longo prazo em forma de esquemas, de  modo
que sempre que for necessário estar disponível solucionar o problema.

3- Como é feita avaliação no ensino superior em Moçambique?

Usando uma observação directa e relatos dos estudantes e professores é  possível obter
dados  empíricos  que evidenciam as diferentes formas usadas para a realização da
avaliação no ensino superior em Moçambique. 
Podemos de facto dizer que o padrão comum da avaliação são as avaliações escritas
constituídos por questões fechadas e abertas e  resultando muita das vezes em 
estudantes com incapacidade de desenvolver uma aprendizagem  significativa e
construtiva.
Dai, que vários críticos apresentam quadro critico  negativa quanto a qualidade do ensino
superior porque  nota-se que o nível da aprendizagem adquirido não é suficiente para
resolver as demandas sociais.
 Existe um grupo de professores universitários munidos de competência para leccionar e
avaliar de modo alcançar alto nível de aprendizagem.
Estes usam de facto um modelo da avaliação ideal.
 Nota-se que os professores do ensino superior pauto na avaliação sumativa com maior
relevo na
medição da  quantidade, isto é,  valor numérico que o estudante atingiu.  Sem no entanto
preocupar – se com a qualidade do conhecimento bem como a  sua aplicação em
contextos concretos da vida.
O currículo do ensino superior imanado no regulamento académico da universidade
pedagógica por exemplo, e os programas analíticos das diferentes cadeiras que
constituem  diversos cursos está devidamente  organizado quanto ao aspecto da
avaliação e as sanções a aplicar aos estudantes que comente fraude académica, em
contra partida não existe nenhuma alínea que enfatiza aspectos como a valorização da
autonomia na aplicação de conhecimentos e como a valorizar este aspecto.
 Quase 45 % dos estudantes encerram o processo de avaliação  como sendo um
momento de
constrangimento, dai que apresentam – se na sala num estado emocional de  fobia
especificamente, os estudantes do primeiro e segundo ano o que leva muitas vezes a
recorrer a meios auxiliar ilícitos para  a realização do teste.
Constata-se igualmente que o factores que influenciam negativamente o
desenvolvimento de auto-regulação ou seja a liberdade na aplicação dos conhecimentos
estão centrados numa percentagem de 30% de estudantes em ambos os géneros no uso
da fraude que, consiste no uso de telemóvel enviando sms para alguém que esta fora da
sala, o resumo de informação no papel de tamanho reduzido vulgo "cabula", troca de
informação oralmente ou por escrito, espreitar na avaliação do colega.
Ainda existem estudantes que  em plena aula  consultam fontes da internent e quando
tratar-se de trabalhos de pesquisa tais como: seminários, relatórios entre outro trabalhos
recorrem a colegas auxiliares para ajudar a fazer.
Outro aspecto relevante consiste na metodologia aplicada pelo professor como
orientador do processo de avaliação bem como actor do currículo que recorrer a
métodos não centrado no aluno, elaborando avaliações que não obedecem as
taxonomias de Bloom, com perguntas ambíguas tornando dúbia a  sua compreensão.
 Neste aspecto metodológico as aulas estão centrados no método de elaboração conjunta
onde as perguntas muitas das vezes são orais mas em contra partida as avaliações em
100% são escritas portanto devia também  serem orais para haver o equilíbrio entre a
aula e  a avaliação.
 Vigotsky afirma na sua abordagem sócio -cultural  ao falar da zona de desenvolvimento
real e zona desenvolvimento proximal que um estudante aprendeu quando é capaz de
executar uma tarefa sem recorrer  ao auxilio de adulto perante novas  situações.
Dai que, espera-se que os estudantes do ensino superior sejam capaz de aplicar o 
conhecimento adquirido sem nenhum auxilio para demonstrar o seu nível de
aprendizagem, e reconhecendo que o erro é um factor humano e que na aprendizagem
sempre irá existir, o mais importante é lutar em minimizar se possível eliminar.
O  estudante que recorre  a meios auxiliares não  forma esquemas cognitivos, é
incapacitado de resolver tarefas sozinho dai que a sua capacidade de autonomia é
limitada.
 Consequentemente é um estudante com índice de complexo de inferioridade o que 
concorre negativamente na potencialidade  da  sua auto -regulação, liberdade na tomada
de decisão perante uma situação problemática que exigem aplicação do conhecimento
hipotético dedutivo ou seja aplicação de uma aprendizagem  significativa.
O problema torna-se agudizado na transferência da aprendizagem isto é, no uso do
conhecimento fora  do contexto universitário, na comunidade na resolução de desafios
que constitui a demanda sócio económica pais, o estudante intervêm com limitações.

 O que se nota por exemplo nos seminários alguns  professores abandonam totalmente a sua 
tarefa de acompanhamento deixando só estudantes a sois, sem fazer a síntese do seminário.
 Um aspecto muito critico são professores  que  dão constantemente  recomendações ou seja
actividade oralmente e no dia anterior refutar as suas recomendações.
A pergunta se coloca é porque é não podem ser escritas?
 E para terminara somos da opinião de que as avaliações podiam igualmente ser oral da mesmas
formas que a leccionação privilegia o método de elaboração conjunta , como estratégia usa  o
dialogo.
É preciso melhor de facto a forma como é realizada a avaliação no superior em Moçambique que
dai que a seguir apresentamos as estratégias de superação
.

4- Estratégias de melhoramento do processo avaliativo em Moçambique no ensino


superior
.
Como estratégias de melhoramento do  processo avaliativo em Moçambique, torna-se
necessário e obrigatório todo o professor e estudante da instituição universitária ter o
conhecimento dos princípios, objectivos, funções, instrumentos,  regulamentados no
regulamento académico desta instituição como fonte de consulta para tornar avaliação
eficaz.
Os professores devem ser reflexivos e críticos quanto ao processo da avaliação onde para além     
da avaliação escrita podem avaliar aspectos tais como o comportamento, a participação em aulas,
assiduidades,  inovação, a nível de produção de conhecimento que estudante apresenta.
 É preciso igualmente avaliar sub ponto de vista a aliar a quantidade e a qualidade de modo que
o estudante formado tenha capacidade de desenvolver uma aprendizagem integrada.
O processo de avaliação ou melhor o momento da realização da avaliação deve transformar-se
num ambiente de tranquilidade e não de tensão.
Todas as actividades ou seja recomendações deve ser por escrito de modo a garantir
coerência do
que se recomenda no primeiro dia e no dia seguinte.

 5-Conclusão

Depois de uma analise bibliográfica feita em diversas obras e em conformidade com algumas
experiências vivenciadas durante a formação como estudante no que tange avaliação
pode-se inferir o seguinte:
O processo de avaliação em Moçambique concretamente no ensino superior ainda
baseia -se
simplesmente na determinação de valores numéricos, com o tronco comum na avaliação
somativa.
Poucos estudantes e professores encaram a avaliação como continuidade do processo de ensino
-aprendizagem, mais  sim, como um momento para determinar a passagem e reprovação.
Ainda nota-se estudantes com maior frequência que não concordam com o resultado obtido
durante avaliação pelo facto de as perguntas ser muito ambíguas.
É  preciso vincar que a avaliação é parte integrante do processo de formação, uma vez que
possibilita diagnosticar lacunas a serem superadas, aferir os resultados alcançados considerando
as competências a serem construídas  e identificar mudanças de percurso eventualmente
necessárias.
Mas também podemos concluir que a avaliação é um processo formativo, contínuo, dinâmico,
sistemático, que permite desenvolver no estudante o gosto e o interesse pelo estudo e
investigação, identificar e desenvolver as suas potencialidades e a sua formação
integral,
estimular a auto-avaliação, contribuir para a construção do conhecimento em sala de aula e
desenvolver uma atitude crítica e participativa perante a realidade educacional, cultural e social.
Sem um bom procedimento de avaliação no processo de ensino aprendizagem influenciamos
negativamente do ciclo de aprendizagem e os resultados colhidos não são satisfatórios.

6- Refêrencias Bibliograficas

1- DONACIANA, B. Resumo de apontamento da cadeira de Psicologia de


Aprendizagem , UP  2014

2-LEBANEO, Jose, Didactica,Editora CORTEZ, São Paulo, 1900

3-MACHADO, Maria Paula Neves Universidade do Minho


Instituto de Educação e Psicologia
 4- MENDES,  Olenir Maria AVALIAÇÃO FORMATIVA NO ENSINO
SUPERIOR: Reflexões e alternativas possíveis Avaliacao formativa-oniler.pdf

5- SOBRINHA,  José Dias Autonomia e avaliação Unicamp, Brasil

 GIL, Antonio Carlos,  METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR, editora ATLAS


S.A -1997, São  Paulo.

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