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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO –

UNIFACEMA
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

DENISE PESSOA DE SOUSA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONSCIENTIZAÇÃO, CIDADANIA E BOAS PRÁTICAS


PARA OS ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL EM CAXIAS-MA

CAXIAS-MA
2020
1

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO –


UNIFACEMA

DENISE PESSOA DE SOUSA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONSCIENTIZAÇÃO, CIDADANIA E BOAS PRÁTICAS


PARA OS ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL EM CAXIAS-MA

Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso - TCC -, à Coordenação


do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Centro Universitário de Ciências e
Tecnologia do Maranhão - UniFacema -, como requisito parcial para obtenção do título
de Graduação em Pedagogia.

DATA DE APROVAÇÃO: 14 de dezembro de 2020

BANCA EXAMINADORA

________________________________
Profª. Drª. Maria Bertolina Costa
Instituição de Origem: UniFacema
ORIENTADORA E PRESIDENTE DA BANCA

________________________________
Profa. Msc. Francisca Tatiana Dourado Gonçalves
Instituição de Origem: UniFacema
1º EXAMINADOR

________________________________
Profa. Esp. Maria do Perpétuo Socorro Santos Araújo
Instituição de Origem: UniFacema
2º EXAMINADOR
2

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONSCIENTIZAÇÃO, CIDADANIA E BOAS PRÁTICAS


PARA OS ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL EM CAXIAS-MA

Denise Pessoa de Sousa


Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão – UniFacema
E-mail: denisepessoa01@gmail.com

Maria Bertolina Costa


Doutora em História pela Universidade de Coimbra
Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão – UiFacema
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3478-5267
E-mail: mbertolinacosta@gmail.com
Orientadora

RESUMO

O tema meio ambiente é transversal e deve ser trabalhado de forma interdisciplinar


na formação educacional em todos os seus níveis. Por sua vez, a Educação Ambiental
deve contribuir para que essa interdisciplinaridade ocorra de fato. Ela deve fazer parte
dos projetos pedagógicos das escolas no sentido de possibilitar uma educação crítica
e transformadora, um exercício de cidadania na direção da sustentabilidade
ambiental. A educação ambiental é considerada um processo permanente, no qual os
indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam
aptos a agir, tornando os cidadãos mais conscientes da necessidade da preservação
do meio ambiente. Este trabalho objetiva promover a conscientização sobre a
importância da Educação Ambiental como estratégias de cidadania para os
estudantes do Ensino Fundamental de Caxias-MA enquanto práticas sustentáveis de
conservação do ambiente presentes no cotidiano escolar da cidade, com destaque na
formação do professor da rede do Ensino Fundamental. Partiu-se do seguinte
questionamento: qual a importância da inserção da Educação Ambiental nas Escolas
públicas municipais de Caxias? Portanto, trata-se de uma pesquisa bibliográfica,
descritiva e de cunho exploratório, com abordagem quali-quantitativa do tipo pesquisa-
ação, tendo como base referências bibliográficas sobre Educação Ambiental e
formação educacional.

Palavras-chave: Escolas municipais de Caxias. Educação. Cidadania.


Sustentabilidade. Meio ambiente.

ABSTRACT

The environment theme is transversal and must be worked in an interdisciplinary way


in educational formation at all levels. In turn, environmental education must contribute
for this interdisciplinarity to really occur. It should be part of the schools pedagogical
3

projects in order to enable a critical and transformative education, an exercise in


citizenship towards environmental sustainability. Environmental education is
considered a permanent process, in which individuals and the community become
aware of their environment and acquire knowledge, values, skills, experiences and
determination that make them able to act, making citizens more aware of the need to
preserve the environment. environment. This article aims to promote awareness of the
importance of environmental education as citizenship strategies for elementary school
students in Caxias-MA as sustainable practices of conservation of the environment
present in the daily school life in the town, with emphasis on teacher education of the
elementary school network. It started from the following question: how important is the
insertion of environmental education in public schools in Caxias town? Therefore, it is
a bibliographical, descriptive and exploratory research, with a qualitative quantitative
approach of the type of research action, based on contents on environmental
education and educational formation.

Keywords: Municipal Schools of Caxias town. Education. Citizenship. Sustainability.


Environment.

1 INTRODUÇÃO
O termo educação ambiental é definido por Guimarães (2007) como “processo
permanente onde os conceitos éticos possam ser acentuados a fim de termos atitudes
responsáveis para com o próximo, além de fornecer os instrumentos necessários para
os indivíduos acerca da relação meio ambiente versus sociedade”. A implantação da
educação ambiental nas escolas pode ser considerada uma das formas mais eficazes
para a conquista de uma sociedade sustentável. Os debates mundiais e nacionais
sobre o meio ambiente, que aconteceram nos últimos anos, estabeleceram que as
escolas poderiam se tornar aliadas para o alcance do desenvolvimento sustentável,
desde que se transformassem em espaços de conscientização ambiental,
desenvolvendo o senso crítico, a mudança de comportamento, incentivando o respeito
à vida e disseminando novas práticas de uso dos recursos naturais.
A educação ambiental deve ser considerada um processo permanente, no qual
os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem
conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam
aptos a agir, tornando cidadãos mais conscientes da necessidade da preservação do
meio ambiente.
Hoje, as ações humanas como desmatamento, queimadas, riachos
transformados em esgotos, assoreamento dos rios, poluição do ar, perda de
diversidade biológica, destruição do patrimônio, entre outros, veem causado uma série
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de danos ao planeta. Fatos que merecem destaques não apenas aos grandes
desastres ambientais, mas também às ações diárias de cada pessoa em sua casa e
em suas relações com os outros. Portanto, a educação ambiental está relacionada a
mudanças de comportamento e a construção de uma consciência ambiental.
Convém ressaltar o expressivo crescimento demográfico das cidades nas
últimas décadas, o que nem sempre simboliza um desenvolvimento sustentável, visto
que com o aumento da população crescem os problemas ambientais que impactam
diretamente na vida social das pessoas e do meio ambiente que engloba as áreas
agrícolas, industriais, comerciais e residenciais, produzida pela natureza e pela
sociedade.
No que se refere a educação, a escola é o lugar onde o aluno irá dar sequência
ao seu processo de socialização, no entanto, comportamentos ambientalmente
corretos devem ser apreendidos na prática, no decorrer da vida escolar com o intuito
de contribuir para a formação de cidadãos responsáveis. Faz parte do papel da escola
oferecer aos seus alunos conteúdos ambientais de forma contextualizada com sua
realidade, usando seu espaço como local de referência para a formação da
consciência crítica e ecologicamente correta1. No modelo de pensamento sistêmico
holístico ou ecológico, o universo é explicado como um grande sistema, uma rede
dinâmica de eventos inter-relacionados. Sendo assim a percepção de uma
determinada realidade não faz sentido se ao observá-la não considerar o seu
contexto. Nessa perspectiva, “o observador também é parte integrante da realidade
observada, pois nada se encontra isolado e tudo faz parte de uma rede de relações,
na qual todos são responsáveis por tudo”. (CAPRA, 1995).
A escola desempenha importante papel na formação das futuras gerações,
orientando-as e repassando os valores e princípios necessários à subsistência e
continuidade da espécie humana, onde as questões ambientais estão cada vez mais
presentes dentro do contexto da sociedade da escola, visto que a educação ambiental
é efetiva em todos os níveis dos processos educativos e em especial nos anos iniciais

1
Aqui trataremos por ecologia a ciência das inter-relações que ligam os organismos vivos ao seu
ambiente. Esta ciência é considerada natural e social ao mesmo tempo, por possuir potencialidades
que podem ser aplicadas na interpretação e compreensão dos assuntos humanos, ao entender que em
todas as situações há relações e influências entre os componentes ambientais, sociais, políticos e
econômicos, o que configura um sistema. (PORTAL EDUCAÇÃO, 2012).
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da escolarização, por ser mais fácil conscientizar as crianças sobre as questões


ambientais do que os adultos.
Para o bom desempenho da educação ambiental, o trabalho desenvolvido pelo
professor na escola é fundamental por possibilitar ao educando a vivência de
experiências significativas para o seu aprendizado. Os professores exercem papel de
mediadores das questões ambientais, mas isso não significa que eles saibam tudo
sobre o meio ambiente para desenvolverem um trabalho de qualidade com seus
alunos. Por ser o conhecimento um processo de construção constante, é importante
que os professores estejam preparados e dispostos a buscarem novas informações e
saberes para transmitirem aos alunos.
Na construção de uma visão de mundo sistêmica, os alunos devem olhar à sua
volta, fazer perguntas, pesquisar, duvidar e entender que estão construindo a questão
ambiental. Devem ainda escrever, fotografar, desenhar, falar, registrar e elaborar esse
saber, assim como tornar público esse processo através de um produto de rádio, vídeo
ou escrito em jornal, boletim, cartaz, jornal-mural, folheto e tantas outras maneiras de
se escrever a palavra, para assim, realizarem a prática educomunicativa3.
Com isso, surge na educação ambiental a figura da ecopedagogia, que se
apresenta como uma nova pedagogia dos direitos, associando direitos humanos,
econômicos, culturais, políticos, ambientais e planetários, impulsionando o resgate da
cultura e da sabedoria popular. Ela desenvolve a capacidade de deslumbramento e
de reverência diante da complexidade do mundo e da vinculação amorosa com a
Terra. A mesma vem sendo proposta a desenvolver-se de forma descentralizada e
racional, baseada em ações comunicativa, de gestão, autonomia, participativa, ética
e com respeito a diversidade cultural.
Estudos apontam que as futuras gerações poderão sofrer muito, caso não seja
contido os impactos ambientais o que resultará na falta dos recursos naturais, mas
para isso deve-se buscar soluções de forma alternativa para o combate os problemas
ambientais, visto que se precisa de um planeta limpo agora e não somente no futuro,

3
É defendida como uma metodologia pedagógica e em sua finalidade ela propõe a construção de
ecossistemas comunicativos, abertos e criativos. (SCHÖNIN, SARTORI, CARDOSO, 2016)

A ecopedagogia conceito ainda em construção, onde trata-se de uma educação para a cidadania
planetária, onde nos implica uma reorientação de nossa visão de mundo, uma reeducação para
vivermos numa comunidade que é local e global ao mesmo tempo (HANSEN, 2006)
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pois as consequências irão surgir de forma assustadora. Para o desenvolvimento


destas ações pode-se ter como suporte a ecopedagogia e o ecopedagogo.
O trabalho educação ambiental: cidadania e boas práticas para estudantes do
ensino fundamental, surge a partir dos estudos da disciplina Fundamentos Teóricos e
Metodológicos do Ensino de Geografia, onde foi desenvolvida atividades práticas
sobre os problemas ambientais presentes na geografia da cidade.
Isso nos levou a questionar e desenvolver o interesse pelas metodologias
praticadas em sala para trabalhar os conteúdos escolares e ao desenvolvimento de
práticas de intervenção para o ensino de ciências, história e geografia na escola, com
o propósito de modificar os hábitos e atitudes das crianças e adolescentes a partir do
contexto escolar.
A educação ambiental se faz de suma importância, justamente nos anos
iniciais, tendo em vista o horizonte de formação de uma consciência ambiental que
ocorre com mais eficácia em sala de aula, e seja capaz de gerar sujeitos
multiplicadores dos conhecimentos adquiridos nos anos iniciais da sua formação
escolar.

2 CONCEITUAÇÃO E PRESSUPOSTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

Os problemas socioambientais nas últimas décadas vem se tornando cada vez


mais evidentes, levando assim, a sociedade a repensar seu modelo vigente de
crescente economia, procurando estratégias para uma ampliação de planos voltados
a sustentabilidade. Alguns agravantes para a degradação da qualidade ambiental são:
aumento populacional, avanços tecnológicos e científicos, consumo inconsciente e
insustentável por parte da população, isso são apenas algumas combinações que
auxiliam na degradação do ambiente.
Dessa forma, a educação ambiental deve ser um instrumento de grande
relevância para a conscientização do indivíduo, neste caso torna-se necessário
conhecer o que é educação ambiental. Segundo Carvalho (2006), a mesma é
considerada inicialmente como uma preocupação dos movimentos ecológicos com a


Profissional que trabalha dentro da ecopedagogia cujo propósito é desenvolver uma valorização
robusta dos potenciais coletivos da humanidade e promover a justiça social em todo o mundo através
de uma reeducação ambiental. (HANSEN, 2006)
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prática de conscientização, que seja capaz de chamar a atenção para a má


distribuição do acesso aos recursos naturais, assim como ao seu esgotamento, e
envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas.
Com a publicação da Lei 9.795, de 27/4/99, que dispõe sobre a educação
ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras
providências, a questão tomou força, pois a implantação e aplicação da educação
ambiental como disciplina passou a ser obrigatória. A citada lei define juridicamente
educação ambiental como “o processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade". (BRASIL, 1999).
Pode se observar que as degradações ambientais estão diretamente ligadas
ao condicionamento humano em função do seu padrão de consumo, para reverter
essa prática, é preciso ações educativas com visão na sustentabilidade, de acordo
com hábitos e posturas as quais lhes forem direcionados.
A Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012, estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. No Art. 2° a educação ambiental
tem dentro de sua definição atividades voltadas a pratica intencional da
conscientização social.
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental, lei N 9.795/1999,
considera a educação ambiental:

Art. 2º A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade


intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual
um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres
humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de
torná-la plena de prática social e de ética ambiental. (BRASIL, 1999).

Ao analisar a resolução citada acima pode se observar que através da


educação ambiental o homem torna-se um potencializador de atividades
socioculturais, e a partir de então a cultura deve ser considerada como um fator
importante na busca de resultados satisfatórios em se tratando de desenvolvimento
sustentável, considerado o paradigma da educação ambiental.
No cerne da sua definição, a educação ambiental está sempre voltada a
potencializar práticas em busca do ideal desenvolvimento sustentável através da
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conscientização dos indivíduos. Entretanto, tem-se a questão, o que impede seu bom
desempenho? Pode-se colocar dentre elas a falta de políticas públicas educacionais
bem estruturadas e conscientes capazes de potencializar o ensino voltado a
necessidade de estar conciliando o crescimento populacional e preservação
ambiental.
Surgindo a partir da segunda metade do século XX, as discussões sobre
educação ambiental vem do despertar da população no pós-guerra, dos anos 50 e 60
é marcado por uma expansão dentro da economia, um crescimento industrial
significativo o qual ocasionou assíduas catástrofes ambientais, assustando a
sociedade vigente, gerando assim discussões e manifestações populares.
Um dos importantes aliados na busca pelo uso consciente dos recursos
ecológicos e sociais do capitalismo industrial vigente foi a divulgação do relatório do
Clube de Roma, um grupo de pessoas importantes que reúnem-se para debater
assuntos como: política, economia internacional, meio ambiente e o desenvolvimento
sustentável. “O relatório trata de problemas de extrema importância para o futuro da
humanidade, segundo os relatos descritos no relatório, o planeta terra não teria como
suportar o crescimento da população devido aos desgastes dos recursos naturais e
energéticos e o aumento da poluição”. (DIAS, 2004).
Com a Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano, que aconteceu
em junho de 1972 em Estocolmo, tendo a finalidade de discursões acerca das
questões ambientais. “Nesta conferência foram criados programas tais como:
UNEP/PNUA (Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas), um programa das
Nações Unidas voltado à proteção do meio ambiente e à promoção do
desenvolvimento sustentável, ministérios, legislações e regulamentos ambientais
foram promulgados dentro da reunião”. (DIAS, 2004).
Em 1975 foi criado o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA),
com base nos objetivos discutidos na Conferência de Estocolmo, da necessidade de
se estabelecer um programa internacional de educação sobre o meio ambiente, que
tratasse a educação ambiental como uma disciplina interdisciplinar, integral e
permanente, inserida dentro das diferenças regionais, e de interesse nacionais.
Batista (2005) coloca que as medidas tomadas em prol da educação ambiental
permitem alcançar os objetivos de proteção ambiental, não se tratando de um ramo
da ciência ou uma matéria de estudos separada, mas de uma educação integral
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permanente.

Em 1975, a Unesco, em colaboração com o Programa das Nações Unidas


para o Meio ambiente (PNUMA), em resposta a uma das recomendações da
Conferência de Estocolmo, criou o Programa Internacional de Educação
Ambiental (PIEA), destinado a promover a reflexão, a ação e a cooperação
internacional nesse campo (BATISTA, 2005).

Ainda em 1975 foi lançado a Carta de Belgrado, resultado final do Seminário


Internacional de Educação Ambiental, que aconteceu na cidade de Belgrado. Um
documento integralmente direcionado a educação ambiental, no seu contexto ficou
estabelecidos os princípios da educação ambiental, e as estratégias em níveis
nacionais e internacional. A conferência de Tibilis é apontada como um dos eventos
decisivos para a educação ambiental em vários países do mundo inclusive no Brasil.
Em 1977 foi realizada a Conferência Intergovernamental de Educação
Ambiental em Tbilisi, o evento é considerado um dos marcos mais importantes da
educação ambiental, com a organização da UNESCO e parceria com o Programa de
Meio Ambiente da ONU (PNUMA), essa conferência traz às definições dos objetivos,
princípios e as estratégias para a Educação Ambiental mundialmente, seguindo as
orientações contidas na Carta de Belgrado.
De 1979 a 1980 ocorreram vários eventos que trataram da educação ambiental
e das políticas voltadas para essa temática dentre esses eventos temos: Encontro
Regional de Educação Ambiental para América Latina em San José, Costa Rica; o
Seminário Regional Europeu sobre Educação Ambiental para Europa e América do
Norte; Seminário Regional sobre Educação Ambiental nos Estados Árabes, em
Manama, Bahrein e a Primeira Conferência Asiática sobre Educação Ambiental”, Nova
Delhi, Índia.
Ainda na década de 80 temos o Parecer 819/85 do MEC que traz um reforço a
carência de incluir conteúdos de cunho ecológicos ao longo da formação do ensino
de 1º e 2º graus, e que o mesmo possa englobar todas as áreas do conhecimento de
forma coordenada e paulatinamente, que possibilite assim “formação da consciência
ecológica do futuro cidadão”.
Em 1988 a Constituição Brasileira dedicou o Capítulo VI ao Meio Ambiente e
no Art. 225, Inciso VI, determina ao “. Poder Público, promover a Educação Ambiental
em todos os níveis de ensino” Realização do Primeiro Congresso Brasileiro de
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Educação Ambiental no Rio Grande do Sul.


Na década de 90 tem-se como marcos importantes: A criação do Ministério do
Meio Ambiente (MMA) em 1992, com a missão de promover a adoção de princípios e
estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o
uso sustentável dos recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a
inserção do desenvolvimento sustentável na formulação e na implementação de
políticas públicas, em todos os níveis e instâncias de governo e sociedade; A
Declaração Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação das Necessidades
Básicas de Aprendizagem (1990); Portaria 678/91 do MEC (1991), determina que a
educação escolar deveria analisar a Educação Ambiental dentro de todo o currículo
dos diferentes níveis e modalidades de ensino; Portaria 2421 /91 do MEC (1991), que
institui um Grupo de Trabalho de Educação Ambiental com o objetivo de definir com
as Secretarias Estaduais de Educação, as metas e estratégias para a implantação da
EA no país e elaborar proposta de atuação do MEC na área da educação formal e
não-formal para a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento;
Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, RIO -92 (1992);
Portaria 773/93 do MEC (1993), concretizando as recomendações aprovadas na RIO
-92, essa portaria institui em caráter permanente um Grupo de Trabalho para EA com
objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações, metas e
estratégias para a implementação da EA nos sistemas de ensino em todos os níveis
e modalidades; Proposta do Programa Nacional de Educação Ambiental – PRONEA
(1994); em 1995 Foi criada a Câmara Técnica temporária de Educação Ambiental no
Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA.
Em 1996 a Lei nº 9.276/96 designa o Plano Plurianual do Governo 1996/1999,
com principal objetivo a promoção da Educação Ambiental, através da divulgação e
uso de conhecimentos sobre tecnologias de gestão sustentável dos recursos naturais;
no ano seguinte a Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade:
Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade (Thessaloniki,1997);
seguido pela Promulgação da Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental; no mesmo ano a Portaria 1648/99 do MEC cria o
Grupo de Trabalho com representantes de todas as suas Secretarias para discutir a
regulamentação da Lei nº 9795/9.
Diante dos problemas ambientais contemporâneos, observa-se que todos os
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dispositivos, leis e decretos citados aqui tem sofrido alterações, e percebe-se mais
uma vez que todas as estratégias de criação de políticas de cunhos ecológicos, estão
inteiramente ligados as ações práticas de desenvolvimento de consciência social.
Hoje, faz-se necessário a criação de condições socioeconômicas, adotando uma
posição de pro-atividade, criando culturas que estimulem o consumo consciente de
recursos naturais, bem como as mudanças de consumos de maneiras desenfreadas
e desnecessários implicando o crescimento contínuo de resíduos.
A partir das propostas dos programas da UNESCO-PNUMA, observamos que
a educação ambiental vai além do sistema educativo, ou seja, está ligada a vários
níveis exterior a escola abrangendo os sistemas municipais, estaduais, regionais,
nacionais e internacionais, interferindo no que podemos chamar de surto de
urbanização e industrialização desenfreada decorrentes da ação antrópica sobre o
ambiente.
Quanto mais estudamos os principais problemas de nossa época, mais somos
levados a perceber que eles não podem ser entendidos isoladamente. São problemas
sistêmicos, o que significa que estão interligados e são interdependentes. Por
exemplo, somente será possível estabilizar a população quando a pobreza for
reduzida em âmbito mundial. A extinção de espécies animais e vegetais numa escala
massiva continuará enquanto o hemisfério meridional estiver sob o fardo de enormes
dívidas. A escassez dos recursos e a degradação do meio ambiente combinam-se
com populações em rápida expansão, o que leva ao colapso das comunidades locais
e à violência étnica e tribal que se tornou a característica mais importante da era pós-
guerra fria.
O reconhecimento de que é necessária uma profunda mudança de percepção
e de pensamento para garantir a nossa sobrevivência ainda não atingiu a maioria dos
líderes das nossas corporações, nem os administradores e os professores das nossas
universidades. Vimos que, a educação tem avançado na perspectiva de oferecer
alternativas para a formação do sujeito, para que o mesmo construa um futuro melhor.

3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL UMA RELAÇÃO ENTRE CURRÍCULO E PRÁTICA


ESCOLAR

Segundo Gouvêa apud Liotti (2015), as leis as quais são as bases que regem
o trabalho da educação ambiental no Brasil, tanto em nível educacional quanto
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ambiental, não ocorreram como o esperado, mesmo com a efetivação da educação


ambiental nos Currículos escolares, isso deveu-se ao paralelo entre as propostas
curriculares e as políticas envolvendo educação ambiental.
A escola por sua vez tem o papel importante nas transformações esperadas e
da efetivação das propostas voltadas para a educação ambiental inseridas no
currículo escolar, uma vez que as ações coletivas dentro da escolar proporciona uma
reação social significativa.
Tolares apud Liotti (2015), relata que a crise socioambiental, a atuação dos
movimentos ambientalistas e as iniciativas de algumas instituições escolares,
impulsionaram a inserção da educação ambiental no currículo, Barra (2005) por sua
vez diz que:

Um dos objetivos da Educação Ambiental é ajudar a desvendar as razões


implícitas ou explicitas dos nossos comportamentos/ações no meio ambiente
e a buscar novos e adequados valores...uma educação em valores
ambientais é um processo educativo permanente mediante a qual os
indivíduos adquirem conhecimentos, desenvolvem valores, atitudes,
habilidades e comportamentos que permitem-lhes tomar decisões
responsáveis no que se refere à sua interação no meio ambiente, visando a
manutenção da qualidade ambiental e o desenvolvimento de sociedades
sustentáveis. (BARRA, 2005).

Observa-se que mais uma vez é reforçado a construção de cidadãos críticos,


conscientes capazes de compreender e escolher seu destino adaptando-se ou
modificando o ambiente a sua volta. Na perspectiva de uma ecologia profunda, ou
seja, que não separa seres humanos, ou qualquer outra coisa, do meio ambiente
natural que ver o mundo não como uma coleção de objetos isolados, mas como uma
rede de fenômenos que estão fundamentalmente interconectados e são
interdependentes. A ecologia profunda reconhece o valor intrínseco de todos os seres
vivos e concebe os seres humanos apenas como um fio particular na teia da vida.
Para a inserção da educação ambiental no currículo escolar, faz-se necessário
pensar em estratégias as quais se possa efetivar de forma significativa o ensino,
englobando assim toda a experiência do educando, segundo Tolares (2013), é
necessário que a educação ambiental seja, interdisciplinar, multidisciplinar e
transversal.
O que dificulta a eficácia de educação ambiental no currículo é o sistema de
gestão pública deficiente, pois para que a escola passe a ser esse ambiente educador
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sustentável, é necessário uma restruturação no ambiente físico escolar, reformulação


no currículo e o envolvimento da gestão, implica ainda o envolvimento do aluno,
comunidade, corpo operacional da escola e educadores.

4 FORMAÇÃO DOCENTE EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Podemos observar que tanto a LDB - Lei de Diretrizes e Bases quanto os PCN
- Parâmetros Curriculares Nacionais falam sobre as práticas metodológicas bem como
as inúmeras habilidades dos professores dentro da educação ambiental, lembrando
que a EA possui uma abordagem transversal e que a mesma deve ser inserida no
currículo de forma interdisciplinar, porém dentro desses documentos não vimos uma
maneira para que os educadores introduzam em suas áreas afins de conhecimento,
temáticas como a educação ambiental, cabendo então a cada um buscar
metodologias diversificadas para a contextualização do mesmo, como descreve o
ministério da educação/portal MEC.

[...] Ao contrário, o que se pretende é fortalecer a sua característica


interdisciplinar, para que a Educação Ambiental possa continuar
perpassando e avançando nas modalidades educativas e ramos científicos –
mantendo um vínculo comum e verdadeiramente conexo com elas,
respeitando-se sempre a liberdade da comunidade escolar para construir o
conteúdo pedagógico a ser desenvolvido. (TRISTÃO, 2007).

O que observamos bastante dentro das instituições escolares é a educação


ambiental atrelada apenas as datas comemorativas, sem uma significação mais
profunda ou de uma reeducação no tratante da comunidade ou ambiente a qual esse
educando está ingresso, podemos observar claramente na fala de Tristão:

[...] Assim, as mudanças não ocorrerão de cima para baixo, mas com a
participação dos/as professores/as que estão diretamente ligados/as à
realidade. As propostas curriculares, as mudanças e transformações
educativas dependem daqueles e daquelas envolvidos/a com o seu cotidiano.
O engajamento dos/as professores/as nos processos políticos de decisão
intervém no seu fazer pedagógico e pode ser considerado como contexto
valioso na formação, também como possibilidade de construção de novas
formas de compreender e viver a relação saberes e fazeres, teoria e prática.
(TRISTÃO, 2007).

Observamos portanto, que o preparo dos educadores ambientais, está atrelado


a uma formação permanente desse professor, uma vez que há diversas razões no
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que se desrespeito a uma visão tanto pessoal, quanto profissional desse sujeito. Para
que haja esse engajamento na efetivação da formação do educador ambiental é
necessário um acordo entre as partes envolvidas nesse processo.
Devido a deficiência de formação dos educadores, são criados os cursos de
educação continuada. Para Silva (2011, p. 15), “[...] formação de professores é um
processo contínuo de desenvolvimento pessoal, profissional, político e social que não
se constrói em alguns anos de curso, nem mesmo pelo acúmulo de cursos, técnicas
e conhecimentos, mas pela reflexão coletiva do trabalho, de sua direção, seus meios
e fins, antes e durante a carreira profissional”.

5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ESTADO DO MARANHÃO

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB n°


9.394 de 20 de dezembro de 1996, no Art. 26, onde os mesmos estabelecem que “os
currículos do ensino fundamental e médio devem incluir a educação ambiental de
forma integrada aos conteúdos obrigatórios”, cabendo a inserção dessa temática aos
currículos de cada instituição, ou seja, a forma de trabalhar metodologicamente a EA
é de competência da instituição ou do docente de cada área afim.
O Estado do Maranhão é sociobiodiverso, com grandes riquezas naturais.
Entretanto, “temos o desmatamento como um dos problemas ambientais mais
agravantes em nosso estado devido ao agronegócio”. (COSTA, 2020).
A Lei nº 9.279/2010 a qual, institui a Política Estadual de Educação Ambiental
e o Sistema Estadual de Educação Ambiental do Maranhão, disciplina que “o Plano
Estadual de Educação Ambiental é o principal instrumento balizador das políticas, dos
programas e projetos de Educação Ambiental, devendo ser observado
transversalmente em todas as políticas estaduais e deve estabelecer as diretrizes,
objetivos, estratégias, metas, recursos e prazos para a implementação da Política
Estadual de Educação Ambiental”.
O plano foi construído coletivamente de acordo com o Decreto n° 28.549/2012,
e devem nortear a Educação Ambiental no Estado, este Plano Estadual de Educação
Ambiental contempla 07 (sete) temáticas prioritárias, baseado em ações determinada
para a Educação Ambiental nos programas e Planos aprovados pelo Estado nas áreas
da gestão ambiental e no setor educacional.
Tais temáticas fundamentam os métodos da EA formal e não-formal são elas:
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A criação e apoio às escolas sustentáveis; Educação Ambiental como apoio à


conservação de recursos hídricos; Educação Ambiental como apoio à conservação
de unidades de conservação; Educação Ambiental como apoio à abordagem de
resíduos sólidos; Educação Ambiental como apoio às políticas de redução e combate
às queimadas e desmatamento; Fortalecimento do Sistema Estadual de Educação
Ambiental - SISEEA.
Em 2008, a Secretaria de Estado da Educação elaborou o Programa de
Educação Ambiental, com o objetivo de construir um processo permanente em
Educação Ambiental no Sistema de Ensino do Maranhão, envolvendo um conjunto de
ações integradas e complementares, que se desdobram em três linhas de ação: Linha
de ação I - Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
Objetivo: viabilizar o aprofundamento de aspectos conceituais e metodológicos da
Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades. Ações estratégicas
desenvolvidas: Ciclo de palestras, com o objetivo de discutir temáticas ambientais
contemporâneas; Formação continuada em educação ambiental, para técnicos e
docentes, utilizando metodologias de ensino presencial; Participação na Conferência
Nacional Infanto-Juvenil de Meio Ambiente; Incentivo e apoio à implantação da
Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida - COMVIDA nas escolas;
Implantação da COM-VIDA na SEDUC.

6 PRÁTICAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS DE ENSINO


FUNDAMENTAL

Segundo Paulo Freire (1983, p. 11), "a leitura do mundo precede a leitura da
palavra; daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da
leitura daquele." Com isso podemos observar que antes mesmos de iniciarmos na
vida escolar, com o os primeiros conhecimento e construção das primeiras letras o
indivíduo tem-se inicialmente a leitura inata que é a leitura de mundo do ambiente a
qual ali está inserido, esse conhecimento se dá através das relações sociais no seio
familiar e posteriormente se estende ao social e ao universo.
Pensemos na educação como “reprodutora das relações sociais e como
transformadora dessas mesmas relações”, como discutida por Luckesi (1992). A
educação transformadora diz respeito à construção da humanidade nos indivíduos de
forma a torná-los capazes de se relacionar responsavelmente com o ambiente e com
16

a sociedade, diz respeito, portanto, a formação de sujeitos críticos, autônomos,


emancipados e participativos.
Assim, como as transformações tecnológicas acontecem de forma rápida e
continua, o ambiente está no mesmo processo contínuo e dinâmico de transformação,
e para se obter uma proposta pedagógica ambiental eficaz é necessário que este
esteja de acordo com as constantes alterações que ocorre na sociedade e
consequentemente no ambiente, por esse motivo, é importante entender a
complexidade com que se estabelece a interação entre natureza e ação humana, pois,
mesmo com a evolução dos diferentes instrumentos tecnológicos e das formas de
construção da sociedade, a utilização e transformação dos elementos naturais
continuam sendo de fundamental relevância.

Consideramos que a educação ambiental para uma sustentabilidade


equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito
a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que
contribuem para a transformação humana e social e para a preservação
ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e
ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de
interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual e
coletiva em nível local, nacional e planetário. (TRATADO DE EA PARA
SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS – RIO 92)

É importante observar que para que esse trabalho com educação ambiental
seja efetivado é necessário inicialmente que aconteça um estimulo aos educandos de
forma primordial nos anos iniciais de ensino, pois é ali o momento de construção de
uma consciência significativa e da sociedade em geral, afim de que esses indivíduos
possam construir e transformar o ambiente a qual vivem, trabalham e usufruem de
seu momento de lazer de forma consciente.
A concepção de ambiente apresentada pelas escolas e livros didáticos está
voltada a uma visão parcial restringida a animais, plantas e lixos, porém, faz-se
necessário uma ampliação dessa visão mostrando que o ambiente vai além dessas
concepções, que o mesmo é um espaço construído historicamente e que esse espaço
é transformado através das relações sociais do homem sejam elas políticas,
econômicas e culturais.

6.1 Agenda 21 e a COM-VIDA no município de Caxias


17

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Ambiental indicam que as


Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, reconhecem a relevância
e a obrigatoriedade da Educação Ambiental em todas as suas etapas e modalidades.
Nessa direção, percebe-se a importância desse instrumento orientador, a fim de,
contribuir com a inserção da Educação Ambiental no currículo, o estudo e as
propostas para enfrentamento dos desafios socioambientais; além da criação de
espaços educadores sustentáveis, fortalecendo a educação integral, ampliando os
tempos, territórios e as oportunidades de aprendizagem.
Temos as ações da Agenda 21, definida como um instrumento de planejamento
para a construção de sociedades sustentáveis, reduzindo a nível Brasil, prevista como
um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do
país. Em 2002 foi entregue à sociedade brasileira, foi coordenado pela Comissão de
Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir
das diretrizes da Agenda 21 Global; a nível local a Agenda 21 é o processo de
planejamento participativo de um determinado território que envolve a implantação,
ali, de um Fórum de Agenda 21, dentro dos fóruns são definidos os meios de
implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da
sociedade local na implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e
ações.
Já a COM-VIDA é uma forma de organização escolar baseado na participação
coletiva do corpo escolar e comunitário, e seu principal papel é contribuir com uma
com uma escola participativa, democrática, promovendo o intercâmbio entre a escola
e a comunidade.
A Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA) vem com o
objetivo de potencializar as ações de educação ambiental nas escolas do ensino
fundamental (6º ao 9º ano) e de ensino médio, através da criação de um espaço mais
democrático com mais participações, que agrega a comunidade interna e externa da
escola para a conscientização da Educação Ambiental através da sustentabilidade a
melhoria da qualidade de vida dos envolvidos, e levar essas iniciativas para as
localidades mais diversas.
No município de Caxias-MA a Educação Ambiental vem surgir em 1998,
segundo relata Costa (2016), “[...] conforme o Memorial de Gestão do Núcleo de
Educação Ambiental, documento este, elaborado em 2012, destaca-se que, o trabalho
18

sistemático de Educação Ambiental no município de Caxias, aparece somente em


1998, seis anos após a Conferência Rio 92, quando especificamente foi criado o
Núcleo de Educação Ambiental – NEA. Inicialmente era composto por três professores
pertencentes ao quadro efetivo de funcionários da Secretaria Municipal de Educação
– SEMEDUC”.
De acordo com os registros de Costa (2016) no referido documento, não está
registros de trabalho que foram desenvolvidos por esta equipe; o mesmo enfatiza que
em 2001, por consequência de mudanças de governo, o NEA foi transferido da
SEMEDUC para a Coordenação de Meio Ambiente e Recursos.
Alguns fatores contribuíram de forma prejudicial na implantação da NEA nas
escolas municipais como: setor da Secretaria Municipal de Agricultura e Recursos
Hídricos e Meio Ambiente, tendo em vista, que as ações aconteceram em sua maioria
somente no âmbito informal. Em 2005, o NEA foi agregado ao organograma da
Secretaria Municipal de Educação – SEMEDUC, pois anteriormente quando o
Ministério da Educação ao lançar os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s e os
Parâmetros em Ação: Meio Ambiente na Escola – PAMA, com a finalidade de fazer a
formação dos professores sobre as essas diretrizes nacionais, os mesmos não
chegaram a receber essa formação do PAMA.
O trabalho de Costa (2016) demonstra a competência do NEA: O Núcleo de
Educação Ambiental – NEA da Secretaria Municipal de Educação de Caxias – MA
como órgão gestor e indutor de políticas públicas municipais de Educação Ambiental
formal, em decorrência das recomendações da lei 9795/95, que institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e, tornando obrigatória a inserção de Educação
Ambiental no currículo, de forma transversal, em todos os níveis e modalidades de
ensino e, consensuada com a lei 9.279/10 que institui a Política Estadual de Educação
Ambiental do Maranhão, vem instituindo e implementando um conjunto de ações
integradoras, objetivando institucionalizar a educação ambiental na rede municipal de
ensino de Caxias – MA, por meio de um processo permanente que promove a busca
de conhecimento, pesquisa e ação transformadora, aproximando, assim a relação
comunidade – escola, Esta é a missão deste órgão. (CAXIAS, 2012).
O NEA dentro do município era realizado a partir de três vertentes sendo elas:
formação continuada; programas, projetos e atividades; e educomunicação.
Dentro da vertente de Formação continuada, tem-se a formação/capacitação
19

de 955 professores entre 2005 a 2015 em Educação Ambiental, além de formações


dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN’s em ação, seminários, congressos e
formações preparatórias para conferências.
No tocante aos programas, projetos e atividades o município, junto às políticas
de Educação Ambiental nacional, desenvolveu ações, com atividades fixas e datas
comemorativas internas como Festa Anual das Árvores, Semana do Meio Ambiente,
desenvolvimento de projetos, a realização de ações em parceria com instituições
privadas e também com a participação das escolas da rede municipal em todas as
quatro versões da Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente.
Costa (2016) ainda relata que “o Sistema Municipal de Educação de Caxias
conforme consulta (Censo Escolar 2013) possui 259 estabelecimentos escolares em
atividade e, destes, 118 implantaram as COM-VIDA’s (NEA/SEMEDUC), até o ano
2015 foram envolvidas neste trabalho da COM-VIDA”. No documento Formando
COM-VIDA: construindo Agenda 21 na escola, estão as bases conceituais,
metodológicas e legais que estabelecem a formação desse colegiado no interior das
escolas. Vale ressaltar, que a participação é imprescindível nesse trabalho da COM-
VIDA, pois requer um planejamento e o estabelecimento de uma agenda permanente
de ações, que vai desde a elaboração de diagnósticos da situação ambiental da
escola, a encontros, palestras, oficinas, dentre outras. A COM-VIDA surgiu a partir do
interesse dos jovens brasileiros pela criação de espaços de participação em defesa
do meio ambiente no espaço escolar. Desse modo, a escola abre-se para o
envolvimento de outros atores sociais no seu processo educativo; que vai do pensar
e sonhar juntos, planejar juntos, executar juntos, avaliar juntos, até juntos, serem
beneficiados pelo conhecimento construid
́ o.

7 RESULTADOS E DISCURSÕES

O trabalho “Educação ambiental: conscientização, cidadania e boas práticas


para os estudantes do ensino fundamental de Caxias-MA”, busca trabalhar novas
práticas pedagógicas para o ensino de geografia nas escolas públicas municipais de
Caxias dentro de uma abordagem interdisciplinar, com base na identidade cultural e
no diálogo entre os múltiplos saberes que definem a escola. Portanto, nossas
propostas envolvem: as escolas de ensino fundamental com a finalidade de
compartilhar experiências educativas e participativas sobre a educação ambiental.
20

Com ações específicas: apresentar às escolas da rede pública municipal orientações


sobre como preservar o patrimônio natural da cidade; orientar os alunos sobre a
necessidade de preservar o meio ambiente, como garantia de saúde e bem estar das
pessoas; informar sobre os direitos e deveres do cidadão com o meio ambiente
previsto na legislação ambiental brasileira e criar espaços de participação ativa,
interação e construção de conhecimento coletivo na internet utilizando redes sociais.
Execução das atividades de campo: Atividade1 - Observação e registro
fotográfico dos espaços ambientais a serem trabalhados no projeto; Atividade 2 -
Seleção de 100 fotografias das paisagens ambientais de Caxias que apresentam
degradação ambiental para compor o registro de anotações e observações da
Pesquisa de campo. (Diário de bordo do projeto); Atividade 3 - Realização das
entrevistas e coleta de dados e informações obtidas com as 02(a definir) escolas
envolvidas no projeto.
O desenvolvimento de atividades de pesquisas do trabalho teve como objetivo
primordial lançar um novo olhar sobre a importância de desenvolver a consciência
ambiental a partir da reflexão sobre a as condições ambientes da escola e do
município de Caxias. A ideia central do trabalho é propor uma mudança de postura
quanto a forma de utilização dos recursos naturais ainda disponíveis na cidade,
mudanças nos hábitos na escola e o cuidado com a preservação do habitat natural
das pessoas. Na perspectiva de que a escola cumpra sua função social de formar os
indivíduos para o convívio comum em sociedade mantendo o equilíbrio e
sustentabilidade necessária para a garantia de que os recursos naturais não se
esgotem ou desapareçam em função, do mal uso e ausência de intervenção educativa
no interior da Escola.
Constatou-se que já houve um trabalho desenvolvido pela Secretaria de
Educação do Município através do Núcleo de Educação Ambiental, no âmbito da
educação ambiental em Caxias-MA o que mais se destacou foi o projeto COM-VIDA
que é uma forma de organização escolar baseado na participação coletiva do corpo
escolar e comunitário, e seu principal papel é contribuir com uma com uma escola
participativa, democrática, promovendo o intercâmbio entre a escola e a comunidade
a mesma vem com o objetivo de potencializar as ações de educação ambiental nas
escolas do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e de ensino médio. Atualmente, estão
em prosseguimento propostas desenvolvidas através da Assessoria Municipal de
21

Educação Ambiental - AMEA/SEMECT CAXIAS/SALAS VERDES:


 MAPEAMENTO AMBIENTAL
O mapeamento significa um inventário, um levantamento e um registro da
situação ambiental do bairro e da cidade em seus múltiplos aspectos como:
saneamento (água, esgoto e lixo), energia elétrica, transporte, tipos de moradia e
materiais de construção, flora e fauna, recursos hídricos e minerais, indústria e
comércio, organização social do trabalho, serviços de saúde, patrimônio histórico,
artístico e arquitetônico, áreas de lazer, agricultura, pecuária, hábitos alimentares e
crenças.
 HORTA ESCOLAR
A Assessoria Municipal de Educação Ambiental –AMEA/Semect Caxias/Salas
Verdes promove junto a rede municipal de ensino a criação de hortas escolares, tendo
participação coletiva vários segmentos das escolas. A horta é composta de plantas
medicinais e hortaliças que serão utilizados tanto na complementação da merenda
escolar, como na produção de chás para cura de algumas enfermidades apresentadas
pelos próprios alunos na volta as aulas.
 REUTILIZANDO A ÁGUA
Este projeto tem como objetivo primordial desperta em nosso alunado a
importância da conscientização ambiental, visando um mundo mais próspero, um
projeto auto sustentável, que teve como principal objetivo: a reutilização das águas
cinzas da pia da cozinha para irrigação da horta escolar.
 ARBORIZANDO O AMBIENTE ESCOLAR
A Semect Caxias por meio da Assessoria Municipal de Educação Ambiental -
AMEA, vem trabalhando o tema sustentabilidade nas escolas do município de Caxias-
Maranhão, e os frutos estão sendo colhidos através da mudança de postura de nossos
alunos com relação ao Meio Ambiente. Este projeto tem como objetivo deixar a área
escolar mais verde com jardins ecológicos, hortas orgânicas e de plantas medicinais.
Assessoria Municipal de Educação Ambiental – AMEA e o Semect Caxias ainda
promovem nos espaços escolares conferências, palestras, simpósios, oficinas de
reciclagem, produção e diversas atividades que proporcionam aos nossos alunos
momentos e educadores não só de aprendizagens, como também, de
conscientização, cuidado e preservação do nosso meio ambiente.
22

8 CONCLUSÃO
Podemos concluir que a grande dificuldade para o desenvolvimento da
pesquisa nos impossibilitou de fazer um trabalho mais preciso, o acesso a escola e a
paralisação de suas atividades ocacionada pela situação inusitada do isolamento
social, a qual mantém escolas fechadas por tempo indeterminado não nos permitiu a
aplicação das etapas propostas dentro desse projeto.
O trabalho “Educação ambiental: conscientização, cidadania e boas práticas
para os estudantes do ensino fundamental de Caxias-MA”, buscou trabalhar novas
práticas pedagógicas para o ensino de geografia nas escolas públicas municipais de
Caxias dentro de uma abordagem interdisciplinar, com base na identidade cultural e
no diálogo entre os múltiplos saberes que definem a escola. Neste sentido,
organizamos em momentos distintos nossas estratégias de ações para serem
aplicadas no retorno das aulas presenciais:
 Apresentar aos alunos e professores das escolas de ensino fundamental anos
iniciais estratégias de ensino que contribuam para a valorização das riquezas
naturais da cidade de Caxias presente no espaço urbano e as condições de
degradação facilmente perceptíveis a luz da relação homem – meio ambiente.
 Criação do blog “Educação Ambiental” para interação entre as escolas de
ensino fundamental em que se aplica o projeto e as bolsistas e a comunidade
escolar como forma de promover a comunicação e a monitoração das
atividades desenvolvidas durante o projeto.
 Firmar parceria com a escola selecionada (assinar termo de adesão das
escolas ao projeto de pesquisa) para aplicação do projeto “EDUCAÇÃO
AMBIENTAL: conscientização, cidadania e boas práticas para os estudantes
do Ensino Fundamental de Caxias.
 Desenvolver atividade de passeio para que os alunos envolvidos no projeto
observem coletivamente as condições ambientais da comunidade onde se
localiza a escola e se aplica o projeto.
 Propor atividades lúdicas e pedagógicas que promovam a reflexão sobre a
responsabilidade que cada indivíduo tem para manter o equilíbrio do meio
ambiente.
 Definir novas atitudes que colaboram com a limpeza, organização dos espaços
de convivência da escola.
23

 Realizar uma exposição de fotografias nos lócus de aplicação do projeto sobre


o cenário ambiental local.

Os resultados preliminares a partir dos referenciais teóricos, reforçam a


importância da educação ambiental no âmbito escolar e mostram como ela é uma
ferramenta fundamental para a conscientização ambiental e amenizar, os danos
causados pelo homem. Portanto, a educação ambiental é um processo coletivo,
participativo e contínuo da sociedade, essencial para a consciência crítica acerca dos
problemas ambientais existentes. A preocupação com o meio ambiente desvela que
estamos vivendo um momento de desequilíbrio, causado pela própria sociedade.

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