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ENFERMAGEM À PESSOA EM

SITUAÇÃO CRITICA
FÁRMACOS VASOATIVOS
▪ ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS EM CUIDADOS INTENSIVOS:

• BÓLUS: É a administração de um fármaco EV realizada < a 1 min

• INFUSÃO RÁPIDA: É a administração de um fármaco EV realizada entre 1 a 30 min

• INFUSÃO LENTA: É a administração de um fármaco EV realizada entre 30 a 60 min

• PERFUSÃO CONTÍNUA: É a administração de um fármaco EV num período de tempo superior a 60 min ininterruptamente

• PERFUSÃO INTERMITENTE: É a administração de um fármaco EV num período de tempo superior a 60 min mas periodicamente
• SISTEMA NERVOSO PODE DIVIDIR-SE ESTRUTURALMENTE EM:
- SISTEMA NERVOSO CENTRAL

- SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO:


(Músculos estriados e não estriados do sistema cardíaco, sistema respiratório e sistema endócrino)

SISTEMA NERVOSO PODE DIVIDIR-SE FUNCIONALMENTE EM:

Sistema nervoso somático (voluntário) e sistema nervoso autónomo (involuntário).

▪ SISTEMA NERVOSO AUTONOMO

✓ SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

- Mediador químico a adrenalina (adrenérgicos) – Permite resposta de “luta ou fuga”


Recetores - Catecolaminas

✓ SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO

- Mediador químico a acetilcolina (colinérgicos) - Permite restauração e manutenção de reservas orgânicas


- Recetores muscarínicos e nicotínicos.
FÁRMACOS VASOATIVOS

Vc NAV- Significa o aumento da velocidade de condução do nódulo aurículo ventricular


AÇÃO DOS AGONISTAS SOBRE OS RECETORES
AÇÃO DOS RECETORES ADRENÉRGICOS
FÁRMACOS VASOATIVOS

o São substâncias farmacológicas que atuam estimulando os recetores adrenérgicos Alfa e Beta e recetores
dopaminérgicos celulares.

o Objetivo de manter a homeostase orgânica e tecidular durante as mais diversas situações clínicas, evitando assim o
agravamento do doente / disfunção multiorgânica, ou seja, equilibrar a relação entre a quantidade de O2
disponível e o seu consumo.

o Restauram e mantêm a perfusão tecidular efetiva dos órgãos vitais nos doentes hemodinamicamente instáveis.
- Os fármacos vasoativos atuam nos parâmetros que regulam o débito cardíaco

- DC = FC X FE

( O volume sistólico depende das pressões e dos volumes de enchimento ventricular (pré-carga), da contratilidade do miocárdio e da
resistência ao esvaziamento ventricular (pós-carga).

- Aquando da sua administração é necessário monitorização hemodinâmica invasiva continua para avaliar se o efeito pretendido
com a sua utilização foi alcançado, ou se há produção de efeitos indesejáveis, no sentido de os poder controlar/eliminar/evitar, sem
prejuízo para o doente.
➢ FÁRMACOS VASOATIVOS:

o FÁRMACOS VASODILATADORES ex.: Nitroprussiato de Sódio


o FÁRMACOS VASOPRESSORES OU FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS OU ADRENÉRGICOS (AMINAS
SIMPATICOMIMÉTICAS)
o FÁRMACOS INOTRÓPICOS

Dividem-se atendendo à sua estrutura química:


• Catecolaminas
• Não Catecolaminas ex: clonidina

Dividem-se ainda quanto ao seu tipo de ação nos recetores:


- Ação direta
- Ação indireta ex: anfetamina
- Ação mista ex: efedrina
• CATECOLAMINAS DE AÇÃO DIRETA
▪ ISOPROTERENOL

▪ DOPAMINA

▪ DOBUTAMINA

▪ DOPEXAMINA

▪ ADRENALINA

▪ NORADRENALINA

▪ FENILEFRINA
Síntese das Catecolaminas
o CATECOLAMINAS

Estimulam os recetores alfa-adrenérgicos, beta-adrenérgicos e dopaminérgicos.

▪ Alfa adrenérgicos
▪ Alfa1 – Presente no musculo liso – aumenta a pressão arterial pela vasoconstrição arterial e venosa e aumento da
contractibilidade do miocárdio
▪ Alfa 2 – Presente nos terminais pré-sinápticos e inibe a produção de noradrenalina (autoreceptor) e insulina

▪ Beta adrenérgicos:
▪ Beta1 - Presente no músculo cardíaco - aumento da contratibilidade do miocárdio, aumento do inotropismo e cronotropismo
(aumento da frequência cardíaca)
▪ Beta 2 – Presente no musculo liso (pulmão) – vasodilatação e broncodilatação

▪ Recetor dopaminérgico: Promove a vasodilatação coronária, renal, cerebral e mesentérica


Recetores Simpáticos (adrenérgicos)
• Alfa1 – olhos, vasos sanguíneos, bexiga e órgãos reprodutores masculinos.
Estimulação dos recetores alfa1 – constrição

• Alfa 2 - sistema digestivo e terminações nervosas


Estimulação dos recetores alfa2 – diminuir o peristaltismo e de secreção

• Beta 1 - coração e rins


Estimulação dos recetores beta1 – aumento FC, ionotropismo, libertação de renina angiotensina
(poderoso vasoconstritor)

• Beta 2 - pulmões, arteríolas, sistema musculoesquelético


Estimulação dos recetores beta2 - vasodilatação, dilatação brônquios

• Dopaminérgicos - vasos sanguíneos renais, viscerais e mesentéricos


Estimulação dos recetores dopaminérgicos - dilatação
• ADRENALINA
❖ É uma amina simpaticomimética agonista direta
❖ Produzida nas glândulas suprarrenais

MECANISMO DE AÇÃO:
Agonista alfa 1 e 2:
- Vasoconstrição periférica
- Aumento resistências periféricas Aumenta a perfusão coronária e cerebral
- Aumento da PA

Agonista beta 1 e 2:
- Inotrópico positivo (Aumenta a contratibilidade do miocárdio /Aumenta o Volume de ejeção logo aumenta a eficácia cardíaca)
- Cronotrópico Positivo (aumenta a frequência Cardíaca)
- Broncodilatador
• ADRENALINA
- Potente vasoconstritor / Alfa 1 – Aumento da pressão arterial / Beta 1 – Aumento da frequência cardíaca

INDICAÇÕES:

▪ PCR: Pelo efeito inotrópico e de vasoconstrição

▪ Choque Cardiogénico: Pelo efeito Inotrópico

▪ Choque Anafilático: Pelo efeito de broncodilatação

É O PRIMEIRO FÁRMACO A UTILIZAR EM PCR (Algoritmo SAV)

EFEITOS ADVERSOS:

▪ Taquiarritmia

▪ Oligúria (pela vasoconstrição renal)

▪ HTA
• ADRENALINA

MODO DE ADMINISTRAÇÃO:

▪ PCR: Administrar 1 mg ev a cada 3 minutos até que manobras de reanimação tenham sucesso ou sejam abandonadas

▪ Na ausência de acesso venoso : Administrar 3 mg/10 ml água destilada pelo TET(em desuso)

FORMA DISPONÍVEL HOSPITALAR:

1 AMP.: 1mg/1ml
NORADRENALINA
É uma catecolamina agonista alfa e beta.

MECANISMO DE AÇÃO:

Agonista alfa 1 : Vasoconstrição (aumenta a pressão arterial)

Agonista beta 1: Inotrópico positivo - Melhora a contratibilidade cardíaca

- Aumento do débito Cardíaco

- Produzida nas glândulas suprarrenais e a nível neural (estimulação do SNAutonomo)

- O efeito alfa sobrepõe-se ao efeito beta pelo que é menos taquicardizante que a adrenalina.
NORADRENALINA

INDICAÇÕES:

▪ Choque Séptico - Hipotensão Grave (não devida a hipovolémia)

▪ Choque Cardiogénico

EFEITOS ADVERSOS:

▪ Diminuição do Fluxo sanguíneo renal (diminuição da diurese) e diminuição do fluxo sanguíneo hepático

▪ Isquemia do miocárdio (pela vasoconstrição prolongada)

▪ Disritmia
• NORADRENALINA

MODO DE ADMINISTRAÇÃO:

▪ Perfusão contínua: Menor dose eficaz inicial: 0,1 ug//Kg/min (aumento gradual segundo PAM)

(Deve perfundir em seringa e sistema opaco)

FORMA DISPONÍVEL HOSPITALAR:

1 AMP.: 5 mg / 5 ml
• DOPAMINA
- O seu efeito depende da dose administrada.

MECANISMO DE AÇÃO:

Agonista alfa 1: Vasoconstrição (aumenta a pressão arterial)


Agonista beta 1 : Inotrópico positivo - Melhora a contratibilidade cardíaca
Agonista dopaminérgico (D1 a D5): Aumento do fluxo renal (aumento da diurese)

Necessita de doses mais elevadas para produzir efeito de vasoconstrição.


DOPAMINA

• INDICAÇÕES:
• Insuficiência Cardíaca
• Choque Séptico
• Choque Cardiogénico
• Hipotensão ( na ausencia de hipovolemia)

- Efeitos da dopamina variam com a doce administrada

• EFEITOS ADVERSOS:
• Disritmia
• Isquemia vasos cardíacos e renais (aumento do consumo de O2 pelo miocárdio)
DOPAMINA

MODO DE ADMINISTRAÇÃO:

▪ Perfusão contínua : dose inicial de 1 a 2 ug//Kg/min e aumento progressivo necessário

▪ Para aumento do DC e PA: a dose 5 a 10 ug//Kg/min

Doses baixas 1 a 2 ug//Kg/min, provocam dilatação da artéria renal com aumento da taxa de filtração glomerular e de eliminação de
sódio

Doses intermédias 2 a 10 ug//Kg/min, provocam aumento do DC, PAS e da resposta renal

Doses elevadas >10 ug//Kg/min, provocam vaso constrição generalizada

FORMA DISPONÍVEL HOSPITALAR:

1 AMP.: 200 mg / 2 ml
• DOBUTAMINA
É uma catecolamina sintética.

MECANISMO DE AÇÃO:
Agonista Beta 1: Aumento da contratibilidade e frequência cardíaca (maior efeito inotrópico que cronotrópico)

▪ Aumento do DC
▪ Aumento da pressão arterial mas de forma não muito significativa
▪ A nível vascular periférico – Vasodilatação e diminuição da resistência vascular periférica
▪ A nível arterial – Diminuição da pressão de oclusão da artéria pulmonar
▪ A nível renal – Aumento do fluxo sanguíneo
▪ Aumento de consumo de O2 pelo miocárdio mais marcado, comparativamente com outros fármacos inotrópicos
(contraindicada em caso de isquemia do miocárdio)

▪ Também tem efeito vasodilatador (dose) – Choque cardiogénico pode-se associar a noradrenalina (iniciar 1º)
DOBUTAMINA

• INDICAÇÕES:

• Hipotensão na ausência de hipovolémia (perfusão tecidular insuficiente/ DC baixo)


• Insuficiência Cardíaca (precedente ao Choque Cardiogénico)
• Período pós PCR
• Choque Cardiogénico
• Edema Agudo do Pulmão
• Hipertensão Pulmonar

EFEITOS ADVERSOS:
• Taquicardia
• Disritmia
DOBUTAMINA

MODO DE ADMINISTRAÇÃO:

▪ Perfusão contínua : dose 5 a 20 ug//Kg/min e aumento progressivo necessário ajustado aos valores de PA ou DC

▪ Redução das doses de forma progressiva (Desmame gradual)

FORMA DISPONÍVEL HOSPITALAR:

1 AMP.: 250 mg / 20 ml

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