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Psicologia da KGB no Rio Grande do Sul 12/09/08 02:32

Leituras recomendadas – 45

Psicologia da KGB no Rio Grande


do Sul
Carlos Alberto Reis Lima

“Violência contra a infância”. Com este título a Zero Hora de


18 de maio de 2001 na sua página de Opinião nos brindou com
uma das mais brilhantes peças escritas da psicopatologia ou da
sociopatologia contemporânea. O texto foi assinado por Suzana
Braun, psicóloga e policial. Foi exatamente o que transpareceu:
um texto que poderia perfeitamente ser atribuído a um
policial-psicólogo da KGB soviética comunista ou um
torturador sádico da Gestapo da Alemanha nacional-socialista.
Crueldade, frieza, indiferença, sociopatia. Tais os atributos
destes assassinos e de quem considera a família e seu
predicado de lugar sagrado, “um mito”, justamente algo que as
civilizações, e mesmo antes delas, os primeiros grupamentos
humanos primitivos, já assim a consignavam. Dizer o que esta
psicóloga-policial fascista disse, revela total indiferença quanto
à verdadeira natureza, pura e primordial da família, por isso
mesmo nuclear e esteio de toda e qualquer sociedade. Tal
“lugar sagrado” confundido com um “mito” na ótica canhestra
e doentia desta militante-cidadã “deve ser revisto”. Ou ela quis
dizer destruído?

Para esta mulher-policial, que presta um inestimável serviço a

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uma ordem fria e ateística, tão cruel e brutal como os


estupradores que ela imagina combater, mas que não são
outra coisa senão o resultado desta ideologia-cidadã totalitária,
“certos lares são verdadeiras ditaduras familiares em
violência sexual doméstica”! Para ela as soluções são simples
e primárias, o que condiz com a inteligência de esbirros
militantes de partidos totalitários: eliminar o último espaço
livre da sociedade, a família; o último liame ético entre as
pessoas sem a intermediação asséptica do Estado. Pensa ela
justificar-se tal desatino porque imagina na estreiteza do seu
espírito que a família deve sofrer a urgente intervenção de um
Estado para coibir a violência. Além disso, tal Estado não deve
recusar a ajuda de delatores os quais devem acioná-lo a partir
de “setores da sociedade”, não identificados por ela. Esta
sociedade, coerentemente com o pensamento malsão da
psicóloga-policial, não poderá ser composta de famílias, ou
indivíduos livres, porquanto estes não devem existir mais em
um futuro próximo, mas sim por “cidadãos” formados no
espírito da “Ética na Política”, a contrafação mais abjeta do
mínimo do que se possa entender por ética. A “mobilização da
sociedade” contra a violência sexual contra crianças, como
quer a terrível doutora, é a arma com que ela pensa debelar tal
mal. Mas pergunta-se: como pode uma sociedade
amedrontada pelo abandono a que foi relegada por um Estado
absolutamente hostil a qualquer forma de repressão, mesmo às
legítimas e constitucionais, servir ao propósito de proteger a si
e as suas crianças sem contar com a íntegra e irrefutável
dignidade da maior e primeira instituição humana?

O que esta doutora não sabe e nem imagina é que tudo isto
decorre do assédio sufocante do Estado neoliberal dos nossos
tempos. Ao se retirar da economia, este Estado social-liberal,
monstrengo moderno, que com dificuldade esconde a sua face
totalitária, nos encharcou de direitos. Assim os primários
costumam chamar o instrumento mais atual de limitação da
liberdade que se conhece: direitos. A perda progressiva dos
espaços privados, trocados no balcão das “garantias” legais,
nos leva à violência pública da qual criminosamente tal Estado
se eximiu de combater. Este é o despudor com que o Leviatã
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se eximiu de combater. Este é o despudor com que o Leviatã


socialista-liberal, refém dos direitos de uma “cidadania”
armada e feroz, fere a nossa realidade íntima. Os estupradores
maiores são os seus policiais, soldados e psicólogos. Como
diziam os romanos desesperados com a fúria assassina dos
seus imperadores: quis custodie custodiem, quem guarda os
guardas? Quem nos salvará deste atentado à moral e à família,
doutora psicóloga?

Amaral Ferrador, 20 de maio de 2001.

Carlos Alberto Reis Lima


médico
reislima@pro.via-rs.com.br

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