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A RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES ENTRE

CONSUMIDOR E FORNECEDOR.

31071160 Aline Cristina Guardia

31071041 Célia Maria Gonçalves de Oliveira

31071210 Dolmar Marques Ferreira Filho

31071124 Flávio Castro Novoa

31071292 Luiz Roberto Rodrigues dos Santos

31071292 Marcia da Costa Motta

31070084 Renato Moura de Andrade

SUESC – SOCIEDADE UNIFICADA DE ENSINO SUPERIOR E


CULTURA
FBCJ – FACULDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
2010.1
Turma - 61M – Direito Administrativo II – Professor Cupertino
INTRODUÇÃO:

O presente trabalho tem por escopo dissertar sobre o direito de greve do servidor
público civil, que é um assunto polêmico no qual a doutrina pátria não chegou a um
consenso sobre a eficácia da atual norma constitucional que em seu artigo 37, VII veio a
inovar garantindo aos servidores o direito de greve.
Contudo, para alguns doutrinadores a aplicabilidade de tal direito carece da
criação de lei infraconstitucional que estabelecerá os limites / alcance do referido
direito. Há, entretanto, corrente divergente que entende que a aplicação de tal instituto é
imediata.
Em um momento inicial apresentaremos hipóteses sobre a origem da greve na
sociedade e sua evolução histórica, na legislação pátria.
Cabe esclarecer que nosso objetivo não é esgotar um tema tão controverso, mas
apenas apontar uma discussão que só se esgotará quando for suprida esta lacuna
legislativa no que tange ao direito de greve do servidor público
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DE GREVE

A expressão greve surgiu por volta do final do século XVIII, precisamente numa
praça em Paris, chamada de Place de Grève, onde se reuniam tanto desempregados
quanto trabalhadores que, insatisfeitos geralmente com os baixos salários e com as
jornadas excessivas, paralisavam suas atividades laborativas e reivindicavam melhores
condições de trabalho. Na referida praça, acumulavam-se gravetos trazidos pelas
enchentes do rio Sena. Daí o termo grève, originário de graveto. Era também o local
para onde se dirigiam os empregadores quando necessitavam de mão de obra.
Embora o vocábulo seja relativamente recente, o fenômeno da greve remonta de
um período bem mais remoto, pois os movimentos de reivindicações sociais são
recorrentes na história, tendo em todos os tempos existido grupos de pressão com
interesses profissionais ou políticos. No Antigo Egito, no reinado de Ramsés III, no
século XII, os trabalhadores organizaram a greve “de pernas cruzadas” porque não
receberam o que lhes fora prometido. Roma também foi agitada por movimentos de
reivindicação no Baixo-Império, como em certa vez, que os músicos da cidade se
ausentaram em massa porque lhes fora proibida a celebração dos banquetes sagrados no
templo de Júpiter. Também Espártaco, no ano 74 antes de Cristo, dirigiu conflitos. São
apenas alguns dos exemplos mais remotos que podemos utilizar para demonstrar quão
antiga é a questão.
Com a Revolução Industrial as greves ganham intensidade e em Lyon, na
França, em 1831, surgiu a primeira grande greve contra os fabricantes que se recusavam
a atribuir ao salário uma força obrigatoriamente jurídica. Ainda neste país, surgiram as
greves de solidarité, pretestation contre un texte législatif e greves gerais , na maioria de
cunho político, influenciadas pela difusão das idéias socialistas.
A greve chegou, num determinado período da história, a ser exaltada, como nos
casos da Charte d´Amtens (proposição de ação direta dos trabalhadores), onde
sustentava-se que a greve educaria. As greves contribuíram para o nascimento do direito
do trabalho, pois os seus inconvenientes provocaram reações.
Na História Mundial, inicialmente a greve era considerada um delito, depois
passou a ser vista como uma liberdade do indivíduo e por fim como direito, pois tal qual
o direito do trabalho, considera-se também o direito de não trabalhar a fim de se
alcançar condições dignas.
A EVOLUÇÃO DA GREVE NO DIREITO BRASILEIRO

Pode-se observar a evolução do referido instituto em nosso ordenamento


jurídico através da abordagem que a Legislação pátria deu ao tema. O Código Penal
(1890) proibia a greve, e até o advento do Decreto n. 1.162, de 12.12.1890, essa
orientação foi mantida. A Lei n° 38, de 4-4-1932, que dispunha sobre segurança
nacional, conceituou a greve como delito.
As Constituições brasileiras de 1891 e de 1934 foram omissas a respeito da
greve. De tal arte, esta se caracterizou, praticamente, como um fato, de natureza social,
tolerado pelo Estado.
A Constituição de 1937 prescrevia a greve e o lockout – fechamento da empresa
decorrente de conflito entre patrão e empregado por iniciativa do empregador, poderia
ser traduzido como “fechamento patronal”. Assim a referida lei maior encarava estes
institutos como recursos anti-sociais, nocivos ao trabalho e ao capital e desta forma
incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional (art. 139, 2ª parte).
O Decreto-lei n° 431, de 18-5-1938, que também legislava sobre segurança
nacional, tipificou a greve como crime, no que diz respeito a incitamento dos
funcionários públicos à paralisação coletiva dos serviços; induzimento de empregados à
cessação ou suspensão do trabalho e a paralisação coletiva por parte dos funcionários
públicos.
O Decreto-lei n° 1.237, de 2-5-1939, que instituiu a Justiça do Trabalho, previa
punições em caso de greve, desde a suspensão e a despedida por justa causa até a pena
de detenção. O Código Penal, de 7.12.1940 (arts. 200 e 201) considerava crime a
paralisação do trabalho, na hipótese de perturbação da ordem pública ou se o
movimento fosse contrário aos interesses públicos.
Ao ser promulgada em 1943, a CLT estabelecia a pena de suspensão ou dispensa
do emprego, perda do cargo do representante profissional que estivesse em gozo de
mandato sindical, suspensão pelo prazo de dois a cinco anos do direito de ser eleito
como representante sindical, nos casos de suspensão coletiva do trabalho sem prévia
autorização do tribunal trabalhista (art. 723). O artigo 724 da CLT ainda instituía multa
para o sindicato que ordenasse a suspensão do serviço, além de cancelamento do
registro da associação ou perda do cargo, se o ato fosse exclusivo dos administradores
do sindicato.
O Decreto-lei n° 9.070, de 15-3-46, passou a admitir greve nas atividades
acessórias, não obstante a proibição prevista na Constituição de 1937. Nas atividades
fundamentais, contudo, permanecia a vedação.
Com a Carta de 1946 a greve passa a ser reconhecida como direito dos
trabalhadores, embora condicionando o seu exercício à edição de lei posterior (art. 158).
É importante assinalar, que não houve revogação do Decreto-lei n.º 9.070/46, por não
haver incompatibilidade entre os dois institutos, pois de acordo com o Artigo 158 da Lei
Maior: “É reconhecido o direito de greve, cujo exercício a lei regulará”.
Somente em 1º de junho de 1964, entrou em vigor a Lei de Greve ( Lei n°
4.330), que prescrevia a ilegalidade da greve:
a) se não fossem observados os prazos e condições estabelecidos na referida lei;
b) que tivesse por objeto reivindicações julgadas improcedentes pela Justiça do
Trabalho, em decisão definitiva, há menos de um ano;
c) por motivos políticos, partidários, religiosos, morais, de solidariedade ou
quaisquer outros que não tivessem relação com a própria categoria diretamente
interessada;
d) cujo fim residisse na revisão de norma coletiva, salvo se as condições
pactuadas tivessem sido substancialmente modificadas.
Adite-se que o art. 20, parágrafo único, da Lei n° 4.330/64, dispunha que a greve
lícita suspendia o contrato de trabalho, sendo certo que o pagamento dos dias de
paralisação ficava a cargo do empregador ou da Justiça do Trabalho, desde que
deferidas, total ou parcialmente, as reivindicações formuladas pela categoria
profissional respectiva.
Cumpre sublinhar a correta observação de Francisco Osani de Lavor:
"A Lei 4.330/64 regulamentou, por muito tempo, o exercício
do direito de greve, impondo tantas limitações e criando tantas
dificuldades, a ponto de ter sido denominada por muitos juslaboristas
como a Lei do delito da greve e não a Lei do direito da greve".1

A Constituição de 1967, em seu artigo 158, XXI, combinado com o art. 157, §
7º, assegurou a greve aos trabalhadores do setor privado, proibindo-a, contudo, em
relação aos serviços públicos e às atividades essenciais.

1
Direito do trabalho, 6ª ed., São Paulo, Atlas, 1998, p. 695
Art. 158 - A Constituição assegura aos trabalhadores os
seguintes direitos, além de outros que, nos termos da lei, visem à
melhoria, de sua condição social:
(...)
XXI - greve, salvo o disposto no art. 157, § 7º.
Art 157 - A ordem econômica tem por fim realizar a justiça
social, com base nos seguintes princípios:
(...)
§ 7º - Não será permitida greve nos serviços públicos e
atividades essenciais, definidas em lei.
O DIREITO DE GREVE COM O ADVENTO DA CRFB/88.
A Emenda Constitucional nº 01, de 17.10.69, em seus artigos 165, XX, e 162
não trouxe alterações para os dispositivos supra elencados.
A Constituição atual, promulgada em 1988, inspirada nos fundamentos da
dignidade da pessoa humana e nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
inovou dando total liberdade aos trabalhadores da iniciativa privada a exercerem seu
direito de greve, limitado é claro pela supremacia do interesse público e devendo se
ressalvar de eventuais abusos.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os
interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas
da lei.

Observa-se desta forma que a liberdade de exercer o direito de greve estará


sujeito, como não podia deixar de ser, ao interesse da sociedade. Desta forma em 1889
foram criadas através da medida provisória n. 50 que no mesmo ano foi convertida na
lei 7.783, regras que dispõe sobre o exercício do direito de greve, definindo as
atividades essenciais e regulam o atendimento das necessidades inadiáveis da
comunidade.
A Constituição de 1988 trouxe outra novidade, pois ao contrário dos
ordenamentos anteriores estendeu ao servidor público civil, não só o direito de greve,
como a livre filiação sindical:
Art. 37. (...)
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre
associação sindical;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
definidos em lei específica.

Contudo, devemos observar que no que tange aos servidores públicos militares
está defeso o a associação sindical e a prática de greve.
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na
hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18,
de 1998).
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições
do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a
lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º,
inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
governadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
15/12/98).

Art. 142. (...)


IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.

Ultrapassada esta parte conceitual e histórica passaremos a abordar o tema


principal deste trabalho: O direito de greve do servidor público instituído com a
CRFB/88 é uma norma de eficácia contida, ou norma de eficácia limitada?
Para uma melhor compreensão desta questão devemos refletir sobre a eficácia
das normas constitucionais, que podem ser plenas ou ter sua eficácia contida ou
limitada.
Norma constitucional plena é aquela cuja aplicabilidade é direta, imediata e
integral. Não depende de norma infraconstitucional para ser aplicada, produz seus
efeitos assim que em vigor. Segundo José Afonso da Silva:
... “são as que receberam do constituinte normatividade
suficiente à sua incidência imediata. Situam-se predominantemente
entre os elementos orgânicos da constituição. Não Necessitam de
providência normativa ulterior para sua aplicação. Criam situações
subjetivas de vantagem ou de vínculo, desde logo exigíveis.”2

A norma constitucional de eficácia contida também chamada de prospectiva é


aquela que tem aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não pode ser
aplicada integralmente, pois apesar de ter condições de produzir imediatamente seus
efeitos, norma infraconstitucional pode atenuar seu alcance. “São aquelas que têm
aplicabilidade imediata, integral, plena, mas que poder ter reduzido seu alcance pela
atividade do legislador infraconstitucional”.3
As normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que não produzem
efeitos apenas após sua promulgação elas necessitam de uma lei infraconstitucional para
obter eficácia. Também recebem as seguintes denominações aplicabilidade mediata e
reduzida ou aplicabilidade diferida.
2
SILVA, José Afonso da, Aplicabilidade das Normas Constitucionais apud LENZA,
Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 13. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo:
Saraiva: 2009. p. 135.
3
Michel Temer --- apud LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 13. ed.
rev. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva: 2009. p. 137.
Observa-se que quanto à sindicalização podemos dizer que a norma
constitucional é de eficácia imediata assim como no caso do trabalhador da iniciativa
privada.
Contudo ao outorgar o direito de greve ao servidor público, a norma
constitucional determinou que este só fosse exercido nos termos de norma
infraconstitucional, a ser criada, inicialmente através lei complementar, e
posteriormente com o advento da EC 19 através de lei específica. Não há consenso na
doutrina à eficácia da norma contida no artigo supracitado.
Mesmo considerando a importância do direito de greve, este não pode
prescindir da necessária observância dos princípios da supremacia do interesse público e
da continuidade dos serviços desenvolvidos pela administração estatal, especialmente
daquelas atividades que, qualificadas pela nota da essencialidade, não podem sofrer, em
hipótese alguma, qualquer tipo de interrupção.
Já decorreu mais de vinte anos da vigente Carta Política a criação da lei que dê
eficácia à norma inscrita no art. 37, VII da Constituição. Segundo Di Pietro o legislador
federal encontrará inúmeros obstáculos para regulamentar a greve do servidor público;
não no que tange à continuidade dos serviços públicos, pois esta problemática poderia
ser suprida da mesma forma por que o foi nos artigos 10 a 13 da Lei n° 7.783/89, que
cuida dos serviços considerados essenciais e estabelece normas que asseguram a sua
continuidade em períodos de greve.
Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro a grande dificuldade, na verdade reside
no fato de como se regulamentar uma negociação na qual uma das partes na verdade
“não teria o poder de negociar”, haja vista que qualquer alteração salarial na
administração pública depende de prévia autorização legislativa.
Outro empecilho seria a Lei de Responsabilidade Fiscal, que veda o aumento se
não houver registro na previsão orçamentária.
Inicialmente segundo o STF o preceito constitucional em tela era desprovido de
auto-aplicabilidade, sendo norma de eficácia limitada não se podendo falar em direito
de greve do servidor público sem a devida regulamentação legal o que se pode observar
na decisão que, em controle concentrado, decidiu que o “servidor público civil não pode
entabular negociação coletiva, celebrar convenção ou acordo coletivo ou ajuizar dissídio
coletivo na Justiça do Trabalho” (STF-ADin n. 492-1-DF, Rei. Min. Carlos Veloso,
DJU 12.3.93). Sendo também este entendimento acompanhado por outros tribunais
pátrios conforme podemos inferir dos seguintes julgados:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
OMISSÃO. SUPRIMENTO. LEI 5256/66, ART.736. NÃO
REVOGAÇÃO PELA LEI 7356/80 E NEM PELA LC 10098/94.1. A
greve de servidor público continuará ilegal enquanto não for editada
lei complementar determinada pela Constituição Federal, Art. 37,
VII. 2. Cabe ao servidor justificar perante a administração a ausência
anotada nos dias de greve, quer para efeito do desconto, quer para
que não se compute os dias com o objetivo de retirar-lhes o direito às
férias, na forma do Art. 736 da Lei Estadual 5256/66, este que não foi
revogado pela Lei 7356/80 e nem pela LC 10098/94. 3. Não
existência de ofensa às normas constitucionais consagradas nos Arts.
61, § 1º, II, "c", quanto à competência exclusiva do Presidente da
República para leis que disponham sobre servidores públicos; Art.
39, § 2º sobre o direito às férias anuais; Art. 37, VII, sobre o direito à
greve. 4. Abonar faltas de servidor público nos dias de greve significa
reconhecer a legalidade da greve. 5. Embargos parcialmente
acolhidos apenas para suprir omissão quanto ao trato de temas não
analisados.
Contudo tendo em vista a mora legislativa em editar a lei que estabelecerá os
termos e limites do direito de greve do servidor público civil o STF provocado através
de mandados de injunção 708 e 712 determinou a aplicação temporária ao setor público
no que couber da lei de greve vigente no setor privado até que o Congresso edite a
mencionada lei.
EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. GARANTIA
FUNDAMENTAL (CF, ART. 5º, INCISO LXXI). DIREITO DE
GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS (CF, ART. 37,
INCISO VII). EVOLUÇÃO DO TEMA NA JURISPRUDÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). DEFINIÇÃO DOS
PARÂMETROS DE COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PARA
APRECIAÇÃO NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL E DA
JUSTIÇA ESTADUAL ATÉ A EDIÇÃO DA LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA PERTINENTE, NOS TERMOS DO ART. 37, VII, DA
CF. EM OBSERVÂNCIA AOS DITAMES DA SEGURANÇA
JURÍDICA E À EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL NA
INTERPRETAÇÃO DA OMISSÃO LEGISLATIVA SOBRE O
DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS,
FIXAÇÃO DO PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS PARA QUE O
CONGRESSO NACIONAL LEGISLE SOBRE A MATÉRIA.
MANDADO DE INJUNÇÃO DEFERIDO PARA DETERMINAR A
APLICAÇÃO DAS LEIS Nos 7.701/1988 E 7.783/1989. 1. SINAIS DE
EVOLUÇÃO DA GARANTIA FUNDAMENTAL DO MANDADO DE
INJUNÇÃO NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL (STF) – (STF - MI 708 / DF - DISTRITO FEDERAL
MANDADO DE INJUNÇÃO Relator(a): Min. GILMAR MENDES
Julgamento: 25/10/2007 – Órgão Julgador: Tribunal Pleno)
EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. ART. 5º, LXXI DA
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. CONCESSÃO DE EFETIVIDADE À
NORMA VEICULADA PELO ARTIGO 37, INCISO VII, DA
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. LEGITIMIDADE ATIVA DE
ENTIDADE SINDICAL. GREVE DOS TRABALHADORES EM
GERAL [ART. 9º DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL]. APLICAÇÃO
DA LEI FEDERAL N. 7.783/89 À GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO
ATÉ QUE SOBREVENHA LEI REGULAMENTADORA.
PARÂMETROS CONCERNENTES AO EXERCÍCIO DO DIREITO
DE GREVE PELOS SERVIDORES PÚBLICOS DEFINIDOS POR
ESTA CORTE. CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO. GREVE
NO SERVIÇO PÚBLICO. ALTERAÇÃO DE ENTENDIMENTO
ANTERIOR QUANTO À SUBSTÂNCIA DO MANDADO DE
INJUNÇÃO. PREVALÊNCIA DO INTERESSE SOCIAL.
INSUBSSISTÊNCIA DO ARGUMENTO SEGUNDO O QUAL DAR-
SE-IA OFENSA À INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS
PODERES [ART. 2O DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL] E À
SEPARAÇÃO DOS PODERES [art. 60, § 4o, III, DA
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL]. INCUMBE AO PODER
JUDICIÁRIO PRODUZIR A NORMA SUFICIENTE PARA TORNAR
VIÁVEL O EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE DOS
SERVIDORES PÚBLICOS, CONSAGRADO NO ARTIGO 37, VII, DA
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL (STF - MI 712 / PA - PARÁ
MANDADO DE INJUNÇÃO Relator(a): Min. EROS GRAU
Julgamento: 25/10/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno)
BIBLIOGRAFIA:
Constituição da República Federativa do Brasil.
CARVALHINHO,...
DI PIETRO, ....
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 13. ed. rev. atual. e
ampl. São Paulo: Saraiva: 2009. 926p.
MOREIRA, Aline Dantas Moreira trabalho acadêmico ...
CARMO, Milla Guimarães, O Direito de greve do Servidor Público. Web
Artigos.com, Disponível em <http://www.webartigos.com/articles/3031/1/O-Direito-
De-Greve-Do-Servidor-Publico/pagina1.html>. Acesso em 25/03/2010.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. A greve do servidor público civil e os direitos
humanos . Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 54, fev. 2002. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2612>. Acesso em: 06 abr. 2010.

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