Você está na página 1de 28

Norma Internacional ISO

5167-1
2a Edição
1991-12-15

Medição de vazão de fluido por


meio de dispositivo de pressão
diferencial
Parte 1:
Placas de orifício, bocais e tubos Venturi inseridos em
conduites com seção transversal circular totalmente
cheios

(Tradução livre de Marco Antônio Ribeiro)


ISO 5167-1: 1991 (E)

Conteúdo
1. ESCOPO 5

2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS 6

3 DEFINIÇÕES 6
3.1. MEDIÇÃO DE PRESSÃO 6
3.2. ELEMENTOS PRIMÁRIOS 6
3.3. VAZÃO 7

4. SÍMBOLOS E ÍNDICES 9
4.1. SÍMBOLOS 9
4.2. SUBSCRITOS 10

5. PRINCÍPIO DO MÉTODO DE MEDIÇÃO E COMPUTAÇÃO 10


5.1. PRINCÍPIO DO MÉTODO DE MEDIÇÃO 10
5.2. MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA RELAÇÃO DE DIÂMETROS DO ELEMENTO PRIMÁRIO PADRÃO 10
5.3. COMPUTAÇÃO DA VAZÃO INSTANTÂNEA 10
'5.4. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE 11

6. EXIGÊNCIAS GERAIS PARA AS MEDIÇÕES 11


6.1. ELEMENTO PRIMÁRIO 11
6.2. NATUREZA DO FLUIDO 12
6.3. CONDIÇÕES DE VAZÃO 12

7. EXIGÊNCIAS DE INSTALAÇÃO 12
7.1. GERAL 12
7.2. COMPRIMENTOS RETOS MÍNIMOS A MONTANTE E A JUSANTE REQUERIDOS PARA INSTALAÇÃO
ENTRE VÁRIAS TOMADAS E O ELEMENTO PRIMÁRIO 14
7.3. CONDICIONADORES DE VAZÃO 15
7.4. EXIGÊNCIAS GERAIS PARA CONDIÇÕES DE VAZÃO NO ELEMENTO PRIMÁRIO 17
7.5. EXIGÊNCIAS DE INSTALAÇÃO ESPECÍFICA ADICIONAL PARA PLACAS DE ORIFÍCIO, BOCAIS E
VENTURI 17
7.6. EXIGÊNCIAS ADICIONAIS DE INSTALAÇÃO ESPECIFICA PARA TUBOS VENTURI CLÁSSICOS 18

8. PLACAS DE ORIFÍCIO 19
8.1. DESCRIÇÃO 19
8.2. TOMADAS DE PRESSÃO 21
8.3. COEFICIENTES E CORRESPONDENTES INCERTEZAS DAS PLACAS DE ORIFÍCIO 24
8.4. PERDA DE PRESSÃO, ∆W 25

9. BOCAIS 25

ii
ISO 5167-1: 1991 (E)

10. TUBOS VENTURI 25


10.1. TUBOS VENTURI CLÁSSICOS 26

11. INCERTEZAS NA MEDIÇÃO DE VAZÃO 26


11.1. DEFINIÇÃO DE INCERTEZA 26
11.2. CÁLCULO PRATICO DA INCERTEZA 27

ANEXO D: COMPUTAÇÕES ITERATIVAS 28

iii
ISO 5167-1: 1991 (E)

Prefácio

ISO (the International Organization for Standardization - Organização Internacional para


Padronização) é uma federação mundial de entidades de normas nacionais (entidades
membro da ISO). O trabalho de preparar Normas Internacionais é normalmente feito através
de comitês técnicos ISO. Cada entidade membro interessada em um assunto para o qual foi
estabelecido um comitê técnico tem o direito de ser representada neste comitê.
Organizações internacionais, governamentais ou não, em ligação com ISO, também tomam
parte neste trabalho. ISO colabora com a Comissão Internacional Eletrotécnica (IEC) em
todos os assuntos de padronização eletrotécnica.
Normas Internacionais em projeto (draft) adotadas pelo comitê técnico são cirsuladas entre
as entidades membro para votação. Publicação como Norma Internacional requer
aprovação por, no mínimo, 75% das entidades membro com direito a voto.
A Norma Internacional ISO 5167-1 foi preparada pelo Comitê Técnico ISO/TC 30, Medição
de vazão de fluido em conduites fechados, Sub-Comitê SC 2, Dispositivos de pressão
diferencial.
ISO 5167 consiste das seguintes partes, sob o título genérico Medição de vazão de fluido por
meio de dispositivos de pressão diferencial:.
•Parte 1: Placas de orifício, bocais e tubos Venturi inseridos em conduites com seção transversal
circular totalmente cheios
•Parte 2: Diafragmas ou bocais instalados na entrada de um conduite.
Anexos A, B, C, D e E desta parte da ISO 5167 são apenas para informação.

iv
ISO 5167-1: 1991 (E)

Medição de vazão de fluido por meio de dispositivos


de pressão diferencial -
Parte 1:
Placas de orifício, bocais e tubos Venturi inseridos em conduites com
seção transversal circular totalmente cheios

1. Escopo
Esta parte da ISO 5167 especifica a geometria Ela trata de dispositivos para os quais foram
e método de uso (instalação e condições de feitos experimentos para calibração direta,
operação) de placas de orifício, bocais e tubos suficientes em número, espalhamento e
Venturi quando eles estão inseridos em um qualidade para possibilitar sistemas coerentes
conduite cheio para determinar a vazão de aplicação a serem baseados em seus
instantânea do fluido percorrendo o conduite. resultados e coeficientes a serem dados com
Ela também dá a informação necessária para certos limites previsíveis de incerteza.
calcular a vazão instantânea e sua incerteza
associada. Os dispositivos introduzidos na tubulação são
chamados de dispositivos primários. O termo
Ela se aplica somente a dispositivos de dispositivo primário também inclui as tomadas
pressão diferencial em que a vazão permanece de rpessão. Todos os outros instrumentos ou
subsônica através da seção de medição e está dispositivos necessários para a medição são
em regime ou varia somente lentamente com o conhecidos como dispositivos secundários.
tempo e onde o fluido pode ser considerado Esta parte da ISO 5167 cobre os dispositivos
como uma única fase. Além disso, cada um primários; dispositivos secundários(1) serão
destes dispositivos pode somente ser usada mencionados apenas ocasionalmente.
dentro de limites especificados de tamanho de
tubulação e número de Reynolds. Assim, esta
parte da ISO 5167 não pode ser usada para
tamanhos de tubulação menores que 50 mm
ou maiores que 1200 mm ou para números de
Reynolds de tubulação menores que 3 150.

(1)
Ver ISO 2186:1973, Vazão de Fluido em
conduites fechados - Conexões para transmissores
de sinal de pressão entre elementos primário e
secundário.

5
ISO 5167-1: 1991 (E)

Os diferentes dispositivos primários tratados 3.1. Medição de pressão


nesta parte da ISO 5167 são os seguintes:
3.1.1. tomada da pressão na parede: Furo
a) placas de orifício, que podem ser usadas anular ou circular feito na parede do conduite
com tomadas de pressão canto, tomadas de de modo que o canto do furo seja rente com a
pressão D e D/2 (2) e tomadas de pressão superfície interna do conduite.
tipo flange;
O furo é usualmente circular mas em certos
b) bocais ISA 1932 (3) e bocais de raio longo, casos pode ser uma fenda anular.
que diferem em formato e na posição das
tomadas de pressão; 3.1.2. pressão estática de um fluido vazando
através de uma tubulação reta, p: Pressão
c) tubos Venturi clássicos(4) e bocais Venturi, que pode ser medida, pela conexão de um
que diferem em formato e na posição das indicador de pressão à tomada de pressão na
tomadas de pressão; parede. Somente o valor da pressão estática
absoluta é considerado nesta parte da ISO
5167.
2 Referências Normativas
3.1.3. pressão diferencial, ∆p: Diferença entre
As seguintes normas contem provisões que,
as pressões (estáticas) medidas nas tomadas
através de referência neste texto, constituem
de pressão da parede, uma é no lado a
provisões desta parte da ISO 5167. No época
montante (upstream) e a outra no lado a
da publicação, as edições indicadas eram
jusante (downstream) do elemento primário (ou
válidas. Todas as normas são sujeitas a
na gargante de um tubo Venturi) inserido na
revisões e os participantes desta parte da ISO
tubulação reta através do qual passa a vazão,
5167 são encorajados a investigar a
quando qualquer diferença em altura entre as
possibilidade de aplicar as edições mais
tomadas a montante e a jusante tenham sido
recentes das normas indicadas abaixo.
consideradas.
Membros do IEC e ISO mantém registros de
Normas Internacionais atualmente válidas. Nesta parte da ISO 5167, o termo pressão
diferencial é usado somente se as tomadas de
ISO 468:1982, Rugosidades de superfícies -
pressão estão em posições especificadas para
Parâmetros, seus valores e regras gerais para
cada elemento primário padrão.
exigências de especificação.
3.1.4. relação de pressão, τ: Relação da
ISO 4006:1991, Medição de vazão de fluido em
pressão (estática) absoluta na tomada de
conduites fechados - Vocabulário e símbolos.
pressão a jusante com a pressão (estática)
ISO 5168: __(5) Medição de vazão de fluido - absoluta na tomada de pressão a montante.
Avaliação das incertezas.
3.2. Elementos primários
3 Definições 3.2.1. garganta do orificio: Abertura de
Para os objetivos desta parte da ISO 517, as mínima área transversal de um elemento
definições dadas na ISO 4006 se aplicam. primário.
As seguintes definições são dadas apenas Os orifícios dos elementos primários padrão
para termos usados em algum sentido especial são circulares e coaxiais com a tubulação.
ou para termos em que o seu significado deve
3.2.2. placa de orifício: Placa fina em que é
ser enfatizado.
usinada uma abertura circular
As placas de orifício padrão são descritas
como placa fina e com canto quadrado vivo,
por causa da espessura da placa ser menor
(2)
Placas de orifício com tomadas de pressão vena comparada com o diâmetro da seção de
contracta não são consideradas nestas parte da ISO medição e por causa do canto a montante do
5167. orifício ser quadrado e afiado.
(3)
ISA é abreviatura da International Federation of 3.2.3. bocal: Dispositivo que consiste de uma
the National Standardizing Associations, que foi entrada convergente ligada a uma seção
sucedida pela ISO, em 1946.
cilíndrica geralmente chamada de garganta.
(4)
Nos EUA, o tubo Venturi clássico é também
chamado de tubo Venturi Herschel. 3.2.4. tubo Venturi: Dispositivo que consiste
(5)
de uma entrada convergente ligada a uma
A ser publicada. (Revisão da ISO 5168:1978)

6
ISO 5167-1: 1991 (E)

seção cilíndrica geralmente chamada de natureza do gás e com sua temperatura e


garganta. pressão.
Se a entrada convergente é um bocal Há muitos gases e vapores para os quais
padronizado ISA 1932, o dispositivo é chamado nenhum valor para k tem sido publicado. Neste
de bocal Venturi. Se a entrada convergente é caso, para os objetivos desta parte da ISO
cônica, o dispositivo é chamado de tubo 5167, a relação das capacidades do calor
Venturi clássico. especifico de gases ideais pode ser usada no
lugar do expoente isentrópico.
3.2.5. relação de diâmetros de um elemento
primário usado em uma dada tubulação, β: 3.3.4. coeficiente de descarga, C:
Relação do diâmetro do orifício (ou garganta) Coeficiente, definido para uma vazão de fluido
do elemento primário para o diâmetro interno incompressível, que relaciona a vazão real
da tubulação a montante do elemento primário. para a teórica através de um elemento. É dado
pela fórmula
Porém, quando o elemento primário tem uma
seção cilíndrica a montante, tendo o mesmo
diâmetro que a tubulação (como no caso do qm 1 − β 4
C=
tubo Venturi clássico), a relação de diâmetro é π 2
o quociente do diâmetro da garganta e o d 2 ∆pρ1
diâmetro da seção cilíndrica no plano das
4
tomadas de pressão a montante. Calibração de elementos primários por meio de
fluidos incompressíveis (líquidos) mostra que o
coeficiente de descarga depende somente do
3.3. Vazão número para um dados elemento primário em
3.3.1. relação de vazão do fluido passando uma dada instalação.
através do elemento primário, q: Massa O valor numérico de C é o mesmo para
volume do fluido passando através do orifício instalações diferentes quando tais instalações
(ou garganta) por unidade de tempo: em todos forem geometricamente similares e as vazões
os casos é necessário estabelecer forem caracterizadas por números de Reynolds
explicitamente se está sendo usada a vazão idênticos.
mássica qm, expressa em massa por unidade
de tempo ou vazão volumétrica qV, expressa As equações para os valores numéricos de C
em volume por unidade de tempo. dados nesta parte da ISO 5167 são baseadas
em dados determinados experimentalmente.
3.3.2. número de Reynolds, Re: parâmetro
adimensional expressando a relação entre as
forças inerciais e viscosas. NOTA 1 A quantidade 1 / 1− β 4 é chamada de
fator de velocidade de aproximação e o produto
O número de Reynolds usado nesta parte da
ISO 5167 é referido como: 1 é chamado de coeficiente de vazão.
C
- a condição a montante do fluido e o diâmetro 1− β 4
a montante da tubulação, i.e. 3.3.5. fator de expansibilidade [expansão], ε:
U D 4q Coeficiente usado para levar em conta a
ReD = 1 = m compressibilidade do fluido é dado pela fórmula
ν1 πµ1D
- o diâmetro do orifício ou da garganta do qm 1 − β 4
ε=
elemento primário, i.e. π 2
d C 2 ∆pρ1
ReD 4
Re d =
β A calibração para um dado elemento primário
por meio de um fluido compressível (gás),
3.3.3. expoente isentrópico, κ: Relação da mostra que a relação:
variação relativa na pressão para a
correspondente variação relativa na densidade qm 1 − β 4
sob condições de transformação reversível
adiabática elementar (isentrópica). π 2
d 2 ∆pρ1
O expoente isentrópico κ aparece em 4
diferentes formulas para o fator de
expansibilidade [expansão] ε e varia com a

7
ISO 5167-1: 1991 (E)

depende do valor do número de Reynolds bem


como dos valores da relação de pressão e do
expoente isentrópico do gás.
O método adotado para representar estas
variações consiste em multiplicar o coeficiente
de descarga C do elemento primário
considerado, como determinado pela
calibração direta feita com líquidos para o
mesmo valor do número de Reynolds pelo fator
de expansibilidade [expansão] ε.
ε é igual à unidade quando o fluido é
incompressível e é menor que um quando o
fluido é compressível.
Este método é possível por que a experiência
mostra que ε é praticamente independente do
número de Reynolds e, para uma dada relação
de diâmetros de um dado elemento primário, ε
depende somente da pressão diferencial,
pressão estática e do expoente isentrópico.
Os valores numéricos de ε para placas de
orifício dados nesta parte da ISO 5167 são
baseados em dados determinados
experimentalmente. Para bocais e tubos
Venturi eles são baseados na equação
termodinâmica da energia.
3.3.6. desvio médio aritmético do perfil
(rugosidade), Ra: Desvio médio aritmético da
linha média do perfil sendo medido. A linha
média é tal que a soma dos quadrados das
distâncias entre a superfície efetiva e a linha
média é um mínimo. Na prática, Ra pode ser
medido com equipamento padrão para
superfícies usinadas mas pode somente ser
estimado para superfícies mais rugosas de
tubulações. (Ver também ISO 468.)
Para tubulações, a rugosidade equivalente
uniforme κ é usada. Este valor pode ser
determinado experimentalmente (ver 8.3.1.) ou
tomado de tabelas (ver Anexo E).

8
ISO 5167-1: 1991 (E)

4. Símbolos e índices
Símbolo Quantidade Dimensão(1) Unidade

C Coeficiente de descarga adimensional -


d Diâmetro do orifício (ou garganta) do elemento primário nas L m
condições de trabalho
D Diâmetro interno da tubulação a montante (ou diâmetro a L m
montante do tubo Venturi clássico) nas condições de
trabalho
e Incerteza relativa adimensional -
κ Rugosidade equivalente uniforme L m
l Espaçamento das tomadas de pressão L m
L l adimensional -
Espaçamento das tomadas de pressão relativo L =
D
p Pressão estática absoluta do fluido ML-1T-2 Pa
qm Vazão mássica instantânea MT-1 kg/s
qV Vazão volumétrica instantânea L3T-1 m3/s
R Raio L m
Ra Desvio médio aritmético do perfil (rugosidade) L m
Re Número de Reynolds adimensional -
ReD Número de Reynolds referido a D adimensional -
Red Número de Reynolds referido a d adimensional -
o
t Temperatura do fluido Θ C
U Velocidade axial média do fluido na tubulação LT-1 m/s
β Relação de diâmetros β = d adimensional -
D
γ Relação das capacidades de calor específico (2) adimensional -
(3) (3)
δ Incerteza absoluta
∆p Pressão diferencial ML-1T-2 Pa
-1 -2
∆ω Perda de pressão ML T Pa
ε Fator de expansibilidade [expansão] adimensional -
κ Expoente isentrópico adimensional -
-1 -2
µ Viscosidade dinâmica do fluido ML T Pa.s
-2 -1
ν Viscosidade cinemática do fluido L T Pa.s
ξ Perda de pressão relativa adimensional -
τ Relação de pressão τ = p 2 adimensional
p1
ϕ Ângulo total da seção divergente adimensional
(1) M = massa, L = comprimento, T = tempo, Θ = temperatura.
(2) γ é a relação da capacidade de calor específico à pressão constante para a capacidade do
calor específico a volume constante. Para gases ideais, a relação das capacidades do calores
específico e o expoente isentrópico tem o mesmo valor (ver 3.3.3). Estes valores dependem na
natureza dos gases.
(3) As dimensões e unidades são da quantidade correspondente.

9
ISO 5167-1: 1991 (E)

q
4.2. Subscritos qV = m (3)
ρ
Subscrito Significado
onde r é a densidade do fluido à temperatura e
1 A montante pressão para o qual o volume é fornecido.
2 A jusante

5.2. Método de determinação da relação


de diâmetros do elemento primário
5. Princípio do método de medição e padrão selecionado
computação Na prática, quando determinado a relação de
diâmetros do elemento primário a ser instalado
5.1. Princípio do método de medição em uma dada tubulação, C e ε usados nas
formulas básicas (1) e (2) são em geral não
O princípio do método de medição é baseado conhecidos. Assim, deve-se selecionar o
na instalação de um elemento primário (tal seguinte, a priori:
como uma placa de orifício, um bocal ou um
tubo Venturi) em uma tubulação cheia em que 1. o tipo do elemento primário a ser usado
um fluido está passando. A instalação do 2. a vazão instantânea e o valor da pressão
elemento primário causa uma diferença de diferencial correspondente
pressão estática entre o lado a montante e a
garganta ou o lado a jusante do elemento. A Os valores relacionados com qm e ∆p são
vazão instantânea pode ser determinada do então inseridos nas formulas básicas reescritas
valor medido desta diferença de pressão e do na forma:
conhecimento das características do fluido
passante bem como das circunstâncias sob as Cεβ 2 4q m
quais o elementos está sendo usado. É = 2
assumido que o elemento é geometricamente 1− β4 πD 2 ∆pρ
similar ao que foi feita a calibração e as
condições de uso são as mesmas, i.e., que em que ρ e ε podem ser inserido para as
esteja de acordo com esta parte da ISO 5167. condições a montante ou a jusante (ρ1 e ε1 e ρ2
e ε2 e a relação de diâmetros de determinado
A vazão mássica pode ser determinada, desde
elemento primário podem ser determinados por
que ela está relacionada com a pressão
iteração (ver Anexo D).
diferencial dentro dos limites de incerteza
estabelecidos nesta parte da ISO 5167, por
uma das seguintes fórmulas: 5.3. Computação da vazão instantânea
C π 2 Tabelas A.1 a A.16 são dadas por
qm = ε1 d 2 ∆pρ1 conveniência: tabelas A.1 a A.13 dão os
1− β4 4 valores de C como uma função de β, ReD e D
(1) para placas de orifício e bocais, tabelas A.14 e
A.15 dão fatores de expansibilidade para placa,
ou bocal e tubos Venturi e Tabela A.16 dá valores
de coeficientes de descarga do bocal Venturi.
C π 2 Elas não servem para interpolação precisa.
qm = ε2 d 2 ∆pρ 2
1− β4 4 Extrapolação não é permitida.
A computação da vazão, que é um processo
(2)
puramente aritmético, é efetuada pela
onde ρ1 e ε1 são referidos às condições a substituição de termos diferentes no lado
montante e ρ2 e ε2, às condições a jusante do direito das fórmulas básicas (1) e (2) por seus
elemento primário. valores numéricos.
Note que

∆p
ε 2 = ε1 1+
p2
Do mesmo modo, o valor da vazão volumétrica
pode ser calculado, desde que:

10
ISO 5167-1: 1991 (E)

NOTAS elemento primário será, no mínimo, igual a 5D


(e no máximo, 15D, quando o fluido for gás) se
2. Exceto para o caso de tubos Venturi, C pode ser
depende de Re, que é dependente de qm. Em o poço estiver localizado a jusante e de acordo
tais casos, o valor final de C e assim de qm, deve com os valores dados na Tab. 1, colunas 10 e
ser obtido por iteração. Ver anexo D para guia 11, se o poço estiver localizado a montante.
relacionado com a escolha do procedimento de
iteração e estimativas iniciais.
Dentro dos limites de aplicação desta parte da
ISO 5167, geralmente pode-se assumir que as
3. Dp representa a pressão diferencial, como temperaturas a montante e a jusante do fluido
definida em 3.1.3. sejam as mesmas que nas tomadas da
4. Os diâmetros d e D mencionados nas fórmulas pressão diferencial.
são os valores do diâmetros nas condições de
Porém, se o fluido é um gás, sua temperatura a
trabalho. Medições tomadas em qualquer outra
condição devem ser corrigidas para qualquer montante pode ser calculada da temperatura
possível expansão ou contração do elemento medida a jusante (a uma distância de 5D a
primário e da tubulação, devida aos valores da 15D) do elemento primário.
temperatura e pressão do fluido durante a
5.4.3. Qualquer método de determinação dos
medição.
valores confiáveis da densidade, pressão
5. É necessário conhecer a densidade e a estática, temperatura e viscosidade do fluido é
viscosidade do fluido nas condições de trabalho. aceitável, se ele não interfere com a
distribuição da vazão de algum modo na seção
'5.4. Determinação da densidade transversal de medição.

É necessário conhecer a densidade do fluido 5.4.4. A temperatura do elemento primário e a


no plano das tomadas de pressão a montante do fluido a montante do elemento primário são
ou a jusante; ela pode ser medida diretamente assumidas iguais (ver 7.1.9)
ou calculada do conhecimento da pressão
estática, temperatura e características do fluido 6. Exigências gerais para as
no plano apropriado. Porém, é considerado que
a tomada de pressão a montante fornecerá
medições
resultados mais consistentes. Para ficar de conformidade com esta parte da
5.4.1. A pressão estática do fluido será medida ISO 5167 as seguintes exigências devem ser
no plano da tomada de pressão a montante ou satisfeitas.
a jusante por meio de uma tomada de pressão
individual na parede da tubulação (como 6.1. Elemento primário
descrito em 8.2.1) ou por meio de tomadas de
anel portador (carrier ring) (ver Fig. 6). 6.1.1. O elemento primário deve ser fabricado,
instalado e usado de acordo com esta parte da
5.4.1.1. A tomada de pressão estática será ISO 5167.
preferivelmente separada das tomadas
fornecidas para a medição das componentes Quando as características de fabricação e
da pressão diferencial, a não ser que a condições de uso dos elementos primários
intenção seja medir as pressões a montante e ficarem fora dos limites dados nesta parte da
a jusante separadamente. ISO 5167, é necessário calibrar o elemento
primário separadamente sob as condições
É porém, permissível tomar simultaneamente reais de uso.
uma tomada de pressão do medidor da
pressão diferencial e uma tomada do medidor 6.1.2. A condição do elemento primário deve
de pressão estática, desde que se garanta que ser verificada após cada medição ou após cada
esta dupla conexão não provoque qualquer série de medições ou em intervalos com
distorção à medição da pressão diferencial. tamanhos suficientes de modo que seja
mantida a conformidade com esta parte da ISO
5.4.1.2. O valor da pressão estática a ser 5167.
usada nas computações posteriores é o
existente ao nível do centro da seção Deve ser notado que mesmo fluidos
transversal da medição, que pode diferir da aparentemente neutros podem formar
pressão medida na parede. depósitos ou incrustações nos elementos
primários. As alterações resultantes no
5.4.2. A temperatura do fluido será coeficiente de descarga que podem ocorrer
preferivelmente medida a jusante do elemento durante um período de tempo podem levar a
primário. O poço do termômetro deve ser o valores fora das incertezas dadas nesta parte
menor possível. A distância entre ele e o da ISO 5167.

11
ISO 5167-1: 1991 (E)

6.1.3. O elemento primário deve ser fabricado 7.1.2. A tubulação deve estar totalmente cheia
com material cujo coeficiente de expansão seja na seção de medição.
conhecido, exceto se o usuário decide que as
7.1.3. O elemento primário deve ser instalado
variações nas dimensões devidas às variações
na tubulação em uma posição tal que as
de temperatura sejam desprezíveis.
condições de vazão imediatamente a montante
tenham um perfil totalmente desenvolvido e
6.2. Natureza do fluido sejam livres de redemoinhos (ver 7.4). Tais
condições podem ser esperadas existir se a
6.2.1. O fluido pode ser compressível (gás) ou instalação estiver de conformidade com as
incompressível (líquido). exigências dadas nesta cláusula.
6.2.2. O fluido deve ser tal que possa ser 7.1.4. O elemento primário deve ser colocado
considerado como sendo física e termalmente entre duas seções de tubulações cilíndricas
homogêneo e monofásico. Soluções colodais retas de área transversal constante, em que
com um alto grau de dispersão (tal como leite), não há obstrução ou conexão de desvio
e somente estas soluções são consideradas (havendo ou não havendo vazão em tais
com comportamento de fluido monofásico. conexões durante a medição), diferentes das
6.2.3. Para fazer a medição, é necessário que forem especificadas nesta parte da ISO
conhecer a densidade e viscosidade do fluido 5167.
nas condições de trabalho. A tubulação é considerada reta quando ela
aparece como tal por inspeção visual. Os
6.3. Condições de vazão comprimentos retos mínimos da tubulação, que
estão de conformidade com a descrição acima,
6.3.1. A vazão instantânea será constante ou, variam de acordo com a natureza das
na prática, variará somente pouco e lentamente conexões, o tipo do elemento primário e a
com o tempo. Esta parte da ISO 5167 não relação de diâmetros. Eles estão especificados
prevê medição de vazão pulsante, que é nas Tab. 1 e 2.
assundo da ISO TR 3313(6)
7.1.5. O furo da tubulação deve ser circular no
6.3.2. As incertezas especificadas nesta parte comprimento reto mínimo requerido. A seção
da ISO 5167 são válidas somente quando não transversal é considerado circular se ela
houver variação de fase através do elemento parece como tal, em uma inspeção visual. A
primário. Aumentando o orifício ou a garganta circularidade da parte externa da tubulação
do elemento primário reduz a pressão pode ser tomada como guia, exceto na
diferencial, que pode evitar uma mudança de vizinhança imediata do elemento primário onde
fase. Para determinar se há ou não mudança exigências especiais se aplicam de acordo com
de fase, a computação da vazão deve ser feita o tipo do elemento primário usado (ver 7.5.1 e
assumindo que a expansão é isotérmica para 7.6.1).
líquidas ou isentrópica para gases.
Tubulação com costura pode ser usada desde
6.3.3. Se o fluido é um gás, a relação de que o fio de solda interno seja paralelo ao eixo
pressão como definida em 3.1.4 deve ser maior da tubulação através de todo comprimento do
ou igual a 0,75. tubo e satisfaça as exigências especiais para o
tipo do elemento primário. A costura não pode
estar situada em qualquer setor de ±30o
7. Exigências de instalação centrada em qualquer tomada de pressão.
7.1.6. O diâmetro interno D da tubulação de
7.1. Geral medição deve estar de conformidade com os
7.1.1. O método de medição se aplica somente valores dados para cada tipo de elemento
a fluidos passando através de uma tubulação primário.
de seção transversal circular.

(6)
ISO TR 3313:1974, Medição de vazão de fluido
pulsante em uma tubulação por meio de placas de
orifício, bocais ou tubos Venturi, em particular no
caso de flutuações senoidais ou com forma de onda
quadrada do tipo intermitente e periódico.

12
ISO 5167-1: 1991 (E)

Lado a montante do elemento primário Lado a


jusante
Curva 90o Duas ou mais Duas ou mais Redutor de Expansor de Válvula Válvula esfera Redução Poço termal Poço termal Conexões
β curvas 90o no curvas 90o em 2D para D em 0,5D para D ou gaveta simetrica
globo de diâmetro de diâmetro (colunas 2 a
ou T mesmo plano planos comprimento comprimento totalmente totalmente abrupta tendo entre 0,03D 8)
≤0,03D
diferentes de 1,5D a 3D de 1,5D a 3D aberta relação ≥ 0,5
aberta e 0,13D
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0,20 10 (6) 14 (7) 34 (17) 5 16 (8) 18 (9) 12 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 4 (2)
0,25 10 (6) 14 (7) 34 (17) 5 16 (8) 18 (9) 12 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 4 (2)
0,30 10 (6) 16 (8) 34 (17) 5 16 (8) 18 (9) 12 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 5 (2,5)
0,35 12 (6) 16 (8) 36 (18) 5 16 (8) 18 (9) 12 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 5 (2,5)

0,40 14 (7) 18 (9) 36 (18) 5 16 (8) 20 (10) 12 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 6 (3)
0,45 14 (7) 18 (9) 38 (19) 5 17 (9) 20 (10) 12 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 6 (3)
0,50 14 (7) 20 (10) 40 (20) 6 (5) 18 (9) 22 (11) 12 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 6 (3)
0,55 16 (8) 22 (11) 44 (22) 8 (5) 20 (10) 24 (12) 14 (7) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 6 (3)
0,60 18 (9) 26 (13) 48 (24) 9 (5) 22 (11) 26 (13) 14 (7) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 7 (3,5)

0,65 22 (11) 32 (16) 54 (27) 11 (6) 25 (13) 28 (14) 16 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 7 (3,5)
0,70 28 (14) 36 (18) 62 (31) 14 (7) 30 (15) 32 (16) 20 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 7 (3,5)
0,75 36 (18) 42 (21) 70 (35) 22 (11) 38 (19) 36 (18) 24 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 8 (4)
0,80 46 (23) 50 (25) 80 (40) 30 (15) 54 (27) 44 (22) 30 (6) 30 (15) 5 (3) 20 (10) 8 (4)
A instalação do poço do termômetro não altera os comprimentos de trechos retos mínimos a montante para outras conexões

Notas
1. Os comprimentos retos mínimos requeridos são os comprimentos entre as várias conexões localizadas a montante ou a jusante do elemento
primário e o elemento primário em si
2. Valores sem parêntesis são valores com incerteza adicional zero (ver 7.2.3)
3. Valores em parêntesis são valores com incerteza adicional +0,5 % (ver 7.2.4).

13
ISO 5167-1: 1991 (E)

7.1.7. A superfície interna na tubulação de tubo Venturi podem ser menores dos
medição deve ser limpa e livre de incrustações, requeridos para placas de orifício, bocais e
buracos e depósitos e deve estar de bocais Venturi.
conformidade com o critério de rugosidade
7.2.2. Os comprimentos retos dados na Tab. 1
para, no mínimo, um comprimento de 10D a
e 2 são valores mínimos e o uso de trechos
montante e 4D a jusante do elemento primário.
retos maiores dos que estão indicados é
7.1.8. A tubulação pode ter furos de dreno ou sempre recomendado. Para trabalho de
de vent para a remoção de depósitos sólidos e pesquisa, em particular, os comprimentos retos
fluidos diferentes do fluido medido. Porém, não devem ser, no mínimo, iguais ao dobro dos
deve haver vazão através dos furos de dreno valores a montante dados na Tab. 1 e 2, para
ou vent durante a medição da vazão. incerteza adicional zero.(7)
Os furos de dreno ou vent não podem estar 7.2.3. Quando os comprimentos retos são
localizados próximos do elemento primário, a iguais ou maiores do que os valores dados nas
não ser isso seja inevitável. Neste caso, o Tab. 1 d 2 para incerteza adicional zero, não há
diâmetro destes furos deve ser menor que necessidade de adicionar qualquer desvio
0,08D e sua localização deve ser tal que a extra à incerteza do coeficiente de descarga
distância, medida em uma linha reta de um para levar em conta o efeito de tais condições
destes buracos para uma tomada de pressão de instalação.
do elemento primário colocado no mesmo lado
7.2.4. Quando o comprimento reto a montante
deste elemento primário, seja sempre maior
ou a jusante é menor que os valores de
que 0,5D. Os planos axiais da tubulação
incerteza adicional zero e igual ou maior do
contendo respectivamente a linha de centro de
que 0,5% de incerteza adicional(8) , como
uma tomada de pressão e a linha de centro de
dados nas Tab. 1 e 2, uma incerteza adicional
um buraco de dreno ou vent devem estar
de 0,5% deve ser somada aritmeticamente à
defasados de, no mínimo, 30o.
incerteza do coeficiente de descarga.
7.1.9. A tubulação e os flanges da tubulação
7.2.5. Se os comprimentos retos são menores
devem ser revestidos de isolamento térmico.
do que os valores de 0,5% de incerteza
Porém, é desnecessário isolar termicamente a
adicional (8) dados nas Tab. 1 e 2, esta parte da
tubulação quando a temperatura do fluido,
ISO 5167 não dá informação para prever o
entre a entrada do comprimento reto mínimo
valor de qualquer incerteza adicional a ser
da tubulação a montante e a saída do
considerada; este também é o caso quando os
comprimento reto mínimo da tubulação a
comprimentos retos a montante e a jusante
jusante não exceda qualquer valor limite para a
sejam ambos menores do que os valores de
exatidão requerida da medição de vazão.
incerteza adicional zero(7).
7.2.6. Os valores mencionados nas Tab. 1 e 2
7.2. Comprimentos retos mínimos a devem ser totalmente abertos. É recomendado
montante e a jusante requeridos para que o controle da vazão seja feito por válvulas
instalação entre várias tomadas e o colocadas a jusante do elemento primário.
elemento primário Válvulas de isolação colocadas a montante
devem estar totalmente abertas e devem ser
7.2.1. Os comprimentos retos mínimos são
preferivelmente do tipo gaveta (gate).
dados na Tab. 1 e 2.
7.2.7. Após uma única mudança de direção
Os comprimentos retos mínimos especificados
(curva ou T), é recomendado que, se são
na Tab.2 para tubos Venturi clássicos são
usados pares de tomadas simples, eles sejam
menores dos especificados na Tab. 1 para
instalados de modo que seus eixos sejam
placas de orifício, bocais e bocais Venturi por
perpendiculares ao plano da curva ou T.
causa das seguintes razões:
7.2.8. Os valores dados nas Tab. 1 e 2 foram
a) eles são derivados de resultados
obtidos experimentalmente com um
experimentais diferentes e diferentes
comprimento reto muito longo a montante da
enfoques de correlação;
conexão particular em questão e de modo que
b) a porção convergente do tubo Venturi pode ser assumido que a vazão a montante do
clássico é projetado para obter um perfil de distúrbio seja virtualmente totalmente
velocidade mais uniforme na garganta do desenvolvida e livre de redemoinhos. Desde
elemento. Testes tem mostrado que com
relações de diâmetros idênticas, os
(7)
comprimentos retos mínimos a montante do Valores sem parêntesis nas Tab. 1 e 2.
(8)
Valores em parêntesis nas Tab. 1 e 2.

14
ISO 5167-1: 1991 (E)

que, na prática, tais condições são difíceis de Quando instalado como descrito em 7.3.1., o
serem conseguidas, a seguinte informação uso de um condicionador de vazão não
pode ser usada como guia para uma instalação introduz qualquer incerteza adicional no
normal: coeficiente de descarga.
a) Se o elemento primário é instalado em uma
7.3.1. Instalação
tubulação vindo de uma abertura a
montante ou de um grande vaso, ou Qualquer condicionador de vazão usado deve
diretamente ou através de qualquer ser instalado no comprimento reto a montante
conexão, o comprimento total da tubulação entre o elemento primário e o distúrbio ou
entre a abertura e o elemento primário conexão mais próxima ao elemento primário. A
nunca deve ser menor que 30D(9). Se não ser que se possa verificar que as
qualquer conexão é instalada, então os condições de vazão na entrada do elemento
comprimentos retos dados na Tab. 1 ou 2 primário estejam de conformidade com as
devem também ser aplicados entre esta exigências de 7.1.3, o comprimento reto entre
conexão e o elemento primário. esta conexão e o condicionador em si será
igual, no mínimo, a 20D e o comprimento reto
b) Se várias conexões que não sejam curvas
entre o condicionador e o elemento primário
de 90o são colocadas em série a montante
será igual a, no mínimo, 22D. Estes
do elemento primário, a seguinte regra deve
comprimentos são medidos da face a montante
ser aplicada: entre a conexão (1) mais
e da face a jusante do condicionador,
próxima do elemento primário e o elemento
respectivamente. Condicionadores são
primário em si, deve haver um comprimento
totalmente efetivos somente se sua instalação
reto mínimo, tal como indicado para a
é tal que sejam deixados os menores
conexão (1) em questão e para os valores
espaçamentos em torno dos elementos
reais de b na Tab. 1 ou 2. Porém, em
resistivos do elemento, deste modo não
adição, entre esta conexão (1) e a anterior
permitindo vazão de by-pass que iriam evitar
(2) deve haver um comprimento reto igual à
sua operação correta.
metade do valor dado na Tab. 1 ou 2 para a
conexão (2) para um elemento primário de Quando corretamente construídos, os
relação de diâmetros β = 0,7, qualquer que condicionadores são usados com as
seja o valor real de β. Esta exigência não se combinações de comprimento de tubulação
aplica quando a conexão (2) é uma redução descritas acima, eles podem ser usados em
simétrica abrupta, caso que é coberto por a) conjunto com qualquer perfil de velocidade de
acima. entrada.
Se um dos comprimentos retos mínimos
assim adotados aparecer em parêntesis, 7.3.2. Tipos de condicionadores de vazão
deve-se somar aritmeticamente uma
Os cinco tipos padronizados de
incerteza adicional de 0,5% à incerteza do
condicionadores de vazão são mostrados na
coeficiente de descarga.
Fig. 1 a 3. A escolha de um condicionador
depende da natureza da distribuição de
7.3. Condicionadores de vazão velocidade que deve ser corrigida e da perda
de pressão que pode ser tolerada. Os
O uso de condicionadores de vazão dos tipos dispositivos descritos abaixo criam uma perda
descritos em 7.3.2 e mostrados nas Fig. 1 a 3 de pressão de aproximadamente
recomendado para permitir a instalação de
elementos primários a jusante de conexões para tipo A 5ρ1U12 / 2
não incluídas na Tab. 1 ou 2. Quando um para tipo B com chanfro na
elemento primário com grande relação de entrada
11ρ1U12 / 2
diâmetros é usado, a inclusão de tais para tipo B sem chanfro na
elementos geralmente permite o uso de entrada
14ρ1U12 / 2
comprimentos de instalação mais curtos a para tipo C
montante do elemento primário do que os 5ρ1U12 / 2
dados na Tab. 1. para tipo D 0,25ρ1U12 / 2
para tipo E
0,25ρ1U12 / 2
Para tipos A, B e C, a perda de pressão pode
(9)
Na ausência de dados experimentais, parece ser variar como uma função da relação da área
inteligente adotar para os tubos Venturi clássicos as dos orifícios para a área total.
condições requeridas para placas de orifício e
bocais.

15
ISO 5167-1: 1991 (E)

7.3.2.1 Condicionador tipo A: Zanker


O condicionador Zanker consiste de uma placa
perfurada com furos de tamanhos
determinados especificados seguidos por
vários canais (um para cada furo) formados
pela interseção de várias placas (ver Fig. 1).
As várias placas devem ser as mais finais
possível, mas devem fornecer resistência
adequada.

Nota: Para diminuir a perda de pressão, a


entrada dos furos pode ser chanfrada em 45o
Condicionador Sprenkle tipo B

Fig.1. Condicionador Zanker Tipo A

7.3.2.2. Condicionador tipo B: Sprenkle


O condicionador Sprenkle consiste de três
Condicionador Feixe de tubo tipo C
placas perfuradas em série com um
comprimento igual a um diâmetro da tubulação Fig. 2. Condicionadores Tipo B e tipo C
entre placas sucessivas. As perfurações devem
ser preferivelmente chanfradas no lado a 7.3.2.4. Tipo D: retificador AMCA
montante e a área total dos furos em cada
placa devem ser maiores do que 40% da área O retificador AMCA consiste de uma colmeia
transversal da tubulação. A relação da com células quadradas , como mostrado na
espessura da placa para o diâmetro do furo Fig. 3. As palhetas devem ser muito finas,
deve ser, no mínimo, 1 e o diâmetro dos furos porém mantendo a resistência adequada.
deve ser menor ou igual a 0,05D (ver Fig. 2).
7.3.2.5. Tipo E: retificador Étoile
As três placas devem ser mantidas juntas por
barras, que devem estar localizados em torno O retificador étoile consiste de oito palhetas
da periferia do furo da tubulação e que devem radiais em igual espaçamento angular com um
ter diâmetros menores possível, mas provendo comprimento igual ao dobro do diâmetro da
a resistência necessária. tubulação (ver Fig. 3). As palhetas devem ser
muito finas, porém mantendo a resistência
7.3.2.3. Condicionador tipo C: feixe de tubos adequada.

O condicionador de feixe de tubos consiste de


um conjunto de tubos paralelos e tangenciais
juntos e mantidos rigidamente na tubulação
(ver Fig. 2). É importante garantir que os vários
tubos fiquem paralelos entre si e com o eixo da
tubulação, pois, se isso não é feito, o próprio
condicionador introduz distúrbios na vazão.
Deve haver, no mínimo, 19 tubos. Seu
comprimento deve ser maior ou igual a 10d. Os
tubos devem ser mantidos juntos e o feixe deve
repousar contra a tubulação.

16
ISO 5167-1: 1991 (E)

7.5. Exigências de instalação específica


adicional para placas de orifício, bocais
e bocais Venturi

7.5.1. Circularidade da tubulação


Na vizinhança imediata do elemento primário
as seguintes exigências devem ser aplicadas.
7.5.1.1. O comprimento da seção de tubulação
a montante adjacente ao elemento primário
Retificador AMCA tipo D deve ser, no mínimo, de 2D e cilíndrica. A
tubulação é considerada cilíndrica quando
nenhum diâmetro em qualquer plano difere de
mais de 0,3% do valor médio de D obtido de
medições especificadas em 7.5.1.2.
7.5.1.2. O valor para o diâmetro da tubulação D
deve ser a média dos diâmetros internos sobre
um comprimento de 0,5D a montante da
tomada de pressão a montante. O diâmetro
interno médio deve ser a média aritmética de
medições de, no mínimo, 12 diâmetros,
especificamente 4 diâmetros posicionados em
aproximadamente ângulos iguais entre si,
Retificador estrela tipo E distribuídos em cada uma de, no mínimo, três
seções transversais igualmente distribuídas
Fig. 3. Retificadores tipo D e tipo E sobre um comprimento de 0,5D, duas destas
seções sendo a distância 0 e 0,5D da tomada a
7.4. Exigências gerais para condições montante e uma sendo no plano da solda, no
de vazão no elemento primário caso de uma construção com solda (weld
neck). Se houver um anel portador (ver Fig.
Se as condições de determinada instalação 6a), este valor de 0,5D deve ser medido do
dadas na Tab. 1 ou 2 ou em 7.3 não podem ser canto a montante do anel portador.
satisfeitas, esta parte da ISO 5167 ainda
permanece válida se as condições de vazão 7.5.1.3. Além de 2D do elemento primário, a
imediatamente a montante do elemento tubulação a montante corre entre o elemento
primário esteja de conformidade com 7.1.3. primário e a primeira conexão a montante ou
distúrbio pode ser constituído de uma ou mais
Condições livre de redemoinhos podem ser seções de tubulação.
conseguidas quando o ângulo de redemoinho
sobre a tubulação seja menor que 2o. Nenhuma incerteza adicional no coeficiente de
descarga é envolvida, desde que o diâmetro
Condições de perfil de velocidade aceitáveis pule entre duas seções quaisquer menos de
podem ser presumidas existir quando, em cada 0,3% do valor médio de D obtido de medições
ponto através da seção transversal da especificadas em 7.5.1.2.
tubulação, a relação da velocidade axial local
para a máxima velocidade axial na seção 7.5.1.4. Uma incerteza adicional de 0,2% deve
transversal coincida dentro de 5% com a que ser adicionada aritmeticamente à incerteza
seria conseguida em vazão livre de para o coeficiente de descarga se o diâmetro
redemoinho na mesma posição radial na seção pular ∆D entre quaisquer duas seções
transversal localizada no fim de um excedendo os limites dados em 7.5.1.3, mas
comprimento reto muito longo (acima de 100D) esteja de conformidade com a seguinte relação
de tubulação similar (vazão totalmente
desenvolvida).  s 
∆D  + 0,4 
≤ 0,002 D 4

D  0,1+ 2,3β 
 
e

17
ISO 5167-1: 1991 (E)

∆D 7.5.2.4. Quando são usados anéis portadores,


≤ 0,05 eles devem ser centrados de modo que não
D haja protuberâncias na tubulação, em nenhum
onde s é a distância do degrau da tomada de ponto.
pressão a montante ou do anel portador.
7.5.1.5. Se um degrau é maior do que qualquer 7.5.3. Método de fixação e gaxetas
um dos limites dados nas desigualdades
7.5.3.1. O método de fixação e aperto deve ser
acima, a instalação não está de acordo com
tal que, uma vez o elemento primário tenha
esta parte da ISO 5167.
sido instalado na posição correta, ela lá
7.5.1.6. Nenhum diâmetro do comprimento permaneça.
reto a jusante, considerado ao longo de um
É necessário, quando manter o elemento
comprimento de, no mínimo, 2D da face a
primário entre flanges, permitir sua livre
montante do elemento primário, deve diferir do
expansão termal e evitar cambagem e
diâmetro médio do comprimento reto a
distorção.
montante por mais de 3%. Isto pode ser
julgado verificando um único diâmetro do 7.5.3.2. Gaxetas e anéis de selagem devem
comprimento reto a jusante. ser feitos e inseridos de tal modo que eles não
se projetem para fora em qualquer ponto
Esta exigência não é válida para tubos Venturi,
dentro da tubulação ou através das tomadas de
que podem ser truncados e para os quais se
pressão ou slots, quando são usadas tomadas
aplicam as exigências de 7.6.1.3.
tipo canto. Eles devem ser tão finos quanto
possível, com a devida consideração de manter
7.5.2. Localização do elemento primário a relação como definido em 8.2 para placas de
e anéis portadores orifício.

7.5.2.1. O elemento primário deve ser colocado 7.5.3.3. Se são usadas gaxetas entre o
na tubulação de tal modo que o fluido vaze da elemento primário e os anéis da câmara anular,
face a montante para a face a jusante. eles não devem se projetar para fora dentro da
câmara anular.
7.5.2.2. O elemento primário deve ser
perpendicular à linha de centro da tubulação
dentro de 1o. 7.6. Exigências adicionais de instalação
especifica para tubos Venturi clássicos
7.5.2.3. O elemento primário deve ser centrado
na tubulação ou, se aplicável, nos anéis
portadores. A distância ex entre a linha de 7.6.1. Circularidade da tubulação
centro do orifício e as linhas de centro da
tubulação nos lados a montante e a jusante Na vizinhança imediata do tubo Venturi
deve ser menor ou igual a clásssico as seguintes exigências devem ser
aplicadas.
0,002 × 5D 7.6.1.1. A tubulação deve ser cilíndrica, sobre
0,1+ 2,3β 4 um comprimento a montante de, no mínimo, 2D
medido a partir da extremidade a montante do
Se cilindro de entrada do tubo Venturi.
0,002 × 5D 0,005D 7.6.1.2. O diâmetro médio da tubulação onde
4 〈e x 〈 ela se junta ao tubo Venturi clássico deve ser
0,1+ 2,3β 0,1+ 2,3β4 igual, dentro de ±1%, ao diâmetro D do cilindro
uma incerteza adicional de 0,3% deve ser de entrada do tubo Venturi clássico, como
somada aritmeticamente à incerteza do definido em 10.1.2.1. Mais ainda, nenhum
coeficiente de descarga C. diâmetro da seção de entrada da tubulação
deve diferir da média dos diâmetros medidos
No caso onde por mais que 2% para uma distância de dois
diâmetros da tubulação a montante do tubo
0,005D Venturi clássico.
ex 〉
0,1+ 2,3β4 7.6.1.3. O diâmetro da tubulação
imediatamente a jusante do tubo Venturi não
esta parte da ISO 5167 não dá informação para
precisa ser medido precisamente mas deve se
prever o valor de qualquer incerteza adicional a
verificar que o diâmetro da tubulação a jusante
ser considerada.
não seja menor que 90% do diâmetro da

18
ISO 5167-1: 1991 (E)

extremidade da seção divergente do tubo diferencial ou de qualquer outra tensão


Venturi. Isto significa que, em muitos casos, mecânica não causem inclinação da linha reta
tubulações tendo o mesmo orifício nominal do definida em 8.1.2.1 que exceda 1 % sob as
tubo Venturi podem ser usadas. condições de trabalho.

7.6.2. Rugosidade da tubulação a


montante
A tubulação a montante deve ter uma
rugosidade relativa de κ/D≤10-3 em um
comprimento, no mínimo, igual a 2D medida a
montante do tubo Venturi clássico.

7.6.3. Alinhamento do tubo Venturi


O desnível (offset) ou distância entre as linhas
de centro da tubulação a montante e o tubo
Venturi, como medida no plano que liga a
tubulação a montante à entrada do cilindro A
(ver 10.1.2), deve ser menor que 0,005D. A
incerteza do alinhamento angular da linha de
centro do tubo Venturi com relação à linha de
centro da tubulação a montante deve ser
menor que 1o. Finalmente, a soma do offset e a
metade do desvio do diâmetro (ver 7.6.1.2)
deve ser menor que 0,007 5D.

8. Placas de orifício
Os vários tipos de placas de orifício padrão são
similares e portanto somente uma única
descrição é necessária. Cada tipo de placa de Fig. 4. Placa de orifício padrão
orifício padrão é caracterizada pelo arranjo das
tomadas de pressão.
Todos os tipos de placas de orifício devem 8.1.2. Face a montante A
estar de conformidade com as seguintes
8.1.2.1. A face a montante A da placa deve ser
descrições sob condições de trabalho.
plana quando a placa estiver instalada na
Limites de uso são dados em 8.3.1. tubulação com pressão diferencial zero através
dela. Desde que se pode ser mostrar que o
método de montagem não distorce a placa, a
8.1. Descrição planicidade da placa pode ser medida com a
O plano axial da seção transversal de uma placa removida da tubulação. Sob estas
placa de orifício padrão é mostrado na Fig. 4. circunstâncias, a placa pode ser considerada
plana se a inclinação da linha reta ligando
8.1.1. Formato geral quaisquer dois pontos de sua superfície em
relação ao plano perpendicular à linha de
8.1.1.1. A parte da placa dentro da tubulação centro do buraco da placa de orifício seja
deve ser circular e concêntrica com a linha de menor que 0,5 %. Este critério ignora os
centro da tubulação. As faces da placa devem defeitos locais inevitáveis da superfície que são
sempre ser planas e paralelas. invisíveis ao olho nu.
8.1.1.2. A não ser que seja dito diferente, as 8.1.2.2. A face a montante da placa de orifício
seguintes exigências se aplicam somente à deve ter um critério de rugosidade Ra ≤ 10-4d
parte da placa localizada dentro da tubulação. dentro de um circulo de diâmetro não menor
8.1.1.3. Deve se tomar cuidado no projeto da que D e que seja concêntrica com o orifício. Se
placa de orifício e sua instalação para garantir nas condições de trabalho a placa não satisfaz
que a torção plástica e a deformação elástica as condições especificadas, deve ser re-polida
da placa, devidas à magnitude da pressão ou limpa para um diâmetro de, no mínimo, D.

19
ISO 5167-1: 1991 (E)

8.1.2.3. É útil fornecer uma marca distintiva que pareça refletir um raio de luz quando visto a
seja visível mesmo quando a placa de orifício olho nu.
esteja instalada para mostrar que a face a
Se d < 25 mm a inspeção visual não é
montante da placa de orifício esteja instalada
suficiente.
corretamente em relação à direção do fluxo.
Se há qualquer dúvida acerca do atendimento
8.1.3. Face a jusante B desta exigência, o raio do canto deve ser
medido.
8.1.3.1. A face a jusante B da placa deve ser
plana e paralela com a face a montante. (Ver 8.1.6.3. Os cantos a jusante H e I estão dentro
também 8.1.4.4) da região da vazão separada e assim as
exigências para sua qualidade são menos
8.1.3.2. Embora possa ser conveniente fabricar
exigentes do que as requeridas para o canto G.
a placa de orifício com o mesmo acabamento
Se for este o caso, pequenos defeitos são
de superfície em cada face, é desnecessário
aceitáveis.
fornecer a mesma alta qualidade de
acabamento para a face a jusante fornecida
para a face a montante (mas ver 8.1.8). 8.1.7. Diâmetro do orifício d
8.1.3.3. A planicidade e condição da superfície 8.1.7.1. O diâmetro d deve ser, em todos os
da face a jusante pode julgada por inspeção casos, maior ou igual a 12,5 mm. A relação de
visual. diâmetros, β = d/D é sempre maior ou igual a
0,20 e menor ou igual a 0,75.
8.1.4. Espessura E e e
Dentro destes limites, o valor de β pode
8.1.4.1. A espessura e do orifício deve estar escolhido pelo usuário.
entre 0,005D e 0,02D.
8.1.7.2. O valor d do diâmetro do orifício deve
8.1.4.2. A diferença entre os valores de e ser tomado como a média das medições de, no
medidos em qualquer ponto do orifício não mínimo, quatro diâmetros de aproximadamente
deve ser maior que 0,001D. iguais ângulos entre si.
8.1.4.3. A espessura E da placa de orifício 8.1.7.3. O orifício deve ser cilíndrico e
deve estar entre e e 0,05D. perpendicular à face a montante.
8.1.4.2. A diferença entre os valores de E Nenhum diâmetro deve diferir por mais que
medidos em qualquer ponto da placa não deve 0,05 % do valor do diâmetro médio. Esta
ser maior que 0,001D. exigência é julgada satisfeita quando a
diferença no comprimento de qualquer dos
8.1.5. Ângulo do chanfro F diâmetros medidos esteja conforme com a dita
8.1.5.1. Se a espessura E da placa excede a exigência em relação à média dos diâmetros
espessura e do orifício, a placa deve ser medidos. Em todos os casos, a rugosidade da
chanfrada no lado a jusante. A superfície seção cilíndrica do orifício não deve ser tal que
chanfrada deve ser bem acabada (Ver 8.1.2.2.) afete a medição da agudeza do canto.

8.1.5.2. O ângulo do chanfro F deve ser 45o ± 8.1.8. Placas simétricas


15o
8.1.8.1. Se a placa de orifício deve ser usada
8.1.6. Cantos G, H e I para medir vazões reversas, as seguintes
exigências devem ser cumpridas:
8.1.6.1. O canto a montante G não deve ter
rebarba ou qualquer peculiaridade visível ao a) a placa não deve ser chanfrada;
olho nu. b) as duas faces devem satisfazer as
8.1.6.2. O canto a montante G não deve ser especificações da face a montante em
vivo. Ele é considerado vivo se o raio do canto 8.1.2;
não é maior do que 0,000 4d. c) a espessura E da placa deve ser igual à
Esta exigência não pode ser satisfeita a não espessura e do orifício especificado em
ser que o canto seja conforme com as 8.1.4; consequentemente, pode ser
exigências de 8.1.6.1. necessário limitar a pressão diferencial para
evitar distorção da placa (ver 8.1.1.3);
Se d ≥ 25 mm, esta exigência pode ser
geralmente considerada como satisfeita por
inspeção visual, verificando que o canto não

20
ISO 5167-1: 1991 (E)

d) os dois cantos do orifício devem satisfazer Ambos espaçamentos l1 e l2 devem ser


as exigências do canto a montante medidos da face a montante da placa de
especificado em 8.1.6. orifício.
8.1.8.2. Além disso, para placas de orifício com 8.2.1.3. Para placas de orifício com tomadas
tomadas D e D/2 (ver 8.2), dois conjuntos de em flange (ver Fig. 5), o espaçamento l1 da
tomadas de pressão a montante e a jusante tomada de pressão a montante é
devem ser fornecidos e usados de acordo com nominalmente igual a 25,4 mm e é medido da
a direção da vazão. face a montante da placa de orifício.
O espaçamento l2 da tomada de pressão a
8.1.9. Material e fabricação
jusante é nominalmente igual a 25.4 mm e é
A placa pode ser construída de qualquer medido da face a jusante da placa de orifício.
material e de qualquer modo, desde que ela
Estes espaçamentos a montante e a jusante l1
seja e permaneça de acordo com a seguinte
e l2 podem estar dentro das seguintes faixas
descrição durante as medições de vazão.
sem alterar o coeficiente de descarga:
Em particular, a placa deve estar limpa durante
25,4 mm ± 0,5 mm quando β > 0,6 e D < 150
as medições.
mm
25,4 mm ± 1 mm para todos os outros casos,
8.2. Tomadas de pressão
i.e. β ≤ 0,6 ou β > 0,6 mas 150 mm ≤ D ≤ 1 000
Para cada elemento primário, no mínimo, uma mm
tomada de pressão a montante e uma tomada
8.2.1.4. A linha de centro da tomada deve
de pressão a jusante devem ser instaladas em
encontrar com a linha de centro da tubulação e
um ou outro local padrão.
estar em um ângulo de 90o com ela.
Uma placa de orifício única pode ser usada
8.2.1.5. No ponto de que o furo ultrapassa a
com vários conjuntos de tomadas de pressão
tubulação, ele deve ser circular. Os cantos
convenientes para diferentes tipos de placas de
devem estar rentes com a superfície interna da
orifício padrão mas para evitar interferência
parede da tubulação e deve ser o mais definido
mutua, várias tomadas no mesmo lado da
possível. Para garantir a eliminação de todas
placa de orifício não devem estar no mesmo
as rebarbas no canto interno, permite-se um
plano axial.
arredondamento, que deve ser mantido o
A localização das tomadas de pressão menor possível e, onde ele puder ser medido,
caracterizam o tipo de placa de orifício padrão. seu raio deve ser menor que 1/10 do diâmetro
da tomada de pressão. Nenhuma
8.2.1. Detalhes das tomadas de pressão em irregularidade pode aparecer dentro do furo de
D e D/2 e tipo flange na placa de orifício ligação, nos cantos do furo feito na parede da
tubulação ou na parede da tubulação próxima
8.2.1.1. O espaçamento l para uma tomada de da tomada de pressão.
pressão é a distância entre a linha de centro da
tomada de pressão e o plano de uma 8.2.1.6. A conformidade das tomadas de
especificada face da placa de orifício. Quando pressão com as exigências especificadas em
instalando as tomadas de pressão deve se 8.2.1.4 e 8.2.1.5 podem ser julgada por
levar em consideração a espessura das inspeção visual.
gaxetas e material de selagem. 8.2.1.7. O diâmetro das tomadas de pressão
8.2.1.2. Para placas de orifício com tomadas D devem ser menores que 0,13D e menores que
e D/2 (ver Fig. 5), o espaçamento l1 da tomada 13 mm.
de pressão a montante é nominalmente igual a Nenhuma restrição é colocada no diâmetro
D, mas pode estar entre 0,9D e 1,1D sem mínimo, que é determinado na pratica pela
alterar o coeficiente de descarga. necessidade de evitar entupimento acidental e
O espaçamento l2 da tomada de pressão a para dar desempenho dinâmico satisfatório. As
jusante é nominalmente igual a 0,5D mas pode tomadas a montante e a jusante devem ter o
estar entre os seguintes valores sem alterar o mesmo diâmetro.
coeficiente de descarga: 8.2.1.8. As tomadas de pressão devem ser
entre 0,48D e 0,52 D quando β ≤ 0,6 circulares e cilíndricas sobre um comprimento
de no mínimo 2,5 vezes o diâmetro interno da
entre 0,49D e 0,51 D quando β > 0,6 tomada, medida da parede interna da
tubulação.

21
ISO 5167-1: 1991 (E)

8.2.1.9. As linhas de centro das tomadas de


pressão podem ser localizadas em qualquer ** l2 = 0,5 D ± 0,02D para β ≤ 0,6
plano axial da tubulação (ver também 3.1.3 e ** l2 = 0,5D ± 0,01D para β > 0,6
7.2.7).
*** l1 = l'2 = (25,4 ± 0,5) mm para β > 0,6 e D < 150
mm
8.2.2. Placa de orifício com tomadas canto
*** l1 = l'2 = (25,4 ± 0,5) mm para β ≤ 0,6
(ver Fig. 6) 2
*** l1 = l' = (25,4 ± 1) mm para β > 0,6 e 150 mm ≤ D
8.2.2.1. O espaçamento entre as linhas de < 1 000 mm
centro das tomadas e respectivas faces da
placa é igual à metade do diâmetro ou a Fig. 7. Espaçamento de tomadas de pressão
metade do comprimento das tomadas em si, de para placas de orifício com D e D/2 ou tomadas
modo que os furos das tomadas quando de flange
ultrapassando a parece seja rente com as
faces da placa (ver também 8.2.2.5).
8.2.2.2. As tomadas de pressão podem ser 8.2.2.5. Se tomadas individuais de pressão,
tomadas simples ou slots anulares. Ambos os como mostrado na Fig. 6b, são usadas, a linha
tipos de tomadas podem estar localizados na de centro das tomadas deve encontrar a linha
tubulação ou em seus flanges ou em anéis de centro da tubulação em um ângulo
portadores, como mostrado na Fig. 6. aproximado de 90o, quando possível.
8.2.2.3. O diâmetro a para uma tomadas Se houver várias tomadas de pressão no
simples e a largura a dos slots anulares são mesmo plano a montante ou a jusante, suas
especificados abaixo. O diâmetro mínimo é linhas de centro devem formar ângulos iguais
determinada, na pratica, pela necessidade de entre si. Os diâmetros de tomadas individuais
evitar entupimento acidental e para dar de pressão estão especificados em 8.2.2.3.
desempenho dinâmico satisfatório. As tomadas de pressão devem ser circulares e
Para fluidos limpos e vapores: cilíndricas sobre um comprimento de, no
mínimo, 2,5 vezes o diâmetro interno das
para β ≤ 0,65: 0,005D ≤ a ≤ 0,03D tomadas, medido da parede interna da
para β > 0,65: 0,01D ≤ a ≤ 0,02D tubulação.

Para qualquer valor de β: 8.2.2.6. O diâmetro interno b dos anéis


portadores devem ser maiores ou iguais ao
para fluidos limpos: 1 mm ≤ a ≤ 10 mm diâmetro da tubulação D, para garantir que eles
não se projetem para a tubulação mas devem
para vapores, no campo de câmaras
ser menores ou iguais a 1,04D. Além disso, a
anulares: 1 mm ≤ a ≤ 10 mm seguinte condição deve ser satisfeita:
para vapores e gases liqüefeitos, no
caso de tomadas simples: 4 mm ≤ a ≤ 10 mm
b −D c 0,1
× × 100 ≤
8.2.2.4. Os slots anulares geralmente
D D 0,1+ 2,3β 4
atravessam a tubulação sobre o perímetro Os comprimentos c e c' dos anéis a montante e
inteiro, sem quebra de continuidade. Se não, a jusante (ver Fig. 6) não podem ser maiores
cada câmara anular deve ligar com o interior da que 0,5D.
tubulação em, no mínimo, quatro aberturas, os
eixos dos quais estão em ângulos iguais entre
si e a área de abertura individual do qual seja,
no mínimo, 12 mm2.

* l1 = D ± 0,1 D

22
ISO 5167-1: 1991 (E)

8.2.2.7. Todas as superfícies do anel que estão


em contato com o fluido medido devem estar
limpas e devem ter um acabamento bem
usinado.
8.2.2.8. As tomadas de pressão ligando as
câmaras anulares aos dispositivos secundários
são tomadas na parede da tubulação,
circulares no ponto de ultrapassagem e com
um diâmetro j entre 4 mm e 10 mm (ver
8.2.1.5).
8.2.2.9. Os anéis portadores a montante e a
jusante não precisam necessariamente ser
simétricos em relação aos outros, mas ambos
estar de conformidade com as exigências
anteriores.
8.2.2.10. O diâmetro da tubulação deve ser
medido como especificado em 7.5.12, o anel
portador sendo considerado como parte do
Fig. 6. Tomadas canto elemento primário. Isto também se aplica à
exigência de distância dada em 7.5.1.4, de
modo que s deve ser medida do canto a
A espessura f do slot deve ser maior ou igual a montante do recesso formado pelo anel
duas vezes a largura a do slot anular. A área portador.
da seção transversal da câmara anular, gh,
deve ser maior ou igual à metade da área total
da abertura ligando esta câmara ao interior da
tubulação.

Tab. 3 - Limites superiores da rugosidade relativa da tubulação a montante para placas de orifício
β ≤0,3 0,32 0,34 0,36 0,38 0,40 0,45 0,50 0,60 0,75
104κ/D 25 18,1 12,9 10,0 8,3 7,1 5,6 4,9 4,2 4,0

23
ISO 5167-1: 1991 (E)

para tomadas tipo flange ou tomadas D e


8.3. Coeficientes e correspondentes D/2.
incertezas das placas de orifício Tubulações com rugosidades maiores podem
ser usados se a rugosidade relativa estiver
8.3.1. Limites de uso dentro dos limites dados abaixo para um
Placas de orifício padrão devem ser usadas mínimo de 10D a montante da placa de
somente de acordo com esta parte da ISO orifício.
5167, sob as seguintes condições:
8.3.2. Coeficientes
Para placas de orifício com tomadas canto:
d ≥ 12,5 mm 8.3.2.1. Coeficiente de descarga C

50 mm ≤ D ≤ 1 000 m O coeficiente de descarga, C, é dada pela


equação de Stolz:
0,2 ≤ β ≤ 0,75
C = 0,5959 + 0,0312β2,1 − 0,1840β8 +
ReD ≥ 5 000 para 0,2 ≤ β ≤ 0,75
0 ,75
ReD ≥ 10 000 para β > 0,45  10 6 
2 ,5
+ 0,0029β   +
Para placas de orifício com tomadas em  ReD 
flange ou com tomadas D e D/2:
d ≥ 12,5 mm + 0,0900L1β4 (1− β4 )−1 − 0,0337L'2 β3
50 mm ≤ D ≤ 1 000 m onde
0,2 ≤ β ≤ 0,75 β = d/D é a relação de diâmetros
2
ReD ≥ 1 260 β D ReD é o número de Reynolds relativo a D
onde D é expresso em milímetros. L1=l1/D é o quociente da distância da tomada
a montante da face a montante da
Além disso, a rugosidade relativa deve estar
placa e o diâmetro de tubulação
de conformidade com os valores da Tab.3.
L2=l2/D é o quociente da distância da tomada
O valor da rugosidade equivalente uniforme,
a jusante da face a jusante da placa
κ, expresso em unidades de comprimento, e o diâmetro de tubulação (L'2 denota
depende de vários fatores, tais como altura, a referência do espaçamento a
distribuição, angularidade e outros aspectos jusante da face a jusante enquanto
geométricos dos elementos de rugosidade da L2 denota a referência do
parede da tubulação. espaçamento a jusante da face a
Um teste de perda de pressão de fundo de montante.
escala de uma amostra de comprimento de Nota 6: Quando L1 ≥ 0,039 0/0,090 0 (= 0,433 3),
determinada tubulação deve ser feito para tomar 0,039 0 como o valor do coeficiente de
determinar o valor de κ. β4 (1 - β4)-1.
Porém, valores aproximados de k para Os valores de L1 e L'2 a serem usados nesta
diferentes materiais podem ser obtidos de equação, quando os espaçamento estão de
várias tabelas dadas na literatura de acordo com as exigências de 8.2.1.1, 8.2.1.3
referência e Tab. E.1 dá valores de κ para ou 8.2.2, são os seguintes:
uma variedade de materiais, como derivados
da formula de Colebrook. • para tomadas de canto:

A maioria das experiências em que os L1 = L'2 = 0


valores de C dados nesta parte da ISO 5167 • para tomadas D e D/2:
estão baseados foi feita em tubulações com
uma rugosidade relativa L1 = 1

κ/D ≤ 3,8 x 10 -4 L'2 = 0,47

para tomadas tipo canto ou [desde que L1 seja sempre maior ou igual a
0,433 3, o valor 0,039 0 deve ser usado para
κ/D ≤ 10 x 10-4 o coeficiente de β4 (1 - β4)-1.]
• para tomadas tipo flange:

24
ISO 5167-1: 1991 (E)

L1 = L'2 = 25,4/D 8.3.3. Incertezas


onde D é expresso em mm. Para todos os três tipos de tomadas, quando
β, D, ReD e κ/D são assumidos serem
Em tubulações com D ≤ 58,62 mm, L1 ≥
conhecidos sem erro, a incerteza relativa do
0,433 3 e o valor 0,039 0 será usado para o
valor de C é igual a
coeficiente de β4 (1 - β4)-1.
0,6 % para β ≤ 0,6
A equação de Stolz é válida somente para
arranjos de tomadas definidos em 8.2.1 ou β % para 0,6 < β ≤ 0,75
8.2.2. Em particular, não é permitido entrar
na equação pares de valores de L1 e L'2 que 8.3.3.2. Incerteza da fator de
não satisfaçam um dos três arranjos de expansibilidade [expansão] ε1
tomada padronizados.
Quando β, D, ReD e κ/D são assumidos
Esta formula, bem como as incertezas dadas serem conhecidos sem erro, a incerteza
em 8.3.3, é válida somente quando a relativa, em percentagem, do valor de ε1 é
medição satisfaz todos os limites de uso igual a
especificados em 8.3.1 e a exigência geral de
instalação especificada na cláusula 7. ∆p
4
Valores de C como função de β, ReD e D são p1
dados por conveniência, nas tab. A.1 a A.11.
Estes valores não devem ser usados para
interpolação precisa. A extrapolação não é 8.4. Perda de pressão, ∆w
permitida.
8.4.1. A perda de pressão, ∆w, para as
placas de orifício descritas nesta parte da
8.3.2.2. Fator de expansibilidade
ISO 5167 é aproximadamente relacionada
[expansão] ε1
com a pressão diferencial ∆p pela equação:
Para os três tipos de arranjos de tomadas, a
formula empírica para computar o fator de 1− β 4 − Cβ 2
expansibilidade [expansão], ε1, é o seguinte: ∆ϖ = ∆p
1− β 4 + Cβ 2
∆p
ε1 = 1− ( 0,41+ 0,35β 4 ) Esta perda de pressão é a diferença na
κp 1 pressão estática entre a pressão medida na
Esta formula é aplicável somente dentro da parede no lado a montante do elemento
faixa de limites de uso especificada em 8.3.1. primário em uma seção onde a influência da
pressão de impacto de aproximação
Resultados de teste para a determinação de adjacente à placa é ainda desprezível
e1 são conhecidos somente para ar, vapor (aproximadamente D a montante do
d'água e gás natural. Porém, não há objeção elemento primário) e a medida no lado a
conhecida para usar a mesma formula para jusante do elemento primário onde a
outros gases e vapores cujos expoentes recuperação da pressão estática pela
isentrópicos sejam conhecidos. expansão do fluido pode ser considerado
Enquanto isso, a formula é aplicável somente completa (aproximadamente 6D a jusante do
para p2/p1 ≥ 0,75 elemento primário).

Valor do fator de expansibilidade [expansão] 8.4.2. Para placas de orifício, outro valor
como função do expoente isentrópico, a aproximado de ∆ω/∆p é:
relação de pressão e a relação de diâmetros ∆ϖ
são dados por conveniência na Tab. A.14. = 1− β19,
Estes valores não devem ser usados para ∆p
interpolação precisa. A extrapolação não é
permitida.
9. Bocais
Notar que

∆p 10. Tubos Venturi


ε 2 = ε 1 1+
p2 Há dois diferentes tipos de tubo Venturi
padrão:

25
ISO 5167-1: 1991 (E)

• tubo Venturi clássico e onde a incerteza δq terá a mesma dimensão


que q, enquanto eq = δq/q é adimensional
• bocal Venturi
11.1.4. Embora para um único dispositivo de
Eles são descritos em 10.1 e 10.2.
medição e para coeficientes usados em um
Os limites de uso são dados em 10.1.5.1 e teste, algumas destas incertezas parciais
10.2.4.1. podem, na realidade, ser o resultado de erros
sistemáticos (dos quais somente uma
estimativa de seu valor absoluto máximo
10.1. Tubos Venturi Clássicos pode ser conhecida). Sua combinação é
permitida como se eles fossem erros
10.1.1. Campo de aplicação aleatórios tendo uma distribuição conforme a
O campo de aplicação do tubo Venturi lei normal Laplace-Gauss.
clássico tratado nesta parte da ISO 5167 A incerteza da medição de vazão assim
depende do modo em que ele é fabricado. definida é, na prática, equivalente a dois
Três tipos de tubo Venturi clássico são desvios padrão, usados na terminologia
definidos de acordo com o método de estatística e obtidos pela combinação das
fabricação da superfície interna do cone de incertezas parciais das quantidades
entrada e o perfil da interseção do cone de individuais que são usadas no cálculo da
entrada e a garganta. Estes três métodos de vazão instantânea, assumindo que eles
fabricação são descritos em 10.1.1.1 e sejam pequenos, numerosos e
10.1.1.3 e tem pequenas diferenças de independentes entre si.
características. 11.1.5. Por conveniência, faz se uma
distinção entre as incertezas associadas às
medições feitas pelo usuário e as associadas
11. Incertezas na medição de vazão às quantidades especificadas nesta parte da
Informação geral útil para calcula da ISO 5167. As últimas incertezas são do
incerteza da medição de vazão, junto com coeficiente de descarga e o fator de
um exemplo, são dadas na ISO 5168. expansibilidade [expansão]; elas dão a
mínima incerteza com que a medição é
inevitavelmente feita, desde que o usuário
11.1. Definição de incerteza não tem controle sobre estes valores. Elas
11.1.1. Para os objetivos desta parte da ISO ocorrem por causa das pequenas variações
5167, a incerteza é definida como uma faixa que acontecem na geometria do elemento
de valores dentro da qual o valor verdadeiro sensor e por causa das investigações em que
da medida é estimado cair, com um nível de os valores tem sido baseados não terem sido
probabilidade de 95 %. feitas sob condições ideais, nem sem alguma
incerteza.
Em alguns casos, o nível de confiança que
pode ser associado com esta faixa de valores
será maior que 95 %, mas isso ocorrerá 11.2. Computação pratica da incerteza
somente onde o valor de uma quantidade 11.2.1. A formula básica da computação da
usado no cálculo da vazão é conhecido com vazão instantânea mássica qm é
um nível de confiança maior que 95 %; tem
tal caso, deve se fazer referência a ISO 5168. 2 ∆pρ1
π
11.1.2. A incerteza da medição da vazão será qm = Cε1 d 2
4 1− β 4
calculada e dada sob este nome sempre que
se exigir uma medição de conformidade com
De fato, as várias quantidades que aparecem
esta parte da ISO 5167.
no lado direito desta formula não são
11.1.3. A incerteza pode ser expressa em independentes entre si, de modo que não é
termos absoluto ou relativo e o resultado da correto computar a incerteza de qm
medição da vazão pode então ser dado em diretamente das incertezas destas
algum modo das seguintes formas: quantidades.
vazão instantânea = q ± δq Por exemplo, C é uma função de d, D, κ, U1,
ν1 e ρ1 e ε1 é uma função de d, D, ∆p, p1 e κ.
vazão instantânea = q(1 ± e)
11.2.1.1. Porém, é suficiente, para a maioria
vazão instantânea = q dentro (100e) dos objetivos práticos, assumir que as
%

26
ISO 5167-1: 1991 (E)

incertezas de C, ε1, d, ∆p e ρ1 são incertezas adicionais (ver 7.5.1.4 e 7.5.2.3)


independentes entre si. devem ser adicionadas do mesmo modo.
11.2.1.2. Uma formula prática de trabalho 11.2.2.1. Na fórmula acima, os valores
para δqm pode então ser derivada, que máximos de δD/D e δε1/ε1 devem ser
considera a interdependência de C com d e D tomadas de cláusulas apropriadas desta
que entram nos cálculos como uma parte da ISO 5167.
conseqüência da dependência de C com β. 11.2.2.2. Quando os trechos são tais deve
Deve ser notado que C pode também ser
ser considerada a incerteza adicional de ±0,5
dependente do número de Reynolds ReD.
%, esta incerteza adicional deve ser somada
Porém, os desvios de C devidos a estas
de acordo com as exigências dadas em 7.2.3
influências são de segunda ordem e são
e não quadraticamente como com as outras
incluídas na incerteza de C.
incertezas na fórmula acima. Outras
Similarmente, os desvios de ε1 que são incertezas adicionais (ver 7.5.1.4 e 7.5.2.3)
devidos às incertezas no valor de β, relação devem ser somadas do mesmo modo.
de pressão e expoente isentrópico são 11.2.2.3. Na fórmula cima, os valores
também de segunda ordem e são incluídos máximos de δD/D e δd/d, que podem ser
na incerteza de ε1. derivadas as especificações dadas na
11.2.1.3. As incertezas que devem ser cláusula 7 e 8.1.7, 9.1., 9.2.2.3, 10.1.2.3
incluídas em uma fórmula prática de trabalho podem ser adotadas ou alternativamente os
para δqm são portanto as incertezas das menores valores reais podem ser
quantidades C, ε1, d, D, ∆p e ρ1. computados pelo usuário. (O máximo valor
de δD/D pode ser tomado como 0,5 %,
11.2.2. A fórmula prática de trabalho para a enquanto o máximo valor para δd/d pode ser
incerteza δqm, da vazão mássica instantânea tomado como 0,07 %.)
é a seguinte:
11.2.2.4. Os valores de δ∆p/∆p e δρ1/ρ1
δqm  δC   δε1 
2 2 devem ser determinados pelo usuário porque
=   +   + esta parte da ISO 5167 não especifica em
qm  C   ε1  detalhe o método de medição das

quantidades ∆p e ρ1.
2 2
 2β4   δD  2  2   δd  2
+    + 4   +
 1− β   D   1− β   d 
4

1/ 2
1  δρ1  
2 2
1  δ∆p 
+   +   
4  ∆p  4  ρ1  

Na formula acima, algumas das incertezas,
tais como as do coeficiente de descarga e o
fator de expansibilidade [expansão], são
dadas nestas parte da ISO 5167 (ver 11.2.2.1
e 11.2.2.2), enquanto outras devem ser
determinadas pelo usuário (ver 11.2.2.3 e
11.2.2.4).
11.2.2.1. Na fórmula acima, os valores de
δC/C e de δε1/ε1 devem ser tomados das
cláusulas apropriadas desta parte da ISO
5167.
11.2.2.2. Quando os comprimentos retos são
tais que as incertezas adicionais de 0,5 %
devem ser consideradas, esta incerteza
adicional deve ser somada de acordo com as
exigências dadas em 7.2.4 e não
quadraticamente como com as outras
incertezas na fórmula acima. Outras

27
ISO 5167-1: 1991 (E)

encontradas em aplicações relativas a esta


Anexo D parte da ISO 5167.
Note que os valores de d, D e b a serem
Computações iterativas introduzidos nos cálculos são os
predominantes nas condições de trabalho
Um procedimento de computação iterativa é (ver 5.3, nota 4).
necessário quando um problema não pode
resolvido por cálculo direto (ver 5.3). Para placas de orifício, se a placa e o tubo
medidor são feitos de materiais diferentes, é
Tomando o caso de placa de orifício, por possível que a variação em b devido à
exemplo, cálculos iterativos são sempre temperatura de trabalho não seja
necessários para computar desprezível.
• a vazão instantânea qm, dados os valores Exemplos de esquemas completos para
de µ1, ρ1, D, ∆p e d. cálculo iterativo são dados a seguir, em
forma de tabela.
• o diâmetro do orifício d e β, dados os
valores de µ1, ρ1, D, ∆p e qm.
• a pressão diferencial ∆p, dados os valores
de µ1, ρ1, D, d e qm.
• os diâmetros D e d, dados os valores de
µ1, ρ1, β, ∆p e qm.
APOSTIILA\METROLOGIA NIS80.DOC 29 MAI 96

O princípio é reagrupar em um único membro


todos os valores conhecidos da equação de
vazão instantânea básica:

π 2 ∆pρ1
qm = Cε1 d 2
4 1− β 4
e os valores desconhecidos no outro
membro.
O membro conhecido é assim a invariante do
problema.
Assim, o primeiro chute X1 é introduzido no
membro desconhecido e resultante em uma
diferença δ1 entre os dois membros. O
cálculo iterativo possibilita um segundo chute
X2 a ser substituído para obter δ 2.
Assim, X1, X2 δ1 e δ2 são entrados em um
algoritmo linear que computa X3 ... Xn e d3 ...
δn até δ n ser menor que um valor dado ou
até que dois valores sucessivos de X ou de d
sejam vistos como iguais para uma dada
precisão.
Um exemplo de um algoritmo linear com
rápida convergência é
X n − 1 − Xn − 2
Xn = Xn − 1 − δ n − 1
δn −1 − δn − 2
Se as computações são feitas usando uma
calculadora numérica programável, o uso de
um algoritmo linear reduz muito pouco o
cálculo resultante de substituições
sucessivas no caso de computações

28

Você também pode gostar