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Por Eduardo Aquino

Fundamentos e Aplicações da Energia Solar


Fotovoltaica

Ficha Técnica
Criado e Escrito por: Eduardo Aquino
Edição: Eduardo Aquino
Revisão e correções: Isabela Aquino
Imagens: Eduardo Aquino

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Sumário

Introdução 4
A Radiação Solar 5
A Célula Fotovoltaica 6
Silício Poli Cristalino (poly-Si) 6
Painel Solar Policristalino já pronto 7
Silício Mono Cristalino (mono-Si) 7
Painel Solar Mono Cristalino já pronto 8
O Efeito Fotovoltaico 9
A Absorção de Luz por um Semicondutor 11
Os tipos de Sistema Solar Fotovoltaico 11
Sistema Solar Fotovoltaico On-Grid 11
Sistema Solar Fotovoltaico Off-Grid 13
Painéis Solares ou Placa Fotovoltaica 15
Controlador de Carga 15
Baterias 16
Inversor de Tensão 17
Acessórios e Periféricos para Instalação 17
Suportes para Fixação 18
Conectores MC4 18
Instalação de Conector MC4 19
Cabos e Condutores Solar 21
Disjuntores 24

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Introdução
A Energia Solar Fotovoltaica consiste no processo de transformação da energia
luminosa, ou seja, a Luz do Sol em energia elétrica, não é uma tecnologia nova, ela existe
há muito tempo.
Este processo de transformação da luz (Fótons) em energia elétrica, foi observado pela
primeira vez em 1839 pelo físico Alexandre Edmond Becquerel. Logo em seguida, Adams
e seu aluno Richard Day no ano de 1877 desenvolveram o primeiro dispositivo sólido de
foto produção de eletricidade.
O dispositivo criado apresentava uma
eficiência de conversão de
aproximadamente 0,5%. Logo em
seguida as portas foram abertas para
que outros estudiosos e inventores
pudessem demonstrar seus
experimentos e assim contribuir com
melhorias. Alguns anos depois um
inventor chamado Charles Fritts
conseguiu duplicar a eficiência
atingida anteriormente de 0,5% para
cerca de 1%, e foi esta descoberta
que deu início as primeiras e verdadeiras células fotovoltaicas.
Embora tenha sido Russell Ohl quem inventou de fato a primeira Célula Fotovoltaica de
Silício, podemos considerar que a era moderna da Energia Solar Fotovoltaica teve seu
início em 1954 quando Calvin Fuller químico dos Laboratórios Bell, conseguiu
desenvolver um processo que foi chamado de dopagem do silício. Fuller partilhou a sua
descoberta com o físico Gerald Pearson, seu colega no Bell Labs e este, seguindo as
instruções de Fuller, produziu uma junção p-n ou díodo mergulhando num banho de lítio
uma barra de silício dopado com um elemento doador electrónico.
No entanto, as primeiras células fotovoltaicas produzidas tinham alguns problemas
técnicos que logo foram superados pela Química, quando Fuller dopou o silício
primeiramente com arsênio e depois com boro, obtendo células que exibiam uma
eficiência recorde de cerca de 6%. A primeira célula fotovoltaica comercial foi lançada
em 25 de Abril 1954 pelo Laboratório Bell.
E nos dias atuais em que vivemos já temos painéis com eficiência que chegam a casa dos
20%, ainda é pouco em relação a capacidade que o sol tem de gerar energia, ou seja, de
100% da irradiação solar que chega até a célula, apenas 20% no máximo é transformada
em energia elétrica efetiva.
E devido ao crescimento contínuo e exponencial da população, e com este crescimento
temos também o crescimento do consumo de energia em uma escala mundial, pois hoje
é praticamente impossível imaginarmos a vida sem energia elétrica.

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A energia elétrica mudou drasticamente seu estilo de vida, e nesta nova era em que
vivemos, o homem torna-se cada dia mais dependente da energia elétrica para suprir as
necessidades de consumo e de conforto.
No atual cenário mundial, com as oscilações nos preços, sobretudo dos combustíveis
fósseis, e a instabilidade política e econômica e a grande pressão para se controlar o
aquecimento global, surge uma forte necessidade para que se usufrua de energia
provenientes de fontes alternativas, menos poluentes e mais eficientes.
Mediante a estas questões citadas acima, a Energia Solar Fotovoltaica vem ganhando
espaço e crescendo em uma escala gigantesca nos últimos anos, principalmente de 2015
para cá, no atual momento que escrevo este material (2017), e com expectativas de
grande crescimento para os anos seguintes.
Mediante a este crescimento e a necessidade de bons materiais para estudo, resolvi
criar este material, pois quando decidi iniciar de vez neste seguimento, a cerca de um
ano atrás, senti falta de um bom material para estudos, pesquisas e análises para que
assim pudesse tomar decisões e fazer escolhas de que modelo de sistema adotar.
Realizei incansáveis buscas pela internet afora, e sempre encontrava materiais confusos,
e quando encontrava algo que parecia ser interessante, o preço era um tanto proibitivo
no cenário atual de nosso País, portanto decidi com o pouco que encontrei e o
conhecimento que já possuía, iniciar meu sistema mesmo assim, e junto registrar todo
o processo, e agora reúno aqui neste material o melhor do que absorvi com estudos e
práticas, e ainda continuo em constante estudo para trazer para as pessoas um
conhecimento mais apurado e com preço que se encaixa no orçamento atual, nesta
fonte incrível de geração de energia limpa, renovável e inesgotável.
Neste material você vai encontrar de forma básica as informações necessárias para
iniciar o seu sistema solar fotovoltaico, porém garanto que não vai ficar somente neste
início, pois irá realmente aprender como as coisas funcionam, irá se deparar com
algumas dificuldades que encontrei e junto lhe trago a solução adotada por mim e que
funcionou muito bem.

A Radiação Solar
Radiação Solar é a designação que é dada à energia radiante que é emitida pelo Sol, em
particular a que é transmitida sob a forma de radiação eletromagnética. Cerca da
metade desta energia é emitida na forma de luz visível na parte de frequência mais alta
do espectro eletromagnético, já o restante é emitido na frequência do infravermelho
como radiação ultravioleta. A radiação solar fornece ao globo terrestre anualmente
cerca de 1,5 x 10 18 kWh de energia que é correspondente a cerca de 10.000 vezes o
consumo mundial de energia neste mesmo período.
Portanto nos indica que além de ser responsável por toda a forma de vida na Terra,
podemos afirmar que esta é uma fonte de energia inesgotável, e devido a isto temos um
enorme potencial para utilização em meios de captação e conversor em outras formas
de energia, sobretudo elétrica e térmica.

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A forma de conversão de energia solar que será abordado neste material é a de se
transformar a energia solar em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico que é
possível através de um dispositivo que é conhecido por célula fotovoltaica, que você
pode conhecer um pouco na introdução que foi dada no início deste material.
Uma célula fotovoltaica é um componente optoeletrônico que conseguem converter
diretamente a luz solar em energia elétrica, e são constituídas de materiais
semicondutores, tendo o silício o material mais utilizado para a sua fabricação.

A Célula Fotovoltaica
Basicamente encontramos três tipos de células fotovoltaicas, e são elas: Poli Cristalina
(As mais populares e baratas), Mono Cristalina e as Thin Filme, e são bastante diferentes
umas das outras, principalmente no quesito eficiência.
Veja abaixo os dois tipos mais utilizados e mais fáceis de encontrar no mercado.

Silício Poli Cristalino (poly-Si)

Rendimento médio: 13 à 16.5%


Menor custo de fabricação se
comparado com células de silício
monocristalino, portanto as mais usadas.
Vida útil média: 20 a 40 anos
É o tipo de célula solar mais utilizada devido
ao seu baixo custo, porém tem um baixo
nível de eficiência se comparado com a
monocristalina, por exemplo. Se você tem
um painel solar em sua casa, há uma
grande chance que ele utiliza o silício cristalino como base para as suas células. As
células de silício policristalino são fatias de lingotes de silício cristalino que são tratadas
quimicamente para que possam produzir energia elétrica com a luz do sol através do
efeito fotovoltaico. São bastante frágeis, portanto quebram com imensa facilidade se
não for manuseada com muito cuidado.

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Painel Solar Policristalino já pronto
Ao lado temos um painel solar fotovoltaico
fabricado com células poli cristalina.

É composto basicamente das células, estrutura


em alumínio em seu entorno, uma resina que
se parece muito com vidro comum, porém
muito mais resistente, esta resina é depositada
por cima das células já devidamente montadas
e arranjadas.

Um material isolante na parte de trás, um tipo


de E.V.A que é fundido junto com a parte de
das células, também já devidamente
montadas.

Um conjunto de diodos para evitar que a


energia das baterias retorne para as células
evitando assim que as danifique.

E por fim os fios que são responsáveis por


efetuar a ligação do painel para assim fornecer
a energia gerada para um controlador de carga
e depois para as baterias.

Silício Mono Cristalino (mono-Si)

Rendimento médio: 14 à 21%


Custo elevado de fabricação, maior custo
para os painéis.

Vida útil média: 20 à 40 anos


A tecnologia utilizada nas células
monocristalinas é a mais antiga e também é
uma das mais caras dentre as demais,
porém este custo elevado é compensado
por uma eficiência mais alta, conforme
podemos ver na descrição acima.
Podemos reconhecer painéis com células de silício monocristalino, simplesmente
olhando de perto. Eles possuem uma cor uniforme, o que nos indica que foi utilizado
silício de alto grau de pureza, outra característica que ajuda a identifica-las são os cantos
levemente arredondados como se pode ver na imagem ao lado.

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Painel Solar Mono Cristalino já pronto
Como o painel de silício policristalino,
é composto por células solares,
porém monocristalinas, o que
garante uma maior eficiência na casa
dos 14% a 21%
Estrutura em alumínio em seu
entorno, uma resina que se parece
muito com vidro comum, porém
muito mais resistente, esta resina é
depositada por cima das células já
devidamente montadas e arranjadas.
As células são bem diferentes das
policristalinas, pois se reparar bem,
são mais escuras, e tem os cantos
chanfrados.
Não é recomendado a ligação de
painéis monocristalinos com
policristalino no mesmo arranjo, seja
em paralelo, em série ou série
paralelo, devido a algumas
diferenças, porém se resolver liga-los
junto tenha em mente de que a eficiência do sistema será sempre a do painel de menor
eficiência, neste caso o policristalino.
Acima foi abordado os dois tipos de painel solar fotovoltaico mais utilizados e de fácil
acesso, sendo que o policristalino é o mais fácil de ser encontrado no mercado, devido
a ter um custo menor, e a diferença no rendimento não ser tão grande, porém o preço
chega a ser o dobro o monocristalino em relação ao policristalino, por isso que o
policristalino é mais fácil de ser encontrado.
A escolha entre um e outro dependerá diretamente da aplicação, sendo que para uso
em residências, comércios e na maioria dos casos utilizamos o policristalino, e
conseguimos obter um bom rendimento, e geralmente com o preço de um mono
cristalino podemos comprar praticamente dois policristalino, o que no caso nos
proporciona o dobro de potência, e neste caso é mais vantajoso do que a pouca
eficiência a mais que o monocristalino oferece em relação ao policristalino.
Portando fica bem simples de entender por que está sendo bastante difundido a
tecnologia policristalina bem mais do que a monocristalina.

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O Efeito Fotovoltaico
Apesar de não ser de extrema importância você saber realmente como é transformado
a energia do sol em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico, acho que seria
muito bacana se entendesse como este efeito é obtido e assim a mágica realizada.
Como pode ver anteriormente, uma célula solar é feita de um material semicondutor
chamado de silício, o mesmo material utilizado na fabricação dos transistores e de
muitos semicondutores que encontramos na elétrica e na eletrônica.
Este material tem uma habilidade de converter a luz em energia elétrica, através do
efeito fotovoltaico, e não precisamos ter necessariamente um dia de sol muito forte
para que este efeito aconteça, basta apenas que tenhamos luz, porém quanto maior a
intensidade, mais energia é gerada.
O processo de conversão é realizado quando a luz do sol bate diretamente na célula, no
semicondutor de silício, a luz do sol é carregada de fótons, e quando o fóton incide na
superfície do silício, partículas carregadas que estão separadas pela estrutura molecular
deste semicondutor começam a se mover e se juntar, e temos o efeito fotovoltaico, e
então a geração de energia elétrica.
A imagem abaixo ilustra de forma simples como isto acontece.
Portanto, o efeito fotovoltaico é o
processo físico básico através do
qual uma
célula fotovoltaica converte luz
solar em eletricidade. A luz solar é
composta de fótons ou partículas
de energia solar. Estes fótons
contêm quantidades diferentes de
energia correspondente os
diferentes comprimentos de onda
do espectro solar.
Devido as condições práticas de
operação e das propriedades do
silício, é importante ressaltar que
o processo de conversão da luz em
eletricidade é afetado principalmente pela variação e temperatura da irradiação solar,
portanto quanto mais sol tivermos, mais energia será gerada através do efeito
fotovoltaico, porém o painel tem que estar a uma determinada temperatura que é
estipulada como “temperatura de trabalho” pelo fabricante.
Logo podemos afirmar aqui, que os painéis não deverão ser instalados de forma a
ficarem totalmente rentes ao telhado, principalmente quanto o telhado já tem as

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condições apropriadas de instalação, é normal ver painéis instalados grudados a telha,
e isto afeta a refrigeração dos painéis, portanto, sua eficiência.
Veja abaixo um exemplo de painel instalado rente ao telhado:
Nesta instalação, ainda
mais que o telhado é de
material metálico,
teremos uma perda de
rendimento dos painéis,
mesmo que se tenha uma
refrigeração nesta
instalação, ela é bem
pouca, e isso afeta
bastante a capacidade de
conversão de energia,
tendo em vista que em
eletricidade e eletrônica,
quanto mais quente um componente está, menos eficiente ele será, pois está havendo
perdas devido ao calor em excesso.
Agora veja um exemplo de painéis que nos trarão um melhor rendimento
Da forma que está acima,
apesar de estar assim
devido a orientação
geográfica, é o mais
indicado mesmo que a
orientação geográfica do
telhado atenda aos
requisitos, e a inclinação
também. É recomendado
que se instale os painéis com
um espaço entre o telhado,
assim os painéis terão uma
melhor refrigeração, e lhe
darão uma melhor eficiência e rendimento.

O Problema aqui é que o investimento com material de estrutura é um pouco maior, porém não
chega a ser um preço significantemente alto para que não o faça, outra questão que muitos
falam é o fato de que há a possibilidade de uma rajada de vento levar os painéis, porém afirmo
que isto é praticamente impossível, a não ser é claro um furacão, pois se reparar, o vento vai ter
por onde entrar e por onde sair por baixo dos painéis. Agora se fechar em volta, ai sim teremos
as chances aumentadas, e muito.

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A Absorção de Luz por um Semicondutor
A conversão fotovoltaica de energia depende da natureza quântica da luz pela qual
percebemos a luz como um fluxo de partículas – fótons – que carregam a energia.

Fótons (l) = hc/l

Onde h é a Constante de Planck, c é a velocidade da luz e l é o comprimento de onda.


Em um dia claro, cerca de 4,4 x 1017 fótons atingem um centímetro quadrado da
superfície terrestre por segundo. Porém somente parte destes fótons é realmente
convertido em eletricidade, ou seja, somente aqueles fótons que possuem energia
superior à da banda-gap.

Quando apenas um único fóton entra no semicondutor, ele pode ser absorvido e
promover o movimento de elétrons da banda de valência para a banda de condução,
devido a este assunto ser muito complexo e envolver muita teoria, não será abordado a
fundo por aqui, pois o principal intuito aqui é que você aprenda o básico do efeito, e o
máximo sobre a instalação e funcionamento, caso queira, poderá se aprofundar mais
nos estudos.

Os tipos de Sistema Solar Fotovoltaico


Temos atualmente dois tipos de sistema solar fotovoltaico que são bastante utilizados
mundo a fora para a geração e utilização da energia gerada por eles, o sistema On-Grid
é um sistema conectado à rede elétrica da concessionária de energia da sua região, e o
Off-Grid que trabalha independentemente da rede elétrica da concessionária, e não
podem ser conectados à rede elétrica e com baterias para armazenar a energia gerada.
Veremos mais abaixo um pouco sobre cada um dos sistemas, porém neste material será
abordado especificamente o sistema Off-Grid.

Sistema Solar Fotovoltaico On-Grid


Neste sistema conectamos a rede elétrica da concessionária de energia para que desta
forma possamos injetar a energia gerada pelos painéis solares, este sistema é conhecido
popularmente de Grid-Tie, e dispensa a utilização de baterias, o que facilita bastante sua
instalação e em teoria deixa o sistema mais barato, porém isto não é bem verdade.
Pois você não pode simplesmente comprar os equipamentos e ligar a rede elétrica da
sua casa, você precisará de um profissional, geralmente engenheiro ou eletrotécnico
devidamente qualificado e homologado pela concessionária da sua região, e este
profissional é quem fará todo o projeto e depois irá destinar os técnicos também
qualificados e devidamente homologados pela concessionária. Devido a este motivo que
afirmei acima que não é verdade que um sistema on-grid é mais barato que um sistema
off-grid, no on-grid irá economizar pelo fato de não ter que comprar baterias,
controladores de carga e fios, porém terá praticamente o mesmo custo que terá com o
profissional para homologar e certificar o seu sistema junto a concessionária local.

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Este processo é bastante burocrático, apesar de que nos últimos anos está bem mais
fácil, mas ainda assim é complicado, pois nem as concessionárias de energia e nem o
governo brasileiro quer que as pessoas tenham esse tipo de sistema, pois deixarão de
consumir energia, logo, deixarão de gastar com eles.
No sistema solar on-grid, a instalação é bastante simples, temos apenas a estrutura dos
painéis, os painéis, conectores, cabeamento e inversor, e basicamente se liga os painéis
em paralelo, faz-se o aterramento, faz-se a instalação dos fios até onde irão ficar os
inversores, conecta-se os fios aos inversores, e por fim se conecta os inversores a uma
tomada na rede elétrica.
Outra questão em relação ao off-grid, é que os inversores por terem que ser
homologados, tem um custo muito grande em relação a um inversor de mesma
potência, porém para off-grid.
Estes inversores são mais caros também devido a não simplesmente ser um inversor,
eles tem também que ter uma funcionalidade de avaliar a energia e forma de onda
presente na rede elétrica, e sincronizar-se com ela, de forma que a sua forma de onda
de saída seja idêntica à da rede elétrica, e por ter esta funcionalidade, é um outro motivo
que os tornam mais caros.
E por último, estes inversores geralmente tem funcionalidades extras, que é a de
mostrar o quanto já se produziu de energia, a corrente atual tanto de entrada quanto
de saída, a tensão do sistema, o quanto já gerou por um determinado período dentre
outras funções, e quanto maior for o número de funções, mais caro é este inversor.
No sistema on-grid, por não possuir dispositivo de armazenamento (Baterias), toda a
energia excedente produzida (aquela que não é utilizada pela residência ou pela
empresa) é enviada de volta à rede convencional de energia elétrica.

Com isso, o relógio medidor de energia elétrica gira no sentido contrário e esse
excedente é convertido em créditos de energia, que podem ser utilizados em momentos
onde a demanda é maior que a produção, dentro de um período de até 36 meses.

Com isso, apesar da residência ainda fazer uso da rede convencional de energia, há uma
economia na conta: você só paga a diferença entre o que é consumido e o que é
produzido. Esse tipo de sistema é regulamentado pela resolução normativa nº 482 da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 17 de abril de 2012, que é o que define
o mecanismo de compensação de energia.

Outro ponto positivo é que esses créditos conseguidos podem ser utilizados por outras
unidades consumidoras, desde que possuam o mesmo titular e façam parte da mesma
rede distribuidora.

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A imagem que encontrará abaixo irá ilustrar de uma forma bastante simples o
funcionamento deste sistema de geração de energia elétrica.

Na imagem acima, pode se reparar que temos o painel solar, o inversor, e este por
último ligado a uma tomada da rede elétrica, como já foi dito anteriormente.

Para que este sistema funcione, você terá que ter instalado em sua residência um
medidor de consumo bidirecional, ou seja é um medidor eletrônico que é capaz de medir
tanto o que você consome da rede da concessionária, quanto o que você produz e injeta
na rede, e assim a concessionária terá como fazer os cálculos no sistema de
compensação.

Então se você consumiu em um mês 500kWh e produziu 300kWh, então pagará apenas
200kWh, já se você consumiu os mesmos 500kWh mas produziu 750kWh, terá um bônus
de 250kWh que será válido para ser resgatado por um período de até 5 anos, porém
digamos que no mês seguinte não fez muito sol e você consumiu apenas 300kWh neste
mês, como você tem um bônus do mês acumulado no mês anterior, então pagará
apenas 50kWh.

Mas o sistema de compensação funciona apenas se você tiver instalado o seu sistema
de energia solar de forma legalizada, caso contrário, se o seu medidor for destes novos
já digitais, é um medidor bidirecional, portanto, se o seu consumo foi o citado acima de
500kWh e você produziu 300kWh, não se engane achando que o medidor irá marcar
apenas 200kWh, muito pelo contrário, o medidor irá somar os 500kWh consumido mais
os 300kWh produzido, e logo você irá pagar por 800kWh.

Sistema Solar Fotovoltaico Off-Grid


O sistema solar Off-Grid tem algumas diferenças em relação ao On-Grid, principalmente
o fato de que este sistema não está e nem poderá ser conectado à rede elétrica da
concessionária, portanto ele irá depender de mais equipamentos, como controlador de
carga e baterias, e também os inversores utilizados são diferentes, podendo também

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ser utilizado inversor de tensão de onda modificada dependendo dos equipamentos que
irá se beneficiar do sistema solar em questão.
Neste sistema, como dito acima, temos a necessidade de se utilizar mais equipamentos,
como é o caso de controlador de carga e de baterias, bem como mais cabeamento, pois
além de ligar os painéis ao controlador, temos a necessidade de ligar o controlador às
baterias, e as baterias ao inversor de tensão.
Este sistema é mais indicado para locais onde não se tem a presença de energia elétrica,
locais isolados, sítios, chácaras, dentre qualquer outra localização que se necessite de
energia elétrica, ou locais onde se tenha muita variação e oscilações na rede, porém
devido ao custo elevado de um sistema On-Grid, e também a burocracia que se encontra
a frente quando se pretende instalar um sistema On-Grid, o sistema solar Off-Grid vem
se popularizando cada dia mais no Brasil.
Uma das vantagens que um sistema solar off-grid oferece é a de que você pode iniciar
com apenas um painel solar, um controlador simples, e uma bateria pequena, bem
como um inversor de baixa potência, até mesmo para que se tenha um início, e ir
aumentando o sistema aos poucos de forma programada e escalada, coisa que para o
on-grid é praticamente impossível.
Outra vantagem que o off-grid traz em relação ao on-grid, é que em caso de falta de
energia elétrica, você ainda terá energia de acordo ao seu banco de baterias, e assim
ficar usufruindo da energia gerada. O sistema solar off-grid também é conhecido como
sistema solar isolado, devido ao fato de que não estão conectados a malha de energia
da concessionária de sua região. Como foi dito acima, um sistema solar fotovoltaico off-
grid é composto basicamente por quatro equipamento, e estes equipamentos conforme
disposto na imagem abaixo já simulando a instalação.

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Veja quais são os equipamentos básicos para este sistema, bem como a descrição e
função para cada um deles.

Painéis Solares ou Placa Fotovoltaica


Os painéis solares, ou placa solar fotovoltaica como
muitos as conhecem, são considerados, ou de fato
são o coração de todo o sistema, apesar de que
todos os equipamentos descritos aqui são de suma
importância, e na falta de um deles o sistema não
irá funcionar, mas os painéis são os responsáveis
por coletar a energia irradiada pelo sol, e converter
em eletricidade na forma de corrente contínua.
Você poderá ter um sistema com apenas um único
painel, como poderá ter vários ligados juntos, seja
em série quanto em paralelo, ligações estas que veremos mais à frente.

Controlador de Carga
Os controladores de carga são outro componente
fundamental para o sistema, como o próprio nome
diz, é ele quem faz o controle da energia gerada
pelos painéis e enviadas para as baterias, para que
desta forma não seja danificado as baterias, visto
que os painéis geralmente produzem uma tensão
(voltagem) acima do que é indicado e
recomendado para que se injete nas baterias para
que as mesmas sejam carregadas e fiquem prontas
para o uso.
Os controladores de carga, são divididos em duas
categorias, que são WM e MPPT. Além de diferenças físicas, existe uma diferença que é
a mais importante entre um controlador de carga PWM para o MPPT, que é a eficiência
e rendimento na hora de controlar e fornecer energia para as baterias.
Um controlador de carga PWM (Pulse Width Modulation) ou Modulação por Largura de
Pulso, é um controlador que faz uso desta tecnologia para que seja feito o controle da
quantidade de carga que é enviado para as baterias, porém este sistema não é tão
eficiente, pois simplesmente fazem o ajuste baseado em um oscilador de frequência de
forma bastante simples, o que os tornam bastante baratos.
Já os controladores de carga MPPT (Maximum Power Point Tracker) ou Rastreador do
Ponto Máximo de Potência, como seu nome mesmo nos diz, ele rastreia o ponto de
máxima potência de um ou mais painéis solares, para que assim sempre nos entregue o

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máximo de energia possível, nos trazendo cerca de 20% a 30% na eficiência na hora de
carregar o banco de baterias.
Isto é possível graças à um software, é programado em um microprocessador, e este
consegue pegar a energia excedente que os painéis estão gerando e a transforma-la em
corrente utilizável, e também os mais eficientes, tem um sistema de conversor DC-DC
com indutores, o que os tornam melhores ainda, porém os mais básicos que não contam
com o sistema de conversor DC-DC, são um pouco mais inferiores, porém funcionais e
garantido de se obter o máximo que seus painéis conseguem gerar em energia.

Baterias
As baterias se dividem em diversas
categorias, porém as mais
conhecidas são as automotivas e as
estacionárias, e se popularizando
nos últimos tempos as baterias de
gel. Cada uma delas tem suas
diferenças, e inclusive de fabricante
para fabricante, podem mudar muito
suas características, portanto é
sempre indicado a leitura do manual
técnico fornecido pelo fabricante para que se tenha pleno conhecimento do seu
funcionamento.
Apesar de as baterias mais indicadas para uso em sistema solar fotovoltaico, serem as
baterias estacionárias ou de gel, muitos utilizam baterias automotivas, e isto devido ao
preço final que uma bateria de gel ou estacionária custa em relação a uma automotiva,
e na maioria das vezes, com o preço de uma bateria estacionária é possível comprar
duas automotivas de mesma capacidade, logo é fácil de se entender por que muitos
preferem as automotivas.
Porém as baterias automotivas não foram feitas para longos períodos de uso constante,
nem para descargas profundas, o que as tornam não tão eficientes quanto as
estacionárias ou de gel, porém poderá utilizar baterias automotivas normalmente em
seu sistema solar, pois fazendo os cálculos verá que sairá praticamente o mesmo preço
em ter uma única estacionária ou duas de mesma capacidade, porém automotiva e o
tempo de autonomia será praticamente o mesmo.
O que estou afirmando acima é fruto de um ano de estudos com baterias em meu
sistema solar, pois utilizo tanto baterias automotivas, quanto estacionárias e de gel, e
aconteceu exatamente o que citei nas linhas acima.

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Inversor de Tensão
O Inversor de Tensão desempenha
uma importante função em um
sistema de energia solar
fotovoltaica, seja ele Off-Grid ou On-
Grid.
É ele o responsável por transformar
a energia em corrente contínua que
temos nas baterias, ou dos painéis
solares no caso de On-grid, em energia de corrente alternada que é, a mesma que temos
na tomada da rede elétrica em nossas casas, claro que para que esta energia seja
idêntica, o inversor tem que ser de onda senoidal pura, (que é o melhor tipo de inversor)
porém encontramos muitos de onda quadrada, ou onda senoidal modificada, estes não
são tão indicados, principalmente para uso com motores de indução que é o caso de
ventiladores, geladeiras, maquinas de lavar, micro-ondas, porém se for um inversor bem
feito e que suporte a potência demandada pelo equipamento a ser ligado nele, irá
funcionar muito bem.
Os inversores geralmente trabalham em sua entrada de corrente contínua com tensões
de entradas de 12 volts, 24 volts, 36 volts, 48 volts, 64 volts, ou até mais, mas o mais
comum é de 12 volts e 24 volts, e tensões de saída já na forma de corrente alternada,
geralmente em 110 volts ou em 220 volts, e aqui no Brasil na frequência de 60hz, porém
em outros países a frequência pode ser de 50Hz, mas esta é a única mudança
significativa.

Acessórios e Periféricos para Instalação


Os acessórios e periféricos para a instalação de um sistema solar fotovoltaico devem ser
considerados como indispensáveis, porém isto irá depender diretamente do tipo de
sistema que irá fazer a instalação, por exemplo, para um sistema solar On-Grid, não será
necessário nem o controlador de carga nem as baterias, já para o sistema Off-Grid, não
será necessário o uso de inversores Grid Tie.
Os periféricos, como Conectores, Cabo Y para ligação em paralelo, Cabo Solar,
Disjuntores, Quadro para distribuição, Suportes, são periféricos que considero
praticamente obrigatórios em um sistema de energia solar, pois são eles que irão
garantir além de um ótimo acabamento e aspecto profissional, a eficiência,
durabilidade, confiança e segurança ao seu sistema, pois o investimento não custa
barato para ser feito de qualquer maneira e muitos são bem baratos se comparado a
alguns materiais como painéis, baterias dentre outros.
Abaixo você irá conhecer estes periféricos e a função e utilidade de cada um em um
sistema de energia solar.

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Suportes para Fixação

Veja acima os tipos de suportes existentes para a fixação e instalação dos painéis solares,
é de extrema importância a utilização destes suportes, e assim garantir uma estrutura
firme e rígida para que não haja problemas com ventos, porém poderá fazer a sua
própria estrutura caso tenha um pouco de conhecimento, boa vontade e goste da ideia
de fazer você mesmo.

Conectores MC4
Estes conectores foram desenvolvidos
e patenteados por uma empresa
Alemã, e tem a sigla MC que é a
abreviação de Multi-Connect, e o 4 é
referente a versão atual.
Ele foi elaborado e desenvolvido
especialmente para ser utilizado em
sistema de energia solar fotovoltaica,
e se estabeleceu como padrão
mundial para conectores a ser
utilizado com painéis e sistemas
solares. Vou destacar abaixo algumas das vantagens em se utilizar os conectores MC4
em seu sistema de energia solar fotovoltaica.

• Fácil montagem e Acoplamento;


• Sistema de Travas automáticas e não se desconecta com facilidade;
• Instalação e um acabamento com aspecto totalmente profissional;
• Facilidade na conexão entre painéis, controlador de carga e inversores;
• Resistência a intempéries do tempo, proteções contra raios UV e umidade;
• Não é necessário cortar os conectores padrão dos painéis, e evitando assim
perda da garantia;
• Evita mal contato entre as conexões, evitando assim perdas no sistema.

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Instalação de Conector MC4
Conectores MC4 foram desenvolvidos especificamente para uso em sistemas de energia
solar fotovoltaico, e uma das principais vantagens encontradas neste tipo de conector é
a facilidade de manuseio e instalação.
Todo painel já vem com os cabos prontos de fábrica e já montados com conectores MC4,
portanto obtendo-se estes conectores para realizar a sua instalação, ficará muito mais
fácil e prático, seja ligação em série, ou em paralelo, ou mista série paralelo.
Para a ligação em paralelo, existem duas formas, que é utilizando conectores do tipo
Multi-Branch, ou cabos no formato Y.
Já a ligação em série geralmente é feita utilizando os próprios conectores dos painéis
sendo ligados positivo com negativo, e um se encaixa perfeitamente no outro, sobrando
apenas dois fios com dois conectores no final, sendo um positivo e o outro negativo.
Junto com o material do curso você irá encontrar uma Apostila com o manual do
conector MC4, e que tem um passo a passo bem completo de como deverá proceder
para realizar a montagem deste tipo de conector.
Veja abaixo a imagem que contém o tipo de alicate que é utilizado para a montagem de
um conector MC4, conhecido como Alicate de Crimpagem, e vale ressaltar que caso você
não tenha um alicate deste, não será necessário a compra, pois ele pode ser facilmente
substituido por um alicate convencional, ou alicates de bico.

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Veja também na próxima imagem a ilustração que exemplifica a ligação de painéis
utilizando conectores MC4.

Veja que existe tanto cabos quanto conectores direto e que juntos permitem realizar as
mais diversas ligações necessárias para se obter o arranjo de painel necessário para o
seu sistema de energia solar fotovoltaico.
Este tipo de conector facilita e muito as ligações, bem como proporcionam maior
confiabilidade e segurança para o seu sistema, e além de terem um sistema de encaixe
com vedação, o que não permite a entrada de água e assim evita oxidações e problemas
de mal contato, e assim trazendo vários outros problemas para um sistema solar.

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Cabos e Condutores Solar
Por mais absurdo que possa ser,
existem sim cabos específicos para
ser utilizados em energia solar,
principalmente para uso externo,
onde ficarão expostos as
intempéries do tempo, como Sol,
veja só, o Sol que é o que gera
nossa energia, também é um vilão
quando falamos de fios e cabos
expostos a irradiação emitida por ele, e também a chuva e a poeira.
Outra questão que é de extrema importância, é que cabos utilizados em sistema solar
devem apresentar uma queda de tensão máxima de 2% entre os painéis solares e o
controlador de carga.
Já do controlador para as baterias e das baterias para o inversor, a queda de tensão não
poderá exceder mais que 1% da tensão nominal do sistema, e outro fator importante é
que tal condutor deverá ser capaz de suportar entre 115% e 125% da corrente nominal
de curto circuito dos painéis solares.
Logo fica bem fácil entender que não é qualquer tipo de cabo que poderá ser utilizado
em sistema solar fotovoltaico, até mesmo porque estamos trabalhando com Energia
Elétrica na forma de Corrente Contínua, e há uma grande diferença entre a Corrente
Alternada.
Para que se evite estas quedas de tensão, e consiga trabalhar dentro da margem
tolerável descrita acima, é importante consultar a tabela de máxima distância permitida
para que não ultrapasse em hipótese alguma, estas distâncias, sob pena de ter perdas
consideráveis em seu sistema mesmo utilizando cabos fabricados especificamente para
energia solar.
A distância que deve ser levada em consideração é o comprimento do par de condutores
que deverá ser medido entre os pontos a serem conectados, por exemplo, painel solar
e controlador de carga, principalmente entre o controlador de carga e baterias, e neste
quanto menor a distância menos perdas terá em seu sistema, pois este é o ponto onde
temos o maior nível de corrente circulando, principalmente para potências acima de
1000 watts.
Levando em consideração e seguindo todos estes quesitos descritos acima na questão
de condutores, você estará garantindo uma maior eficiência do seu sistema de energia
solar e, contudo, um ótimo aproveitamento.

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Veja abaixo uma tabela que irá lhe ajudar nestas medidas.

É necessário também se atentar que para toda e qualquer instalação que se utiliza
energia em corrente contínua, ou DC, você deverá se atentar as polaridades, pois em
corrente continua temos positivo e negativo e a inversão dos fios que chamamos de
inversão de polaridade poderá acarretar em danos muitas vezes irreversíveis ao sistema
e aos equipamentos.
A maioria dos equipamentos vem projetados para suportar a inversão de polaridade,
mas devido as correntes muito altas que circulam em sistemas como este,
principalmente do controlador de carga para o inversor como já vimos, isto é fatal para
a maioria dos equipamentos, sobretudo se não forem bem projetados para suportar tal
inversão de polaridade.
Outra coisa importante que deverá ser respeitada é a convenção de cores dos
condutores, para que assim tenha um sistema dentro das normas Brasileiras e
Internacionais, ou seja vermelho ou azul para o condutor positivo, e preto ou marrom
para o negativo, porém recomendo que sempre utilize o vermelho para positivo e preto
para o negativo.
E para facilitar o entendimento e manutenções futuras, deverá identificar todos os
condutores de forma a facilitar o entendimento da instalação.
Deverá também utilizar condutores de cores diferentes para a corrente AC, ou seja o
que sai dos inversores, e o correto é que se respeite a convenção de cores para estes
condutores de acordo com a NR10, que no caso para a faze deverá ser sempre preto,
vermelho ou branco, e para neutro sempre azul.
Em inversores mais simples e comum, não temos nem faze nem neutro, porém deverá
respeitar a convenção de cores mesmo assim, e neste caso deverá ler o manual do

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inversor para saber qual das saídas da tomada tem um neutro simulado, existe um
padrão para isto, e poderá ser visto na imagem abaixo.

Os padrões de tomadas e adaptadores mostrados na imagem acima são os mais comuns


encontrados no Brasil, sendo que a tomada do lado direito é o padrão novo adotado no
Brasil.
Toda a conexão dos condutores deverá ser efetuada com terminais nas pontas dos fios
devidamente montados e sem estanho, e deverão ser afixados muito bem a fim de evitar
mal contato e assim aumentar as perdas no sistema, e as vezes até mesmo a queima de
algum equipamento, pois quando temos mal contato, teremos um superaquecimento e
as vezes fagulhas, e isto gera um arco voltaico que é prejudicial para os equipamentos,
sobretudo para as conexões que se deterioram com o passar do tempo.
O cabo solar tem durabilidade de 20 a 30 anos, são duplamente revestidos com proteção
térmica e contra ação UV, foram fabricados exclusivamente para sistemas fotovoltaicos
OBS: A instalação também pode ser feita com fio comum, basta que utilize um
eletroduto para proteger o cabo e utilize identificação de cores para negativo e positivo.
Utilize somente fiação de qualidade comprovada e dentro das normas da ABNT. Fios de
baixa qualidade ou fora de especificação irá comprometer o rendimento do sistema,

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provocando perda de energia, aquecimento e mal contato. Veja na tabela abaixo a bitola
de fio a ser utilizado aplicando-se a distância e a corrente de seu sistema. Os dados são
para fio flexível singelo com perda máxima até 5% da tensão em 12 Vdc. Para sistemas
em 24 Vdc multiplique a distância por 2.

Disjuntores
Disjuntores são dispositivos
elétricos que tem a função de
proteger os condutores de uma
instalação elétrica, ao contrário do
que muitos pensam que
disjuntores protegem
equipamentos ligados a rede
elétrica, ou seja eles até protegem
sim um equipamento, pois no caso
de uma sobrecarga no circuito ele
irá desarmar e neste caso
protegerá o equipamento também, mas a sua função principal é proteger os condutores
da instalação, evitando assim o rompimento do condutor e até mesmo incêndios devido
a superaquecimento devido a sobre corrente.
Como pode ver na imagem acima, existem diversos tipos e modelo de disjuntores e cada
tipo ou modelo é específico para um determinado circuito.
No sistema de energia solar será utilizado disjuntores em dias e etapas distintas do
circuito, e deverão der disjuntores específicos para cada uma das etapas.
Temos a primeira etapa ou parte do sistema que são os painéis solares, onde temos
corrente contínua, e nesta parte deverá ser utilizado disjuntores para corrente DC, ou
corrente contínua e deverá ser empregado nos condutores que vem dos painéis solares
antes de ligar estes condutores no controlador de carga.
Poderá ser também utilizado disjuntores para corrente alternada ou AC, porém deverão
ser disjuntores de Curva B, pois estes oferecem menores perdas para o sistema e se
assemelham muito aos disjuntores para corrente DC.
Ainda na primeira etapa, deverá adicionar disjuntores entre o controlador de carga e as
baterias, e também deverá ligar disjuntores entre as baterias e o inversor, então aqui é
a nossa primeira etapa que é a parte de corrente contínua, note que devemos adicionar
disjuntores em 3 partes desta etapa, pois devemos proteger muito bem estas partes
para evitar problemas futuros.
Na segunda etapa da instalação deverá ser utilizado disjuntor para proteger os
condutores que sai do inversor para os equipamentos alimentados pelo inversor, e para
esta parte deverão ser disjuntores para corrente AC e nesta parte também a função dos

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disjuntores será a de proteger os condutores entre o inversor e os equipamentos nele
ligado.
Pergunta básica: Existem disjuntores para corrente contínua e para corrente alternada?
A resposta é SIM, outra pergunta muito comum: Qual a diferença entre disjuntor de
corrente DC com um disjuntor de corrente AC? A resposta: Os princípios que estão por
trás do funcionamento são os mesmos. A lâmina bi metálica da parte térmica funciona,
a bobina da parte magnética também funciona. A única preocupação a ter geralmente
é na polaridade, é preciso respeitar, devido às técnicas usadas para suprimir o arco-
eléctrico. Se usarem a técnica do sopro magnético, a polaridade deve ser respeitada,
para que o arco vá para o sitio correto. Mas nada melhor que consultar os catálogos dos
fabricantes.
Em instalações pequenas com pouca amperagem vindo dos painéis podem ser usados
disjuntores comum de corrente alternada no lugar de corrente contínua. Lembrando
que existem diferenças entre os dispositivos e a recomendação é usá-los corretamente
de acordo com as suas correntes CC ou DC.

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