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a criação das espécies por Deus, a-

Aula 1 crescentavam que, quando se verifica-


va uma imperfeição no mundo vivo,
esta se devia ao ambiente, que era
Evolução.
corrupto e mutável, portanto imperfei-
to.

1.1. Teoria do Fixismo ou Cria- Assim, e segundo esta teoria, o a-


cionismo parecimento de novas espécies era
impensável, bem como a extinção de
Teoria que afirmava que os seres outras.
vivos foram criados na forma atual
porque eles não se alteram no decor-
rer dos anos. O nome deriva da idéia
de que os indivíduos permanecem fi-
xos e imutáveis. Afirma-se que os se-
res existentes atualmente existem
desde o início da Terra. Foi proposta
pelo naturalista, Georges Cuvier, o
fixismo seguiu sendo aceito até o sé-
culo XVIII com a afirmação de que os
seres vivos haviam sido criados por 1
um poder divino. Posteriormente, sur-
giram as teorias evolucionistas que
Figura 1 - Formação natural dos seres
contrariavam seus pensamentos.
vivos
1.1.1. Princípios do Fixismo
 Espécies permanentes;
O criacionismo assenta também no
 Espécies perfeitas;
princípio fixista, visto que postula que
 Espécies Imutáveis; a partir dessa criação divina, todas as
 Independente das outras. espécies continuam semelhantes des-
O criacionismo era visto por teólo- de a sua criação. Esta teoria justifica
gos e filósofos de modos diferentes: os as imperfeições com as condições do
teólogos afirmavam que Deus, o ser mundo material, esse sim, corrupto e
supremo e perfeito, tinha criado todos imperfeito.
os seres e, uma vez que era perfeito,
tudo o que criava era perfeito também,
pelo que as espécies foram colocadas 1.2. Teoria da Evolução
no mundo já adaptadas ao ambiente A Teoria sintética da evolução ou
onde foram criadas, e permaneceram Neodarwinismo foi formulada por vá-
imutáveis ao longo dos tempos; os rios pesquisadores durante anos de
filósofos, embora também apoiassem estudos, tomando como essência as
noções de Darwin sobre a seleção na- maiores chances de sobreviver,
tural e incorporando noções atuais de quando comparados aos organis-
genética. A mais importante contribui- mos com variações menos favorá-
ção individual da Genética, extraída veis.
dos trabalhos de Mendel, substituiu o  Os organismos com essas varia-
conceito antigo de herança através da ções vantajosas têm maiores chan-
mistura de sangue pelo conceito de ces de deixar descendentes. Como
herança através de partículas: os ge- há transmissão de caracteres de
nes. A teoria sintética considera, con- pais para filhos, estes apresentam
forme Darwin já havia feito, a popula- essas variações vantajosas.
ção como unidade evolutiva. A popula-  Assim, ao longo das gerações, a
ção pode ser definida como grupamen- atuação da seleção natural sobre
to de indivíduos de uma mesma espé- os indivíduos mantém ou melhora o
cie que ocorrem em uma mesma área grau de adaptação destes ao meio.
geográfica, em um mesmo intervalo de
tempo.
Os princípios básicos das idéias de
Darwin podem ser resumidos no se-

2 guinte modo:
 Os indivíduos de uma mesma es-
pécie apresentam variações em to-
dos os caracteres, não sendo, por- Figura 2 - Seleção por melhor adapta-
tanto idênticos entre si. ção ao meio
 Todo organismo tem grande capa-
cidade de reprodução, produzindo
muitos descendentes. Entretanto, 1.3. Teoria de Lamarck
apenas alguns dos descendentes Lamarck, naturalista francês, foi o
chegam à idade adulta. primeiro a propor uma teoria sintética
 O número de indivíduos de uma da evolução. Sua teoria foi publicada
espécie é mantido mais ou menos em 1809, no livro Filosofia Zoológica.
constante ao longo das gerações. Ele dizia que formas de vida mais sim-
 Assim, há grande "luta" pela vida ples surgem a partir da matéria inani-
entre os descendentes, pois apesar mada por geração espontânea e pro-
de nascerem muitos indivíduos, gridem a um estágio de maior comple-
poucos atingem a maturalidade, o xidade e perfeição.
que mantém constante o número Em sua teoria, Lamarck sustentou
de indivíduos na espécie. que a progressão dos organismos era
 Na "luta" pela vida, organismos guiada pelo meio ambiente: se o am-
com variações favoráveis ás condi- biente sofre modificações, os organis-
ções do ambiente onde vivem têm mos procuram adaptar-se a ele.
Nesse processo de adaptação, um po do organismo provocadas pelo
ou mais órgãos são mais usados do uso ou desuso são transmitidas aos
que outros. O uso ou o desuso dos descendentes.
diferentes órgãos alterariam caracte- Vários são os exemplos de aborda-
rísticas do corpo, e estas característi- gem lamarquista para a evolução. Ou-
cas seriam transmitidas para as próxi- tro exemplo se refere às aves aquáti-
mas gerações. Assim, ao longo do
cas, que se teriam tornado pernaltas
tempo os organismos se modificariam, devido ao esforço que faziam para es-
podendo dar origem as novas espé- ticar as pernas e assim evitar molhar
cies. as pernas durante a locomoção na
Segundo Lamarck, portanto, o prin- água. Após várias gerações, teriam
cípio evolutivo estaria baseado em sido originadas as atuais aves pernal-
duas leis fundamentais: tas.
 Lei do uso ou desuso: no proces-
so de adaptação ao meio, o uso de
determinadas partes do corpo do
organismo faz com que elas se de-
senvolvam, e o desuso faz com que
se atrofiem;
3

Figura 4 - Adaptação das pernas das


aves

Figura 3 - Adaptação da girafa no meio


em que vive Na época, as idéias de Lamarck fo-
ram rejeitadas, não porque falavam na
herança das características adquiridas,
Um exemplo clássico da lei do uso mas por falarem em evolução. Não se
e do desuso é o crescimento do pes- sabia nada sobre herança genética e
coço da girafa. Segundo Lamarck: De- acreditavam-se que as espécies eram
vido ao esforço da girafa para comer imutáveis. Somente muito mais tarde
as folhas das arvores mais altas o os cientistas puderam contestar a he-
pescoço do mesmo acabou crescendo. rança dos caracteres adquiridos. Uma
 Lei da transmissão dos caracte- pessoa que pratica atividade física terá
res adquiridos: alterações no cor- musculatura mais desenvolvida, mas
essa condição não é transmitida aos 1.4. Lei do Uso e Desuso
seus descendentes.
A Lei Do Uso e Desuso, explica as
modificações que leva à adaptação
isto é:
 A necessidade cria um órgão;
 A função modifica-o.
Se um órgão é muito utilizado de-
senvolve-se, tornando-se mais forte,
vigoroso ou de maior tamanho.
Nos animais que não passaram o
limite do seu desenvolvimento o uso
mais frequente e continuo de um órgão
Figura 5 - Quadro comparativo das
fortalece, desenvolve e aumenta gra-
idéias de Lamarck e Darwin
dualmente esse órgão.
Por outro lado a não utilização
A primeira suposição da Lamarck é permanente de qualquer órgão causa

4
válida: o uso a o desuso provocam o seu enfraquecimento e deteorização
alteração nos organismos. Assim, sa- e diminui progressivamente a sua ca-
bemos que os atletas desenvolvem pacidade para funcionar, até que fi-
seus músculos através do uso, en- nalmente desaparece.
quanto que a paralisação das pernas, A Lei Do Uso e Desuso é: "Aquela,
por exemplo, determina atrofia. A falha que quanto mais usa cresce, e quanto
está na segunda hipótese: caracteres menos usa encolhe".
adquiridos por uso e desuso nunca
são transmitidos aos seus descenden-
tes. 1.5. Leis dos Caracteres Adquiri-
dos
O golpe definitivo no lamarquismo
foi dado por Weismann, nas suas fa- A herança de caracteres adquiridos
mosas experiências cortando caudas é uma hipótese acerca de um meca-
de camundongos por sucessivas gera- nismo de hereditariedade através do
ções a mostrando que não havia atro- qual mudanças na fisiologia adquiridas
fia dessa apêndice. Ele foi o autor da durante a vida de um organismo (como
teoria da "continuidade do plasma o aumento de um músculo através do
germinativo", pela qual o germe é i- uso repetido) podem ser transmitidas à
mortal, sendo as alterações provoca- descendência.
das pelo meio ambiente na soma não É também comumente referida co-
transmissíveis aos descendentes. mo teoria da adaptação.
As modificações dos indivíduos, veis tenderiam a quase desaparecer
explicadas pela Lei do uso e do desu- com o passar dos tempos.
so permitiam aos indivíduos uma me-
lhor adaptação ao meio, sendo trans-
mitidas à descendência - Lei dos ca-
racteres adquiridos. Segundo esta lei,
as modificações que eram produzidas
ao longo da sua vida, como conse-
qüência do uso ou desuso dos órgãos,
são hereditárias, passando de geração
em geração, e originam mudanças
morfológicas no conjunto da popula-
ção.

Figura 6 - Evolução pela teoria Darwi-


1.6. O Darwinismo
nista
Darwinismo é um termo prático que
se refere aos estudos desenvolvidos
Em qualquer população encontra-

5
por Darwin e sua implicação nos estu-
dos do meio ambiente, do processo remos indivíduos diferentes, seja inter-
evolutivo dos seres vivos e da própria namente, seja externamente. Essas
organização da vida no planeta. variações podem ocorrer através, por
exemplo, de mutações ao acaso, alea-
Darwin, através dos estudos reali-
tórias, e que, quando da reprodução
zados por Malthus, sabia que o poten-
desse indivíduo, essas informações
cial de crescimento das populações é
são transmitidas aos descendentes.
muito maior do que o potencial do
meio ambiente em gerar recursos para Entretanto, uma vez que os recur-
manter e alimentar os indivíduos, as- sos do ambiente são limitados e não
sim concluiu que haveria uma compe- podem suportar o crescimento infinito
tição entre os mesmos, sendo que a- de uma população, a idéia da competi-
queles que apresentam variações que ção entre indivíduos de uma mesma
favoreçam sua sobrevivência serão os espécie explicaria por que alguns so-
que conseguirão deixar maior número brevivem e porque outros morrem. As-
de descendentes. sim, quem se alimenta e vive mais
tem, consequentemente, maiores
Os indivíduos que apresentassem
chances de se acasalar e deixar mais
características menos favoráveis en-
descendentes.
contrariam dificuldade para competir,
reproduzir e sobreviver. Dessa forma, O Darwinismo é um mecanismo
através da seleção natural, os indiví- que provoca contínuas mudanças em
duos com características desfavorá- populações de seres vivos e podemos
decompor esse mecanismo em cinco elevado de indivíduos. Nesse caso a
referenciais: seleção natural não ocorre, pois “neu-
tralizamos” sua ação.
 Variação – os indivíduos não são
totalmente semelhantes, mesmo
que tenham o mesmo parentesco.
Essa variabilidade contribui para o
processo evolutivo ao apresentar
em diferentes indivíduos caracterís-
ticas diversas.
 Herança – a forma como se dá a
passagem das características foi
um fator que intrigava Darwin, mas
ele não conseguiu resposta conclu-
siva sobre o assunto. A resposta
veio com a Genética.
 Seleção – a competição pelos re-
cursos ambientais seria um fator
determinante para a evolução de

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uma espécie. Figura 7 - Animais criados em cativeiro
 Tempo – a seleção natural não se
processa em curtos intervalos de
Darwin observou, em relação à in-
tempo. Temos também que o am-
fluência do homem no processo de
biente está em constante modifica-
criação de animais, que ao realizar a
ção, ocasionando mudanças contí- escolha de características que aten-
nuas. dam à sua necessidade, também reali-
 Adaptação – seria a característica za um tipo de seleção, que ele chamou
que favorece a sobrevivência dos de Seleção Artificial. Dessa forma te-
indivíduos em um determinado am- mos as diferenças apresentadas entre
biente. Os indivíduos apresentam o porco selvagem e o porco domésti-
adaptações diferentes ao mesmo co, por exemplo.
ambiente, mas pela seleção natu-
ral, somente aquele que for mais
apto conseguirá sobreviver. 1.7. A Teoria Proposta por Dar-
Darwin também estudou animais win e Wallace
que são criados em cativeiro. Obser- A genialidade de Darwin, a forma
vou que quando fornecemos a esses com a qual ele repentinamente trans-
as condições ideais para sua sobrevi- formou a biologia em 1859 com a pu-
vência, todos os indivíduos têm as blicação de A Origem das Espécies,
mesmas chances de sobreviver, al- pode algumas vezes dar a má impres-
cançando rapidamente um número são de que a teoria da evolução foi
completamente elaborada por ele sem pescoço variava entre os indivíduos
nenhum precedente na história da ci- das antigas populações de girafas.
ência. Entretanto, o passado tem nos Essa variação era de natureza heredi-
mostrado que todo o material da teoria tária. Indivíduos com pescoço mais
de Darwin já era conhecido há déca- longo alcançavam o alimento dos ra-
das. mos mais altos das árvores. Por isso,
tinham mais chance de sobreviver e
deixar descendentes.
A seleção natural, privilegiando os
indivíduos de pescoço mais comprido
durante milhares de gerações, é res-
ponsável pelo pescoço longo das gira-
fas atuais.
É obvio que a mortalidade seria
maior entre os indivíduos menos adap-
tados ao meio, pelo processo de esco-
lha ou “seleção natural” – uma escolha
Figura 8 - Charles Darwin (à esquerda) efetuada pelo meio ambiente. Restan-
e Alfred Wallace

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do apenas as girafas que melhor se
adaptaram ao ambiente.
Quando Darwin e Wallace leram Os animais de pescoço longo al-
Malthus, lhes ocorreu que tanto os a- cançavam as folhas mais altas das
nimais quanto as plantas também po- árvores e levavam vantagem para se
deriam sofrer essa pressão populacio- alimentar. Por isso, tinham mais chan-
nal. Deve levar muito pouco tempo ces de sobreviver. Com o tempo, os
para o mundo estar coberto de besou- animais de pescoço curto desapare-
ros ou minhocas. Entretanto o mundo cem e só sobraram as girafas de pes-
não está infestado deles, nem de outra coço longo, do jeito que conhecemos
espécie, porque eles não são capazes hoje.
de reproduzir com seu potencial com-
pleto. Muitos morrem antes de se tor-
narem adultos. Eles são vulneráveis a
secas e invernos rigorosos entre ou-
tras agressões ambientais.

1.8. A Explicação do Darwinismo


para o Pescoço das Girafas
Os ancestrais das girafas, de acor-
do com o documentário fóssil, tinham
pescoço mais curto. O comprimento do Figura 9 - Seleção natural das girafas
1.9. O que Faltou para que a Teo- mum, dos quais herdaram um plano
ria de Darwin fosse Completa básico de estrutura corporal.
O conceito da seleção natural foi o- 1.10.1. Semelhanças embrioná-
riginalmente desenvolvido por teólo- rias
gos, que olhavam para ela como força As semelhanças entre os embriões
de preservação das criaturas distintas. de determinados grupos de animais
Darwin legou que a seleção natural, se são ainda maiores do que as seme-
tivesse o tempo suficiente, poderia na lhanças encontradas nas formas adul-
verdade criar os novos tipos. tas. Por exemplo, é difícil distinguir
Darwin observou, por exemplo, que embriões jovens de peixes, sapos, tar-
o tamanho médio dos bicos dos tenti- tarugas, pássaros e seres humanos,
lhões aumentava durante os anos todos pertencentes ao grupo dos ver-
mais secos, mas mais tarde observou tebrados. Essa semelhança pode ser
que este tendência era revertida du- explicada se levarmos em conta que
rante os anos menos secos. durante o processo embrionário é es-
boçado o plano estrutural básico do
Isto não quer dizer que Darwin esti-
corpo, que todos eles herdaram de um
vesse totalmente errado, e nem que a
ancestral comum.

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teoria da Evolução não tenha o seu
lado fático e real. Mas sim, que é ne-
cessário que existam outros “meca-
nismos” por trás das cortinas para que
a coisa funcione. E estes “mecanis-
mos”, seriam fruto de uma fonte “inteli-
gente”.
Assim, a nova teoria do “Projeto In-
teligente” da evolução das espécies é
hoje considerada absolutamente cien-
tífica, e até mesmo com fundamentos
mais sólidos do que os da teoria ante-
rior.

Figura 10 - Semelhanças embrionárias


1.10. As Evidências da Evolução
A asa de uma ave, a nadadeira an-
terior de um golfinho e o braço de um 1.10.2. Órgãos ou estruturas ho-
homem, ainda que muito diferentes, mólogos
possuem estrutura óssea e muscular Certos órgãos ou estruturas se de-
bastante parecidas. A semelhança po- senvolvem de modo muito semelhante
de ser explicada admitindo-se que es- nos embriões de todos os vertebrados.
ses seres tiveram ancestrais em co- São os órgãos homólogos. Apesar de
terem a mesma origem embrionária, 1.10.3. Será que os Homens des-
os órgãos homólogos podem ter fun- cendem dos macacos?
ções diferentes, como é o caso do
braço humano e da asa de uma ave, Um dos argumentos usados para
por exemplo. defender o evolucionismo é o da Ana-
tomia Comparada. Na imagem que se
segue podemos verificar a existência
de órgãos homólogos (órgãos que têm
a mesma origem, a mesma estrutura
básica e posição idêntica no organis-
mo, podendo desempenhar funções
diferentes) entre o homem e outro pri-
mata.
Figura 11 - Órgãos ou estruturas ho-
mólogos

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Órgãos ou estruturas análogos
Se dois órgãos ou estruturas de-
sempenham a mesma função, mas
têm origem embrionária diferente, são
chamados análogos. As asas de aves
e de insetos, por exemplo, são estrutu-
ras análogas: ambas servem para vo-
ar, porém suas origens embrionárias
são totalmente distintas.

Figura 13 - Evolução do Homem

Figura 12 - Órgãos ou estruturas aná-


logos
meio ambiente físico, ou seja, o

Aula 2 biótopo (formado por fatores abióti-


cos como: solo, água, ar) mais a
Ecologia. comunidade (formada por compo-
nentes bióticos - seres vivos) que
com o meio se relaciona.
 Habitat – é o lugar específico onde
2.1. Conceitos Ecológicos
uma espécie pode ser encontrada,
Os organismos da Terra não vivem isto é, o seu "endereço" dentro do
isolados interagem uns com os outros ecossistema. Exemplo: uma planta
e com o meio ambiente. Ao estudo pode ser o habitat de um inseto, o
dessas interações chamamos Ecologi- leão pode ser encontrado nas sa-
a. vanas africanas, etc.
A palavra ecologia vem de duas pa-  Biótopo – área física na qual de-
lavras gregas: Oikós que quer dizer terminada comunidade vive. Por
exemplo, o habitat das piranhas é a
casa, e logos que significa estudo. E-
água doce, como, por exemplo, a
cologia significa, literalmente a Ciência
do rio amazonas ou dos rios do
do Habitat.
complexo do pantanal o biótopo rio
10 tes
2.1.1. Alguns conceitos importan- amazonas é o local onde vivem to-
das as populações de organismos
 Espécie – é o conjunto de indiví- vivos desse rio, dentre elas, a de
duos semelhantes (estruturalmente, piranhas.
funcionalmente e bioquimicamente)  Nicho ecológico – é o papel que o
que se reproduzem naturalmente, organismo desempenha, isto é, a
originando descendentes férteis. "profissão" do organismo no ecos-
sistema. O nicho informa às custas
Ex.: homo sapiens
de que se alimenta, a quem serve
 População – é o conjunto de indi-
de alimento, como se reproduz, etc.
víduos de mesma espécie que vi-
Exemplo: a fêmea do anopheles
vem numa mesma área em um de-
(transmite malária) é um inseto
terminado período.
hematófago (se alimenta de san-
 Comunidade ou biocenose – é o gue), o leão atua como predador
conjunto de populações de diversas devorando grandes herbívoros,
espécies que habitam uma mesma como zebras e antílopes.
região num determinado período.  Biosfera – toda vida, seja ela ani-
Ex.: seres de uma floresta, de um mal ou vegetal, ocorre numa faixa
rio, de um lago de um brejo, dos denominada biosfera, que inclui a
campos, dos oceanos, etc. superfície da terra, os rios, os la-
 Ecossistema ou sistema ecológi- gos, mares e oceanos e parte da
co – é o conjunto formado pelo atmosfera.
 Molécula → é a menor porção de
uma substância, constituída por á-
tomos do mesmo elemento químico
ou diferentes elementos.
 Organela → estruturas presentes
no citoplasma de células eucarion-
tes que desempenham funções
comparáveis às de “pequenos ór-
gãos” celulares.
Figura 14 - Imagem da biosfera
 Célula → unidade estrutural e fun-
cional da vida, podem ser eucarion-
 Cadeia alimentar – seqüência li- tes ou procariontes.
near de alimentação em que os  Tecido → grupo de células dos
produtores servem de alimento pa- organismos multicelulares que a-
ra os consumidores primários, es- presentam estrutura e funções fun-
tes para os secundários e assim damentalmente semelhantes.
por diante, até atingir o nível dos  Órgão → conjunto de tecidos que
decompositores.
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interagem para execução de de-
 Relações ecológicas – é o tipo de terminadas funções vitais.
interação entre os seres de uma  Sistema → conjunto de órgãos in-
comunidade biológica. Pode ser in- terconectados harmonicamente em
traespecífica ou interespecífica, benefício ao equilíbrio do metabo-
harmônica ou desarmônica. lismo.
 Organismo → conjunto de todos
2.2. Os Níveis de Organização os sistemas, formando um ser vivo.
 População → conjunto de seres da
Existem vários níveis hierárquicos
mesma espécie que habitam de-
de organização entre os seres vivos,
terminada região geográfica.
começando pelos átomos e terminan-
do na biosfera:  Comunidade → conjunto de seres
vivos de diferentes espécies que
coabitam em uma mesma região.
 Ecossistema → conjunto formado
pelas comunidades biológicas em
Figura 15 - Níveis de Organização interação com os fatores abióticos
do meio.
 Átomo → partícula constituinte da  Biosfera → conjunto de regiões do
matéria, formada por prótons, nêu- planeta Terra capaz de abrigar for-
trons e elétrons. mas de vida.
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Figura 16 - Níveis de Organização _______________________
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Anotações _______________________
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mas, sendo reciclados por componen-

Aula 3 tes físicos e bióticos – principalmente


por reações de óxido-redução, inte-
gradas em ciclos de nutrientes. O ma-
Os Componentes de um Ecossiste-
terial não assimilado pelos consumido-
ma.
res - assim como os próprios e os res-
tos vegetais - são alimentos para ani-
mais detritívoros e para os decomposi-
Um complexo de seres viventes (e tores.
vírus) e ambientes físicos onde estes
habitam é denominado ecossistema.
Assim, há vários ecossistemas exis- 3.1. Componentes Bióticos
tentes e relacionados entre si. Por e- São todos os seres vivos que atu-
xemplo: um pequeno lago de uma flo- am num determinado ecossistema
resta é considerado um ecossistema, como, por exemplo, os animais e ve-
onde habitam pequenos organismos e getais.
outros maiores – e a própria floresta é,
também, um ecossistema. Estes componentes podem ser di-
vididos em dois grupos:
Ecossistemas aquáticos, como reci-
 Seres autótrofos: também conhe-
13
fes de coral e estuários, são mais pro-
dutivos em termos de energia, devido cidos como organismos produtores,
principalmente à disponibilidade de são aqueles que possuem a capa-
água, luz solar e temperatura. cidade de produzir o próprio ali-
mento. Este processo ocorre atra-
vés da fotossíntese e quimiossínte-
se. Exemplos: plantas angiosper-
mas e algas aquáticas fotossinteti-
zantes.
 Seres heterótrofos: são os orga-
nismos consumidores e decomposi-
tores de um ecossistema. Como
não possuem a capacidade de pro-
duzir o próprio alimento, se alimen-
tam de outros seres (animais e ve-
getais).
Os seres consumidores podem ser
Figura 17 - Componentes do Ecossis- classificados em: primários (se alimen-
tema tam de produtores. Exemplo: herbívo-
ros); secundários (se alimentam de
herbívoros. Exemplo: cobra); terciários
Diferentemente da energia, os nu- (se alimentam dos secundários. E-
trientes permanecem nos ecossiste- xemplo: águia).
Os seres decompositores são cação, trocas gasosas na atmosfera,
aqueles que se alimentam de orga- sustentar-se fora da água e reprodu-
nismos mortos. Exemplos: bactérias e ção.
fungos. Para a realização de trocas gaso-
sas, o aparecimento de estômatos foi
de fundamental importância. O pro-
3.2. Componentes Abióticos
blema da sustentação foi resolvido
São os fatores físicos e químicos com o surgimento de duas estruturas:
de um ecossistema. Estes fatores inte- raízes e tecidos vasculares. As raízes
ragem entre si e com os fatores bióti- estão relacionadas à fixação da planta
cos, garantindo o perfeito funciona- ao substrato e à absorção de nutrien-
mento dos ecossistemas em nosso tes e água do solo. Os tecidos vascu-
planeta. lares estão relacionados principalmen-
Exemplos de componentes abióti- te com o transporte de seiva bruta e
cos: seiva elaborada, entretanto, as células
do xilema, por apresentarem paredes
 Luz solar (fator físico) lignificadas, conferem também à planta
 Radiação solar (fator físico) certa sustentação.
 Calor (fator físico)
O problema da reprodução foi solu-
14
 Umidade do ar (fator físico)
cionado com o surgimento de esporos,
 Chuvas (fator físico)
que são considerados uma grande
 Nutrientes existentes na água e na
adaptação ao meio terrestre.
terra (fator químico).
Uma série de mudanças estruturais
e fisiológicas no organismo dos anfí-
3.3. As Adaptações de Animais e bios permitiu que eles realizassem a
Vegetais à Vida no Meio Terrestre transição do meio aquático para o
É impossível imaginarmos a Terra meio terrestre. Entre elas, podemos
sem plantas, entretanto, há milhões de citar o desenvolvimento e a adaptação
anos, a vida era restrita a mares e la- dos pulmões.
gos. Acredita-se que as primeiras plan- Os repteis constituem uma das
tas terrestres tinham como ancestral classes de animais vertebrados a con-
um grupo de algas verdes. No grupo quistar definitivamente o meio terres-
das algas verdes, destacam-se as ca- tre, para isso foi necessário que so-
rófitas (Charophyceae) como o grupo fressem uma série de adaptações,
mais próximo das plantas terrestres. como: a impermeabilização da pele,
Assim como os animais, as plantas carapaças, escamas e placas córneas,
também tiveram dificuldades para se a respiração pulmonar; possibilitando a
fixar em terra firme. Os desafios eram captação do ar em ambiente gasoso,
muitos e as plantas precisavam en- esqueleto mais forte; sistema muscular
frentar problemas, tais como: desse- mais complexo e sistema nervoso cen-
tral melhor desenvolvido.
3.4. A Vida no Ambiente Aquático  Eufótica ou fótica - região bem ilu-
Há nos ambientes aquáticos uma minada, que vai até cerca de 200 m
grande diversidade de seres vivos. de profundidade; é rica em seres
Nossos rios e riachos, lagos e lagoas, autotróficos e, consequentemente,
estuários, recifes de corais, zonas lito- em consumidores;
râneas, zonas oceânicas e zonas a-  Afótica - abaixo da anterior, onde a
bissais fazem parte das zonas de vida intensidade de luz é insuficiente pa-
aquática e abrigam milhares de espé- ra a realização da fotossíntese; não
cies, incluindo algas, peixes, crustá- são encontradas algas microscópi-
ceos e muitas outras formas de vida cas. Os seres heterotróficos de-
que enriquecem nosso planeta. pendem da matéria orgânica vinda
da zona eufótica.
Diversos fatores podem influenciar
o tipo de vida encontrado no ambiente
aquático, como a salinidade (concen-
tração de sais minerais dissolvidos na
água), a luminosidade, a temperatura
e o conteúdo de oxigênio dissolvido na
água.
Na água as condições climáticas
estão menos sujeitas a mudanças. A
variação de temperatura no ambiente
15
aquático é bem menor que no meio
terrestre.
De acordo com a profundidade dos
oceanos, podemos dividi-los em: Figura 18 - Animais aquáticos
 Zona litorânea - corresponde à re-
gião entre a maré alta e a baixa; 3.5. A Luz
 Zona nerítica - corresponde à regi-
ão do mar com até cerca de 200 m A luz é uma manifestação de ener-
de profundidade sobre a plataforma gia, cuja principal fonte é o Sol. É in-
continental; dispensável ao desenvolvimento das
 Zona batial - situa-se, em média, plantas. De fato, os vegetais produzem
entre 200 m e 2 km de profundida- a matéria de que o seu organismo é
de; formado através de um processo - a
 Zona abissal - encontra-se a mais fotossíntese - realizado a partir da cap-
de 2 km de profundidade. tação da energia luminosa. Pratica-
 A variação da luz em função da mente todos os animais necessitam de
profundidade também influencia a luz para sobreviver. São exceção al-
distribuição dos seres vivos do bio- gumas espécies que vivem em caver-
ciclo marinho. Consideramos as nas - espécies cavernícolos - e as es-
seguintes zonas: pécies que vivem no meio aquático a
grande profundidade - espécies abis- _______________________
sais.
_______________________
A luz influencia o comportamento e
a distribuição dos seres vivos e, tam- _______________________
bém, as suas características morfoló- _______________________
gicas.
_______________________
3.5.1. A Luz e os Comportamen-
tos dos Seres Vivos _______________________
Os animais apresentam fototatis- _______________________
mo, ou seja, sensibilidade em relação _______________________
à luz, pelo que se orientam para ela ou
se afastam dela. Tal como os animais, _______________________
as plantas também se orientam em _______________________
relação à luz, ou seja, apresentam fo-
totropismo. _______________________
_______________________
3.6. A Pressão _______________________

16 A pressão divide os seres vivos em: _______________________


 Seres euribáricos - são aqueles _______________________
que suportam grande variações de _______________________
pressão.
 Seres estenobáricos - são aqueles _______________________
que não suportam grandes varia- _______________________
ções de pressão.
_______________________
_______________________
_______________________
Anotações _______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
tar. Portanto, quanto mais próximo do

Aula 4 produtor, maior a quantidade de ener-


gia disponível.
Fluxo de Energia e Matéria nos E-
cossistemas.
4.2. A Cadeia Alimentar
Todos os seres vivos precisam de
A luz solar representa a fonte de energia para produzir as substâncias
energia externa sem a qual os ecossis- necessárias à manutenção da vida e à
temas não conseguem manter-se. A reprodução. Os seres vivos obtêm a
transformação (conversão) da energia energia basicamente de duas manei-
luminosa para energia química, que é ras: Os clorofilados, através da energia
a única modalidade de energia utilizá- do Sol, e os não-clorofilados, a partir
vel pelas células de todos os compo- da alimentação dos clorofilados.
nentes de um ecossistema, sejam eles
produtores, consumidores ou decom-
positores, é feita através de um pro- 4.3. Os Níveis Tróficos de uma
cesso denominado fotossíntese. Por- Cadeia Alimentar
tanto, a fotossíntese - seja realizada
por vegetais ou por microorganismos -
4.3.1. Componentes da cadeia a-
limentar
17
é o único processo de entrada de e-
nergia em um ecossistema. Produtores: os produtores são os
organismos autótrofos, ou seja, aque-
les que produzem o próprio alimento
4.1. O Fluxo de Energia através da fotossíntese. Os níveis de
produtividade que os vegetais conse-
Quando um organismo se alimenta
guem alcançar são fundamentais para
do outro nas relações da cadeia ali-
a sobrevivência dos organismos.
mentar, há transferência tanto de e-
nergia quanto de matéria. A decomposição envolve liberação
O processo de transferência de e- de energia e a conversão de substân-
nergia começa pelo sol. A energia so- cias orgânicas em elementos inorgâni-
lar, captada e transformada pelos pro- cos, processo chamado de mineraliza-
dutores, é devolvida ao meio na forma ção. Os elementos inorgânicos são
de energia térmica pelos próprios pro- novamente utilizados pelas plantas,
dutores, consumidores e decomposito- recomeçando o ciclo;
res. Trata-se de um fluxo unidirecional. Exemplos:
A quantidade de energia diminui no O ser humano (ser vivo não-
decorrer das relações da teia alimen- clorofilado) ao comer um bife, está
mastigando a carne de um boi (ser sumidores secundários, pois o boi, que
vivo não-clorofilado) que se alimentou come o capim, é consumidor primário.
de capim (ser clorofilado). O capim Muitos outros animais também têm
obtém a energia para crescer a partir
alimentação variada. Um organismo
da luz do Sol, em um processo cha-
pode se alimentar de diferentes seres
mado fotossíntese, e por este motivo é
vivos, além de servir de alimento para
chamado de produtor. Já os organis-
diversos outros.
mos não clorofilados são chamados de
consumidores. Olhe o esquema abai- Então Teia alimentar é um conjunto
xo: de cadeias alimentares interligadas
entre si. É também chamada de rede
 Produtores Consumidores pri- alimentar.
mários Consumidores secun- A teia alimentar representa as mui-
dários
tas relações entre os organismos de
 Capim Boi Ser Humano um ecossistema.
Exemplos de prdutores e consumi- Nas teias alimentares, um mesmo
dores: animal pode ocupar papéis diferentes,

18 dependendo da cadeia envolvida. Na


teia representada no esquema abaixo
(siga as setas) o gavião ocupa tanto o
papel de consumidor secundário quan-
to terciário.

4.5. As Diferenças entre os Flu-


xos de Energia e Matéria
A cada transferência de energia, de
Figura 19 - Níveis de uma cadeia ali-
um nível trófico para outro, há uma
mentar
perda na forma de calor. Ou seja, a
quantidade de energia diminui no de-
4.4. A Teia Alimentar correr das relações da teia alimentar.
Portanto, quanto mais próximo do pro-
Na natureza, alguns seres podem
dutor, maior a quantidade de energia
ocupar vários papéis em diferentes
disponível.
cadeias alimentares. Quando come-
mos uma maçã, por exemplo, ocupa- Quanto à matéria, ela é constante-
mos o papel de consumidores primá- mente reaproveitada, fluindo de manei-
rios. Já ao comer um bife, somos con- ra cíclica:
a) substâncias produzidas no proces- _______________________
so de fotossíntese são transforma-
das em água e gás carbônico à _______________________
medida que são utilizadas na respi- _______________________
ração celular.
_______________________
b) depois da ingestão de alimentos, o
corpo dos seres vivos armazena,
_______________________
temporariamente, parte do que foi _______________________
ingerido - na forma de amido, gor-
_______________________
duras e proteínas - e libera no e-
cossistema o que não foi aprovei- _______________________
tado, para que possa ser reutilizado _______________________
por outros seres vivos.
_______________________
c) os organismos mortos são decom-
postos através da ação dos de- _______________________
compositores e a matéria orgânica _______________________
retorna ao ambiente.
_______________________
_______________________ 19
_______________________
Anotações _______________________
_______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
_______________________ _______________________
virão de alimento para um número

Aula 5 menor ainda de pássaros, utilizamos a


pirâmide com o ápice para cima.
As Pirâmides. Exemplos:

Pirâmides ecológicas representam,


graficamente, o fluxo de energia e ma-
téria entre os níveis tróficos no decor-
rer da cadeia alimentar. Para tal, cada
retângulo representa, de forma propor-
cional, o parâmetro a ser analisado. Figura 21 - Exemplo 1 Pirâmide de
Números
5.1. Representações Quantitati-
vas de uma Cadeia Alimentar
As pirâmides são as representa-
ções quantitativas das cadeias alimen-
tares. Na base dessas representações,
20 há os produtores, seguidos dos con-
Figura 22 - Exemplo 2 Pirâmide de
sumidores primários, secundários, ter-
Números
ciários e assim sucessivamente (ob-
serve o exemplo abaixo).
5.3. Pirâmide de Energia
Indica a produtividade do ecossis-
tema, considerando sempre o fator
tempo. Por esse motivo, a pirâmide de
energia nunca é invertida. Nessa pirâ-
Figura 20 - Pirâmide mide há a representação, em cada
nível trófico, da quantidade de energia
acumulada em determinada área (ou
5.2. Pirâmide de Números
volume) por unidade de tempo.
Indica a quantidade de organismos Exemplo:
que há em cada nível trófico. Depen-
dendo do ecossistema, a pirâmide de
números poderá ter o seu ápice volta-
do para cima (pirâmide direta) ou vol-
tado para baixo (pirâmide invertida).
Quando em um ecossistema são
necessários muitos produtores para
alimentar poucos gafanhotos, que ser- Figura 23 - Exemplo Pirâmide Energia
Aula 6
Os Ciclos Biogeoquímicos.

O trajeto das substâncias do ambi-


ente abiótico para o mundo dos seres Figura 24 - Ciclo da água
vivos e o seu retorno ao mundo abióti-
co completam o que chamamos de 6.2. O Ciclo do Carbono
ciclo biogeoquímico. Em qualquer e- As plantas realizam fotossíntese re-
cossistema existem tais ciclos. tirando o carbono do CO2 do ambiente
para formatação de matéria orgânica.
Em qualquer ciclo biogeoquímico
Esta última é oxidada pelo processo
existe a retirada do elemento ou subs- de respiração celular, que resulta em
tância de sua fonte, sua utilização por liberação de CO2 para o ambiente. A
seres vivos e posterior devolução para decomposição e queima de combustí-
a sua fonte. veis fósseis (carvão e petróleo) tam-
bém libera CO2 no ambiente.
Além disso, o aumento no teor de
21
6.1. O Ciclo da Água CO2 atmosférico causa o agravamento
A água apresenta dois ciclos: do "efeito estufa" que pode acarretar o
descongelamento de geleiras e das
 Ciclo curto ou pequeno: é aquele calotas polares com conseqüente au-
que ocorre pela lenta evaporação mento do nível do mar e inundação
da água dos mares, rios, lagos e das cidades litorâneas, como veremos
lagos, formando nuvens. Estas se mais adiante.
condensam, voltando a superfície
na forma de chuva ou neve;
 Ciclo longo: É aquele em que a á-
gua passa pelo corpo dos seres vi-
vos antes de voltar ao ambiente. A
água é retirada do solo através das
raízes das plantas sendo utilizada
Figura 25 - Ciclo do Carbono
para a fotossíntese ou passada pa-
ra outros animais através da cadeia
alimentar. A água volta a atmosfera 6.3. O Ciclo do Oxigênio
através da respiração, transpiração, O ciclo do oxigênio se encontra in-
fezes e urina. timamente ligado com o ciclo do car-
bono, uma vez que o fluxo de ambos mas inorgânicas encontradas no meio,
está associado aos mesmos fenôme- principalmente nitratos (NO3 ) e amônia
nos: fotossíntese e respiração. Os pro- (NH3 +). O ciclo do nitrogênio pode ser
cessos de fotossíntese liberam oxigê- dividido em algumas etapas:
nio para a atmosfera, enquanto os  Fixação: Consiste na transforma-
processos de respiração e combustão ção do nitrogênio gasoso em subs-
o consomem. Parte do O2 da estratos- tâncias aproveitáveis pelos seres
fera é transformado pela ação de raios vivos (amônia e nitrato). Os orga-
ultravioletas em ozônio (O3 ). Este for- nismos responsáveis pela fixação
ma uma camada que funciona como são bactérias, retiram o nitrogênio
do ar fazendo com que este reaja
um filtro, evitando a penetração de com o hidrogênio para formar amô-
80% dos raios ultravioletas. A libera- nia.
ção constante de clorofluorcarbonos
 Amonificação: Parte da amônia
(CFC) leva a destruição da camada de
presente no solo, é originada pelo
ozônio. processo de fixação. A outra é pro-
veniente do processo de decompo-
sição das proteínas e outros resí-
duos nitrogenados, contidos na ma-

22 téria orgânica morta e nas excretas.


Decomposição ou amonificação é
realizada por bactérias e fungos.
 Nitrificação: É o nome dado ao
processo de conversão da amônia
em nitratos.
Figura 26 - Ciclo do Oxigênio  Desnitrificação: As bactérias des-
nitrificantes (como, por exemplo, a
6.4. O Ciclo do Nitrogênio Pseudomonas denitrificans), são
O nitrogênio se mostra como um capazes de converter os nitratos
dos elementos de caráter fundamental em nitrogênios molecular, que volta
na composição dos sistemas vivos. Ele a atmosfera fechando o ciclo.
está envolvido com a coordenação e
controle das atividades metabólicas.
Os consumidores conseguem o ni-
trogênio de forma direta ou indireta
através dos produtores. Eles aprovei-
tam o nitrogênio que se encontra na
forma de aminoácidos. Produtores in-
troduzem nitrogênio na cadeia alimen-
tar, através do aproveitamento de for- Figura 27 - Ciclo do nitrogênio
Camada sobre camada de líquen,

Aula 7 vão formando um tapete orgânico, que


enriquece o solo, deixando o mesmo
A Sucessão Ecológica. úmido e rico em sais minerais. A partir
de então as condições, já não tão des-
favoráveis, permitem o aparecimento
de plantas de pequeno porte, como
7.1. Sucessão Ecológica
briófitas (musgos), que necessitam de
Processo ordenado da instalação e pequena quantidade de nutrientes pa-
desenvolvimento de uma comunidade. ra se desenvolverem e atingirem o es-
Ocorre com o tempo e termina quando tágio de reprodução.
se estabelece na área uma comunida- Dessa forma etapa após etapa a
de estável. comunidade pioneira evolui, até que a
7.1.1. As etapas da sucessão velocidade do processo começa a di-
minuir gradativamente, chegando a um
Vamos tomar como exemplo uma re-
ponto de equilíbrio, no qual a sucessão
gião completamente desabitada, como
ecológica atinge seu desenvolvimento
uma rocha nua. O conjunto de condi-
máximo compatível com as condições
ções para que plantas e animais so-
23
físicas do local (solo, clima, etc.).
brevivam ou se instalem nesse ambi-
ente são muito desfavoráveis:
 Iluminação direta causa altas tem-
peraturas;
 A ausência de solo dificulta a fixa-
ção de vegetais;
 A água das chuvas não se fixa e
rapidamente evapora.
Seres vivos capazes de se instalar Figura 28 - Etapas da sucessão ecoló-
em tal ambiente devem ser bem adap- gica
tados e pouco exigentes. Estes são os
liquens (associação de cianobactérias
com fungos), que conseguem sobrevi- 7.1.2. As características de uma
ver apenas com água, luz e pouca comunidade clímax
quantidade de sais minerais. Isso ca- Ao observarmos o processo de su-
racteriza a formação de uma comuni- cessão ecológica podemos identificar
dade pioneira ou ecese. Os liquens por um progressivo aumento na biodiver-
serem os primeiros seres a se instala- sidade e espécies e na biomassa total.
rem são chamado de "organismos pio- As teias e cadeias alimentares se tor-
neiros". nam cada vez mais complexas e ocor-
re a constante formação de novos ni- nação de dentes de tes de
chos. tamanho po- densida- densidade
Apesar da biomassa total e a biodi- pulacional de
versidade serem maiores na comuni- Tamanho do
Pequeno Grande
dade clímax, temos algumas diferen- indivíduo
ças em relação à produtividade primá- Cur- Lon-
ria. A produtividade bruta (total de ma- Ciclo de vida to/simple go/complex
téria orgânica produzida) em comuni- s o
dades clímax é grande, sendo maior Lento,
do que as das comunidades anteces- maior ca-
Rápido,
soras. Entretanto a produtividade líqui- pacidade
Crescimento alta mor-
da é próxima a zero, pois toda a maté- de sobrevi-
talidade
ria orgânica que é produzida é consu- vência
mida pela própria comunidade. competitiva
Quanti-
Por isso uma comunidade clímax é Produção Qualidade
dade
estável, ou seja, não está mais em
+ pro-
expansão. Em comunidades pioneiras - pronunci-
Flutuações nuncia-
e nas seres, ocorre um excedente de adas
24
das
matéria orgânica (Produtividade líqui-
da) que é exatamente utilizada para a ESTRUTURA DA COMUNIDADE
evolução do processo de sucessão Estratificação
ecológica. (heteroge-
Pouca Muita
neidade es-
pacial)
7.2. As Tendências da Comuni-
Diversidade
dade no Processo da Sucessão
de espécies Baixa Alta
Ecológica
(riqueza)
Diversidade
ATRIBUTOS Em de- de espécies
Baixa Alta
DO ECOS- senvol- Maduro (equitativida-
SISTEMA vimento de)
Constante Diversidade
CONDI- Variável Baixa Alta
ou previsi- bioquímica
ÇÕES AM- e impre- Matéria or-
velmente Pouca Muita
BIENTAIS visível gânica total
variável
POPULAÇÕES ENERGÉTICA DA COMUNIDADE
Mecanismos Abióticos, Bióticos, PPB/R >1 =1
de determi- indepen- dependen- PPB/B Alta Baixa
PPL Alta Baixa  Sucessão secundária: em substra-
Cadeia ali- Linear Em rede tos que já foram anteriormente o-
mentar (simples) (complexa) cupados por uma comunidade e,
NUTRIENTES consequentemente, contêm matéria
orgânica viva ou morta (detritos,
Ciclo de mi-
Aberto Fechado propágulos). Ex: clareiras, áreas
nerais
desmatadas, fundos expostos de
Nutrientes Extrabió- Intrabióti-
corpos de água.
inorgânicos ticos cos
Troca de nu- Exemplo hipotético de uma suces-
trientes entre são primária:
Rápida Lenta
organismos e Substrato original: depressão em
ambiente superfície rochosa, preenchida pela
Papel dos água da chuva
detritos na Não im-
Importante
regeneração portante
de nutrientes

25
POSSIBILIDADE DE EXPLORAÇÃO
PELO HOMEM
Produção
Alta Baixa Figura 29 - Exemplo de Sucessão Pri-
potencial
mária Parte 1
Capacidade
de resistir à Grande Pequena
exploração
Tabela 1 - As Tendências da Comuni-
dade no Processo da Sucessão Eco-
lógica
Figura 30 - Exemplo de Sucessão Pri-
mária Parte 2
7.3. Os Tipos de Sucessões Eco-
lógicas
 Sucessão primária: em substratos
não previamente ocupados por or-
ganismos. Ex.: afloramentos rocho-
sos, exposição de camadas pro-
fundas de solo, depósitos de areia, Figura 31 - Exemplo de Sucessão Pri-
lava vulcânica recém solidificada). mária Parte 3
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Figura 32 - Exemplo de Sucessão Pri- _______________________
mária Parte 4 _______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Figura 33 - Exemplo de Sucessão Pri- _______________________
mária Parte 5 _______________________
_______________________

26
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
Figura 34 - Exemplo de Sucessão Pri-
_______________________
mária Parte 6
_______________________
_______________________
Anotações _______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
_______________________
São relações que ocorrem entre in-

Aula 8 divíduos de mesma espécie. Estas


podem ser harmônicas (ou positivas)
quando nenhum indivíduo sofre prejuí-
As Relações Ecológicas.
zo; ou desarmônicas, quando pelo
menos um dos indivíduos é prejudica-
do.
Em um ecossistema, os seres vivos
relacionam-se com o ambiente físico e
também entre si, formando o que 8.3. Relações Desarmônicas In-
chamamos de relações ecológicas. tra-Específicas
As relações ecológicas ocorrem dentro  Competição: Indivíduos da mesma
da mesma população (isto é, entre espécie competem por um ou mais
indivíduos da mesma espécie), ou en- recursos que, na maioria das ve-
tre populações diferentes (entre indiví- zes, não estão disponíveis em
duos de espécies diferentes). Essas quantidade suficiente no ecossis-
relações estabelecem-se na busca por tema. Pode delinear uma popula-
alimento, água, espaço, abrigo, luz ou ção, principalmente em seu tama-
parceiros para reprodução. nho. Quando um ambiente não

27
permite a migração de indivíduos e
o alimento começa a diminuir, natu-
8.1. Como são Classificados as
ralmente os mais velhos e os me-
Interações entre os Seres Vivos
nos aptos serão prejudicados e a-
As interações biológicas podem ser cabam morrendo por falta de ali-
tratadas de acordo com os benefícios mento. Alimento, água, parceiros
ou malefícios ao organismo ou ao gru- reprodutivos, abrigos, etc., são e-
po a que pertence, como: xemplos destes recursos.
 Reconhecer as principais relações
entre os seres vivos;
 Desenvolver a observação crítica
nos alunos no que se refere às inte-
rações que ocorrem entre os seres
vivos na natureza;
 Salientar a importância das rela-
ções entre os seres vivos para a
sobrevivência dos mesmos;
 E evidenciar a relação existente
entre os organismos vivos e o meio Figura 35 - Competição pelo alimento
através de exemplos.

8.2. As Relações Intra-Especí-  Canibalismo: Um animal mata e se


ficas alimenta de outro da mesma espé-
cie. Ex: viúva-negra fêmea que, se houver separação dos dois indi-
após o ato reprodutivo, arranca e víduos nenhum dos dois pode so-
devora a cabeça do macho. Fê- breviver. Outros exemplos de mu-
meas de louva-a-deus também de- tualismo são o boi e as bactérias, o
voram seus machos. cupim e a triconinfa.
 Inquilinismo - Neste tipo de relação
8.4. Relações harmônicas Inte- inter específica, um dos indivíduos
respecíficas utiliza o outro como hospedeiro
temporário, porém não há qualquer
 Protocooperação - Também é uma tipo de prejuízo para a parte que o
associação entre indivíduos de es- hospeda. É que essa é um tipo de
pécies diferentes onde há benefício associação muito parecido com
para ambas as partes. É muito se- comensalismo, diferindo deste a-
melhante ao mutualismo só que penas por não haver cessão de a-
nesse caso não existe um com- limentos para o inquilino. São e-
prometimento anatômico entre os xemplos de inquilinismo o peixe
indivíduos podendo se a qualquer agulha e a holotura, as orquídeas e
momento separá-los e garantir-se à bromélias com troncos de árvores.
sobrevivência de ambos. Sua coe-
xistência não é obrigatória. Exem-
28 plo: o paguro-eremita e as anêmo-
nas do mar, O pássaro anu e o boi,
o pássaro palito e os crocodilos.

Figura 37 - Orquídeas no tronco da


árvore

 Comensalismo - É a associação
entre indivíduos de espécies dife-
rentes na qual um deles aproveita
Figura 36 - Pássaro anu e o boi os restos alimentares ou metabóli-
cos do outro sem causar a este
qualquer tipo de prejuízo. Moder-
 Mutualismo obrigatório - Neste ca- namente acredita-se que espécies
so há uma associação entre indiví- que são parasitas ou que foram pa-
duos de espécies diferentes que é rasitas no passado, tendem a se
obrigatória para que haja vida. No tornar comensais. . Esta mudança
exemplo clássico dos líquens te- seria um modo evolutivo de se con-
mos os fungos fazendo o papel de seguir uma relação duradoura. E-
absorção e das algas fazendo o xemplo: a rêmora e o tubarão, En-
papel de fotossíntese, sendo que tamoeba coli e o homem.
podem ficar mais quentes por forma-

Aula 9 rem ilhas de calor.

A Ação Homem no Meio Ambiente.


9.1. Poluição do Ar
A poluição do ar é provocada prin-
A ação antrópica tem se provado cipalmente pelos motores dos veícu-
fundamental na modificação das con- los, indústrias como as siderúrgicas,
dições terrestres, principalmente quan- refinarias, fábricas de cimento e papel;
to ao desmatamento e ao ampliamento queimadas e incineração do lixo do-
do efeito estufa. No entanto é preciso méstico.
qnue fique claro que nem todos os de- Os veículos como automóveis, ôni-
sastres ambientais são causados pelo bus, motos, caminhões etc. são consi-
homem: abalos sísmicos e vulcanis- derados os principais agentes poluen-
mos, por exemplo, não são influencia- tes do ar, porque eles liberam um gás
dos por tais ações, pois ocorrerem a- incolor (sem cor) e inodoro (sem chei-
baixo da superfície terrestre, por isso ro) extremamente tóxico, conhecido
não deve haver generalização. como monóxido de carbono (CO). Es-
A ação do homem geralmente tem se gás tem a capacidade de se ligar à
impactos ambientais negativos, porque
as consequências ambientais de suas
hemoglobina, formando um composto
chamado de carboxiemoglobina, que 29
atividades são geralmente desconside- impede o transporte de oxigênio pelas
radas ou ignoradas. Além disso, aci- hemácias, dificultando a oxigenação
dentes que causam grandes danos dos tecidos, levando à perda de cons-
ambientais podem ocorrer, como va- ciência e até à morte.
zamento de óleo. Os automóveis também são os
Locais prejudicados pela ação do responsáveis por liberarem partículas
homem podem sofrer problemas que que ficam em suspenção no ar, produ-
incomodam pessoas e outras formas zidas principalmente pelo desgaste de
de vida no local. pneus e freios.
Erosões e assoreamentos podem
ocorrer devido à falta de cobertura ve-
getal.
Inundações podem ocorrer devido
ao chão ser coberto por concreto e
asfalto, evitando a infiltração da água
no solo. Além disso, lixo no chão pode
bloquear o escoamento de água na
cidade.
O fim da cobertura vegetal pode le- Figura 38 - Poluição do escapamento
var a desequilíbrio térmico. Cidades de carro
9.2. Em Primeiro Lugar, O que é e volta para a atmosfera. Dentre esses
o Efeito Estufa? raios solares que voltam, parte deles é
novamente refletida para dentro da
Efeito Estufa é um fenômeno natu- Terra e parte vai embora para o espa-
ral que ajuda a manter a Terra aqueci- ço.
da. Entretanto, com a intervenção do
homem sobre a natureza, esse fenô- 9.2.2. Mas por que o efeito estufa
meno está aumentando e deixando o é considerado um problema ambi-
nosso planeta cada vez mais quente. ental?

Imagine um carro que esteja com Esse fenômeno é considerado um


as janelas fechadas e debaixo do sol. problema ambiental porque com a des-
Depois de certo tempo, o interior des- truição da camada de ozônio por ga-
se carro vai ficar muito quente, não é ses poluidores, o efeito estufa está
mesmo? Isso acontece porque os vi- ficando muito mais forte e aumentando
dros do carro deixam o calor do sol cada vez mais as temperaturas na Ter-
entrar, mas não deixa este sair. No ra. Se a camada de ozônio continuar
efeito estufa acontece a mesma coisa. diminuindo e o efeito estufa continuar
aumentando, no futuro a Terra ficará
9.2.1. Como funciona o efeito es- muito quente.
tufa?
Segundo o IBGE, além de contribu-

30
Observe a figura abaixo: ir para o aquecimento da Terra, o efei-
to estufa pode contribuir para a ocor-
rência de outros problemas:
a) Alterações dos ecossistemas e ex-
tinções de espécies;
b) Aumento da escassez de água,
graças à diminuição das chuvas;
c) Aumento da fome, porque a agricul-
tura seria prejudicada pelo clima e
pela falta d’água;
d) Elevação do nível do mar e inunda-
ções de cidades litorâneas por cau-
sa do derretimento das geleiras;
e) Proliferação de doenças, graças ao
aumento do calor;
Figura 39 - Como funciona o efeito f) Desequilíbrios climáticos.
estufa

9.3. Chuva Ácida


Quando os raios solares atingem a
Terra, parte deles é “rebatida” pela Atualmente, a chuva ácida é um
camada de ozônio, já a outra parte dos principais problemas ambientas
penetra, encontra a superfície terrestre nos países industrializados. Ela é for-
mada a partir de uma grande concen- temas estão sendo prejudicados pela
tração de poluentes químicos, que são chuva ácida e outras formas de polui-
despejados na atmosfera diariamente. ção.
Estes poluentes, originados principal-
mente da queima de combustíveis fós- 9.3.1. Protocolo de Kyoto
seis, formam nuvens, neblinas e até Representantes de centenas de pa-
mesmo neve.
íses se reuniram em 1997 na cidade
A chuva ácida é composta por di- de Kyoto no Japão para discutirem o
versos ácidos como, por exemplo, o futuro do nosso planeta e formas de
óxido de nitrogênio e os dióxidos de
diminuir a poluição mundial. O docu-
enxofre, que são resultantes da quei-
ma de combustíveis fósseis (carvão, mento resultante deste encontro é de-
óleo diesel, gasolina entre outros). nominado Protocolo de Kyoto. Neste
documento ficou estabelecido que al-
Quando caem em forma de chuva
ou neve, estes ácidos provocam danos gumas propostas de redução da polui-
no solo, plantas, construções históri- ção seriam tomadas e seria criada a
cas, animais marinhos e terrestres etc. Convenção de Mudança Climática das
Este tipo de chuva pode até mesmo Nações Unidas. A maioria dos países
provocar o descontrole de ecossiste- participantes votaram a favor do Pro-
mas, ao exterminar determinados tipos
31
tocolo de Kyoto. Porém, os EUA, ale-
de animais e vegetais. Poluindo rios e
gando que o acordo prejudicaria o
fontes de água, a chuva pode também
prejudicar diretamente a saúde do ser crescimento industrial norte-
humano, causando doenças pulmona- americano, tomou uma posição contrá-
res, por exemplo. ria ao acordo.
Este problema tem se acentuado
nos países industrializados, principal-
mente nos que estão em desenvolvi- 9.4. Camada de Ozônio
mento como, por exemplo, Brasil, A camada de ozônio é uma "capa"
Rússia, China, México e Índia. O setor desse gás que envolve a Terra e a
industrial destes países tem crescido protege de vários tipos de radiação,
muito, porém de forma desregulada, sendo que a principal delas, a radiação
agredindo o meio ambiente. Nas dé- ultravioleta, é a principal causadora de
cadas de 1970 e 1980, na cidade de câncer de pele. No último século, de-
Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva vido ao desenvolvimento industrial,
ácida provocou muitos danos ao meio passaram a ser utilizados produtos
ambiente e ao ser humano. que emitem clorofluorcarbono (CFC),
Estudos feitos pela WWF ( Fundo um gás que ao atingir a camada de
Mundial para a Natureza ) mostraram ozônio destrói as moléculas que a for-
que nos países ricos o problema tam- mam (O3), causando assim a destrui-
ção dessa camada da atmosfera. Sem
bém aparece. Na Europa, por exem- essa camada, a incidência de raios
plo, estima-se que 40% dos ecossis- ultravioletas nocivos à Terra fica sen-
sivelmente maior, aumentando as A poluição do solo, ou seja, a ca-
chances de contração de câncer. mada superficial da crosta terrestre,
Raios ultravioletas são ondas se- ocorre devido os malefícios diretos e
melhantes a ondas luminosas, as indiretos causados pela desordenada
quais se encontram exatamente acima exploração e ocupação do meio ambi-
do extremo violeta do espectro da luz ente, depositando no solo elementos
visível. químicos estranhos, prejudiciais às
formas de vida microbiológica e sua
Os principais responsáveis pelo bu- colaboração em relação às interações
raco na camada de ozônio, os gases ecológicas regulares.
CFC (clorofluorcarbonetos) – eram
utilizados como refrigerantes e gás As principais causas da poluição do
propulsor de aerosóis– foram prescri- solo são: o acúmulo de lixo sólido, co-
tos pelo Protocolo de Montreal de mo embalagens de plástico, papel e
1987, mas ainda podem permanecer metal, e de produtos químicos, como
na atmosfera durante muitos anos. fertilizantes, pesticidas e herbicidas.

Estes óxidos de nitrogênio são pro- O vidro, por exemplo, leva cerca de
duzidos continuamente pelos veículos 5 mil anos para se decompor, enquan-
automotores, resultado da queima de to certos tipos de plástico, impermeá-

32 combustíveis fósseis. veis ao processo de biodegradação


promovido pelos micro-organismos,
Infelizmente, a produção de CFC, levam milhões de anos para se desin-
mesmo sendo menor que a de óxidos tegrarem. Assim, o material sólido do
de nitrogênio, consegue, devido à rea- lixo demora muito tempo para desapa-
ção em cadeia já explicada, destruir recer no ambiente.
um número bem maior de moléculas
As soluções usadas para reduzir o
de ozônio que as produzidas pelos
acúmulo de lixo, como a incineração e
automóveis.
a deposição em aterros, também têm
efeito poluidor, pois emitem fumaça
tóxica, no primeiro caso, ou produzem
fluidos tóxicos que se infiltram no solo
e contaminam os lençóis de água.

Figura 40 - Raios solares passando


pela camada de ozônio

9.5. Poluição do Solo


Figura 41 - Poluição do solo
idéia transmitida pelo texto e o nome

Exercícios do seu autor.


a) Seleção natural – Charles Darwin.
b) Herança dos caracteres adquiridos
– Jean Lamarck.
1. “O hábito de colocar argolas no c) Lei do transformismo – Jean La-
pescoço, por parte das mulheres de marck.
algumas tribos asiáticas, promove o d) Seleção artificial – Charles Darwin.
crescimento desta estrutura, represen- e) Herança das características domi-
tando nestas comunidades um sinal de nantes – Alfred Wallace.
beleza. Desta forma temos que as cri-
 Resposta: C
anças, filhos destas mulheres já nas-
ceriam com pescoço maior, visto que 3. Considerando diferentes hipóteses
esta é uma tradição secular.” evolucionistas, analise as afirmações
abaixo e as respectivas justificativas.
A afirmação acima pode ser conside-
rada como defensora de qual teoria A – O Urso Polar é BRANCO porque
evolucionista: vive na NEVE!
a) Teoria de Lamarck B – O Urso Polar vive na NEVE porque

33
b) Teoria de Malthus é BRANCO!
c) Teoria de Wallace As afirmações A e B podem ser atribu-
d) Teoria de Darwin ídas, respectivamente, a:
e) Teoria de Mendel
a) Lamarck e Darwin.
 Resposta: A b) Pasteur e Lamarck.
2. (UFC/2004) “O ambiente afeta a c) Pasteur e Darwin.
forma e a organização dos animais, d) Darwin e Wallace.
e) Wallace e Darwin.
isto é, quando o ambiente se torna
muito diferente, produz ao longo do  Resposta: A
tempo modificações correspondente 4. Quais as características presentes
na forma e organização dos animais... nos indivíduos de uma espécie afim de
As cobras adotaram o hábito de se que possamos afirmar que os mesmos
arrastar no solo e se esconder na são mais adaptados em comparação a
grama; de tal maneira que seus cor- outros indivíduos da mesma espécie:
pos, como resultados de esforços re-
petidos de se alongar, adquiriram a) São maiores e solitários.
b) Comem mais e apresentam cores
comprimento considerável...”.
vibrantes.
O trecho citado foi transcrito da obra c) Vivem mais e reproduzem mais.
Filosofia Zoológica de um famoso cien- d) Apresentam mais membros como
tista evolucionista. Assinale a alternati- pernas ou patas.
va que contém, respectivamente, a e) São mais fortes.
 Resposta: C A seqüência correta é:
5. (UNIFESP/2004) Leia os trechos a) 2 – 5 – 7 – 4 – 3 – 8 – 6 – 1
seguintes, extraídos de um texto sobre b) 2 – 5 – 7 – 4 – 8 – 3 – 1 – 6
a cor de pele humana.
c) 2 – 5 – 7 – 4 – 3 – 6 – 8 – 1
“A pele de povos que habitaram certas
áreas durante milênios adaptou-se d) 5 – 7 – 2 – 4 – 3 – 6 – 8 – 1
para permitir a produção de vitamina e) 7 – 5 – 6 – 3 – 4 – 8 – 1 – 2
D.”
 Resposta: A
“À medida que os seres humanos co-
7. O conjunto de seres vivos que
meçaram a se movimentar pelo Velho habita uma determinada região
Mundo há cerca de 100 mil anos, sua constitui:
pele foi se adaptando às condições
ambientais das diferentes regiões. A a) Sua população
cor da pele das populações nativas da b) Sua comunidade
África foi a que teve mais tempo para c) Seu ecossistema
se adaptar porque os primeiros seres d) Seu habitat
humanos surgiram ali.” e) Seu biótopo
(Scientific American Brasil, vol.6, no-  Resposta: B

34
vembro de 2002). 8. Quando relacionamos o meio abió-
Nesses dois trechos, encontram-se tico estamos estudando:
subjacentes idéias: a) Um ecossistema
a) Da Teoria Sintética da Evolução. b) Uma população
b) Darwinistas. c) Uma comunidade
c) Neodarwinistas. d) Um nicho ecológico
d) Lamarckistas. e) Um habitat.
e) Sobre especiação.  Resposta: A
 Resposta: D 9. (UFPE) Ao dizer onde uma espé-
6. Os diversos níveis de organização cie pode ser encontrada e o que faz no
biológica são: lugar onde vive, estamos informando
respectivamente:
(1) ecossistema
a) Nicho ecológico e habitat.
(2) célula b) Habitat e nicho ecológico.
(3) indivíduo c) Habitat e biótopo.
d) Nicho ecológico e ecossistema.
(4) sistema e) Habitat e ecossistema.
(5) tecido  Resposta: B
(6) comunidade 10. Quando relacionamos o meio
(7) órgão abiótico estamos estudando:
(8) população a) um ecossistema
b) uma população  Resposta: A
c) uma comunidade
13. (UFRS) Considere as afirmações
d) um nicho ecológico
e) um habitat. abaixo sobre os grupos das algas e do
líquens.
 Resposta: A
I. As algas planctônicas marinhas
11. (UECE) Um agricultor tinha uma constituem a principal fonte alimentar
plantação de 20 hectares de algodão.
para a maioria dos animais que habi-
Uma seca muito grande ocasionou a
tam as águas profundas.
morte de uma boa parte da população
de algodoeiros. Logo em seguida, a II. O fitoplâncton é responsável por
plantação passou por um ataque dizi- grande parte do oxigênio produzido
mador de bicudos. Referida população pelos vegetais.
de algodoeiros sofreu os efeitos su-
cessivos de: III. As algas e os líquens podem ser
excelentes bioindicadores, respecti-
a) dois fatores bióticos vamente, da qualidade das águas e da
b) dois fatores abióticos
qualidade do ar.
c) um fator biótico e um abiótico
d) um fator abiótico e um biótico Quais estão corretas?
 Resposta: D a) apenas I;
12. (UFSE) Em um lago onde certa
espécie era abundante foram introdu-
b)
c)
apenas II;
apenas III; 35
zidas duas novas espécies, ambas d) apenas I e II;
constituídas por predadores. As três e) apenas II e III.
passaram a formar uma cadeia alimen-  Resposta: E
tar.
14. (Ueg 2013) As transformações, a
O gráfico abaixo mostra o crescimento
dessas populações durante certo perí- distribuição e o aproveitamento de e-
odo de tempo. nergia na natureza apresentam muitas
peculiaridades. Dentre elas, destaca-
se:
a) a energia na forma de luz é con-
vertida em energia química dos ali-
mentos e perde-se na forma de calor,
que não é reutilizado.
Com base nesses dados, conclui-se b) a fotossíntese transforma energia
que a cadeia alimentar formada pelas luminosa em energia física que, por
três populações é: sua vez, é armazenada na matéria
a) I – II – III orgânica.
b) I – III – II c) a quantidade de energia aumenta
c) II – I – III a cada transferência de um ser vivo
d) II – III – I para outro, confirmando a entropia na-
e) III – II – I tural.
d) nos ecossistemas, a energia tem  Resposta: Normalmente, as ca-
fluxo unidirecional, ou seja, é constan- deias alimentares possuem, no má-
temente reciclada e reaproveitada. ximo, quatro níveis tróficos porque
 Resposta: A em cadeias muito longas a quanti-
O fluxo da energia nos ecossiste- dade de energia e matéria é extre-
mas é unidirecional. A matéria que mamente baixa, insuficiente para
circula dos produtores para os con- manter a população existente no
sumidores, volta ao ecossistema último nível trófico. Fluxo de ener-
ficando disponível para os produto- gia e matéria na cadeia alimentar.
res sob a forma inorgânica pela a- 17. Como é o fluxo de energia nos
ção dos decompositores. ecossistemas?
15. (Enem 2013) Estudos de fluxo de _______________________________
energia em ecossistemas demonstram _______________________________
que a alta produtividade nos mangue- _______________________________
zais está diretamente relacionada às _______________________________
taxas de produção primária líquida e à
_______________________________
rápida reciclagem dos nutrientes. Co-
_______________________________
mo exemplo de seres vivos encontra-
dos nesse ambiente, temos: aves, ca-  Resposta: É unidirecional e a
ranguejos, insetos, peixes e algas. Dos quantidade de energia disponível

36 grupos de seres vivos citados, os que


contribuem diretamente para a manu-
em cada nível trófico é progressi-
vamente menor, pois apenas uma
tenção dessa produtividade no referido fração da energia passa de um nível
ecossistema são: para o outro. A maior parte é libera-
a) Aves. da como calor.
b) Algas. 18. As pirâmides ecológicas são utili-
c) Peixes. zadas para representar os níveis trófi-
d) Insetos. cos de um ecossistema. Entretanto,
e) Caranguejos. nem todos os níveis aparecem nessa
 Resposta: B representação gráfica.
As algas são os produtores nos e- Entre as alternativas a seguir, marque
cossistemas aquáticos e responsá- aquela que indica corretamente o nível
veis pela produção da matéria orgâ- trófico que não aparece em uma pirâ-
nica. mide ecológica.
16. Por que as cadeias alimentares a) Produtores.
normalmente não possuem mais do
b) Consumidores primários.
que 5 (cinco) níveis tróficos?
c) Consumidores secundários.
_______________________________ d) Consumidores terciários.
_______________________________ e) Decompositores.
_______________________________
_______________________________  Resposta: E
_______________________________ 19. Analise a pirâmide a seguir e mar-
____________________________ que a alternativa que indica correta-
mente o nome da pirâmide represen- c) II e I.
tada. d) II e III.
e) III e II.
 Resposta: D
21. (UNESP) Observe, inicialmente, as
duas cadeias alimentares:
Analise a representação dessa pirâmi-
de ecológica: 1. Árvore → preguiças → pulgas →
protozoários.
a) Pirâmide de biomassa.
b) Pirâmide de massa. 2. Milho → roedores → cobras → ga-
c) Pirâmide de número. viões.
d) Pirâmide de energia. Observe os modelos de pirâmide a
e) Pirâmide de produção. seguir:
 Resposta: C
20. (Unifor-CE) As figuras seguintes
são três tipos de pirâmides ecológicas.

37

Analise a pirâmide I e II
É correto afirmar, com relação às ca-
deias 1 e 2 e aos modelos de pirâmi-
des I e II, que:
Analise os três tipos de pirâmides eco-
a) a pirâmide I pode representar tanto
lógicas acima
o número de indivíduos como a quan-
A pirâmide de números e a pirâmide tidade de energia disponível em cada
de energia que representam a cadeia nível trófico da cadeia 2.
alimentar capim → bois → carrapatos b) a pirâmide II pode representar tan-
são semelhantes, respectivamente, a: to o número de indivíduos como a
a) I e II. quantidade de energia disponível em
b) I e III. cada nível trófico da cadeia 1.
c) a pirâmide II pode representar a taminar um corpo hídrico. Sobre a re-
quantidade de energia disponível em ciclagem do papel pode-se afirmar
cada nível trófico da cadeia 2. que:
d) a pirâmide I pode representar o I. Não traz nenhum benefício social,
número de indivíduos em cada nível pois diminui a oferta de mão-de-obra.
trófico da cadeia.
e) a pirâmide I pode representar o II. Diminui o consumo de matéria-
número de indivíduos da cadeia 2, e a prima, o que significa menos árvores a
pirâmide II, a quantidade de energia serem cortadas.
disponível em cada nível trófico da III. Diminui o consumo de água e tam-
cadeia 1. bém a produção dos resíduos que po-
 Resposta: A dem poluir um corpo hídrico.
22. (ETEs-2007) A dinâmica do ciclo IV. Não é considerável a economia de
do carbono é muito variável, quer no recursos naturais, tanto de água como
espaço quer no tempo. As emissões de matéria-prima. São válidas as afir-
de carbono ocorrem devido às ações mações
dos seres vivos ou devido a outros a) I e III, apenas.
fenômenos, como uma erupção vulcâ- b) I e IV, apenas.
nica que, por exemplo, provoca um c) II e III, apenas.
aumento temporário de carbono na d) II e IV, apenas.
38 atmosfera. O seqüestro (absorção) do
carbono da atmosfera (CO2) é feito
e) I, II, III e IV.
 Resposta: C
principalmente pelos seres clorofilados
que, no processo de fotossíntese, sin- 24. (FMTM-2001) A Amazônia não
tetizam a molécula da glico- está em chamas, pelo menos não na
se(C6H12O6). Para manter armaze- proporção dos anos anteriores. Entre
nado, por longo prazo, o carbono que junho e agosto, a queda foi de 9%, em
foi retirado da atmosfera, é aconselhá- comparação com o mesmo período de
vel: 1999. O desequilíbrio ecológico que o
aumento da taxa de gás carbônico na
a) controlar as atividades vulcânicas. atmosfera pode provocar é:
b) transformar as florestas em zonas
agrícolas. a) A destruição da camada de ozô-
c) instalar hortas em grande parte nio.
das residências. b) A diminuição da fertilidade do solo.
d) impedir o desflorestamento e esti- c) O aumento da temperatura no pla-
mular o reflorestamento. neta.
e) diminuir a biodiversidade, facilitan- d) A diminuição da temperatura no
do os cálculos sobre as atividades planeta.
respiratórias. e) Insignificante para ser motivo de
preocupação
 Resposta: D
 Resposta: C
23. (ETEs-2007) A produção de papel
consome muita água e produz resí- 25. (FUVEST) Um grande rochedo nu
duos que potencialmente podem con- começa a ser colonizado por seres
vivos. Os primeiros organismos a se P/R (P = produção primária bruta e R =
instalarem são: respiração) da comunidade é, prova-
velmente:
a) Gramíneas
b) Liquens a) Igual a 1 em ambos os ecossiste-
c) Fungos mas;
d) Briófitas b) Menor que 1 em ambos os ecos-
e) Pteridófitas sistemas;
c) Maior que 1 em ambos os ecossis-
 Resposta: B temas;
26. Com relação ao número de nichos d) Menor e maior que 1 em (I) e (II),
ecológicos (I) e à taxa de respiração respectivamente;
(II), numa sucessão ecológica é corre- e) Maior e menor que 1 em (I) e (II),
to afirmar que: respectivamente.
a) I aumenta e II diminui  Resposta: D
b) I diminui e II aumenta 29. (PUCCAMP-SP) Considere as a-
c) I aumenta e II permanece constan- firmações abaixo relativas a fatores de
te crescimento populacional.
d) Ambos aumentam
e) Ambos diminuem I. A competição intraespecífica interfe-
re na densidade da população.
 Resposta: D
27. No processo de sucessão de um
II. A competição interespecífica não
influi no crescimento das populações.
39
ecossistema há comumente:
III. Um dos fatores limitantes do cres-
a) Aumento da eficiência no uso da cimento populacional é a disponibilida-
energia e minerais do ambiente; de de alimentos, que diminui quando a
b) Diminuição da eficiência no uso de densidade da população aumenta.
energia e minerais do ambiente;
c) Diminuição de eficiência no uso da IV. Fatores climáticos influem no cres-
energia e aumento da eficiência no cimento da população independente-
uso de minerais do ambiente; mente de sua densidade.
d) Aumento da eficiência no uso da São verdadeiras apenas:
energia e aumento da eficiência no
a) I e II.
uso de minerais do ambiente;
b) I e IV.
e) Manutenção do mesmo padrão de
c) II e III.
eficiência no uso de minerais e energia
d) I, III e IV.
do ambiente. e) II, III e IV.
 Resposta: A  Resposta: D
28. Considere dois ecossistemas fluvi- 30. Quando temos organismos da
ais, ambos em estágio inicial de su- mesma espécie que trabalham unidos
cessão, sendo um deles (I) altamente para o bem do grupo, temos um tipo
poluído por detritos orgânicos biode- de relação intraespecífica harmônica.
gradáveis e o outro (II) totalmente livre Os agrupamentos que se caracterizam
de qualquer tipo de poluição. A relação por possuírem divisão de trabalho, sis-
tema de classes e indivíduos que a- c) Se estabeleça uma competição
presentam relativa independência e intraespecífica.
mobilidade recebem o nome de: d) Uma das espécies seja produtora
a) colônia. e a outra, consumidora.
b) sociedade. e) Uma das espécies ocupe um nível
c) mutualismo. trófico elevado.
d) protocooperação.  Resposta: B
 Resposta: B 34. A separação de materiais repre-
31. Sabemos que o mutualismo ocorre sentam a possibilidade de reciclagem
quando seres de espécies diferentes do papel utilizado pela população nas
mantêm relações em que ambos são escolas, empresas e residências. Re-
beneficiados. Marque a alternativa que comenda-se separar, para reaprovei-
indica organismos que estabelecem tamento, os papéis que são utilizados
uma interação mutualística. no dia a dia, ao invés de descartá-los
a) Fungos e algas. na lixeira.
b) Tubarão e rêmoras. Essa atitude contribui para a preserva-
c) Piolho e ser humano. ção do ambiente porque?
d) Bromélias e árvores.
e) Leões e zebras. a) diminui a taxa de oxigênio

40  Resposta: A
b)
c)
diminui a incidência de chuvas.
poupa o corte das árvores.
32. A rêmora é um peixe que estabe- d) reduz a taxa da fotossíntese.
lece uma relação bastante íntima com e) Diminui a quantidade de lixo
o tubarão, fixando-se em seu corpo e  Resposta: E
alimentando-se dos restos de alimen-
tos que não foram digeridos pelo temi- 35. (FUVEST) A concentração de gás
do peixe. Essa relação é chamada de: na atmosfera vem aumentando de
modo significativo desde meados do
a) Inquilinismo.
século XIX; estima-se que se quadru-
b) Competição.
plicou no ano 2000. Qual dos fatores
c) Predação.
d) Mutualismo. abaixo é o principal responsável por
e) Comensalismo. esse aumento?

 Resposta: E a) Ampliação da área de terras culti-


vadas;
33. (Cesgranrio- RJ) Se duas espécies b) Utilização crescente de combustí-
diferentes ocuparem num mesmo e- veis fósseis;
cossistema o mesmo nicho ecológico, c) Crescimento demográfico das po-
é provável que: pulações humanas;
a) Se estabeleça entre elas uma re- d) Maior extração de alimentos do
lação harmônica. mar;
b) Se estabeleça uma competição e) Extinção de muitas espécies de
interespecífica. seres fotossintetizantes.
 Resposta: B segmentos de alto poder aquisitivo
adotam posturas mais conscientes em
36. Analise as alternativas sobre as-
relação ao destino de lixo.
pectos relacionados ao lixo e marque
b) A participação do lixo orgânico em
(V) para as verdadeiras e (F) para as
relação ao total de lixo produzido é
falsas.
menor nos bairros de baixo poder a-
a) O lixo é caracterizado como tudo quisitivo e maior nos bairros de classe
aquilo que não tem mais utilidade e média alta. Isso decorre das diferen-
não apresenta nenhum valor para o ças na qualidade de nutrição entre os
homem e, consequentemente, é joga- estratos populacionais.
do fora. c) O Brasil figura entre os países do
b) A destinação inadequada do lixo mundo que mais reciclam latas de a-
pode desencadear vários problemas lumínio e papelão. Esse resultado de-
socioambientais, como, por exemplo, corre da conscientização da população
poluição do solo, entupimento de buei- e da implantação de programas de
ros e poluição visual. coleta de lixo seletiva nas principais
c) A produção de lixo não é tão pre- cidades brasileiras.
judicial ao meio ambiente, visto que d) O lixo representa uma fonte de
em todas as cidades brasileiras ocor- trabalho e renda para uma população
rem a coleta e o tratamento adequado
41
cada vez mais numerosa, sobretudo
desse material. nos grandes centros urbanos do Brasil.
d) O lixo urbano recebe classificação Assim, muitas pessoas retiram do lixo
de acordo com sua fonte geradora e coletado nas ruas e nos lixões a prin-
composição do material, havendo a cipal fonte de sua sobrevivência.
necessidade de tratamento específico e) O lixo produzido nas cidades brasi-
para cada tipo de lixo. leiras tem um destino apropriado. Veri-
e) A população não deve se preocu- fica-se que, na grande maioria dos
par em reduzir a produção de lixo, pois casos, ele é depositado em aterros
todo esse material é reciclado, fato sanitários tecnicamente adequados ou
que fortalece a economia local. é incinerado.
 Resposta: V, V, F, V, F  Resposta: D
37. (ADVISE 2009) O lixo é um dos 38. O poluente atmosférico que se liga
problemas ambientais mais preocu- permanentemente às moléculas de
pantes no âmbito das cidades, não só hemoglobina impossibilitando-as de
brasileiras, mas de todo o mundo. Por transportar oxigênio às células é o:
outro lado, gera emprego e renda. So- a) Ozônio
bre essa questão, assinale a opção b) Hidrocarbonato
correta. c) Dióxido de enxofre
a) A produção de lixo cresce na ra- d) Dióxido de carbono
zão inversa do poder aquisitivo das e) Monóxido de carbono
populações. Isso ocorre porque os  Resposta: E
Anotações
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