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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
ITACOATIARA – AM
ABRIL/2010
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
ITACOATIARA – AM.
ABRIL/2010
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
6 OBSERVAÇÕES.......................................................................................................... 11
CONCLUSÃO ................................................................................................................. 13
INTRODUÇÃO
2.1 HISTÓRICO
3 PROGRAMA DE ESTÁGIO
3.2.1 Geral
3.2.2 Específicos
4.1.1 Biomassa
Entende-se por biomassa o peso de matéria orgânica seca por unidade de área. Para
90 % da biomassa da terra encontra-se nos ecossistemas florestais, os quais ocupam
aproximadamente 40 % da superfície terrestre e a sua acumulação difere de acordo com o
local onde são tomadas as amostras, cujas diferenças são atribuídas às condições ambientais
(SCHUMACHER, 1996).
Outra definição importante para o termo biomassa é descrito como sendo a
quantidade de material vegetal contida por unidade de área numa floresta e expressa em
unidade de massa. Em geral, os componentes utilizados na medição da biomassa são;
biomassa vertical acima do solo, composição das árvores e arbustos, composição da
serrapilheira e troncos caídos (fitomassa morta acima do solo) e composição de raízes
(biomassa abaixo do solo). A biomassa média por hectare varia entre os tipos florestais e
dentro de um mesmo tipo de floresta (TEIXEIRA, 2003).
A produção de biomassa é influenciada diretamente pelos fatores que influenciam na
fotossíntese e na respiração. Estes fatores estão relacionados com a luz, temperatura, umidade
e disponibilidade de nutrientes do solo, teor de carbono no ar, doenças e pragas e ainda fatores
fisiológicos internos da planta como idade, estrutura e disposição das folhas, teor de clorofila,
acúmulo de carboidratos e distribuição e comportamento dos estômatos (KRAMER; et al.,
1972).
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4.2 METODOLOGIA
diâmetro entre 0,6 e 1,9 centímetros. Após a classificação determinou-se o peso verde total e
amostral com 3 amostras por compartimento. A secagem destas amostras foi conduzida em
estufa com circulação de ar forçado por 48 horas a temperatura de 102 ± 3 °C. Em seguida
realizou-se a pesagem para determinação do peso seco ou biomassa que foi utilizado no ajuste
das equações. Escolhida a melhor equação, determinou-se a biomassa das 24 raízes e
extrapolou-se o total para as 800 árvores, tendo assim a biomassa subterrânea total do plantio.
Depois a localização das raízes dentro dos blocos e dos tratamentos era feito uma
limpeza ao redor dos tocos a serem retirados, buscando melhorara a segurança durante as
atividades de escavação.
Em seguida demarcava-se, com o auxilio de uma trena, uma área de 2 m x 2 m
distribuídas igualmente para ambos os lados a partir do toco como referencia do centro, ou
seja, o toco sempre ficava a distância de um metro da borda de qualquer que fosse o lado. As
dimensões da cova foram planejadas em função do espaçamento entre os indivíduos do
plantio (1,5 x 2,5 m).
Dentro da área de 4 m2 demarcada anteriormente estabeleceu-se uma profundidade
mínima para as covas e 2 m. O início do processo de escavação se dava com a utilização de
ferramentas manuais com picareto e enxadas. Toda terra removida era retirada com uma pá e
colocados na borda da cova, para facilitar a posterior devolução do local de onde estava sendo
retirada.
As raízes finas, menores que dois centímetros de diâmetro, devido à facilidade com
que se rompiam eram coletadas durante a retirada da terra, onde a grande maioria delas ainda
estavam aderidas. Já as raízes mais grossas, maiores que dois centímetros de diâmetro, eram
desmembradas do restante do toco com o auxílio de motosserra, machado ou de facões, e
posteriormente recolhidas.
Quando a raiz apresentava profundidade superior a 2 m utilizava-se o boca-de-lobo
para escavar um furo paralelo as raízes buscando diminuir o contato com solo, facilitar a
remoção e retirar o maior comprimento possível das raízes. Em seguida a raiz era amarrada a
uma peça de madeira que servia como alavanca movida a tração humana. Com esse
procedimento todas as raízes foram arrancadas de forma completa do solo. Em seguida foi
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feito uma limpeza na cova para coletar fragmentos das raízes que ainda estavam aderidas ao
solo.
Segundo a metodologia estabelecida para execução do trabalho as raízes que se
estendiam por uma distância maior que 2 m não foram coletadas, devido ao risco destas
pertencerem a outras árvores vizinhas e acabar por superestimar os valores de biomassa
acumuladas nas raízes secundárias.
As covas resultantes da retirada das raízes foram fechadas com a terra que se
acumulou nas bordas durante as etapas anteriores. E em cada cova fechada foi fixado um toco
que recebeu uma identificação referente ao número que a árvore ocupava no tratamento.
Tabela 1
Classificação das raízes secundárias
Classe Diâmetro inf (cm) diâmetro sup (cm)
R. grossas 2 >2
R. médias 0.6 1.9
R. finas < 0.5 0.5
6 OBSERVAÇÕES
Tabela 2
Distribuição geral de biomassa nos compartimentos aéreos e subterrâneos (kg)
Fuste Raiz Ponteira Folhas Galhos verdes Galhos secos
126,616 35,563 2,313 12,461 33,273 2,192
A tabela (2) mostra o valor geral dos componentes aéreos e sistema radicular obtidos
por do cálculo da média dos 24 indivíduos amostrados de quatro classes diamétricas
diferentes de um plantio homogêneo, na Fazenda Aruanã.
Galhos Secos
Galhos Verdes 1%
16%
Folhas
6%
Ponteira
1%
Raiz Fuste
17% 59%
A análise gráfica dos valores percentuais pode-se afirmar que a média geral
componentes fica em torno de 59 % da biomassa total acumulada no fuste, 17 % encontra
acumulada nas raízes acumulada nos galhos verdes, 6 % acumulada nas folhas, 1 % na
ponteira e 1 % nos galhos secos. Observou-se que o percentual de raiz e bastante
representativo com relação a parte aérea da árvore,resultado este, bastante próximo do obtido
por Watzlawick et al., (2003), estudando um plantio homogêneo da espécie Araucaria
angustifólia com 30 anos de idade, que atingiu um valor médio de 15,09 % de biomassa
radicular.Silva (2007) estudando a biomassa total viva em floresta primária chegou a
conclusão de que os valores percentuais de biomassa subterrânea variam entre o limite
mínimo de 19 % e limite máximo de 32 %, ao nível de confiança de 95 %.
Os numerosos trabalhos referentes à biomassa subterrânea publicados demonstram
que existem muitas variações em torno do valor percentual de biomassa subterrânea, em
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CONCLUSÃO
As análises dos dados mostraram que a média geral da biomassa em percentual dos
componentes ficam em torno de 59 % da biomassa total acumulada no fuste, 17 % acumulada
nas raízes, 16 % acumulada nos galhos verdes, 6 % acumulado nas folhas, 1 % na ponteira e 1
% nos galhos secos. Assim podendo-se concluir que em um plantio de castanha-do-brasil de
10 anos a biomassa esta acumulada 92 % no fuste e galhos verdes e nas raízes e 8 %
distribuído entre as folhas, galhos secos e ponteira.
A estimativa da biomassa total do plantio foi de 1764,29 toneladas para componentes
aéreos e de 277,13 para componentes subterrâneos que chegam a um total 2.041,42 toneladas
de biomassa em um plantio de 10 anos de idade nas condições de clima e solo do sitio da
Fazenda Aruanã.
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OBRAS CONSULTADAS