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GESTÃO

AMBIENTAL

TEMA: OS BIOMAS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO


DESMATAMENTO
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Curso de Gestão Ambiental


Centro Universitário Leonardo da Vinci

Elaboração
Francieli Stano Torres
Claudia Sabrine Brandt
Joseane Gabriele Kryzozun Ribeiro Rubin
Maquiel Duarte Vidal
Renata Joaquim Ferraz Bianco
Thiago Roberto Schlemper

Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância


Prof.ª Francieli Stano Torres

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância


Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa
Maitê Karly Roeder

Revisão:
José Roberto Rodrigues
Diógenes Schweigert
Todos os direitos reservados à Editora UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVI
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RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO 1

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um país enorme e o seu tamanho, com a variedade de relevos,


contribui para a existência de uma grande diversidade de ambientes. Assim, as
características ambientais vivenciadas por um(a) acadêmico(a) da região Norte
certamente são muito distintas daquelas onde um(a) acadêmico(a) da região
Centro-Oeste estuda, por exemplo.

Os fatores que “dividem” os ambientes dependem do objetivo da sua


classificação. Em relação ao tipo de cobertura natural local, ou seja, o conjunto
de espécies vegetais, o Brasil pode ser dividido em seis grandes biomas, a
saber: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa (figura a
seguir).

FIGURA 1 – OS PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS SEGUNDO O INSTITUTO


BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA

FONTE: Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/


images/169_230_463146.gif>. Acesso em: 16 abr. 2013.

Apesar de já termos falado brevemente sobre os Biomas Brasileiros


na disciplina de Gestão em Unidades de Conservação, agora aprofundaremos
esta questão focando o desmatamento sofrido em cada uma das áreas. Para

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2 RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO

isso, utilizamos dados obtidos em relatórios disponibilizados no site do


Ministério do Meio Ambiente – MMA (www.mma.gov.br/florestas) e que são
resultado de uma parceria entre esse Ministério e o Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.

Vamos lá?

2 BIOMAS BRASILEIROS

2.1 BIOMA AMAZÔNIA

O bioma Amazônia é o mais representativo do país e abrange oito


estados brasileiros: Pará, Amazonas, Maranhão, Goiás, Acre, Amapá,
Rondônia, Roraima e Mato Grosso.

O modelo tradicional de ocupação desse bioma sempre foi pautado


na derrubada da fl oresta, seguida da sua queima. O desmatamento
normalmente inicia com a abertura ofi cial ou clandestina de estradas, como,
por exemplo, a Rodovia Transamazônica.

A abertura dessas vias permite a expansão humana e a ocupação


irregular de terras, bem como a exploração predatória de madeiras nobres.
Posteriormente, há a conversão da fl oresta explorada em agricultura
familiar e pastagens para a criação extensiva de gado. Mais recentemente, as
pastagens estão dando lugar à agricultura mecanizada, principalmente aquela
ligada às culturas de soja e algodão (FERREIRA; VENTICINQUE; ALMEIDA,
2005).

Todavia, o desmatamento amazônico não está distribuído


homogeneamente, mas sim concentrado ao longo do denominado "arco do
desmatamento", cujos limites se estendem do sudeste do Estado do Maranhão
ao norte do Tocantins, sul do Pará, norte de Mato Grosso, Rondônia, sul do
Amazonas e sudeste do Estado do Acre.

Recentemente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais–INPE


divulgou os dados de desmatamento detectados pelo sistema DETER
(detecção de desmatamento em tempo real) entre o período de novembro
de 2012 a fevereiro de 2013 para a região amazônica. Juntos, os focos de
desmatamento somaram 615,4 km²! De acordo com dados do INPE, o
desmatamento aumentou 26% em relação ao período da estimativa anterior
(tabela a seguir).

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RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO 3

QUADRO 1 – ÁREA DESMATADA (EM QUILÔMETROS QUADRADOS) ENTRE


NOVEMBRO DE 2012 A FEVEREIRO DE 2013, NOS ESTADOS SOB O
DOMÍNIO DO BIOMA AMAZÔNIA

FONTE: Site do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

A distribuição de focos de desmatamento entre os estados brasileiros


pode ser visualizada no mapa a seguir.

FIGURA 2 – DISTRIBUIÇÃO DOS FOCOS DE ALERTA DE DESMATAMENTO NOS


DIFERENTES ESTADOS, ENTRE OS MESES DE NOVEMBRO DE 2012 A
JANEIRO DE 2013

FONTE: Site do INPE

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Segundo o diretor do IBAMA, o Mato Grosso e Pará sempre lideraram


o ranking do desmatamento na região amazônica, e os alertas recentes
provavelmente estão sendo impulsionados pelo boom das commodities
agrícolas, pelo aumento do preço do ouro e também pelo aumento do preço
da terra (site G1).
Para tentar frear esse processo, o IBAMA, em parceria com a Força
Nacional de Segurança e a Polícia Rodoviária Federal, iniciou a Operação
Onda Verde e ocupou as áreas críticas que respondem hoje por 54% de
todo o desmatamento da Amazônia, entre elas o território matogrossense,
áreas no Pará, em Rondônia e no Amazonas, onde o desmatamento ilegal
tem sido flagrado com frequência pelos agentes ambientais. Desde o início
dessa Operação em Mato Grosso, os agentes do IBAMA já embargaram quase
4 mil hectares de terra e aplicaram mais de R$ 12 milhões em multas aos
responsáveis pelo desmatamento ilegal na região (site Amazônia).
Em documento realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia e Fundação Viver, Produzir e Preservar, os autores defendem que
qualquer estratégia visando à redução do desmatamento na região deve incluir
a adoção de novas tecnologias para o uso dos solos e alternativas produtivas
sustentáveis que garantam o aumento da produtividade nas áreas já abertas.
Ainda devem levar em conta os benefícios ambientais gerados a partir dos
serviços prestados pelas florestas (IPAM/FVPP, 2011).

FIGURA 3 – MAPA DO BIOMA CERRADO, CONTENDO A DISTRIBUIÇÃO


ESPACIAL DAS ÁREAS COM VEGETAÇÃO NATIVA (VERDE),
ÁREAS DE SUPRESSÃO (DEGRADADA) ACUMULADA ATÉ 2010
(CIANO) E CORPOS D’ÁGUA (AZUL)

FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2011)

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A seguir, apresentamos uma tabela com a área de Cerrado degradada


em cada estado durante os anos de 2009 e 2010 (tabela a seguir).

QUADRO 2 – SITUAÇÃO DO DESMATAMENTO POR ESTADO BRASILEIRO NO PERÍODO DE


2009 A 2010, TENDO COMO REFERÊNCIA A ÁREA TOTAL ORIGINAL DO
CERRADO EM CADA ESTADO, IDENTIFICANDO QUE O DESMATAMENTO
FOI MAIOR NESTE PERÍODO NOS ESTADOS DO MARANHÃO E PIAUÍ

USO ANTRÓPICO
ESTADO UF ÁREA ESTADO 2009-2010 %

FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2011)

O principal fator de degradação do Cerrado é a expansão da fronteira


agrícola brasileira (principalmente a cultura do algodão, da soja e da cana)
e a exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para a
produção de carvão. Entre os motivos que levam à alta procura pelas árvores
do cerrado para a indústria carvoeira está o baixo valor dado ao metro cúbico
dessas madeiras e a existência de mão de obra desqualificada e barata (site
Desmatamento no Brasil).

Estudo realizado por Costa, Wilbert e Freire (2011) focando a


problemática do desmatamento permitiu constatar uma relação entre o
aumento dos gastos dos municípios com gestão ambiental e a existência de
um sistema de administração ambiental organizado com a verificação de
menores porcentagens de desmatamento. No entanto, a falta de qualificação
dos recursos humanos e a falta de um monitoramento permanente do meio
ambiente são questões que se colocam como limitação à eficiência da gestão
municipal.

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2.3 BIOMA CAATINGA

A área original de caatinga é em torno de 826.411 km2, o equivalente a 11%


do território nacional, englobando os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais
(site MMA). Deste total, aproximadamente 45,62% foram desmatados até o ano
de 2009 (tabela e figura a seguir).

QUADRO 3 – SITUAÇÃO DO DESMATAMENTO DA CAATINGA POR ESTADO NO


PERÍODO DE 2008 A 2009, TENDO COMO REFERÊNCIA A ÁREA TOTAL
ORIGINAL DA CAATINGA NESSES ESTADOS, IDENTIFICANDO QUE O
DESMATAMENTO FOI MAIOR NESTE PERÍODO NOS ESTADOS DA BAHIA E
CEARÁ

FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2011)

Atualmente o sertão se caracteriza por atividades econômicas ligadas


à pecuária e ao extrativismo mineral, que geralmente são acompanhadas de
desmatamentos indiscriminados da caatinga. Isso, associado à fragilidade natural
desse bioma, compromete os recursos hídricos, causa a erosão, salinização e
compactação dos solos, reduz a diversidade biológica, entre outros efeitos
adversos (ALVES; ARAÚJO; NASCIMENTO, 2009).

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FIGURA 4 – MAPA DO BIOMA CAATINGA, CONTENDO A


DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ÁREAS COM
VEGETAÇÃO NATIVA (VERDE), ÁREAS DE SUPRESSÃO
(DEGRADADA) ACUMULADA ATÉ 2009 (MARROM) E
CORPOS D’ÁGUA (AZUL)

FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2011)

De maneira geral, o desmatamento da caatinga resulta da utilização da


sua vegetação para o sustento da economia da região por meio da participação
da lenha e do carvão na matriz energética. Ainda, direta ou indiretamente, as
florestas da Caatinga são utilizadas para sustentar atividades tradicionais como
a pecuária extensiva adaptada às condições naturais do Semiárido. Também
são igualmente importantes alguns produtos florestais, como cascas e raízes
para a produção de tanino, extração de fibras e a coleta de frutos (site MMA).

Em específico para a área da Bahia, que liderou o desmatamento entre


os anos 2008 e 2009, percebe-se que a agricultura de subsistência e a pecuária
extensiva são as atividades que contribuíram diretamente para o avanço e
atual degradação da caatinga. A mineração, olarias e cerâmicas também são
atividades que oneram ainda mais a vegetação da caatinga nesse estado
(EVANGELISTA, 2011).

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2.4 BIOMA PANTANAL

O bioma Pantanal tem cerca de 151.313 km² de extensão, divididos entre


os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que representa 1,76% da área
total do território brasileiro. A despeito de ser considerado o bioma continental de
menor extensão territorial no Brasil, é uma das maiores extensões úmidas contínuas
do planeta (site MMA).

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, da sua área original,


foram desmatados até o ano de 2009 23.160 Km2 (tabela e figura a seguir).

TABELA 1 – REMANESCENTE DO BIOMA PANTANAL EM CADA ESTADO,


CONSIDERANDO A ÁREA ORIGINAL

FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2011)

FIGURA 5 – MAPA DO BIOMA PANTANAL, CONTENDO A


DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ÁREAS COM
VEGETAÇÃO, DESMATAMENTO ACUMULADO ATÉ
2009 E CORPOS D’ÁGUA

FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2011)

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São consideradas ameaças à conservação do Pantanal: os projetos


de infraestrutura, a caça, a invasão de espécies exóticas e a contaminação
resultante do uso de pesticidas nas áreas agrícolas localizadas nas cabeceiras
dos principais rios que drenam a planície. As atividades mineradoras, que têm
aumentado na região, também contribuem para a degradação desse bioma,
ocasionando o assoreamento e modificando a trajetória dos corpos d’água,
contaminando as bacias com dejetos de diferentes origens e intensificando
processos erosivos (EVANGELISTA, 2011).

2.5 BIOMA MATA ATLÂNTICA

A área original da Mata Atlântica ocorre ao longo da costa brasileira


desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, abrangendo 17
estados brasileiros. Em alguns pontos se estende até centenas de quilômetros
continente adentro, alcançando a Argentina e o Paraguai (CAPOBIANCO,
2002).

Considerando que a sua localização se dá justamente onde há maior


adensamento populacional em nosso país, não é surpresa que este seja um dos
biomas mais ameaçados pelo desmatamento (tabela a seguir).

A exploração madeireira foi a primeira e a principal causa do


desmatamento da Mata Atlântica até recentemente. Atualmente, a expansão
imobiliária na forma de ocupação, loteamento e construção de imóveis
é a principal responsável pelo desmatamento. A isso, soma-se a indústria
madeireira dependente de espécies nativas e cuja importância é regional,
especificamente no Paraná e Santa Catarina, onde a indústria moveleira e de
madeiramento utiliza-se do pinheiro-do-paraná, Araucaria angustifolia
(CAPOBIANCO, 2002).

Os principais remanescentes da mata Atlântica concentram-se em


locais de relevo acidentado que dificultam o acesso aos recursos madeireiros
nas regiões Sul e Sudeste (figura 6; tabela 6). De acordo com Capobianco
(2002), apesar de reduzida e muito fragmentada, a Mata Atlântica possui uma
importância enorme, já que exerce influência direta na vida de mais de 80% da
população que vive em seu domínio. Isso ocorre através da regulação do fluxo
dos mananciais hídricos, da manutenção da fertilidade do solo, do controle do
clima e da proteção de encostas íngremes.

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QUADRO 5 – DESFLORESTAMENTOS DE MATA ATLÂNTICA OCORRIDOS NO PERÍODO


2008-2010

FONTE: SOS Mata Atlântica

FIGURA 6 – MAPA DA ÁREA AVALIADA COM OS DESFLORESTAMENTOS DO


PERÍODO 2008-2010

FONTE: SOS Mata Atlântica

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QUADRO 6 – REMANESCENTES FLORESTAIS DA MATA ATLÂNTICA – ANO BASE 2010

FONTE: SOS Mata Atlântica

2.6 BIOMA PAMPA OU CAMPOS SULINOS

Situados no extremo sul do Brasil e se estendendo também pelo


Uruguai e Argentina, os campos sulinos ou “pampas” possuem uma extensão de
aproximadamente 178 km2, ocupando 63% do Estado do Rio Grande do Sul.

Uma das principais causas do risco ambiental sofrido pelo pampa é a


invasão da monocultura do eucalipto e a instalação de barragens visando à
ampliação das áreas de arroz irrigado, e a pecuária (figura 7).

Segundo Chomenko (2007), os cultivos de Eucalyptus spp. e Pinus


spp. em áreas inadequadas acarretam em maior acidez do solo, redução na
sua fertilidade, incremento de erosão em função da alteração da estrutura
do solo, e redução de permeabilidade de água. Outro fator a ser considerado
é a expansão da invasão de espécies exóticas, que passam a ser consideradas
“pragas” junto a alguns setores de cultivos agrícolas, destacando-se caturritas,
lebres e javalis, que encontram nos plantios de espécies arbóreas um hábitat
propício.

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FIGURA 7 – MAPA DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS ÁREAS COM VEGETAÇÃO


NATURAL (VERDE), ANTROPIZAÇÃO ACUMULADA ATÉ 2009 (AMARELO)
E CORPOS D’ÁGUA (AZUL) NO BIOMA PAMPA

FONTE: Ministério do Meio Ambiente (2011)

3 O DESMATAMENTO E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Tratamos anteriormente as principais causas do desmatamento nos


biomas brasileiros. Agora chegou o momento de falarmos um pouco sobre
uma das suas consequências mais drásticas: as mudanças climáticas.

Já tratamos do assunto aquecimento global na disciplina de Controle


de Poluição do Ar. Porém, nesse momento a intenção é discutir sobre como
o desmatamento tem contribuído para as mudanças climáticas, uma vez que
esta prática é a terceira maior causa da emissão de gases do efeito estufa,
ficando atrás somente da produção de energia e da indústria e à frente do
setor de transportes (MARENGO et al., 2011).

Enquanto a queima de combustíveis fósseis representa 88% das


emissões globais de gases de efeito estufa, o desmatamento tropical é
responsável por aproximadamente 12% dessas emissões (Lè Querè, 2009
apud IPAM/FVPP, 2011). Já no Brasil, 68% das emissões são resultantes do
desmatamento e mudanças no uso do solo (IPAM/FVPP, 2011).

Mas como o desmatamento influencia nas mudanças climáticas?

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RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO 13

A vegetação possui um papel importantíssimo na estocagem de carbono,


participando na ciclagem deste elemento químico e limitando a quantidade
liberada na atmosfera. Considerando que o dióxido de carbono (CO2) é o gás
que mais contribui para o aquecimento global, são notórias as consequências
advindas do desmatamento.

Ainda, a remoção da cobertura florestal pode causar alterações no


balanço hídrico, tornando o clima mais seco e quente. Isso ocorre porque o
desmatamento e a exploração madeireira diminuem a quantidade de água
liberada pela vegetação para a atmosfera e, consequentemente, reduzem
o volume das chuvas (consulte a etapa que trata sobre a água). Com menos
chuvas, há maior possibilidade de ocorrência de incêndios florestais. A fumaça
produzida por essas queimadas e pelos incêndios florestais interfere nos
mecanismos de formação das nuvens, dificultando ainda mais a ocorrência das
chuvas. Todos estes fatores combinados agravam os efeitos das mudanças
climáticas (IPAM/FVPP, 2011).

Tamanha é a contribuição do desmatamento para as mudanças climáticas


que os planos de ação para prevenção e controle do desmatamento nos
biomas foram considerados instrumentos da Política Nacional sobre Mudanças
do Clima (Lei nº 12.187/2009) (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2011).

Porém, algumas medidas já haviam sido tomadas antes desta


regulamentação. De fato, o Governo Federal lançou em 2004 o Plano de Ação
para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm).
Posteriormente, em 2010, foi a vez do Cerrado ter o seu desmatamento
controlado, com a criação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do
Desmatamento e das Queimadas do Cerrado (PPCerrado). Para os outros
biomas já estão previstas ações na Política Nacional sobre Mudanças do Clima,
porém essas ainda não foram implantadas.

Veja na figura 8, a seguir, as metas previstas para o Brasil e a grande


parcela de contribuição do uso da terra no total de emissões de gás carbônico
realizadas pelo Brasil.

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14 RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO

FIGURA 8 – EMISSÕES DE GÁS CARBÔNICO

FONTE: Disponível em: <http://www.ecodebate.com.br/foto/co2-brasil.jpg>.


Acesso em: 21 maio 2013.

Mas de que forma as mudanças climáticas têm sido notadas em nosso


país? Eventos de seca extrema, enchentes, desmoronamentos de terra... Nos
últimos anos temos tomado conhecimento desses fenômenos e das diversas
catástrofes naturais resultantes deles através dos noticiários nacionais.
Serão esses eventos desconectados ou fruto das mudanças climáticas? O
desmatamento tem influência sobre esses fenômenos?

Apesar da dificuldade em se comprovar a influência das atividades


humanas sobre as últimas grandes catástrofes naturais ocorridas no Brasil,
alguns dados ao menos sugerem tal relação. Na sequência, comentaremos
alguns desses fenômenos e como o uso indiscriminado dos recursos naturais
parece atuar sobre os mesmos.

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RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO 15

3.1 EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS RECENTES NO BRASIL

Nos últimos anos o bioma Amazônia passou por pelo menos dois
eventos de seca extrema (2005 e 2010), e duas grandes enchentes (2009 e
2012).

No ano de 2005, o sudoeste da Amazônia sofreu uma das secas mais


intensas dos últimos cem anos. De fato, as chuvas aproximaram-se de 100
mm por mês, abaixo da média de longo prazo, que é de 200-400 mm/mês.
Apenas quatro anos depois, na mesma região, foram registrados excessos
de 100 mm por mês de chuva. Estima-se que a precipitação foi quase 100%
acima do normal para a região e época do ano! Era a enchente de 2009. No
ano seguinte, um novo evento de seca extrema atingiu a região amazônica
(MARENGO; TOMASELLA; SOARES, 2011). Por fim, no ano de 2012 ocorreu
a maior enchente de que já se teve notícia na região amazônica.

Durante os dois eventos de seca, a atividade pesqueira e


o abastecimento de água na região amazônica ficaram seriamente
comprometidos. A navegação ao longo de vários canais teve de ser suspensa.
Também houve alto índice de mortalidade de peixes. Milhares de pessoas
ficaram sem alimentos e a geração de energia hídrica ficou comprometida
(MARENGO; TOMASELLA; SOARES, 2011).

Já nos períodos de enchente, verificou-se grandes impactos sobre


a saúde pública, com a ocorrência de casos de leptospirose e de doenças
transmitidas pela água. Ainda, houve danos sobre a infraestrutura e as
propriedades (MARENGO; TOMASELLA; SOARES, 2011).

Como destacam Marengo, Tomaselli e Soares (2011, p. 24):


“A Amazônia está periodicamente sujeita a enchentes e secas,
mas esses exemplos recentes destacam a vulnerabilidade
das populações humanas e dos ecossistemas dos quais elas
dependem aos atuais eventos climáticos extremos”.

De acordo com modelos climáticos desenvolvidos para a região, até o


final do século XXI as mudanças climáticas deverão aumentar a frequência e
a intensidade das precipitações pluviométricas na Amazônia. Ainda, eventos
de seca, que geralmente ocorrem apenas uma vez em 20 anos, podem passar
a ocorrer até o ano de 2025 uma vez a cada dois anos, e até o ano de 2060,
nove vezes em 10 anos!

De acordo com Marengo et al. (2011, p. 29):

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16 RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO

Se secas intensas como as de 2005 e 2010 se tornarem mais


comuns no futuro, serão necessárias medidas de adaptação
para evitar que os impactos sentidos [...] aconteçam mais
frequentemente com igual devastação. Existem evidências
de que os tomadores de decisão podem adotar medidas
eficazes para mitigar os efeitos da seca meteorológica.

Não somente a Amazônia tem sofrido com os eventos climáticos


extremos. No Nordeste, na região da Caatinga, o ano de 2012 foi um marco
devido à pior seca em 50 anos. Como consequência, houve perdas agrícolas
e, na pecuária, falta de água para consumo humano, impactos na saúde pública
e a intensificação do fenômeno de migração (RITTL, 2012). Em outras áreas,
como o Sudeste e Sul do Brasil, as enchentes, enxurradas e deslizamentos têm
constantemente sido manchete de jornais.

Deslizamentos no Rio de Janeiro, em Minais Gerais e em Santa Catarina.


Enxurradas em São Paulo. Enchentes em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Esses são apenas alguns exemplos de vários e constantes eventos ocorridos.
Veja na figura a seguir o panorama futuro que é esperado para as diferentes
regiões do país devido às mudanças climáticas (figuras 9 e 10).

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RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO 17

FIGURA 9 – IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NAS DIFERENTES REGIÕES DO


BRASIL

FONTE: Disponível em: <http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/sites/default/files/


uploads/u4/impactos_no_brasil.gif>. Acesso em: 16 mai. 2013.

FIGURA 10 – CENÁRIOS CLIMÁTICOS FUTUROS NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL

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18 RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/node/147>. Acesso


em: 16 maio 2013.

4 NOVO CÓDIGO FLORESTAL

Sendo o desmatamento o assunto dessa etapa de nossa formação, é


indispensável que falemos sobre o Novo Código Florestal, publicado pela Lei
12.651/2012, de 25 de maio de 2012, modificado pela Lei 12.727, sancionada
em 17 de outubro de 2012 e regulamentada pelo Decreto 7.830.

Desde o início, a proposta de reformulação do Código Florestal


Brasileiro esteve envolta em polêmicas geradas por opiniões e pontos de vista
contrários de um mesmo ponto do texto sugerido. As divergências ocorreram
principalmente entre ambientalistas e ruralistas. No entanto, mesmo os
ambientalistas têm visões distintas sobre o impacto que as mudanças advindas
da alteração do Código Florestal podem ocasionar sobre os recursos naturais
do nosso país.

Independente das vantagens ou prejuízos ocasionados pela mudança no


código, o fato é que ainda pouco se sabe sobre a forma como alguns artigos da
nova lei serão implementados na prática. Nesse contexto, vamos nos limitar
a apresentar as principais mudanças derivadas da aprovação dessa nova lei
que dizem respeito às Reservas Legais, às Áreas de Preservação Permanente,
entre outros assuntos.

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RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO 19

4.1 RESERVA LEGAL

Primeiramente, vamos relembrar o conceito de Reserva Legal. Essa


área consiste na extensão de terra que deve ser obrigatoriamente protegida
dentro da propriedade rural, sendo distinta entre a Amazônia Legal e os
outros biomas.

Na área da Amazônia Legal, ou seja, no Acre, Pará, Amazonas, Roraima,


Rondônia, Amapá, Mato Grosso, norte do Tocantins e Goiás e no oeste do
Maranhão, a área de Reserva Legal deve abranger 80% do total em caso de
floresta, 35% em áreas de Cerrado e 20% nos Campos Gerais. Nos demais
biomas, a regra é de que a Reserva Legal abranja 20% da área.

O Novo Código respeita as legislações vigentes na época de ocupação


das propriedades, o que significa que as áreas de Reserva Legal desmatadas
em conformidade com a lei da época do desmatamento não precisam ser
reflorestadas em nenhuma região do Brasil.

Já para as propriedades que não respeitaram essa lei, a recuperação


dependerá do seu tamanho. Assim, em propriedades com até quatro módulos
fiscais (consideradas propriedades pequenas), será considerada Reserva Legal
a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, independente da sua
quantidade. Não será permitido que novas áreas sejam desmatadas enquanto
houver menos área florestal do que o percentual de Reserva Legal exigido
pela lei.

Em propriedades superiores a quatro módulos fiscais (propriedades


grandes) que desmataram mais do que era permitido na época, é preciso
recompor, regenerar ou compensar a área de Reserva Legal obrigatória para
a região.

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20 RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS E A AMEAÇA DO DESMATAMENTO

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O Módulo fiscal é uma unidade de medida de terras calculada em hectares. O número


de hectares que compõem um módulo fiscal varia entre os municípios do Brasil e
leva em consideração a produtividade da terra.

Quando for necessária a recomposição da área, será aceito o plantio


associado entre espécies nativas e exóticas frutíferas, para uso social, em
até 50% do total. O restante deve ser abandonado, deixando que ocorra a
regeneração natural. É também possível compensar a área de Reserva Legal
em outras propriedades, desde que dentro do mesmo bioma.

É permitida a exploração comercial da Reserva Legal, desde que as


condições do solo e a integridade da biodiversidade local sejam preservadas.

4.2 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP

Os proprietários rurais são obrigados a manter faixas de


vegetação ao longo dos rios, chamadas de mata ciliar, como Área de
Preservação Permanente. A mata deve ter:

- no mínimo 30 metros de largura, para rios com até 10 metros de


largura;

- 50 metros de largura, para rios entre 10 e 50 metros;

- 100 metros de largura, para rios entre 50 e 200 metros;

- 200 metros de largura, para rios entre 200 a 600 metros;

- 500 metros de largura, para rios com largura superior a 600 metros.

Também são consideradas APPs as faixas de 100 metros, nas zonas

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rurais, ou de 30 metros, nas zonas urbanas, no entorno de lagoas naturais.


A área em volta de reservatórios artificiais terá faixa de APP definida na
licença ambiental. Já o entorno de nascentes e olhos d’água perenes deve ser
protegido por um raio mínimo de mata de pelo menos 50 metros.

São ainda áreas de preservação permanente as encostas com


declividade superior a 45 graus; as faixas de restingas fixadoras de dunas ou
estabilizadoras de mangues; as bordas dos tabuleiros ou chapadas; o topo de
morro com altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25
graus; regiões com altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a sua
vegetação, e os manguezais, em toda a sua extensão.

Os apicuns e salgados (que integram o ecossistema dos manguezais


e são utilizados para produção de camarão e sal, respectivamente) e as
veredas também são considerados APPs, mas sua delimitação e regras de
recomposição ainda podem ser modificadas (veja adiante).

Pelo novo código, é permitida a supressão de vegetação em APPs nos


casos em que a área for declarada de utilidade pública, de interesse social ou
de baixo impacto ambiental. Nas propriedades familiares foi permitida a
cultura temporária e sazonal em terra de vazante, desde que não haja novos
desmatamentos.

A recomposição das propriedades consolidadas só é obrigatória em


caso de áreas alagadas, inclusive em pequenas propriedades.

UNI

É denominada de propriedade consolidada aquela ocupada com atividades


agrossilvipastoris anteriores a 22 de julho de 2008.

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Essas são apenas algumas das mudanças no novo Código Florestal,


portanto é importante que você acesse a lei na íntegra e mantenha-se
atualizado(a) no assunto.

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