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A RACIONALIDADE E A BUROCRACIA NA TEORIA DE MAX WEBER

RACIONALIDADE
De fundamental importância para o desenvolvimento de conceitos na teoria weberiana, um
dos pontos centrais nesta teoria, o alicerce para toda a construção da modalidade de funcionamento
dos sistemas sociais atuais.
Nas sociedades tradicionais, as interpretações do mundo se davam de forma mística, com o
movimento iluminista houve a transformação desta sociedade para a moderna, onde as interpretações
do mundo se dariam de forma racionalista, onde o que distingue um ato racional de um irracional é
sua coerência com relação aos fins visados.
OS TIPOS DE RACIONALIDADE
Prática, teórica, substantiva e formal.
A racionalidade prática pode ser entendida como o modo de vida que o indivíduo vê e julga a
atividade do mundo em relação aos seus interesses puramente pragmáticos e egoísticos, são as
atividades em relação ao interesse do indivíduo. É por meio desta que as organizações se tornam
mais eficientes.
Na racionalidade teórica ao invés de somente utilizar a ação para compreender a realidade,
são também utilizados os conceitos abstratos de pensamento como dedução e indução lógica,
atribuição de causalidade, formação de significados simbólicos.
A racionalidade substantiva transforma a ação em modelos que tenham relação ao passado,
presente ou a um potencial postulado de valor. Não prioriza as relações meio-fim. A base deste tipo
de racionalidade são os valores, não é mediatista e está no cerne da formação dos grupos sociais.
A racionalidade formal está baseada em relações de meio-fim, onde o conceito de utilidade
econômica é central. A meta é atingir os objetivos dentro de uma realidade, podendo ser considerada
também prática e pragmática.
Contrastando os tipos podemos observar que a racionalidade prática e a formal estão baseadas
na capacidade do homem para as ações meio-fim, enquanto a substantiva deriva de uma ação de
valor racional e a teórica é originária dos processo cognitivos abstratos.
DOMINAÇÃO E AUTORIDADE
Para Weber a utilização da dominação, através de ação comunitária, uma sociedade pode ser
dotada de racionalidade e que esta dominação seria dada na forma de governo, fomentando a origem
da dominação mediante organização.
A dominação quando exercida sobre uma grande quantidade de pessoas, exige a existência de
uma organização administrativa que execute as ordens, esta organização segundo a teoria weberiana,
seria a burocracia, considerada como um tipo de poder ou de dominação, que se concebe como um
aparato de operação em mãos dos capitalistas.
TIPOS DE DOMINAÇÃO
Dominação carismática: o superior é considerado um herói e sua dominação é justificada por
suas qualidades e pela fé dos subordinados. É instável, sem base racional, essencialmente pessoal e
intransferível.
Dominação tradicional: baseado numa crença relacionada ao passado, limitada aos costumes
e a tradição, opõe-se à mudança. A relação com os subordinados é pessoal, arbitrária e a obediência
se dá pela lealdade e pelo respeito às tradições. Pode tomar duas formas: 1) patrimonial: onde o
poder é exercido devido à dependência financeira dos servidores perante os patrões; 2) feudal: onde
além da dependência financeira existe também um juramento de fidelidade e uma restrita relação de
subsistência.
Dominação legal: baseada em normas legais racionalmente definidas, impessoais, as quais
todos obedecem. A lei é obedecida e não o superior.

FMP – Introdução à Sociologia – Fichamento – 05/03/2008 – Acadêmico: Marcos R. Rosa – Profª. Giane Alves

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O TIPO IDEAL
O tipo ideal não representa um retrato de algo real – é apenas uma idealização que tenta
buscar um nexo de sentido para melhor compreensão do real. Através da compreensão no tipo ideal
pode-se chegar a compreender o real. Um tipo ideal é construído através de dados empíricos,
selecionados e conceituados conforme um interesse específico. O tipo ideal não é uma cópia
esquemática do real. A burocracia e a relação entre o protestantismo são exemplos de construção do
tipo ideal.
A ÉTICA PROTESTANTE E O CAPITALISMO
Weber encontrou uma conexão de sentido entre o capitalismo e o calvinismo, os protestantes
demonstram uma tendência específica para o racionalismo econômico, não percebido nos católicos.
O acúmulo de capital passa ser o objetivo e não apenas a sobrevivência econômica e o sustento.
O calvinismo promoveu o desenvolvimento do espírito do capitalismo, o sinal de ser
escolhido por Deus era o sucesso no trabalho, que era um fim em si mesmo, uma vocação.
O luteranismo era muito ligado ao tradicionalismo, contra a usura e a tomada de juros, a
vocação para o trabalho secular era uma ordem divina, concebida como expressão de amor ao
próximo.
No pietismo enfocava-se mais o lado emocional da religião.
No metodismo o caráter emocional tomava a forma de entusiasmo e destruía o caráter
racional da conduta.
Nas seitas batistas a justificação e a salvação davam-se através da fé, num princípio de

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Nas seitas batistas a justificação e a salvação davam-se através da fé, num princípio de
alienação e não no trabalho no mundo a serviço de Cristo.
O racionalismo é o fator comum não somente entre o capitalismo e o protestantismo, mas
também de ambos em relação à burocracia. Em todo o sistema burocrático está presente a burocracia,
mas nem toda organização burocrática é capitalista.
BUROCRACIA
Max Weber considerou burocracia como um sistema racional que se administra segundo o
critério da eficiência, a burocracia é a mais eficiente forma de organização inventada pelo homem,
porém constitui a maior ameaça para a liberdade individual e para s instituições democráticas
ocidentais.
DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
A inexistência de uma organização ideal e a falta de preocupação com o ambiente
organizacional e o seu pessoal são duas grandes disfunções da teoria de Weber. Uma outra disfunção
seria que o modelo de Weber acaba favorecendo ao funcionário medíocre que obedece às ordens
diretas. O poder é centralizado, os regulamentos são muitos e de uma complexidade assustadora.
CRÍTICAS DA BUROCRACIA
Caracteriza o indivíduo organizacional como um ser funcional e objetivo abrindo mão de
todo o seu lado humano na realização de suas tarefas e classifica o aparato burocrático como um
instrumento impessoal de controle e dominação em prol de um objetivo maior. O nível de
detalhamento de sua teoria que se refere mais a um ambiente macro e se esquece de pequenos
detalhes.

FMP – Introdução à Sociologia – Fichamento – 05/03/2008 – Acadêmico: Marcos R. Rosa – Profª. Giane Alves

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