du Théetète, de Platon. Trad. Alain Boutet. Paris : Galimard, 2001. p.153-159.
Pseudos
Nous nous enquérons donc désormais très unilatéralement de lèssence de la non-
vérité. Mais, à regarder de plus près, se projet devrait pourtant nous inciter à reflechir. Il est clair que notre manière de faire est vouée à l`échec. En admettant que commencer par s`enquérir de l`essence de la non-verité ne soit pas un détour dans la question de l`essence de la verité, on ne peut tout de même pas appréhender l`essence de la non-veirté si nous ne nous sommes pas suffisamment assurés, au préalable, de l`essence de la verité ! Car c`est bien la verité et elle seule que se trouve précisément niée dans la non verité. Um vieil adage de logique dit que la négation suppose quelque chose de naible, donc quelque chose de déjà affirmé, d`affirmable et par conséquent une affirmation. Vouloir commencer par la négation va donc à l`encontre, détour ou pas, de la loi la plus élémentaire de la logique. Nous pourrions à vrai dire répondre à cette objection en faisant valoir que nous avons traité de la vérité assez amplement dans ce qui précède pour que quelque chose soit offert à la négation, et qui, une fois nié, représentarait donc la non-vérité.
Tradução : Nós nos indagamos, portanto, de hoje em diante, muito unilateralmente a
essência da não verdade. Mais, um olhar mais aproximado, deste projeto, primeiramente, todavia nos incita a refletir. Está claro que a nossa maniera de fazê-lo está destinada ao fracasso. Se admitimos que o começo da questão sobre a essência da não-verdade nos serve para entrar na questão da essência da verdade, nós não podemos apreender a essência da não verdade se não estmos suficientemente seguros do que foi dito antes. sobre a essencia da verdade ! Pois está certo que a verdade, e somente nela, que encontramos precisamente a negação da não verdade. Um velho ditado de lógica diz que a negação supõe qualquer coisa que pode ser negada, logo qualquer coisa que já foi afirmada, sobre a afirmação é consequentemente uma afirmação. Querer começar pela negação vai ao encontro do mais elementar da lógica. Nós podemos dizer que a verdade responde a uma certa objeção do valor que nós temos tratado da verdade bastante ampla no que precede para que qualquer coisa sirva de oferta à negação e que, uma vez negado, representará então a não verdade.