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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Centro de Ciências e Tecnologia - CCT


Unidade Acadêmica de Engenharia Civil – UAEC
Campus Bodocongó – CEP: 58109-970

REFLEXÃO DA LUZ

Relatório Apresentado à Disciplina de


Física Experimental II da Unidade
Acadêmica de Engenharia Civil do
CCT da UFCG como requisito
básico para aprovação na citada
Disciplina.

Autores: Amanda do Amaral Feitosa


Hugo Villar Loureiro
João Almeida de Melo Neto
Professor: Laerson Duarte da Silva
Turma: 04

Campina Grande-PB, 07 de dezembro de 2021


INTRODUÇÃO
A reflexão da luz é um fenômeno óptico em que um feixe de luz, ao incidir sobre
uma superfície, retorna ao seu meio de origem. Graças a esse fenômeno conseguimos
enxergar os objetos ao nosso redor, pois a luz incide sobre os corpos, que, por sua vez,
refletem-na, fazendo com que os raios de luz cheguem aos nossos olhos, possibilitando,
assim, a nossa visão. (TEIXEIRA, 201?)

Existem dois tipos de reflexão, chamados de reflexão regular e difusa:

 Reflexão regular ou especular: quando os raios de luz incidem sobre uma


superfície lisa, ou regular, e são refletidos na mesma direção, paralelos uns aos
outros. (TEIXEIRA, 201?)
 Reflexão difusa: os raios de luz incidente e refletido não formam o mesmo
ângulo com relação à direção normal e não precisam estar contidos no mesmo
plano. (HELERBROCK, 201?)

Os fenômenos em que acontecem reflexão, tanto regular quanto difusa e seletiva,


obedecem a duas leis fundamentais que são:

 1ª lei da reflexão: O raio de luz refletido e o raio de luz incidente, assim como a
reta normal à superfície, pertencem ao mesmo plano, ou seja, são coplanares.
(FÍSICA, 2008)
 2ª Lei da reflexão: O ângulo de reflexão (r) é sempre igual ao ângulo de
incidência (i). (FÍSICA, 2008)

i=r

Com os experimentos à seguir será possível verificar de maneira empírica as


características e aplicações das leis da reflexão de luz.

MATERIAL UTILIZADO
1. Leis da Reflexão – Espelhos Planos
1- Fonte de luz branca 12V - 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de
posicionamento do filamento;
2- Base metálica 8 x 70 x 3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700mm;
3- Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
4- Diafragma com uma fenda;
5- Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø = 60mm, DF = 120mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
6- Cavaleiro metálico;
7- Suporte para disco giratório;
8- Disco giratório Ø = 23cm com escala angular e subdivisões de 1º.

2. Associação de Espelhos Planos


1- 2 espelhos planos 60x80mm;
2- 2 fixadores de espelho plano;
3- 1 suporte para disco giratório; Ø = 23cm com escala angular e subdivisões de 1º;
4- 1 suporte para disco giratório.

3. Espelhos Esféricos – Espelhos Côncavos


1- Fonte de luz branca 12V – 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de
posicionamento do filamento;
2- Base metálica 8 x 70 x 3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700mm;
3- Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
4- Diafragma com cinco fendas;
5- Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø = 60mm, DF = 120mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
6- Cavaleiro metálico;
7- Suporte para disco giratório;
8- Disco giratório Ø23cm com escala angular e subdivisões de 1º.

4. Espelhos Esféricos – Espelhos Convexos


1- Fonte de luz branca 12V – 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de
posicionamento do filamento;

2- Base metálica 8 x 70 x 3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700mm;
3- Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
4- Diafragma com cinco fendas;
5- Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø = 60mm, DF = 120mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
6- Cavaleiro metálico;
7- Suporte para disco giratório;
8- Disco giratório Ø23cm com escala angular e subdivisões de 1º.

5. Distância focal de um espelho côncavo


1- Vela;
2- 2 cavaleiros metálicos; espelho côncavo Ø = 5cm e 20cm de distância focal, em
moldura plástica com fixação magnética; trena de 2m;
3- 3- Anteparo para projeção com fixador magnético; caixa de fósforos.

PROCEDIMENTOS
1. Leis da Reflexão – Espelhos Planos
Inicialmente, montou-se o equipamento conforme a foto abaixo:

Em seguida, colocou-se em um lado do cavaleiro metálico o diagrama com uma


fenda e do outro lado uma lente convergente de distância focal 12cm. Depois, ligou-se a
fonte de luz, ajustou-se a posição do conjunto para que o filamento da lâmpada fique no
foco da lente, e se ajustou o raio luminoso bem no centro do transferidor.
Posteriormente, colocou-se o espelho plano no disco ótico e se girou o disco ótico de
forma que o ângulo de incidência varie de 10° em 10°. Por fim, anotou-se as medidas
dos ângulos de reflexão correspondentes na Tabela 1, em que os dados da primeira
coluna representam os ângulos previstos e após variar o ângulo de incidência os dados
obtidos serão os da segunda coluna.

Tabela 1 – Ângulos de incidência e de reflexão.

Ângulo de incidência (I) (Escolhido) Ângulo de reflexão (R) (Simulados)


0° 0,0e
10° 10,5°
20° 20,0°
30° 29,8°
40° 40,0°
50° 50,0°
60° 60,0°
70° 72,0°

2. Associação de Espelhos Planos


Inicialmente, montou-se o equipamento conforme a foto abaixo:

Depois, colocou-se os espelhos planos sobre o transferidor formando um ângulo


de 90° entre eles. Em seguida, colocou-se um objeto entre os espelhos e se contou o
número de imagens formado pelos espelhos. Posteriormente, calculou-se o número de
imagens esperado teoricamente e, por fim, realizou-se os mesmos procedimentos para a
associação de espelhos com ângulos de 30°, 45°, 60°, 90° e 120°.

Tabela 2 – Ângulos entre espelhos e os N teórico e medido.

Ângulos entre espelhos N teórico N medido


30° 11 11
45° 7 7
60° 5 5
90° 3 3
120° 2 2

3. Espelhos Esféricos – Espelhos Côncavos


De início, utilizou-se a mesma montagem do primeiro experimento e se colocou
no disco ótico o espelho côncavo. Posteriormente, substituiu-se o diafragma de uma
fenda pelo diafragma de 5 fendas e se ligou a fonte de luz. Depois, posicionou-se a lente
convergente para correção do feixe, isto é, para que fiquem paralelos entre si. Em
seguida, ajustou-se o feixe luminoso paralelamente ao eixo principal do espelho
côncavo e se desenhou a figura que aparece, com a convergência dos 5 feixes incidentes
no espelho côncavo. Por fim, identificou-se os elementos principais do espelho côncavo
e se simulou a determinação do foco (medindo com uma régua) o procedimento do item
4.

4. Espelhos Esféricos – Espelhos Convexos


Inicialmente, utilizou-se a mesma montagem do experimento anterior e se
colocou no disco óptico o espelho convexo. Em seguida, ajustou-se o feixe luminoso
paralelamente ao eixo principal do espelho convexo e se desenhou a figura que aparece,
com a convergência dos 5 feixes incidentes no espelho convexo. Por fim, identificou-se
os elementos principais do espelho convexo e se simulou a determinação do foco
(medindo com uma régua) o procedimento do item 3.

5. Distância focal de um espelho côncavo


De início, montou-se o equipamento conforme a foto abaixo:

Logo em seguida, utilizou-se um espelho côncavo de distância focal 20cm para


projetar a imagem do objeto (vela acesa) no anteparo. Depois, colocou-se o espelho
f=20cm à 50cm (D0 = 50cm) do objeto (vela acesa). Posteriormente, ajustou-se a
posição do anteparo para que a imagem projetada fique bem nítida (movimentar o
anteparo para frente e para trás) e se mediu a distância da imagem ao espelho. Di = 32,8
cm. Como próximo passo, utilizou-se a equação de Gauss para calcular a distância focal
do espelho:

1/f= 1/D0 + 1/Di

Onde D0 é a distância objeto-espelho e Di é a distância espelho-imagem.

Por fim, colocou-se os resultados na Tabela 3 e completá-la para outras posições


do objeto:

Tabela 3 – Foco do Espelho

N0 D0 (cm) Di (cm) F (cm)


1 50 32,8 19,80
2 45 36 20,00
3 42 39 20,22
4 37 43,5 20,00
5 30 60,5 20,05

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Inicialmente, observou-se como as leis de reflexão da luz se comportam,
percebendo-se, assim, que o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão,
comprovando a segunda lei da reflexão.

Na associação de espelhos planos, correspondente a segunda parte do


experimento, comprovou-se que o número de imagens obtidas teoricamente era igual ao
número obtido experimentalmente. Porém, quando se colocou os espelhos em paralelo,
percebeu-se que o número de imagens refletidas era infinito.

Na terceira parte do experimento, a reflexão da luz em espelhos côncavos os


raios luminosos irão refletir no espelho convergindo para um ponto só. Em espelhos
côncavos o foco é real, definido pelos cruzamentos dos raios da luz quando são
refletidos.

Na quarta parte do experimento em espelhos convexos, foi verificado que os


raios luminosos incidem no espelho convexo e divergem, prolongando os raios com o
auxílio de uma régua, encontraremos o foco, é o ponto de cruzamento do feixe refletido
com o eixo principal.

No estudo dos espelhos côncavos e convexos, temos alguns casos particulares de


estudo dos raios luminosos para a construção da imagem. A seguir algumas
propriedades características:

 Raio de luz incidente paralelamente ao eixo principal: passa pelo foco.

 Raio de luz passando pelo centro de curvatura: o raio de luz reflete sobre ele
mesmo.

 Raio de luz passando pelo vértice: o raio de luz é simétrico em relação ao eixo
principal.
Por fim, calculou-se o valor médio da distância focal (f = 20,014), onde ficou
claro que a distância focal está próxima da real. O objeto estando entre o foco e o
vértice, a imagem do espelho côncavo será virtual, direita e maior que o objeto. Quando
o objeto se afasta do espelho e ocupa posições distantes do foco, a imagem será real e
invertida. Quando um objeto passa pelo foco e se afasta do espelho, há uma
descontinuidade do objeto que passa pelo foco e se afasta do espelho, a imagem era
virtual e direita antes do foco, e depois do fica real e invertida, sai do infinito virtual
para o infinito real.

Como a distância do objeto ao espelho não chegou a no máximo 30 cm, fica


claro que o objeto jamais esteve sobre o foco ou entre o foco e o vértice, logo, a imagem
projetada no anteparo foi sempre real e invertida.
.

CONCLUSÕES
A partir dos experimentos foi possível verificar diretamente as aplicações das
leis da reflexão da luz, como o da segunda lei da reflexão da luz, sobre o ângulo de
incidência dos raios luminosos serem iguais ao ângulo de reflexão.
Em espelhos planos, teve-se a comparação entre a teoria do que seria possível
obter com os dados medidos empiricamente. Foi possível, também, verificar que o
ângulo entre dois espelhos planos se obtém um número fixo de imagens, que foi a
quantidade de imagens verificada.
Tendo a reflexão da luz em espelhos côncavos e convexos, verificou-se que a
aparência real dos feixes luminosos quando estes incidem em um espelho de formato
esférico. Identificam-se os pontos principais, como o foco e o vértice do espelho e assim
é possível determinar a imagem obtida se está será real ou virtual em relação ao
comportamento dos raios luminosos.
E por último foi feito o estudo da reflexão da luz, a partir da determinação da
distância focal de um espelho côncavo, utilizando a equação de Gauss, feitas várias
medições da distância em relação ao objeto espelho, e determinar o valor médio da
distância focal. Por fim, verificou-se, também, como as imagens serão reais ou virtuais,
direitas ou invertidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FÍSICA, Só. Reflexão da Luz. 2008. Disponível em:
https://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Reflexaodaluz/reflexao.php. Acesso em:
07 dez. 2021.

HELERBROCK, Rafael. Reflexão da luz. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/reflexao-luz.htm. Acesso em: 07 dez. 2021.

TEIXEIRA, Mariane Mendes. O que é reflexão da luz?. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-reflexao-luz.htm. Acesso em: 07
de dez. 2021.

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