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Ramalhete antes do restauro

O Ramalhete é a residência da família Maia, que se localiza em Lisboa, na Rua de S. Francisco,


às Janelas Verdes.

O seu nome deriva de um "grande ramo de girassóis fazendo painel no lugar do escudo de
armas!"

Ramalhete antes do restauro era caracterizado como um casarão sombrio, com paredes
severas, ou seja, dava a entender que era uma casa abandonada, ríspida, sombria e escura.
Tinha um aspeto tristonho, devido ao luto e sofrimento que a rodeava. Tudo naquela casa
estava sem vida, como se tivesse tudo adormecido. O quintal era pobre, abandonado,
descuidado e sem tratamento algum.

Ainda no quintal, existia um cipreste e um cedro, que são árvores que simbolizam a vida e a
morte.

Esta casa pertence à família Maia como já referido em cima, que se integra numa família
fidalga.

A casa do ramalhete integra-se num espaço e num tempo, (Lisboa em 1875), e é o que anuncia
o destaque de quem a vai visitar. Esta tem um passado, ela vem do tempo de D.Maria I, ou
seja, da segunda metade do século XVIII (o chamado Antigo Regime), daí trazer a tristeza e a
infelicidade consigo.

O Ramalhete tem critica social pois é atingido pela destruição e pelo abandono, pode
funcionar sinédoque da cidade e do país.

A crítica religiosa tem haver com o cipreste e o cedro, que são árvores que vivem muitos anos,
unidos de forma incorruptível pelas suas raízes que a tudo resistem, simbolizam a morte de
Pedro, por um lado, devido à associação do cipreste aos cemitérios, por outro lado, significa os
laços entre Afonso e Carlos. Vénus, a deusa do amor, símbolo de amor e sedução, representa
as mulheres fatais desta obra. Nesta primeira face, ela está bastante degradada, sugerindo a
fuga de Maria Monforte. Tudo aqui dito, são símbolos do espaço.

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