16 BA Vereda

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DA BAHIA
RELATO GERENCIAL
MUNICÍPIO DE VEREDA/BA
1. Trata o presente Relato dos resultados gerenciais dos exames realizados sobre 16
Programas de Governo, distribuídos em 23 Ações de Controle, executados na base municipal de
Vereda/BA em decorrência do 16º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos.
2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no

Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente
habilitadas.
3. Os trabalhos foram realizados “in loco” no Município, por técnicos da Controladoria-

Geral da União – CGU, no período de 27/06/2005 a 01/07/2005, sendo utilizados em sua execução
as técnicas de: inspeções físicas e documentais, realização de entrevistas, aplicação questionários,
registros fotográficos e circularização de empresas.
4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização, estão

apresentados no quadro a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de
fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados, por Programa.
4.1 Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas
Ministério Ação Governamental Fiscalizada Quantidade de Valores

Supervisor * Fiscalizações** envolvidos ***
Ministério da Estímulo à Produção Agropecuária 02 50.000,00
Agricultura, (PRODESA) - Nacional.
Pecuária e do
Abastecimento
Ministério do Transferência de renda diretamente às 01 R$ 464.995,00
Desenvolvimento famílias em situação de pobreza e extrema
Social e Combate pobreza (Lei nº 10.836, de 2004);
à Fome
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno

Missão da SFC: “Zelar pela boa e regular aplicação dos recursos públicos.”
16º Sorteio de Unidades Municipais – Vereda - BA
Ministério da Atendimento assistencial básico nos 01 R$107.796,00
Saúde municípios brasileiros com os recursos da
parte fixa do Piso de Atenção Básica –
PAB;
Incentivo financeiro a municípios 01 R$ 62.060,00
habilitados a parte variável do Piso de
Atenção Básica – PAB para a Saúde da
Família;
Incentivo financeiro a municípios 01 R$ 19.163,70
habilitados a parte variável do Piso de
Atenção Básica - PAB para Assistência
Farmacêutica Básica.
Incentivo financeiro aos Estados, Distrito 01 R$ 30.279,54
Federal e Municípios certificados para a
epidemiologia e controle de doenças.
Ministério da Melhoria das Condições de Habitabilidade 01 R$39.600,00
Cidades
Implantação de serviços de saneamento 01 R$178.947,37
básico em municípios com população de
até 75.000 habitantes
Ministério da Pagamento de Aposentadorias / Pagamento 02 Não se Aplica
Previdência de Pensões;
Social
Fiscalização do Recolhimento das 01 Não se Aplica

Contribuições Previdenciárias.
Ministério da FNE – Financiamento aos Setores 01 R$55.330,64

Integração Produtivos da Região Nordeste
Nacional
Ministério da Financiamento e equalização de juros para 01 Não se Aplica
Fazenda a agricultura familiar – PRONAF (Lei n.º
8.427, de 1992) - Nacional
Ministério da Complementação da União ao Fundo de 01 R$ 1.413.360,34

Educação Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do
Magistério – FUNDEF.
Apoio a Alimentação Escolar na Educação 01 R$78.744,60
Básica – PNAE.
Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2

Apoio a Ampliação da Oferta de Vagas do 01 R$.21.000,00
Ensino Fundamental a Jovens e Adultos -
Fazendo Escola
PDDE – Programa Dinheiro Direto Na 01 R$ 4.940,30
escola.
Programa Nacional de Apoio ao Transporte 01 R$10.366,91
do Escolar – PNATE.
Censo Escolar da Educação Básica 01 Não se Aplica
Ministério do Programa Nacional de Fortalecimento da 01 Não se Aplica

Desenvolvimento Agricultura/Financiamento e Equalização
Agrário de Juros para a Agricultura Familiar -
PRONAF
Ministério do Gestão da Política de Trabalho e 01 R$ 72.041,60
Trabalho e Emprego/Gestão e Administração do
Emprego Programa
Ministério das Fiscalização da Prestação dos Serviços de 01 Não se Aplica
Comunicações Telecomunicações - Nacional
Fiscalização da Universalização dos 01 Não se Aplica
Serviços de Telecomunicações
TOTAL 24 2.116.840,48
5. Os resultados das fiscalizações realizadas, sempre que os trabalhos tenham

evidenciado fatos relevantes que indiquem impropriedades/irregularidades na aplicação dos
recursos federais examinados, são demonstrados a seguir, em fascículos específicos por Ministério.
Assim sendo, não foram preparados fascículos sobre os recursos oriundos dos Ministérios da
Integração Nacional, do Desenvolvimento Agrário e do Trabalho e Emprego.
6. Os fascículos a seguir contemplam um detalhamento das seguintes constatações:
Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento:
1.1 Prefeitura frauda licitação em conluio com empresas.

1.2 ART de projeto e execução com o mesmo profissional
1.3 Ausência de projetos diversos e de manifestação do órgão ambiental
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome:
1.1 Demora na distribuição dos Cartões do Bolsa Família

1.2 Cartões entregue por funcionários da Prefeitura.
1.3 Famílias recebendo benefícios em duplicidade com mais de um NIS
1.4 Beneficiário falecido em 2003, com recursos disponíveis na CEF até a
presente data.
1.5 Saques efetuados na conta do beneficiário falecido.
1.6 Crianças beneficiárias que estão cadastradas como dependentes de 2 (dois)
NIS/Responsáveis.
1.7 Crianças beneficiárias que possuem mais de 1 (um) NIS.
1.8 Crianças beneficiárias que participam do programa com idade superior à 16
anos.
1.9 Famílias beneficiárias que não foram localizadas.
1.10 Família beneficiária que foi localizada em outro Município.
1.11 Formulários de cadastros não localizados.
1.12 Existência de cadastro de beneficiários com inconsistência.
1.13 Alunos não localizados nas Escolas.
1.14 Falta de controle e acompanhamento da freqüência dos alunos.
1.15 Falta de constituição da Coordenação Municipal do Programa Bolsa da
Família.
1.16 Órgão Municipal de Controle Social inexistente.
1.17 Falhas no preenchimento do código-aluno do INEP.
Ministério da Fazenda:
1.1 Inexistência das assinaturas dos representantes do Sindicato dos

Trabalhadores Rurais de Medeiros Neto e da Empresa Baiana de
Desenvolvimento Agrário na Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP de
um dos mutuários financiados com recursos do PRONAF;
1.2 Ausência da data de firmatura das 07 (sete) Notas de Crédito Rural referentes
ao PRONAF “B”.
Ministério das Cidades:
1.1 Habilitação indevida de licitantes
2.1 Fraude de licitação em conluio com empreiteira

2.2 Não comprovação da total execução do objeto do contrato/alteração de
beneficiários
Ministério da Educação:
1.1 Fraude em processos licitatórios e indícios de desvio de recursos públicos em

contratos de locação de veículos para o transporte escolar
1.2 Pagamento irregular de R$ 7.796,04 aos prestadores de serviço de transporte
escolar.
1.3 Indícios de desvio de R$10.037,00 em 30/12/2004 com recursos do
FUNDEF.
1.4 Sonegação à Previdência Social – Ausência de recolhimento das
contribuições sobre a folha de pagamento dos funcionários
1.5 Veículos do Transporte escolar não atendem as exigências previstas no
artigos 136, do Código Nacional de Trânsito – CTN.
2.1 Indícios de fraude em licitações da merenda escolar num montante de

R$214.314,99.
2.2 29,65% dos Gêneros Alimentícios não foram entregues as escolas municipais
de Vereda em 2005, apesar da ocorrência de pagamento de R$22.528,00 ao
fornecedor.
2.3 Falhas no controle interno no Almoxarifado da Merenda escolar.
3.1 29,87% dos Recursos do Programa de Jovens e Adultos desviados em

30/12/2004.
4.1 Fraude a dispensa de Licitação e indícios de desvio de recursos no montante

de R$5.256,00 do Programa Dinheiro Direto na Escola.
5.1 Divergência entre número de alunos da Educação Infantil com freqüência

e informações constantes no Censo Escolar
5.2 Divergência entre o número de alunos do Ensino Fundamental com
freqüência e informações constantes no Censo Escolar
5.3 Divergência entre número de alunos de Educação de Jovens e Adultos-
EJA com freqüência e informações constantes no Censo Escolar.
Ministério da Previdência Social:
1.1 Beneficiários não localizados.
2.1 Inexistência de Cartório do Registro Civil no município de Vereda.
3.1 Prefeitura não faz a retenção nem recolhimento dos 11% da contribuição para
a Seguridade Social.
3.2 Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária sobre o
valor das faturas pagas aos prestadores de serviços na área da saúde com
recursos do PAB
3.3 Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária, tanto do
empregados quanto do empregado, incidente sobre as folhas de pagamento
dos Agentes Comunitários de Saúde – PACS e dos Agentes da Epidemiologia
- ECD
3.4 Sonegação à Previdência Social – Ausência de recolhimento das
contribuições sobre a folha de pagamento dos funcionários
Ministério da Saúde:
1.1 Atuação deficiente do Conselho de Saúde

1.2 Nomeação pelo Prefeito dos membros do Conselho da Saúde contraria
legislação
1.3 Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária sobre o
valor das faturas pagas aos prestadores de serviços
1.4 Restrição à competitividade em licitação e compra de medicamentos por
preço superior ao apresentado na proposta vencedora
1.5 Inadequação dos contratos firmados com prestadores de serviço
1.6 Fracionamento de despesas com o objetivo de não realizar processo licitatório
1.7 Desvio de Finalidade na utilização de recursos do Programa

empregador quanto do empregado, incidente sobre as folhas de pagamento
dos Agentes Comunitários de Saúde – PACS
2.2 Inadequação dos equipamentos postos a disposição dos Agentes de Saúde
para realização de suas atividades
2.3 Atuação insuficiente do Enfermeiro Responsável/PACS
2.4 Inadequação no pagamento aos Agentes de Saúde
2.5 Agentes Comunitários de Saúde atuando sem contrato de trabalho.
3.1 Não apresentação das Relações de Medicamentos enviados pela Secretaria

Estadual de Saúde no exercício de 2004
3.2 Falta de controle da distribuição e do estoque de medicamentos
3.3 Falta de medicamentos básicos.
4.1 Administração Municipal não fornece equipamentos de proteção individual

empregador quanto do empregado, incidente sobre as folhas de pagamento
dos Agentes da Epidemiologia - ECD
4.3 Não entrega de documentos referentes à Epidemiologia e Controle de
Doenças
Ministério das Comunicações:
1.1 Inexistência de Postos de Atendimento Pessoal a Usuários
2.1 Inexistência de serviços telefônicos de chamadas de emergência.
Salvador, 28 de julho de 2005

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 473
MUNICÍPIO DE VEREDA - BA
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
PECUÁRIA E ABASTECIMENTO
16º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios

Públicos
Sorteio de Unidades Municipais
09/JUNHO /2005
MUNICÍPIO DE VEREDA – BA
Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de

Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 27/06 a 01/07/2005 as
seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
Estímulo à Produção Agropecuária (PRODESA) - Nacional.
Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em
princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos
legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.
Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua
responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado
em 15/08/2005, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências
corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades.
Ressaltamos que o Município sob análise não vem cumprindo o disposto no artigo 2º da
Lei n.º 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar os Partidos
Políticos, Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais, com sede no Município, sobre a
liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Constatações da Fiscalização:
1 – Programa: Estímulo à Produção Agropecuária - PRODESA.

Ação: Projetos de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Agropecuário.
Objetivo da Ação de Governo: Estimular a produção agropecuária no Município de Vereda/BA
Ordens de Serviço:164894
Objeto Fiscalizado: Encascalhamento de 05 (cinco) Km de estrada.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vereda
Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse n.º 0131.167-88/2001,
firmado entre a União e a Prefeitura Municipal de Vereda, por intermédio da Caixa Econômica
Federal.
Montante de Recursos Financeiros: R$ 50.000,00 (com R$ 2.631,58 de contrapartida).
Extensão dos exames: Documentos referentes ao contrato.

1.1) Prefeitura frauda licitação em conluio com empresas.
Fato(s):
Para a execução deste convênio, a Prefeitura realizou a Carta Convite n.º10/2003, em 01/08/2003,
que teve como objeto a recuperação e encascalhamento de 05 (cinco) kilômetros de estrada no
trecho que liga o povoado de Cruzeiro do Sul, no Município de Vereda, à divisa do Município de
Itanhém. Para a realização desta licitação participaram as seguintes empresas:
EMPRESA CNPJ VALOR DA PROPOSTA

Pevan – Locação e Construções 05.586.251/0001-13 R$53.374,03
Luzágua – Projetos e Construções 04.311.775/0001-83 R$53.873,23
Acosta Prémoldados e Construções Ltda 03.605.941/0001-47 R$54.378,92
A Pevan - Locação e Construções sagrou-se vencedora.

Ao analisarmos os Relatórios de Execução Físico-financeira e as Relações de
Solicitação/Comprovação de Pagamentos-OGU, constantes do processo do contrato de repasse em
análise, observamos que o Sr. Carlos de Oliveira Braga Junior assina como responsável pela
execução do projeto. A assinatura do Sr. Carlos também está presente no Recibo de Pagamento
efetuado pela Prefeitura Municipal de Vereda à Pevan – Locação e Construções Ltda datado de
07/05/2004, no valor de R$37.180,06.
Ao visitarmos a empresa Acosta Prémoldados e Construções, concorrente da Pevan – Locação e
Construções Ltda. nesta Carta Convite, encontramos com o Sr. Carlos Braga no estabelecimento, o
qual se declarou responsável pela empresa Acosta e que esta não só participou da licitação como
executou a obra da estrada do Cruzeiro do Sul.
A Pevan ainda têm amplo relacionamento com a empresa Luzágua – Projetos e Construções.
Analisando o processo licitatório n.º007/2004, que teve como objeto a contratação de veículos para
servir a Secretaria de Educação do Município de Vereda, realizada em 23/01/2004, encontramos a
assinatura do Sr. José Almeida de Andrade Júnior, sócio da Luzágua, na proposta de preços da
Pevan – Locação e Construções. O Sr. José Almeida estava atuando na licitação como responsável
por esta empresa.
Percebemos que a Prefeitura Municipal de Vereda participava destes ilícitos visto que os mesmos já
ocorreram em mais de uma licitação. Em todas elas as empresas eram convidadas.
A Prefeitura convidou para participar do certame duas empresas (Pevan e Acosta) que possuem
como responsável a mesma pessoa. A Pevan ainda possui como preposto um dos sócios da terceira
participante(Luzágua), contrariando os princípios básicos da licitação pública e dispositivos da Lei
de Licitações, como o de selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e ferindo os
princípios da isonomia, moralidade, igualdade e probidade administrativa, previstos no art. 3º da
Lei n.º8.666/93.
Art.3º - A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a
selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em, estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
O Tribunal de Contas da União já tratou deste tema no acórdão n.º031/2000-Plenário, cujo trecho
segue transcrito abaixo:
“Somos então, com fulcro no art. 11 da Lei nº 8.443/92 c/c o art. 31 da IN-TCU nº 09/95, pelo
encaminhamento dos autos ao Exmº Sr. Ministro-Relator propondo, preliminarmente:
...
b)não permitir a participação em certames licitatórios de pessoas jurídicas distintas apenas em
função dos registros nas repartições fazendárias, mas que são na realidade uma só entidade por
funcionarem no mesmo estabelecimento e sob as ordens de um só responsável, por meio de
checagem minuciosa dos dados identificadores de todos os candidatos às licitações, de sorte a não
se infringir o que estatui o art. 3º, caput e § 1º, I e o art. 22, § 3º da Lei nº 8.666/93".
O Secretário de Controle Externo substituto endossa a proposta da instrução, enquanto o Ministério
Público pronuncia-se nos seguintes termos:
"4.A questão que exsurge dos autos diz respeito à realização de processo licitatório, na modalidade
convite, com a presença de três empresas, estando duas delas sob a mesma administração e
funcionando no mesmo local, o que, na ótica da Unidade Técnica, contraria o disposto no artigo 3.º,
parágrafo 1º, inciso I, e no artigo 22, parágrafo 3.º, ambos da Lei n.º 8.666/93.
5.De fato, a participação de duas empresas pertencentes ao mesmo proprietário, não obstante
tratarem-se de pessoas jurídicas distintas, frustra o caráter competitivo do certame e o sigilo das
propostas. Contudo, a equipe de auditoria não suscitou nenhuma restrição à participação da terceira
empresa ..., o que sinaliza a existência de pelo menos duas propostas válidas na pugna licitatória
em comento.
6.É jurisprudência pacífica nesta Corte de Contas que a licitação na modalidade convite deve
efetivar-se com a presença de pelo menos três propostas válidas, sob pena de repetição do certame,
salvo se presentes as circunstâncias previstas no parágrafo 7º, do artigo 22, da Lei nº 8.666/93 (v.g.,
Decisão nº 56/92 ? Plenário, Decisão nº 98/95 ? Plenário, Acórdão nº 513/96 ? 2ª Câmara, Acórdão
nº 584/97 ? 1ª Câmara).”
Evidência(s):
Recibo de Pagamento efetuado pela Prefeitura Municipal de Vereda à Pevan – Locação e
Construções Ltda datado de 07/05/2004, no valor de R$37.180,06.
Relatórios de Execução Físico-financeira constando assinatura do Sr. Carlos Braga Junior;
Relações de Solicitação/Comprovação de Pagamentos - OGU constando assinatura do Sr. Carlos
Braga Junior.
Manifestação do Prefeito:
Não foram apresentados quaisquer esclarecimentos sobre estes fatos.
1.2) ART de projeto e execução com o mesmo profissional
Fato(s):
Para a execução deste convênio um mesmo engenheiro civil foi o responsável tanto pela elaboração
do projeto como pela execução da obra. As duas ART´s estão em nome de Sancho Netto da Cruz,
contrariando, desta forma, o artigo 9º, I, da Lei 8.666/93 transcrito abaixo.
Art. 9º Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou
serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
I – o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;
Outra consideração importante é o fato da data da ART de projeto ser de 26/04/2004, posterior à de
execução que é de 16/01/2004. Já o carimbo do projeto, com data de março de 2002, está em nome
do técnico Marcus Oliveira de Jesus, não sendo possível saber qual o real responsável técnico do
projeto.
Evidência(s):
Art´s de projeto n.º BA0000015576-000135 em nome de Sancho Netto da Cruz, CREA-BA
n.ºBA15576
Art´s de execução n.º BA0000015576-000125 em nome de Sancho Netto da Cruz, CREA-BA
n.ºBA15576
Art´s de execução n.º MG0000033059-00018 em nome de Marcus Oliveira de Jesus, CREA-MG
n.ºMG33059
1.3) Ausência de projetos diversos e de manifestação do órgão ambiental
Fato(s):
A Prefeitura, através da Carta Convite n.º10/2003, em 01/08/2003, licitou a obra de
encascalhamento da estrada do Cruzeiro do Sul sem que houvesse projetos de drenagem, enquanto
que na planilha de serviços estava previsto, nos itens 4.1 e 4.2, o fornecimento e assentamento de
tubos de concreto armado diâmetro de 0,80m e 1,00m. Sem os projetos e sem os respectivos estudos
técnicos é impossível fazer um orçamento criterioso do empreendimento, avaliar se há realmente a
necessidade destes serviços ou se o dimensionamento das peças está correto. Também não foram
apresentadas as seções transversais da estrada, juntamente com os respectivos quadros de cubação.
A localização da jazida de cascalho também não foi indicada no projeto e nem nos foi entregue a
manifestação do órgão ambiental a respeito da extração do material.
Toda a ausência destes documentos foi relatada na Ficha de Verificação Preliminar, em 12/05/2002
e no Laudo de Análise do Empreendimento, de 07/06/2002, ambos documentos de controle da
Caixa Econômica Federal, mesmo com estas pendências o recurso foi liberado pela CEF à
Prefeitura.
Também não foi comprovada se a obra foi feita com qualidade ou se foram utilizadas técnicas
adequadas de engenharia, visto que solicitamos à Prefeitura a análise granulométrica do material
extraído assim como os ensaios de compactação quando da execução da obra, e não recebemos
estes documentos.
Desta forma a Prefeitura Municipal de Vereda contrariou a Resolução n.º237 do CONAMA, art.10
da Lei 6.938/81 e o art. 7º da Lei n.º8.666/93, este último transcrito abaixo:
Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao
disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:
I - projeto básico;
II - projeto executivo;
III - execução das obras e serviços.
§ 1o A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela
autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto
executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços,
desde que também autorizado pela Administração.
§ 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos
interessados em participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos
unitários;
Evidência(s):
Não apresentação da documentação solicitada

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO
SOCIAL E COMBATE À FOME

Públicos
09/JUNHO/2005
MUNICÍPIO DE VEREDA– BA

Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 27/06/2005 a
01/07/2005 as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome:
Transferência de renda diretamente às famílias em situação de pobreza e

extrema pobreza (Lei nº 10.836, de 2004);

responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, , tendo se manifestado
Constatações da Fiscalização
1 – Programa: Transferência de Renda com Condicionalidades – Bolsa Família
Ação: Transferência de Renda diretamente às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza –
Bolsa Família – (Lei nº 10.836, de 2004).
Objetivo da Ação de Governo: Melhorar as condições sócioeconômicas das famílias pobres e
extremamente pobres, por meio da transferência de renda condicionada ao cumprimento, por parte
dos beneficiários do programa, de agenda de compromissos na área da saúde e da segurança
alimentar, bem como à freqüência escolar das crianças de 6 a 15 anos.
Ordem de Serviço: 164494
Objeto Fiscalizado: Atuação da Prefeitura, Caixa, Famílias, Escolar e Controle Social.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vereda.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência direto ao cidadão.
Montante de Recursos Financeiros: Exercício de 2004 – R$ 306.943,00
Exercício de 2005 – R$ 158.052,00
Valor Total – R$ 464.995,00
Extensão dos Exames: 100% dos 29 NIS da amostra disponibilizada pela CGU.

1.1) Demora na distribuição dos Cartões do Bolsa Família
Fato:
Constatou-se, durante a fiscalização que no município de Vereda, que ainda existem 5
cartões do bolsa família recebidos em 20/05/2005, pela Caixa Econômica Federal, e ainda não
distribuídos às respectivas famílias beneficiárias.
A Caixa informou através de e-mail datado de 07/07/2005, que: “1 ..., enviamos Ofício nº
061/2005, de 22/06/2005 destinado ao Prefeito de Vereda informando da chegada dos 5 cartões e
solicitando alternativas para entrega dos referidos cartões. 1.1 No ato do recebimento em
22/06/2005, o representante do Município, Sr. Rômulo, ficou de identificar as famílias, e nos
retornar com a informação de data para nos dirigirmos àquela cidade, ou providenciar um carro para
encaminhá-los para receber aqui na CAIXA. 1.2 Ontem, dia 06.07.2005 fizemos contato por
telefone, e nos informou, que já foram localizadas 3 beneficiários, que até dia 08/07/2005, estariam
sendo encaminhados para o recebimento. E ainda, que os 2 restantes eram residentes em zona rural,
e que estavam buscando a localização.”
Tal fato, portanto, revela existência de demora na distribuição dos cartões às famílias, que
nesse caso já deveriam estar recebendo os benefícios.
Evidência:
Ofício nº 061/2005 de 22/06/2005, nº 065/2005 de 30/06/2005 e e-mail de 07/07/2005, da
Agência da CEF de Teixeira de Freitas/Ba.
O gestor municipal não apresentou esclarecimentos aos fatos aqui apontados.
1.2) Cartões entregue por funcionários da Prefeitura.
Fato:
Constatou-se junto aos beneficiários NIS nº 16249066412 e 16364792651 que a entrega dos
seus cartões foram feitas através de funcionários da Prefeitura Municipal de Vereda, contrariando
art. 22, II, “C” do Decreto nº 5209 de 17/09/2004, que preceitua ser da Caixa Econômica Federal
esta atribuição.
Evidência:
Informações prestadas pelos beneficiários.
1.3) Famílias recebendo benefícios em duplicidade com mais de um NIS
Fato:
Constatou-se o pagamento indevido a 04 (quatro) famílias, portadoras de duplicidade de
cadastro e participando de vários programas, conforme tabela a seguir:
Beneficiário NIS 1 Programa NIS 2 Programa

16598553599 Bolsa Família 16539572744 Bolsa Escola /

1 Liberado R$ 95,00 Liberado Auxílio Gás
R$ 22,50
16120503669 Bolsa Família 16015468492 Bolsa Escola /
2 Liberado R$ 80,00 Liberado Auxílio Gás
R$ 37,50
16598531900 Bolsa Família 16540450444 Bolsa Escola
3 Liberado R$ 95,00 Bloqueado R$ 30,00
Auxílio Gás
Liberado R$ 7,50
16422640146 Bolsa Família 16365305584 Bolsa Escola
4 Liberado R$ 95,00 Bloqueado R$ 30,00
Auxílio Gás
Liberado R$ 7,50
Evidência:
Relação dos NIS/Beneficiários fornecido pela CGU;
Folha de pagamento dos benefícios disponibilizados pela CEF – junho/2005,
Constatação nos cartões nas visitas as famílias
Cadastros dos beneficiários localizados nos arquivos na Secretaria de Educação do Município de
Vereda.
1.4) Beneficiário falecido em 2003, com recursos disponíveis na CEF até a presente data.
Fato:
Identificou-se 1 (um) beneficiário que faleceu em 28/08/2003, conforme informações dos
parentes. Os valores não estão sendo sacados, entretanto, continua na situação de disponível na
CEF.
Beneficiário NIS Situação do NIS Programa Valor Mensal

1 12699619096 Liberado Bolsa Família R$ 80,00
Evidência:
Informações prestadas pelos parentes do beneficiário;
Pesquisa realizada no sistema de pagamento da CEF.
1.5) Saques efetuados na conta do beneficiário falecido.
Fato:
Identificou-se 1 (um) beneficiário que faleceu em 03/05/2004, conforme informações dos
vizinhos, e os dependentes do beneficiário estão morando no Município de Itanhém/Ba. Os valores
vem sendo sacados normalmente no Município de Teixeira de Freitas.

Beneficiário NIS Situação do NIS Programa Valor Mensal
1 16249108883 Liberado Bolsa Família R$ 95,00
Evidência:
Informações prestadas pelos vizinhos do beneficiário;
Pesquisa realizada no sistema de pagamento da CEF.
1.6) Crianças beneficiárias que estão cadastradas como dependentes de 2 (dois)

NIS/Responsáveis.
Fato:
Identificou-se que 03 (três) crianças estão como dependentes de 2 (dois) NIS, caracterizando
falta de controle no cadastramento das famílias/beneficiários.
Criança NIS da Criança Situação do NIS NIS Responsável 1 NIS Responsável 2

1 16015483165 Liberado 16120503669 16015468492
2 16015604612 / Liberado 16120503669 16015468492
16120544195 Liberado
3 16189736247 / Liberado (*) 16598553599 16539572744
16249050222 Liberado (**)
Legenda: (*) - NIS 1 da Criança constante do Responsável 1
(**) – NIS 2 da Criança constante do Responsável 2
Evidência:
Folha de pagamento fornecida pela CEF, mês de junho/2005.
1.7) Crianças beneficiárias que possuem mais de 1 (um) NIS.
Fato:
Constatou-se que 02 (duas) crianças possuem 2 (dois) NIS distintos.
Criança NIS 1 NIS 2

1 16189736247 16249050222
2 16015604612 16120544195
Evidência:
Amostra fornecida pela CGU, Folha de pagamento fornecida pela CEF, mês de junho/2005.

1.8) Crianças beneficiárias que participam do programa com idade superior a 16 anos.
Fato:
Constatou-se que 01 (uma) criança que possui idade superior à permitida para participar do
programa, conforme art. 1º da Portaria Interministerial MEC/MDS nº 3.789, de 17/11/2004,
continua com a situação do NIS como liberado e recebendo R$15,00 por mês.
Criança NIS 1 Situação do NIS IDADE

1 16015250632 Liberado 16 ANOS E 2 MESES
Evidência:
Amostra fornecida pela CGU;
Folha de pagamento fornecida pela CEF, mês de junho/2005.
1.9) Famílias beneficiárias não localizadas.
Fato:
Não foram localizadas 9 famílias constantes da amostra, ou seja o equivalente a 31,03%. Tal
fato decorre da falta de atualização nos cadastros dos beneficiários, o que não é realizado no
município. Concorre também para esta situação a falta de informação aos beneficiários da
necessidade de que qualquer alteração nos dados cadastrais deverá ser informada para que possa
haver atualização pela Prefeitura. Segue abaixo a relação das famílias não localizadas
Família NIS do Situação do Valor do Benefício Local do Recebimento
Beneficiário NIS
1 16249106422 Liberado R$ 80,00 Casas Lotéricas em Teixeira de
Freitas
2 16120525190 Liberado R$ 95,00 Casas Lotéricas em Itamaraju
Freitas
Freitas
Freitas
6 12699619096 Liberado R$ 80,00 Disponível na CEF
7 16120555561 Liberado R$ 95,00 Disponível na CEF
Freitas
9 16540486295 Liberado R$ 95,00 Estação Financeira em São
Mateus/E.S.
Evidência:
Visitas aos endereços constantes dos cadastros;
Informações junto aos vizinhos, escolas onde estudavam as crianças, Secretaria de Educação
Municipal.
1.10) Família beneficiária localizada em outro Município.
Fato:
Foi constatado que a beneficiária NIS 16015298503, reside há mais de 2 anos no Município
de Teixeira de Freitas com seu esposo e seus dois dependentes NIS 16015250632 e 16364410902.
A beneficiária informou que seus dependentes estavam estudando no Município de Teixeira de
Freitas e não no Município de Vereda, desde o período em que se mudaram para aquele município.
Foi constatado também que um de seus filhos, NIS 16015298503, já atingiu a idade limite permitida
pelo programa; e que os valores do benefício vem sendo sacado normalmente nas Casas Lotéricas
do Município de Teixeira de Freitas.
Evidência:
Visita ao endereço constante do cadastro;
Informações junto aos vizinhos, escolas onde estudavam as crianças, Secretaria de Educação
Municipal e visita ao novo endereço no Município de Teixeira de Freitas.
1.11) Formulários de cadastros não localizados.
Fato:
Através da Solicitação de Fiscalização nº 07, de 20/06/2005, foi requisitado à Prefeitura que
disponibilizasse os cadastros dos beneficiários do Programa Bolsa Família. Através do Ofício nº
064/2005, de 27/06/2005, a Prefeitura Municipal de Vereda, responsável pelo arquivo e guarda dos
cadastros, informou que só foram encontrados 25 dos 29 cadastros solicitados.
Na tabela que segue, os NIS do beneficiário e seus dependentes, cujos os formulários não
foram localizados.
NIS do NIS dos dependentes

beneficiário Dep. 1 Dep. 2 Dep. 3 Dep. 4 Dep. 5
161.20539.25-6 - - - - -
162.49098.40-3 162.49073.45-1 162.49119.59-1 164.22587.82-2 165.98549.88-5 -
164.22640.14-6 161.20474.87-1 161.20544.80-2 161.90597.91-3 165.98527.35-0 165.98537.59-3
165.98531.90-0 161.20504.82-7 161.20557.95-5 161.90567.87-9 162.49084.09-7 -
Evidência:
Ofício nº 064/2005, de 27/06/2005.
Documento de Identidade de Teresa Maria da Costa

1.12) Existência de cadastro de beneficiários com inconsistência.
Fato:
Na análise dos 25 cadastros localizados e disponibilizados pela Prefeitura, foi identificado
que vários dados de 15 cadastros dos beneficiários estão preenchidos e/ou digitados com
inconsistências, podendo desta forma, incorrer em alguns casos de pagamentos indevidos, pois
dados essenciais como data de nascimento foram também identificados com erros.
Na tabela que segue, encontram-se marcados os dados cadastrais em que foram constatados
inconsistências ou erros quando comparados com os documentos de identidade, certidões de
nascimento e endereços in loco.
NIS do NIS do Nome Endereço Data Nascimento

Beneficiário Dependente
16365191074 X
16120505173 X
16120560263 X
16422614943 X
16598545022 X
16598531900 X
16249084097 X
12222456594 X
16422640146 X
16190597913 X
16598553599
16598486700 X
16015625881 X X
16365234148 X
16598479550 X
16598479569 X
16120503669
16120544195 X X
16015479362 X
16249098403 X
16539691611
16598503540 X X
16015064855 X
16249078135 X
16249066412 X
16249047868 X
Evidência:
Constatação junto as famílias;
Documentação de identidade, certidões de nascimentos, arquivo das fichas cadastrais do Bolsa
Família, fichas cadastrais dos beneficiários;
Ofício nº 064/2005, de 27/06/2005.
1.13) Alunos não localizados nas Escolas
Fato:
Nas 4 (quatro) escolas da amostra, não foram localizados 21 (vinte e um) alunos
beneficiados pelo Programa, sendo 1 (um) desistente e 20 (vinte) transferidos para outras escolas.
Essas informações não são informadas nos relatórios de freqüências dos alunos, ocasionando, desta
forma, informações desatualizadas e inconsistentes.
Não foi possível avaliar as freqüências dos 2 (dois) alunos da Escola Municipal José
Augusto de Carvalho, em razão das férias escolares.
Escola NIS da Criança Motivo

Colégio Aurino da Silva Nonato 16190429425 Transferido em 2004
16015342332 Transferido em 2004
16364953590 Desistente em 2004
Escola Municipal Bernardino Luna Mota 16015461781 Transferido em 2002
Escola Estadual Eujácio Simões 16190520252 Transferido em 2003
16540388773 Transferida em 2004
Escola Municipal José Augusto de 16190538399 Transferida em 2004
Carvalho 16015411091 Transferida em 2004
Evidência:
Levantamento realizado nas entrevistas nas escolas e Relatórios de Freqüência Escola.
1.14) Falta de controle e acompanhamento da freqüência dos alunos.
Fato:
Através da Solicitação de Fiscalização nº 07, de 20/06/2005, foi requisitado à Prefeitura que
disponibilizasse o relatório de freqüência referente ao bimestre Março-Abril/2005, encaminhado ao
Gestor Federal. Das 21 (vinte e uma) escolas do Município de Vereda que têm alunos participando
do Programa Bolsa Escola, apenas 9 (nove) tiveram seus relatórios de freqüência escolar entregues
à nossa equipe, conforme relação abaixo :

INEP da Nome da Escola
Escola
2932869 Escola Municipal Adelino Gonçalves dos Santos
2932862 Colégio Aurino da Silva Nonato
2932877 Escola Estadual Maximiano de Souza
2932871 Escola Boa Esperança
2932880 Escola Municipal Bonfim
2932872 Escola Estadual Bernardino de Luna Mota
2932873 Escola Estadual Eujácio Simões
2932876 Escola Malli Hom Chaban
2932889 Escola Presidente Getulio Vargas
Foi constatado que várias crianças tiveram a freqüência inferior a 85%, entretanto estas
informações não foram repassadas para a Caixa Econômica Federal. O Secretário Municipal de
Educação informou que devido ao atraso, por parte das escolas, na remessa dos relatórios das
freqüências, o mesmo informou ao Gestor Federal do Programa que todos os alunos constantes das
relações das escolas tiveram freqüência integral, ou seja de 100%.
Evidência:
Relatórios de Freqüência Escola.
1.15) Falta de constituição da Coordenação Municipal do Programa Bolsa da Família.
Fato:
Foi constatado que no município de Vereda, ainda não foi constituído formalmente a
Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família, conforme relato da Prefeitura Municipal de
Vereda, pelo Ofício nº 064/2005 de 20/06/2005. Através deste documento, a Prefeitura informou
que está providenciando a constituição da Coordenação Municipal do Programa Bolsa da Família
no Município de Vereda.
Evidência:
Ofício nº 064/2005 de 27/06/2005 da Prefeitura Municipal de Vereda.
1.16) Órgão Municipal de Controle Social inexistente.
Fato:
O município de Vereda possui uma Lei Municipal nº 094/2001 de 19/04/2001, que criou o
Programa de Renda Mínima vinculada à Educação – “Bolsa Escola”. No art. 4º, desta Lei ficou
autorizado o Poder Executivo a criar o Conselho Municipal de Controle Social no Município de
Vereda.

Analisando o Livro de Atas apresentado pela Prefeitura, verificamos que existe apenas uma
Ata de reunião, referente à Posse dos membros do Conselho Municipal de Acompanhamento e
Controle Social do Programa Nacional de Garantia de Renda Mínima – “Bolsa Escola”, do
Município de Vereda, datada de 14 de maio de 2001. Nesta mesma ata consta que o Conselho foi
constituído através do Decreto Executivo nº 042/2001 de 20/04/2001, o mesmo que nomeou seus
membros.
Solicitamos à Prefeitura a apresentação do Decreto n.º 042/2001 de 20/04/2001. Não
recebemos este documento e a Prefeitura, através do Oficio nº 064/2005, de 27/06/2005, informou
que ainda está sendo providenciada a constituição do Órgão Municipal de Controle Social.
Pelo livro de atas verificamos que houve apenas uma reunião, há 04(quatro) anos atrás,
referente à “posse” dos membros do Conselho. Desta forma, fica evidenciado que o referido
Conselho não existe na prática, deixando de cumprir com serviços relevantes na fiscalização e
acompanhamento do programa no Município de Vereda.
Evidência:
Lei Municipal nº 094/2001 de 19/04/2001;
Livro de Atas do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social;
Ofício nº 064/2005 de 27/06/2005 da Prefeitura Municipal de Vereda.
1.17) Falhas no preenchimento do código-aluno do INEP.
Fato:
Foi constatado através da listagem encaminhada pela CGU, que o código INEP de 67
(sessenta e sete) alunos, deixaram de ser preenchidos e/ou apresentavam inconsistências (código
88888 ou 99999). Através da SF nº 07 de 20/06/2005, foi solicitado à Prefeitura que informasse
quais as medidas adotadas para promover a atualização/inclusão do Código INEP Escola no
cadastro dos alunos. A Prefeitura Municipal de Vereda, através do Ofício nº 064/2005, de
27/06/2005, informou que está atualizando a inclusão do código INEP ESCOLA no cadastro dos
alunos.
Conforme demonstrado na tabela que segue, da relação dos 67 alunos, a Secretaria de
Educação só localizou 19 (dezenove) alunos nas Escolas do município. Quanto aos demais,
informou que 05 (cinco) pertencem a outro município, 02 (dois) foram transferidos e 41 (quarenta e
hum) não foram localizados. Os outros 9 alunos que constavam da relação com os códigos do INEP,
todos foram confirmados nas escolas cujos códigos estavam informados.
NIS do Aluno Código INEP Código INEP Situação

da Relação localizado
16189753249 88888888 29328691 Localizada na Escola do Município
16190053239 88888888 29328624 Localizado na Escola do Município
16015312794 88888888 Pertence a Escola de outro Município
16015382954 88888888 Transferido
16540477679 88888888 Transferido
16364522034 88888888 Não foi localizado
16364394184 88888888 Não foi localizada
16364904891 29328721 29328721 Localizada na mesma Escola da Relação
Evidência:
Ofício nº 064/2005, de 27/06/2005, da Prefeitura Municipal de Vereda;
Disquete contendo a Relação dos alunos preenchida pela Secretaria de Educação.

MINISTÉRIO DA FAZENDA
16º sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos

09/JUNHO/2005
MUNICÍPIO DE VEREDA-BA
Na fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de

Governo financiados com recursos federais, foi examinada, no período de 27/06 a 01/07/2005, a
seguinte ação sob responsabilidade do Ministério da Fazenda - MF:
Financiamento e equalização de juros para a agricultura familiar – PRONAF (Lei n.º

8.427, de 1992) - Nacional

em 15/08/2005,, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências
1 – Programa/Ação: Financiamento e equalização de juros para agricultura familiar.
Objetivo da Ação de Governo: Promoção do desenvolvimento sustentável do meio rural a partir
da implementação de ações que possibilitem o aumento da capacidade produtiva, a manutenção e a
geração de empregos e a elevação da renda, visando à melhoria da qualidade de vida e ao exercício
da cidadania pelos agricultores familiares.
Ordem de Serviço: OS n.º 165024
Objeto Fiscalizado: Custeios para agricultura familiar.
Agente Executor Local: Banco do Nordeste do Brasil – BNB, agência localizada no Município de
Medeiros Neto.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Dez Notas de Crédito Rural.
Montante de Recursos Financeiros: R$ 72.041,60 (setenta e dois mil, quarenta e um reais e
sessenta centavos).
Extensão dos exames: Análise dos 10 (dez) dossiês das Operações de Créditos de Custeio e
Investimento, sendo 07 (sete) delas referentes ao PRONAF “B” e as outras 03 (três), ao PRONAF
“D”, e posterior visita aos respectivos locais de execução dos projetos financiados, correspondentes
ao montante dos recursos financeiros financiados, totalizando R$ 72.041,60 (setenta e dois mil,
quarenta e um reais e sessenta centavos).

1.1) Inexistência das assinaturas dos representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Medeiros Neto e da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário na Declaração de Aptidão ao
PRONAF – DAP de um dos mutuários financiados com recursos do PRONAF;
Fato:
Da análise dos dossiês disponibilizados, constatamos que em 01 (um) dos processos de
financiamento, o do mutuário Sr. Edson Ribeiro de Souza, inexistiam os carimbos e as assinaturas
dos representantes da entidade oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER (que no
caso do município de Vereda trata-se da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A), e do
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Medeiros Neto.
Questionado a respeito dessa constatação através da Solicitação de Fiscalização n.º 21, de

29/06/05, o Gerente Geral do Banco do Nordeste do Brasil S.A. (responsável pela formalização e
supervisão das operações) informou-nos que “... esta não é uma prática normal, tendo esta
verificação nos surpreendido, já que a verificação (sic) das assinaturas é o que primeiro
observamos. Normalmente, verificamos a DAP logo ao fazermos o cadastro, até para
avaliarmos se se trata realmente de um ‘pronafiano’ para que seja adotado o devido
enquadramento normativo. De qualquer forma, para regularizarmos o desvio, a referida DAP
já se encontra devidamente assinada no dossiê da operação”.
Pelo seu pronunciamento, conforme transcrição acima, o BNB reconheceu as

impropriedades apontadas pela equipe de fiscalização e afirmou que já tomou as devidas
providências para saná-las, porém não comprovou com documentos estas correções, haja vista
termos recebido esta resposta do BNB, via fax, quando já havíamos encerrado os trabalhos de
campo.
Evidência(s):
Análise dos 10 (dez) dossiês contidos em amostragem.
1.2) Ausência da data de firmatura das 07 (sete) Notas de Crédito Rural referentes ao PRONAF
“B”.
Fato(s):
Verificamos que todas as Notas de Crédito Rural analisadas atinentes ao PRONAF “B”
(sete do total de dez) estavam sem a data de firmatura dos referidos instrumentos.
Questionado a respeito dessas duas constatações através da Solicitação de Fiscalização n.º

21, de 29/06/05, o Gerente Geral do Banco do Nordeste do Brasil S.A. (responsável pela
formalização e supervisão das operações) informou-nos que “... quando da elaboração das
propostas de crédito, os sistemas do BNB estão adaptados para emissão imediata das Notas de
Crédito Rural. No entanto, como as referidas Notas são assinadas posteriormente, quando do
contato com os proponentes, deixamos para colocar as datas nessa ocasião. Todavia, por um
pequeno descuido, ao colhermos as assinaturas dos proponentes esquecemos de colocar as
referidas datas em alguns contratos ou em algumas vias. Após a verificação dessa falha,
fizemos uma revisão nos processos e colocamos as datas em todas as Notas de Crédito, estando
assim corrigidas as falhas apontadas por essa equipe de fiscalização.”
Pelo seu pronunciamento, conforme transcrição acima, o BNB reconheceu as

impropriedades apontadas pela equipe de fiscalização e afirmou que já tomou as devidas
providências para saná-las, porém não comprovou com documentos estas correções, haja vista

termos recebido esta resposta do BNB, via fax, quando já havíamos encerrado os trabalhos de
campo.
Evidência(s):
Análise dos 10 (dez) dossiês contidos em amostragem.

MINISTÉRIO DAS CIDADES

Públicos
09/JUNHO/2005

Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 27/06 a 01/07/2005, as
seguintes ações sob responsabilidade do Ministério das Cidades:
Melhoria das Condições de Habitabilidade
Implantação de serviços de saneamento básico em municípios com

população de até 75.000 habitantes

Constatações da Fiscalização.
1 – Programa: Morar Melhor

Ação: Melhoria das condições de habitabilidade
Objetivo da Ação de Governo: Elevar as condições de habitabilidade em áreas minimamente
urbanizadas e/ou melhoria das unidades habitacionais
Objeto Fiscalizado: Construção de 05 unidades habitacionais e melhorias habitacionais.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vereda/BA
Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse N.º0115236-65 celebrado
entre a Prefeitura Municipal de Vereda e a Caixa Econômica Federal
Montante dos Recursos Financeiros Aplicados: R$39.600,00
Extensão dos exames: Exame dos documentos e objeto do contrato
1.1) Habilitação indevida de licitantes

Fato(s):
Para a execução deste contrato, a Prefeitura Municipal de Vereda realizou a Carta Convite
n.º006/2001 em 08(oito) de junho de 2001 tendo como objeto a construção de 05(cinco) unidades
habitacionais e melhorias habitacionais em 03(três) residências.
Neste certame, a Prefeitura não exigiu a documentação para habilitação dos licitantes constante nos
artigos 27 a 31 da Lei 8.666/93 (dispõe sobre licitações e contratos públicos) avocando o art. 32 da
citada lei. Com relação às certidões negativas do INSS e FGTS, a apresentação destas sempre é
obrigatória para habilitação em licitações, de acordo com as seguintes normas e decisões sobre a
matéria: art. 29, IV da Lei nº 8.666/93; Art. 47, I, a da Lei nº 8.212/91; Art. 27, a da Lei nº
8.036/90; Acórdãos nº 56/1999 e 705/94 do Plenário do Tribunal de Contas da União. Este último
segue aqui transcrito:
“O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, DECIDE: 1 firmar o
entendimento de que: a) por força do disposto no § 3º do Art. 195 da Constituição Federal - que
torna sem efeito, em parte, o permissivo do § 1º do art. 32 da Lei nº 8666/93 -, a documentação
relativa à regularidade com a Seguridade Social, prevista no inciso IV do art. 29 da Lei nº 8666/93
e, mais discriminadamente, no art. 27-a da Lei nº 8036/90, no Art. 47-I-a da Lei nº 8212/91, no Art.
2º-a da IN nº 93/93-SRF e no item 4-I-a da Ordem de Serviço INSS/DARF nº 052/92 é de
exigência obrigatória nas licitações públicas, ainda que na modalidade convite, para contratação
de obras, serviços ou fornecimento, e mesmo que se trate de fornecimento para pronta entrega.”
Também não foi exigida pela Prefeitura a comprovação de que as empresas possuíam registros no
CREA-BA. Tal documento é indispensável quando se trata de obra de engenharia, como preceitua
os artigos 7º e 8º da Lei 5.194/66 e art. 1º da Lei 6.839/80.
Abaixo segue a relação de documentos não apresentados pela Prefeitura:
EMPRESA CNPJ VALOR DOCUMENTOS

APRESENTADO FALTANTES
Vértice Construtora Ltda 03.406.963/0001-88 R$41.200,13 CND FGTS
(Vencedora) CND INSS
Registro no CREA-BA
Dutobrás 00.060.068/0001-28 R$43.388,54 CND FGTS
Registro no CREA-BA
Prados Engenharia Ltda 02.859.823/0001-00 R$42.475,49 Registro no CREA-BA
Diante do exposto, a Prefeitura Municipal de Vereda deveria ter realizado novos processos
licitatórios visto que nenhum destes participantes poderiam ser habilitados.
Evidência(s):
Autos dos processos licitatórios
O Prefeito de Vereda não apresentou quaisquer esclarecimentos sobre estes fatos.
2 – Programa: Morar melhor

Ação: Implantação de Serviços de Saneamento Básico Em Municípios Com População de Até 75
Mil Habitantes

Objetivo da Ação de Governo: Ampliar a cobertura dos serviços de coleta e tratamento de esgoto,
visando à melhoria do nível de qualidade de vida preferencialmente nos municípios integrantes dos
programas Comunidade Solidária e Mortalidade na Infância
Objeto Fiscalizado: Construção de 96 unidades sanitárias em residências populares.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Contrato de Repasse N.º0101811-
32/2000/SEDU/CAIXA celebrado entra a Prefeitura Municipal de Vereda e a Caixa Econômica
Federal
Montante dos Recursos Financeiros Aplicados: R$178.947,37
Extensão dos exames: Exame dos documentos e objeto do contrato
2.1) Fraude de licitação em conluio com empreiteira.
Fato:
Para a execução do Contrato de Repasse n.º101.811-32, no valor de R$178.947,37, a Prefeitura
Municipal de Vereda realizou as Cartas Convites n.º008/00 e n.º009/00, no mesmo dia (10/11/00) e
para a execução do mesmo tipo de objeto. O total a ser realizado era de 96(noventa e seis) unidades
sanitárias, que foram fracionadas nestas licitações da seguinte maneira:
Convite n.º008/00 – 74 unidades nos distritos de Cruzeiro do Sul e São José de Vereda
Convite n.º009/00 – 22 unidades sanitárias no distrito de Massaranduba
Por realizar carta convite a Prefeitura utilizou modalidade de licitação inferior à recomendada pela
legislação para o total da despesa, de forma que pudesse direcionar a obra para um único
responsável. Apesar de cada licitação ter sido vencida por empresas diferentes, na realidade apenas
uma foi responsável pelo serviço. Deveria ter procedido à Tomada de Preços, haja vista o valor se
enquadrar nesta modalidade de licitação, de acordo com o artigo 23,caput,I,§5º, transcrito abaixo:
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão
determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação:
I - para obras e serviços de engenharia:
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
27.5.98)
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); (Redação dada pela
Lei nº 9.648, de 27.5.98)
c) concorrência - acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reias); (Redação dada
pela Lei nº 9.648, de 27.5.98)
...
§ 5o É vedada a utilização da modalidade "convite" ou "tomada de preços", conforme o caso, para
parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no
mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de
seus valores caracterizar o caso de "tomada de preços" ou "concorrência", respectivamente, nos
termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica que possam ser executadas por
pessoas ou empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94)
Participaram dos referidos convites as mesmas empresas, descritas a seguir:

Codesplan Consultoria e Projetos Especiais Ltda, CNPJ – 03.231.256/0001-06
Sepam Empreendimentos Ltda, CNPJ – 02.956.549/0001-80
Biriba – Construções, Manutenção e Instalações Ltda., CNPJ – 42.052.209/0001-49

A empresa Codesplan foi a vencedora do Convite n.º008/00 enquanto que a Sepam ganhou o de
n.º009/00.
Cabe ressaltar que estas empresas foram encontradas em outros municípios, pela Controladoria
Geral da União, participando de licitações com indícios de fraudes, pois a Sepam e a Biriba são
empresas comprovadamente fantasmas.
Visitamos a Sepam e constatamos que esta empresa não existe no endereço constante do cadastro
nacional de pessoas jurídicas e nas notas fiscais. O proprietário do imóvel declarou que o referido
local nunca foi sede desta empresa. No cadastro da Receita Federal, está qualificada como
inapta/omissa não licalizada. A empresa Biriba também consta como omissa/ não localizada.
A Codesplan, apesar de constar no cadastro da Receita Federal apenas como irregular, nunca teve
sua sede situada no endereço indicado, segundo declaração do responsável pelo Centro Empresarial
onde supostamente se localizaria.
Apesar de possuírem proprietários diferentes, podemos comprovar, pelos autos dos processos do
contrato de repasse, que uma mesma empresa, a Codesplan, é a responsável pela execução dos dois
convites, conforme evidências abaixo:
1) Para a realização dos dois processos licitatórios foi apresentada apenas uma única proposta
de preços para cada empresa participante, e esta se referia ao convite n.º008/00, vencido pela
Codesplan com um preço de R$1.808,11 por unidade sanitária. Quanto ao convite n.º009/00,
não nos foi apresentada nenhuma proposta de preços por empresa, mas apenas a ata de
julgamento da licitação, a qual consta que a empresa Sepam venceu com o valor total de
R$39.778,42 para 22 unidades sanitárias, ou seja, R$1.808,11 por unidade sanitária.
Observamos que este é o mesmo valor da licitação anterior, realizada no mesmo dia, da qual
participaram as mesmas empresas.
2) Ao realizar a 1ª medição do Contrato de Repasse, a Caixa Econômica, através do Relatório
de Acompanhamento – RAE, atestou vistoria em 25(vinte e cinco) unidades sanitárias no
distrito de Massaranduba, objeto do convite n.º009/00, cujas construções já teriam sido
iniciadas. No entanto, a nota fiscal relativa a esta medição pertence à empresa Codesplan,
vencedora da licitação n.º008/00, e não a Sepam, a real “vencedora”.
3) De acordo com a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART – n.º BA021529-0032, o
engenheiro responsável pelo projeto e fiscalização das 96 unidades sanitárias, pela
Prefeitura, é o Sr. Jairo José Correia Lima. O Sr. Jairo é ex-proprietário da empresa Sepam,
vencedora do Convite n.º009/00.
4) Os responsáveis por estas empresas já atuam no município há alguns anos. Em 1998 a
Prefeitura Municipal de Vereda celebrou o convênio n.º63.605-88/98 com a Caixa
Econômica Federal para execução de 71 unidades sanitárias relativas ao programa PASS.
Participaram deste convite as empresas 3M Ltda e Geplan Construções Ltda, sendo que a
primeira sagrou-se vencedora. Estas duas empresas pertencem ao Sr. Jairo José C. Lima,
mesmo proprietário da Sepam.
Evidência(s):
Autos dos Processos licitatórios
Autos do Contrato de Repasse
Declarações dos proprietários dos imóveis que constam como sede das empresas
Processos de pagamentos e mapa comparativo de preços da licitação do convênio n.º 63.605-88/98
celebrado entre a Prefeitura Municipal de Vereda e a CEF
2.2) Não comprovação da total execução do objeto do contrato/alteração de beneficiários
Fato:
Nos autos do Contrato de Repasse n.º101.811-32/00, constam as listas de beneficiários em cujas
residências seriam construídas as unidades sanitárias. Em visita a estas residências pudemos
verificar uma grande distorção entre o que foi planejado e o que foi executado.
Tomemos como exemplo o distrito de Massaranduba. Foram construídas 25 unidades neste distrito,
diferente da relação inicial anexada ao processo que era de 22 unidades. Desta primeira relação
apenas 08 moradores foram beneficiados. As 25 unidades apenas foram encontradas pela equipe,
em visita “in loco”, porque constava no Relatório de Acompanhamento da Caixa Econômica
Federal que se referiam ao contrato em questão.
No distrito de São José de Vereda analisamos por amostragem alguns beneficiários da lista que
estava no processo e constatamos que nas casas da Sra. Judite Martins e Sra.Hilda de Fia não foram
executadas as unidades sanitárias. Foi observado que outras residências que não estavam na lista
foram contempladas com as benfeitorias.
Não foi comprovado pela Caixa Econômica e nem pela Prefeitura qualquer alteração contratual que
justificasse estas alterações nas listas de beneficiários. Como o Município já havia celebrado outros
contratos que tinham como objeto a construção de unidades sanitárias (a exemplo do Convênio n.º
63.605-88/98 celebrado com a Caixa) não foi possível atestar que os banheiros encontrados se
referiam ao Contrato de Repasse n.º101.811-32/00.
Evidência(s):
Autos do contrato de repasse
Inexistência de sanitários em algumas residências constantes das listas de beneficiários.
Relatórios de Acompanhamento da CEF

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Públicos
09/JUNHO/2005
Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo

financiados com recursos federais foram examinadas no período de 27/06/2005 a 01/07/2005 as
seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Educação:
Complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF.
Apoio a Alimentação Escolar na Educação Básica – PNAE.
Apoio a Ampliação da Oferta de Vagas do Ensino Fundamental a Jovens e
Adultos - Fazendo Escola.
PDDE – Programa Dinheiro Direto Na escola.

Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE.
Censo Escolar da Educação Básica

Constatações da fiscalização
1 – Programa: Brasil Escolarizado.

Ação: Complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério - FUNDEF.
Objetivo da Ação de Governo: Manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental público e,
particularmente, na valorização do seu magistério.
Objeto Fiscalizado: Despesas efetuadas com recursos do FUNDEF.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura proveniente de
recursos originários de fontes já existentes, como FPE, FPM, ICMS, IPI/EXPORTAÇÃO e
Complementação da União.
Montante de Recursos Financeiros: R$ 1.413.360,34
Extensão dos Exames: Análise da execução das despesas realizadas com recursos do FUNDEF de
Janeiro de 2004 a Maio de 2005, bem como dos processos licitatórios do período em referência.
1.1) Fraude em processos licitatórios e indícios de desvio de recursos públicos em contratos de

locação de veículos para o transporte escolar
Fatos:
Foram analisadas 2 (duas) licitações de 2004 e 1 (uma) de 2005, referentes a contratação de
serviços de transporte escolar no município de Vereda, envolvendo recursos da ordem de
R$203.200,00(duzentos e três mil e duzentos reais).
Foi verificado também 1(uma) licitação, realizada em 2005, cujo objeto refere-se a aquisição de
materiais Pedagógicos para a Secretaria de Educação e Administração do Município de Vereda.
A tabela abaixo resume as licitações cujos desembolsos foram provenientes do Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - FUNDEF.
Tabela 1: Resumo Licitações Analisadas FUNDEF
Processo Fornecedores Participantes Objeto CNPJ/CPF Valor das

Licitatório
Propostas
007/2004 PEVAN – Locações e Construções Ltda (não Locação de Veículos 05.586.251/0001-13 34.400,00
(Convite) encontrada) para o transporte 06.061.591/0001-93 33.200,00
J de A Souza e Cia Ltda Escolar 03.457.518/0001-47 35.200,00
U.S Brasil Service Ltda (empresa encerrada)
024/2004 PEVAN – Locações e Construções Ltda (não Locação de Veículos 05.586.251/0001-13 34.400,00
(Convite) encontrada) para o transporte 06.061.591/0001-93 33.200,00
J de A Souza e Cia Ltda Escolar 03.457.518/0001-47 35.200,00
U.S Brasil Service Ltda (empresa encerrada)
005-A/2005 Anelito dos Santos Jardim (Linha 001) Locação de Serviços 283.310.875-34 2.500,00
(Convite) Juscelino dos Santos Jardim (Linha 002) de Transporte 232.080.312-20 2.500,00
Jairo Barbosa Ferreira (Linha 003) Escolar 990.018.855-34 2.500,00
Sérgio Adriano Alberto da Cruz (Linha 004) 418.921.515-53 1.000,00
Valertim Dalbem Cassaro (Linha 005) 437.296.495-15 1.800,00
Osmar Jesus França (Linha 006) 035.598.688-40 1.800,00
Sindovaldo Lopes Rocha (Linha 007) 525.367.005-00 2.500,00
Gildasio Correia Lopes (Linha 008) 525.463.415-72 2.500,00
008/2005- Elia Pereira dos Santos – ME Aquisição de 73.576.381/0001-25 47.377,00
07-19 Julio César de Oliveira Claro – ME Material Pedagógico 02.887.378/0001-66 Inabilitado
(Convite) Stilus Informática e Equip. para Escritório Ltda Secretária Educação 05.885.978/0001/72 Inabilitado
Fonte: Processos Licitatórios
A ação de controle teve como objetivo verificar a regularidade e a observância da lei 8.666/93 pela
Prefeitura Municipal de Vereda, sobretudo quanto aos princípios da publicidade, legalidade,
competitividade e obtenção da proposta mais vantajosa para a administração.

Quanto ao processos licitatórios ocorridos em 2004:
Apesar da aparente legalidade (requisição da Secretária de Educação, designação dos membros da

CPL, aviso, assinatura do Assessor Jurídico, julgamento pela CPL e homologação do Prefeito
Municipal),os processos de licitação n.º 007 e 024 apresentam simulação de competição, conluio
entre os responsáveis pela contratação e as empresas convidadas, bem como indícios de desvio de
recursos públicos .
Uma das empresas convidadas para participar das licitações n.º 007/04 e 024/04 - PEVAN –
Locações e Construções Ltda – tem por objeto “Aluguel de Máquinas, Caminhões e Equipamentos
para construção e engenharia civil, construção em geral, inclusive andaime”. A empresa em apreço,
participou de licitação para construção de sanitários no município, o que, portanto, reforça que seu
objeto social não têm relação com a locação de veículos para o transporte escolar no município de
Vereda. Não foram encontrados os sócios-responsáveis da empresa para confirmar, como suas, as
propostas de preços constantes nos convites 007/04 e 024/2004. Também não existem nos autos dos
procedimentos licitatórios comprovantes de entrega dos convites.
A outra empresa convidada para os processos 007/04 e 024/2004, U.S Brasil Service Ltda –
franquiada da empresa Localiza Rent a Car em 2004 - não existe mais. Esta franquia foi assumida
pela empresa de razão social NTL Veículos Ltda.
Convém observar que em contato com representantes da NTL Veículos Ltda., os mesmos
afirmaram conhecer uma das pessoas responsáveis pela empresa U.S Brasil Service Ltda: Valéria
Donascimento Souza.
A empresa J. de A. Souza e Cia Ltda, vencedora de dois processos licitatórios acima citados,
possuía duas sócias em 2004: Valéria Donascimento Souza e Janete de Almeida Souza. A Sra.
Janete de A. Souza, é esposa de Adalberto Silva Passos, irmão do Ex-Prefeito de Vereda e Ex-
Secretário de Finanças do Município.
Verifica-se, portanto, que não havia competição entre as empresa J. de A. Souza e Cia Ltda e U.S
Brasil Service Ltda, tendo em vista que Valéria Donascimento Souza era sócia da primeira empresa
e trabalhava na empresa supostamente concorrente.
A empresa J. de A. Souza e Cia Ltda, vencedora dos certames, recebeu em 2004 um total de
R$182.700,00(cento e oitenta e dois mil e setecentos reais) da Prefeitura Municipal de Vereda,
sendo R$12.800,00 (doze mil e oitocentos reais) com recursos do FUNDEF.
Cabe observar que as empresas “participantes” apresentaram nos processos licitatórios certidões
negativas de INSS ou de Regularidade com o FGTS vencidas ou emitidas posteriormente à data do
certame. De acordo com a lei 8.666/93, os fornecedores deveriam ser inabilitados e a comissão de
licitação deveria ter reaberto o prazo para apresentação de novos documentos ou convidado outras
empresas da região.
A tabela abaixo demonstra os documentos de habilitação das empresas dos certames n.º 007/04 e
024/04.
Tabela 2: Impropriedades quanto aos documentos de habilitação 2004:

Convite 007/2004 de 23/01/2004
PEVAN –– Locações e Construções Ltda. Certidão Negativas Inss Vencida.
Certidão Regularidade Fgts vencida.
J de A Souza & Cia Ltda. Certidões Negativas Inss – Válida
Certidão Regularidade FGTS emitida posteriormente em
27/01/2004 a 25/02/2004
U.S Brasil Service Ltda. Não apresentou certidões
Convite 024/2004 de 03/06/2004.

PEVAN –– Locações e Construções Ltda. Certidão Negativas Inss Vencida.
Certidão Regularidade FGTS vencida.
J de A Souza & Cia Ltda. Certidão Regularidade Fgts vencida na habilitação licitação
18/03/2004 a 16/04/2004
U.S Brasil Service Ltda. Não apresentou certidões

Os fatos indicam que para os agentes públicos envolvidos a observância da legislação para a
contratação regular da locação de veículos para o transporte escolar no município não era
procedimento vinculado. Ao contrário, em todo o processo há indícios de direcionamento para que
a empresa J de A Souza & Cia Ltda sagrar-se vencedora.
Destaca-se nestas transações que em 2005 Adalberto Silva Passos (Ex-Secretário de Finanças) e
Francisco Silva Passos (Ex-Prefeito de Vereda) assumem a J. de A. Souza e Cia Ltda, modificando
a razão social para A S Passos & Cia Ltda. –ME.
Quanto ao processos licitatórios ocorridos em 2005:
Da análise do procedimento licitatório carta-convite n.º 005-A/2005, cujo objeto é a prestação de

serviços de transporte aos alunos do ensino fundamental em 08 linhas e roteiros do município de
Vereda, revelou-se diversas impropriedades na formalização da licitação e indícios de
irregularidades:
Não houve, no processo, comprovante de publicação da carta-convite 005-A/2005 no quadro de

avisos da prefeitura municipal. (Impropriedade)
Não houve orçamento detalhado, na fase interna da licitação, que subsidiasse os valores
estimados de R$60.000,00 para a contratação dos serviços de transporte nas 08 linhas e roteiros
oferecidos. (Impropriedade)
Não houve, no processo licitatório, comprovante de recebimento dos convites pelos
fornecedores. (Impropriedade)
Não houve, um mínimo de três propostas válidas para cada linha e roteiro ofertado.
(Impropriedade)
O item XIV – Critério de Julgamento das Propostas do Edital de licitação carta- convite 005-
A/05 evidencia que:
“Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência,
sucessivamente, aos serviços conforme indicado a seguir: a)quem já presta serviços ao
Município, b) Quem detiver melhores condições de conservação e funcionamento de seu
Veículo.”
Este item fere o princípio da igualdade que rege todo o ordenamento jurídico brasileiro. A lei
8.666/93, inclusive, define quais os critérios que podem ser observados caso haja empate nas
propostas de preços de fornecedores (art. 3º §2 e Art. 45 §2). (Impropriedade)

Foram convidados 8(oito) pessoas físicas, ou seja, o mesmo número de “linhas e roteiros”
ofertados. (Indícios de Irregularidades – conluio entre a comissão de licitação e fornecedores)
Todos os 8(oito) convidados apresentaram proposta de preços para uma única “linha e roteiro”.
Não houve oferta de duas pessoas para uma mesma “linha e roteiro”. (Indícios de
Irregularidades - conluio entre os fornecedores e agentes públicos municipais).
Os formatos das propostas de preços apresentaram-se semelhantes, apesar de não ter havido
documento padrão anexo ao convite 005/2005. Isto indica que a comissão de licitação pode ter
agido junto aos fornecedores na formulação da proposta de preços. (Indícios de Irregularidades)
Na análise do procedimento licitatório carta convite 008/2005, cujo objeto é a aquisição de

materiais didáticos e pedagógicos de papelaria para a Secretária de Educação e Administração foi
verificado que:
No ofício n.º 00162005, encaminhado ao Ilmo. Sr. Prefeito de Vereda Adalberto da Rocha Nonato,
o Sr. Secretario de Educação e o Sr. Secretário de Administração relatam que o custo estimado dos
materiais didáticos e Pedagógicos de Papelaria, referente ao convite 008/2005, importam em um
total de R$50.000,00 (cinqüenta mil reais).
Quanto a este ofício, não ficou evidenciado que, na fase interna do procedimento licitatório,
houve efetivamente alguma cotação de preços que confirmasse tal afirmação. Ressalte-se que o
mesmo ocorreu no convite 005-A para a locação de transporte escolar no município.
Das três empresas convidadas no processo 008/2005, a saber: Elia Pereira dos Santos – ME, Julio
César de Oliveira Claro – ME, Stilus Informática e Equip. para Escritório Ltda, somente a primeira
foi habilitada para apresentar proposta de preço à Prefeitura Municipal. As duas últimas empresas
foram inabilitadas em virtude da não apresentação de certidões negativas de tributos.
Cabe observar que mesmo a empresa Elia Pereira dos Santos não poderia ser habilitada no certame,
tendo em vista que seu Certificado de Regularidade do FGTS - CRF continha validade até
26/02/2005. Porém, a data de julgamento da carta convite n.º 008/2005 foi em 07/03/2005. Neste
dia, o CRF da empresa citada estava vencido.
Em que pese o fato de não ter havido três propostas válidas no certame, a prefeitura municipal de
Vereda deu continuidade ao procedimento licitatório, desconsiderando as reiteradas decisões do
Tribunal de Contas da União (Acórdãos: 81/2000, 170/2000, 201/2000 – Primeira Turma e
260/2002 –Plenário) segundo as quais a prefeitura deve cumprir à exigência do número mínimo de
03 (três) propostas válidas nos procedimentos licitatórios na modalidade convite, não dando
seqüência aos certames com número de participantes inferior ao mínimo estabelecido em lei, sem
que estejam expressamente caracterizadas as hipóteses de manifesto desinteresse ou limitação de
mercado.
Portanto, o procedimento de licitação n.º 008/2005 nasceu eivado de impropriedades e ilegalidades.

Pela ausência de outras propostas de preços não é possível afirmar se a Prefeitura de Vereda
adjudicou o objeto da licitação a empresa que ofertou preços mais vantajosos à Administração.
Evidências:
Processo Licitatório, Consulta CNPJ, Extrato Pagamento fornecedor, circularização de Fiscalização,
Processos de Pagamento.

Por meio do Ofício GP nº 202/2005 o Prefeito de Vereda apresentou as seguintes considerações:
“DO PROCESSO LICITATÓRIO DE N.º 005-A/2005

Foi o referido procedimento licitatório instaurado em 05 de janeiro de 2005, tendo com finalidade
a contratação de transporte escolar de alunos e professores, sendo que ao contrário do que
disseram os técnicos, observa-se no bojo da mesma Certidão data de 18 de fevereiro de 2005,
firmada pelo Sr. Henrique Leite Alves, Sec. De Adminstração, demonstrando que fora afixado no
átrio desta Prefeitura o Edital do referido Convite;
Consta também no mesmo processo a Planilha detalhada das respectivas linhas, com os roteiros,
sendo que o orçamento foi feito através de cotação pelos membros da Comissão Permanente de
Licitação, não havendo a impropriedade alegada.
Foram todos os licitantes comunicados de documento próprio, sendo que por um lapso, na 2º via
do processo licitatório ao qual teve acesso essa Controladoria, os mesmos não se encontravam,
uma vez que foram acostados na 1º via remetida ao TCM, em Itamaraju, no entanto, como pode ser
observado dentro do processo de licitação, os licitantes compareceram ao Certame, onde
apresentaram propostas por escrito, assinaram a ata, demonstrando o interesse em participarem
do mesmo, o que supre a falha apontada.
Como se observa também no mesmo processo licitatório, há concorrentes em número superior ao
mínimo previsto em lei, vez que trata-se de Convite, sendo que estes ofertaram individualmente os
seus serviços por linha, demonstrando expressamente o desinteresse em concorrerem para as
demais, havendo com isto número legal de proposta, ao contrário do entendimento do ilustre
técnico.
Outra alegação que se refuta neste ato, é a de folhas 5, quando o nobre técnico relata Isto indica
que a comissão de licitação pode ter agido junto aos fornecedores na formulação da proposta de
preços.
Ora, há aqui, pois, parte do ilustre preposta dessa Controladoria, uma suposição, que demonstra
falha da apuração por ele feita e que a desqualifica, uma vez que não se deve fazer julgamento de
atos administrativos, por suposição, e sim, estribado provas.
DO PROCESSO LICITATÓRIO DE N.º 008/2005
Para a elaboração do Ofício de solicitação de n.º 0016/2005, o senhor Secretário Municipal de

Educação fundamentou-se em cotação de preços por ele feita, através de fax, como permite a lei,
para maior agilidade administrativa, chegando assim, ao entendimento do valor das compras
conforme nele inserido.
Provou-se através da visita in loco, dos auditores, que a empresa forneceu todos os materiais
cotados, no procedimento licitatório, havendo benefício para a comunidade local, sem prejuízos
para o erário público, uma vez que todos os preços se encontram dentro daqueles praticados na
região.
Vossa Senhoria há de convir que o relatório da forma que foi impresso, nas folhas 05 e 06, há uma
certa confusão com a inserção de comentários no campo de um procedimento licitatório dentro do
de outro, dificultando com isto uma defesa mais detalhada, vez que quando ali mencionada o
procedimento licitatório 008/05, no mesmo item se faz menção ao Processo Licitatório de n.º 005-
A/2005.
Assim, pelos procedimentos licitatórios supra mencionados, constata-se apenas alguns erros
formais que não descaracterizam a licitude dos referidos processos, sendo que todos os serviços e
materiais foram prestados e fornecidos a esta municipalidade, com o respectivos pagamento,
conforme pactuado, e consequentemente benefício à comunidade local, improcedendo a alegação
de fraude em licitações como consta do início do item”.
Análise da Equipe
O gestor não se manifestou sobre as constatações referentes aos processos licitatórios n.º 007/2004
e 024/2004 cuja responsabilidade cabia ao ex - prefeito do município de Vereda. Mantemos,
portanto, as constatações apontadas.
Quanto as justificativas referentes ao processos licitatórios ocorridos em 2005, trazemos as

seguintes análises.
Convite 005-A/2005:
Acatamos a justificativa do gestor quanto a existência da certidão com data de 18 de fevereiro que
atesta a publicação do edital no quadro de avisos da prefeitura do processo licitatório 005-A/05,
bem como a não exigência legal de apresentação de três propostas válidas por trecho licitado.
Mantemos os pontos que se referem as outras três constatações de impropriedades ocorridas no
convite 005-A: a) Ausência de orçamento detalhado que subsidiasse os valores estimados da
licitação; b) ausência de comprovantes do recebimento do convite; c) cláusulas no edital de licitação
- item “Critério de Julgamento das Propostas” - que ferem o princípio da igualdade.
Não acatamos as justificativas acima pois, quanto a letra “a”, o gestor não apresentou a suposta
cotação de preços realizada (fax ou documento de cotação). No que se refere a letra “b”, a
assinatura dos participantes na ata de licitação não elide a necessidade de comprovação de entrega
dos convites aos demais interessados, e quanto a letra “c”, o gestor não se manifestou sobre o
critério estabelecido em edital.
Mantemos também a constatação quanto ao indícios de irregularidades apresentados no convite
005-A/2005, por entender que apesar da aparente formalidade do processo, há evidências
suficientes que indicam que houve “acerto” entre os prestadores de serviço de transporte e agentes
públicos municipais. Estes indícios são demonstrados por: a) número de convidados exatamente
igual ao o número de trechos ofertados na licitação; b) propostas de preços dos participantes com
formatação semelhante; c) probabilidade de ocorrer o seguinte evento matemático: “Todos os
participantes cotarem UM único trecho, podendo cotar 08 trechos disponíveis E não haver mais de
uma propostas de preços para um MESMO trecho. (Probabilidade de 0,2403%)
Convite 008/2005
O gestor esquivou-se de justificar as constatações apontadas no relatório de fiscalização referente ao
convite 008/2005. Não houve manifestação sobre a necessidade da comissão de licitação observar a
existência de três propostas válidas no julgamento do certame, nem sobre o fato de que a empresa
vencedora do convite também deveria ter sido considerada não habilitada. Mantemos, portanto, a
constatação do convite 008/2005.
1.2) Pagamento irregular de R$ 7.796,04 aos prestadores de serviço de transporte escolar.
Fatos:
Conforme demonstrado no item 1.1. deste relatório, os prestadores de serviços convidados para
participar do processo licitatório 005-A/05 ofereceram as propostas de preços elencadas na tabela
n.º 1.
Foi verificado que além das impropriedades existentes na carta convite, a Prefeitura Municipal de
Vereda têm efetuado pagamentos aos contratantes sem observar os valores das propostas de preços
homologadas e adjudicadas no processo licitatório.
Os pagamentos a maior aos prestadores de serviço não tem amparo legal, nem contratual, haja vista
não estarem de acordo com o resultado do processo licitatório carta-convite 005-A/2005.
A tabela abaixo demonstra os valores mensais empenhados, liquidados e pagos pela Prefeitura de
Vereda em favor dos Contratados, bem como o valor total de R$7.796,04 (sete mil e setecentos e
noventa e seis reais e quatro centavos) a maior nos pagamentos.
Tabela 3: Pagamento a maior no Contrato de Prestação de Serviço Transporte Escolar
Proposta Valor Valor Pagamento

Oferecida Valores Empenhados, definido no executado a maior
Pessoas Físicas convidadas no Liquidados e Pagos convite empenho
Convite Março Abril Maio por em (Irregular)
005-A/05 3 meses 3 meses
Anelito dos Santos Jardim (Linha 001) 2.500,00 3.259,60 2.948,31 2.948,31 7.500,00 9.156,22 1.656,22
Juscelino dos Santos Jardim (Linha 002) 2.500,00 2.754,92 2.803,12 2.803,12 7.500,00 8.361,16 861,16
Jairo Barbosa Ferreira (Linha 003) 2.500,00 3.259,60 2.948,31 2.948,31 7.500,00 9.156,22 1.656,22
Sérgio Adriano Alberto da Cruz(Linha 004) 1.000,00 1.371,15 1.371,15 1.371,15 3.000,00 4.113,45 1.113,45
Valertim Dalbem Cassaro (Linha 005) 1.800,00 1.010,53 1.010,53 1.010,53 5.400,00 3.031,59 0,00
Osmar Jesus França (Linha 006) 1.800,00 1.557,40 1.439,50 2.037,65 5.400,00 5.034,55 0,00
Sindovaldo Lopes Rocha (Linha 007) 2.500,00 2.446,53 3.680,07 3680,07 7.500,00 9.806,67 2.306,67
Gildasio Correia Lopes (Linha 008) 2.500,00 2.801,70 2.103,31 2.797,31 7.500,00 7.702,32 202,32
Total do desembolso a maior em três meses de contrato de Transporte Escolar 7.796,04
Fonte: Registro Contábil X Propostas Licitação Carta Convite 005-A/2005.
Evidências:
Extrato Pagamento Fornecedor, Extrato Bancário, Processo Licitatório, Propostas de Preços.
Todos os pagamentos efetuados aos credores se encontram dentro do previsto nos contratos, sendo
que a diferença havia conforme mencionado nas folhas 6, deu-se em virtude de aditamento feito em
algumas linhas, de acordo com o previsto na Lei 8.666/93, todavia, foi respeitado o valor inicial da
licitação, como pode ser observado.
Inexiste a diferença de R$ 7.796,04, apontada, uma vez que, conforme acima mencionado, foram
pagamentos efetuados dentro dos limites fixados nos contratos, com os aditamentos ocorridos
posteriormente em função do previsto no Edital
Análise da equipe
A equipe de auditoria não encontrou qualquer aditamento durante os trabalhos de fiscalização
referentes aos contratos provenientes da licitação 005-A/2005.
Apesar de tentar justificar os pagamentos a maior pela utilização destes supostos aditamentos, o
gestor também não encaminhou ao menos um aditivo, demonstrando que de fato nunca existiram.
Mantemos, portanto, a constatação.
1.3) Indícios de desvio de R$10.037,00 em 30/12/2004 com recursos do FUNDEF.
Fatos:
Foram realizadas análises dos processos de pagamentos relativos ao ano de 2004 do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental - FUNDEF no município de Vereda.
Foi verificado que em 30/12/2004, penúltimo dia de gestão do Ilmo Sr. Ex-Prefeito de Vereda
Francisco Silva Passos, houve saque da conta corrente de n.º 58.021-X que movimentava os

recursos do FUNDEF. O documento fiscal que respalda tal saque é da empresa Elia Pereira dos
Santos – “Papelaria Grafite” (CNPJ 73.576.381/0001-25) e contém o número n.º 00131.
De acordo com a nota fiscal n.º 00131 o município adquiriu 20 caixas de papel de ofício a
R$130,00/unidade(centro e trinta reais), 10 caixas de caderno espiral c/96 fls. a R$149,00 (cento e
quarenta e nove reais) cada, dentre outros produtos.
Em declaração a esta Controladoria Geral da União, a Ex-Secretária de Educação do período de

out/04 a dez/04 e a Secretária das Escolas da Zona Rural afirmaram que com certeza estes materiais
não foram entregues tanto à secretaria de educação quanto à qualquer escola do município, pois se
isto acontecesse elas certamente saberiam, tendo em vista que lidam diariamente com os diretores
das escolas.
Em visita à empresa citada, ficou demonstrado que não existia comprovante de entrega dos
materiais fornecidos, bem como canhoto da nota fiscal contendo a assinatura do responsável pelo
recebimento dos materiais.
Em declaração a esta equipe de Fiscalização, o atual Secretário de Educação disse não ter
encontrado nenhum material no estoque do almoxarifado da Secretaria de Educação ao tomar posse
no início do exercício.
Tendo em vista a data de emissão das notas fiscais (término do ano letivo), o montante retirado da
conta bancária do FUNDEF (o saque deixou a conta corrente com R$ 0,32), a ausência de
comprovação da entrega do material pela empresa, a ausência de controles da entrada do produto
em estoque na secretária de educação, declaração da ex-secretária de educação do município de
Vereda em 2004, da Secretaria das Escolas da Zona Rural em 2004, bem como a declaração do
atual secretario de educação e de servidores da secretaria, há evidências de desvio de recursos
públicos federais dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental em 30/12/2004, pelo ex-prefeito municipal e o ex-secretário de finanças.
Evidências:
Ausência de controles de entrada no estoque, Ausência do canhoto de recebimento de mercadorias,
Ata de reunião - Declaração dos agentes públicos, Declaração Ex-Secretária de Educação.
Não apresentou justificativas.
1.4) Sonegação à Previdência Social – Ausência de recolhimento das contribuições sobre a folha
de pagamento dos funcionários
Fatos:
Foram verificadas as folhas de pagamentos da Prefeitura Municipal de Vereda dos meses de janeiro
de 2004 a Junho de 2005, bem como a GFIP, deste mesmo período. A ação de controle teve como
objetivo verificar o pagamento das contribuições sociais devidas, incidentes sobre a folha de
pagamento, bem como o recolhimento das retenções dos contracheques dos funcionários.

Da análise constatou-se que o setor de pessoal da Prefeitura somente informou ao Instituto Nacional
de Seguridade Social – INSS, por meio de GFIP, parte dos trabalhadores que efetivamente foram
remunerados nestes respectivos meses e que constaram nas folhas de pagamentos da Prefeitura.
De Janeiro de 2004 a Junho de 2005, não houve informação de 32 funcionários (média) que
constavam na folha de pagamento da prefeitura.
Como resultado tem-se que muitos destes servidores, apesar de terem sua contribuição social retida
na folha de pagamentos, não constam com histórico de recolhimento para com o INSS.
Vale notar que a legislação previdenciária imputa pena ao gestor que retém contribuição de
seguridade social e não recolhe o valor devido ao INSS ou não efetua o pagamento dos encargos
patronais incidente sobre a folha de pagamentos.
O quadro abaixo evidencia a diferença encontrada entre o quantitativo de trabalhadores com
remuneração pela prefeitura nos meses de JAN/04 a JUN/05 e a quantidade de funcionários
informada na GFIP, bem como o montante sonegado a previdência social.
Tabela 4: Sonegação Previdência Social

(1) (2) (3)= (1)-(2) Valores a Recolher
Quantidade Quantidade Sonegação Previdência Valores Valores
Meses Funcionários Folha Funcionários de Informação De acordo com a Folha de Informados Recolhidos
Pagamento (Conta FPM)
de Pagto. prefeitura Informados na GFIP a Previdência (Encargos da Prefeitura + GFIP
Retenção dos Funcionários)
jan/04 255 241 14 22.632,47 21.072,16 22.531,05
fev/04 266 251 15 24.025,14 22.247,22 21.582,16
mar/04 272 255 17 24.518,03 22.800,75 22.757,22
abr/04 268 252 16 25.174,03 23.517,15 23.310,75
mai/04 273 258 15 24.320,36 21.928,20 24.027,18
jun/04 279 266 13 25.070,18 22.821,73 22.432,20
jul/04 281 252 29 24.937,21 21.763,60 23.331,93
ago/04 N/D 244 N/D 20.750,72 20.750,72 22.273,60
set/04 268 249 N/D 24.139,39 24.139,39 22.273,60
out/04 260 242 18 22.497,79 20.143,37 22.273,60
nov/04 254 241 13 22.543,03 20.388,10 22.273,60
dez/04 258 253 5 22.608,12 26.319,70 22.273,60
jan/05 246 225 21 20.919,87 16.552,96 22.273,60
fev/05 267 223 44 24.148,76 15.691,85 22.273,60
mar/05 278 216 62 25.667,30 15.323,60 22.273,60
abr/05 291 215 76 27.918,02 16.046,57 22.273,60
mai/05 291 213 78 30.729,05 18.558,61 22.273,60
jun/05 291 209 82 36.680,27 22.603,26 22.273,60
Fonte: Folha de Pagamento X GFIP (jan/04 a jun/05) (a) (b) (c )
Total 449.279,74 372.668,94 404.982,09
76.610,80 44.297,65
(a-b) (a-c)
Com base na tabela acima, ficou constatado que os valores totais a recolher sobre a folha de
pagamento foram na ordem de (a) - R$449.279,74. Os valores informados na GFIP pelo Setor de
Pessoal foram de (b) - R$372.668,94. Houve, portanto, sonegação de informações e valores na
GFIP da ordem de (a-b) R$ 76.610,80.
Em relação ao recolhimento da Prefeitura, o INSS efetuou retenção na conta corrente do Fundo de
Participação do Município – FPM no montante de (c) - R$404.982,09, no período analisado.
Confrontando os valores a recolher sobre a folha de pagamento - (a) com os valores retidos pelo

INSS da conta do FPM - (c) houve recolhimento a menor no valor de R$44.297,65 (quarenta e
quatro mil duzentos e noventa e sete reais e sessenta e cinco centavos) em valores históricos.
Evidências:
Resumo da folha de pagamento 2004 a Jun/2005, GEFIP do mesmo período, Valores debitados da
conta 58.023-6 FUNDEF, Valores Debitados pelo INSS na conta FPM.
“Como ficou provado, o Município de Vereda, em decorrência de sua aderência às legislação
vigente, tem os valores para o pagamento da Previdência Social, retidos na fonte, pelo Banco do
Brasil S.A, quando da transferência das parcelas do FPM.
Cabe ao Município apresentar apenas as GFIPS, perante os órgãos competentes, documentos estes
que geram os valores pagos, como provados nas folhas 8.
Se há falta no recolhimento deve ser esta creditada às informações entre o próprio Banco do Brasil
e a Previdência Social, e não ao Município que as presta dentro dos prazos e modalidades, uma vez
que as retenções são feitas de acordo com a GFIP”.
Análise da Equipe
Ao contrário do quer fazer nos crer a justificativa do gestor, a falta no recolhimento devido não se
deve a problemas com o Banco do Brasil ou a Previdência Social.
A constatação da fiscalização observou que houve sonegação à previdência social de parcela das
contribuições sociais devidas, pois o Setor de Pessoal da Prefeitura de Vereda não informou
devidamente a totalidade dos agentes públicos que foram remunerados pela folha de pagamento. A
falta de informação, implica em retenção a menor pela Previdência Social na parcela do Fundo de
Participação dos Municípios – FPM, pelo Banco do Brasil.
1.5) Veículos do Transporte escolar não atendem as exigências previstas no artigos 136, do
Código Nacional de Trânsito – CTN.
Fatos:
A equipe de fiscalização detectou que a Prefeitura Municipal de Vereda não vem atendendo às
normas do Código Nacional de Trânsito para a contratação de serviços de transporte escolar.
Foram vistoriados 7(sete), do total de 8 (oito) veículos locados pela Secretária de Educação, cujo
custo mensal, em Maio de 2005 é da ordem de R$ 19.596,45 (dezenove mil quinhentos e noventa e
seis reais e quarenta e cinco centavos). Na inspeção ficou evidenciado descumprimento da
legislação de Trânsito, pelos prestadores de serviços da Lei n.º 9.503 de 23 de setembro de 1997,
em diversos aspectos:
“Artigo 136 - Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de

escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão
ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se,
para tanto:
I - registro como veículo de passageiros;

II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de
segurança;

III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de
largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da
carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de
carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas;
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte
superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior
da parte traseira;
VI -
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo
CONTRAN.”
O fato da prefeitura contratar os serviços de Transporte Escolar sem o atendimento das normas do
Código de Trânsito torna o gestor responsável por eventuais danos causados aos estudantes
transportados através dos veículos inadequados.
Evidências:
Fotos dos Veículos, Legislação trânsito, Processos licitatórios.
Tabela 5: Fotos veículos de transporte escolar

Fonte: Fotos Veículos Transporte Escolas
“Todos os veículos contratados se encontram em perfeitas condições de uso, e, pelo fato de não
estarem inseridas as inscrições mencionadas nas suas laterais não tornam ilegais ao transportes,
que tem respondido às necessidades locais, atendendo a todos os alunos e professores, cumprindo
com o Programa do Transporte Escolar, sem que haja prejuízo aos cofres públicos”.
Análise da Equipe
Mantemos o ponto quanto a não observância da legislação de trânsito nos transportes de alunos por
não ter sido comprovado que o gestor adotou medidas para sanar a constatação.
2 – Programa: Brasil Escolarizado.

Ação: Apoio a Alimentação Escolar na Educação Básica - PNAE.
Objetivo da Ação de Governo: Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos, com
vistas a contribuir para a melhoria do desempenho escolar, para a redução da evasão e da
repetência, e, para formar bons hábitos alimentares.
Objeto Fiscalizado: Atuação do controle social, fornecimento de merenda aos alunos e aquisição
de gêneros alimentícios para escolas.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura
Montante de Recursos Financeiros: R$78.744,60
Extensão dos Exames: Análise da execução das despesas realizadas com recursos do PNAE de
Janeiro de 2004 a Maio de 2005, bem como análise dos processos de pagamento.
2.1) Indícios de fraude em licitações da merenda escolar num montante de R$214.314,99.
Fatos:
O quadro abaixo resume 3 (três) licitações do ano de 2004 e 1 (uma) licitação ocorrida em 2005,
referente à aquisição de gêneros alimentícios para os alunos da rede municipal de ensino do
município de Vereda. O montante das licitações analisadas é da ordem de R$214.614,99, sendo
parte destes recursos municipais. Foram analisados todos os documentos constantes do processo
licitatório.
Tabela 6: Resumo Licitações Analisadas
Processo Fornecedores Participantes Objeto CNPJ Valor das
Licitatório
Propostas
001/2004 Mecanon Supermercado Ltda Aquisição de 00.136.067/0001-58 48.746,10
(convite) Santos & Lucio Ltda Gêneros 02.128.870/0001-76 52.527,30
Saulo Cacique Ribeiro Alimentícios 16.065.120/0001-07 51.238,00
010/2005 Aliane Santos Correa Pires Aquisição de 04.230.570/0001-29 72.386,05
(convite) Valdivio Leles dos Santos Gêneros 14.804.959/0001-96 75.661,28
Edigar Pereira Avelar - ME Alimentícios 13.803.457/0001-86 69.995,27
Montante das Licitações Analisadas R$214.614,99
Fonte: Processos Licitatórios Merenda Escolar
A ação de controle teve como objetivo verificar a regularidade e a observância da lei 8.666/93 pela
Prefeitura Municipal de Vereda, sobretudo quanto aos princípios da publicidade, legalidade,
competitividade e obtenção da proposta mais vantajosa para a administração.
Apesar da aparente legalidade (requisição da Secretária de Educação, designação dos membros da

CPL, aviso, parecer do Assessor Jurídico, julgamento pela CPL e homologação do Prefeito
Municipal), estes processos, utilizados para justificar a realização de despesas, apresentam
irregularidades e impropriedades, tais como:
Quanto aos convites n.ºs 001/04, 032/04 e 038/04:
Foram convidadas três empresas apenas para cumprir o número mínimo exigido pela lei
8.666/93 para a modalidade convite.
Apesar da região apresentar outros possíveis fornecedores, a prefeitura municipal de Vereda
convidou sempre os mesmas empresas em 2004.
2 (duas) das empresas convidadas, a saber: Mecanon Supermercado Ltda e Saulo Ribeiro
Cacique são de propriedade de Roberta Ramalho Sucupira e Saulo Ribeiro Cacique. Estes
sócios mantém relação conjugal e apesar de serem proprietários de pessoas jurídicas diferentes
mantém escritórios num mesmo espaço físico. Este fato revela não haver separação entre seus
negócios ou competição entre suas empresas, bem como sigilo entre suas propostas de preços.
Cabe observar que a empresa Saulo Ribeiro Cacique cotou todos os seus itens a preços
superiores que o Supermercado Mecanon Ltda.
A ausência de controles de entrada/saídas dos produtos fornecidos pelas referidas empresas não
comprovam a efetiva entrega de todos os produtos constantes nas notas fiscais.
Conforme a tabela abaixo, verificou-se que nem a documentação mínima para a habilitação em
convite (Certidão Negativa de Débito INSS e Certidão de Regularidade FGTS) foi observado entre
os licitantes. Ainda assim, a Prefeitura Municipal de Vereda deu seqüência a contratação,
adjudicando o objeto a empresas que estavam inabilitadas.

Tabela 7: Impropriedades quanto aos documentos de habilitação 2004:
Convite 001/2004 de22/01/2004
Mecanon Supermercado Ltda. Certidão Negativas Débitos INSS emitida após o
julgamento do certame. (30/01/2004)
Certidão Negativa de Tributos Federais emitida após o
Santos & Lucio Ltda. Não apresentou certidões

Saulo Cacique Ribeiro. Não apresentou certidões
Convite 032/2004 de 01/10/2004

Mecanon Supermercado Ltda. Certidão de Regularidade FGTS emitida após o
Santos & Lucio Ltda. Não apresentou certidões

Saulo Cacique Ribeiro Certidão de Regularidade FGTS emitida após o
Convite 032/2004 de 20/10/2004

Mecanon Supermercado Ltda. Certidão de Regularidade FGTS emitida após o
Santos & Lucio Ltda.

Saulo Cacique Ribeiro Certidão de Regularidade FGTS emitida após o
Os fatos indicam que os agentes públicos envolvidos na aquisição dos gêneros alimentícios e
materiais de limpeza não observaram a lei 8.666/93. Ao contrário, desde o estágio inicial, as cartas -
convite evidenciaram que houve simulação de competição, formalização do procedimento
licitatório após as datas pré-definidas no edital, indícios de conluio entre agentes públicos e
empresas fornecedoras.
Quanto ao convite 010/2005 constatou-se que:
No ofício n.º 25-A encaminhado ao Ilmo. Sr. Prefeito de Vereda, o Sr. Secretario de Educação e o
Sr. Secretário de Administração relatam que o custo estimado dos produtos alimentícios e Materiais
de Limpeza que serão adquiridos importam em um total de R$70.000,00 (setenta mil reais).
Quanto a este documento, houve ausência de comprovação, na fase interna da licitação, de que
houve cotação prévia dos produtos para poder respaldar a afirmação de que seriam gastos
aproximadamente R$70.000,00(setenta mil reais)
Observa-se ainda que o edital da carta convite 010/2005 dispõe que a licitação será do tipo: Menor
Preço por item.
Observa-se que o item 05.03 do edital 010/05 – “Do julgamento do envelope de Proposta
Comercial” revela:

“Após os exames das propostas, a COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO, fará o
julgamento e classificação das mesmas em função do preço cotado por item ou global, quando for o
caso, para o fornecimento do objeto licitado, classificando-se em primeiro lugar em cada item a
proposta formulada de acordo com as especificações dos Anexos, e que configure o menor preço
para cada item”. (Grifo nosso).
Quanto a este fato, não constam no processo licitatório as planilhas de preços dos produtos
discriminadas item a item pelos fornecedores, apesar de seus representantes afirmar terem
enviado.
Em declaração tomada por esta Controladoria Geral da União aos responsáveis pelas empresas
Valdívio Leles Ltda e Aliane Correa Santos Pires – ME, os mesmos afirmaram que membros da
prefeitura (Secretário de Administração e Educação) trouxeram documentação em que constavam
os preços globais de suas propostas para que eles assinassem. Portanto, ao contrário do que
preconizava o edital do convite 010/2005, o julgamento das propostas não foi realizado com base no
menor preço por item, mas pelo menor preço global. Como não existiam planilhas das propostas de
preços ofertadas pelos fornecedores não foi possível mensurar o possível prejuízo que a
Administração Municipal teve por ter adjudicado o objeto da licitação a um único fornecedor.
Evidências:
Processos Licitatórios, Consulta CNPJ, Contrato Social, Extrato de Pagamento Fornecedores.
“Processo Licitatório – Convite n.º 10/005.
Como ficou demonstrado, visando cumprir com a obrigação constitucional, esta municipalidade
buscou dar melhores condições de vida aos alunos matriculado nas escolas públicas, e para esta
finalidade procurou adquirir junto ao comércio os materiais constantes da Licitação de n.º 10/005,
na modalidade de convite. Para isto, meditante cotação de preços feita pelo Sr. Secretário de
Educação, foram estimadas as compras em R$70.000,00.
Aberto o processo licitatório através do Edital de n.º 10/2005, ficou ali estipulado, que as compras
seriam feitas mediante o tipo menor preço global, como prevê o Art. 45§ 1º, da Lei 8.666/93, com
as alterações posteriores, buscando-se a proposta mais vantajosa para administração.
Visto isto, o tipo adotado foi a de menor preço por item, tendo concorrido as empresas
mencionadas no referido processo, e como vencedora a empresa EDIGAR PEREIRA AVELAR”.
Análise da Equipe
Não houve manifestação acerca das constatações referentes aos convites 001, 032 e 038/04,
ocorridos na gestão do ex-prefeito de Vereda.
Quanto ao convite ocorrido na atual gestão, o prefeito alega que aberto a licitação n.º 10/05 as
compras seriam realizadas mediante o tipo menor preço global.
No que se refere a esta justificativa, observa-se que a mesma é conflitante com o edital de licitação.
Conforme demonstrado no ponto especifico deste relatório, de acordo com edital n.º 10/05, a
comissão de licitação deveria adotar o menor preço por item para realizar o julgamento das
propostas das empresas participantes. O que de fato não houve. A comissão de licitação, portanto,
não se vinculou ao instrumento convocatório do certame.
Além disso, não houve manifestação do atual gestor sobre a ausência, no processo licitatório, da
planilha contendo item a item a propostas de preços dos fornecedores Valdívio Leles Ltda e Aliane
Correa Santos Pires – ME.
Mantemos o ponto quanto as impropriedades apontadas no convite 010/05.
2.2) 29,65% dos Gêneros Alimentícios não foram entregues as escolas municipais de Vereda em
2005, apesar da ocorrência de pagamento de R$22.528,00 ao fornecedor.
Fatos:
Foram realizadas análises dos processos de pagamentos efetuados pela Prefeitura Municipal de
Vereda, no ano de 2005, referentes aos recursos do Programa Nacional da Alimentação Escolar.
Verificou-se que a Mercearia Avelar (CNPJ 13.803.457/0001-85) emitiu contra a prefeitura

municipal de Vereda três notas fiscais: n.sº 00411 e 00412 em 10.05.05 e n.º 00436 em 06.06.05,
nos valores de R$11.485,30, R$5.285,70 e R$5.757,00, respectivamente.
A Prefeitura Municipal de Vereda efetuou pagamentos mediante cheques n.sº 021 e 022, em
11/05/2005 e 10/06/2005, nos valores de R$17.271,00 e R$5.757,00, respectivamente.
Quanto ao desembolso ocorrido em 11/05/2005 com o cheque n.º 021 de R$17.271,00 cujo
pagamento se referiu as notas fiscais de R$ 11.485,30 e R$ 5.285,70, constatou –se um desembolso
a maior de R$500,00, sem qualquer fundamentação.
A auditoria revelou ainda que, apesar dos processos de pagamento terem sido formalmente
constituídos, a Prefeitura Municipal de Vereda efetuou pagamentos ao fornecedor Mercearia Avelar
sem que todos os gêneros alimentícios tivessem sido entregues à Secretaria de Educação.
Em declaração a esta Controladoria, em 06/06/2005 o responsável pela Mercearia Avelar revelou
estar devedor a Secretaria de Educação quanto aos seguintes itens abaixo discriminados.
Tabela 8: Gêneros Alimentícios não entregues

ITENS DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE Valor VALOR
Unit.
01 Biscoito de doce 74,400Kg 3,69 274,536
02 Biscoito de sal 142.500Kg 3,69 525,825
03 Chocolate 259Kg 3,89 1.007,51
04 Mortadela 64.400Kg 3,89 250,516
05 Milho p/ canjica 21.300Kg 4,29 91,377
06 Feijão 730.300Kg 4.95 3.614,98
07 Cebola 304.500Kg 1,38 420,21
08 Caldo de Galinha 76 cartelas 6,46 490,96
Montante de Produtos Não Entregue 6.675,614
Fonte: Declaração Fornecedor Mercearia Avelar
Observa-se que do montante de R$22.528,00 (Vinte e dois mil quinhentos e vinte e oito reais)
gastos de janeiro a junho de 2005 com recursos federais em gêneros alimentícios pela Prefeitura
Municipal de Vereda, R$6.675,614 ou 29,65% do total gasto em alimentos, não foram entregues à
Secretaria de Educação do município.
O prefeito Municipal não pode ordenar o pagamento a qualquer fornecedor sem a devida liquidação
da despesa (entrega dos produtos e/ou prestação de serviços), sob pena de não observar as leis
4.320/64 arts. 62 e 63 e 8.366/93, art. 65, inc II, alínea c., ou cometer improbidade administrativa.
Evidências:
Declaração do Fornecedor, Processos de Pagamento, Extrato Bancário, Notas fiscais.
“A empresa vencedora forneceu o material constante das Notas Fiscais de n.º 411, 412 e 436,
como já foi mencionado, à exceção, na ocasião da visita dos técnicos do valor de R$ 6.675,61, que
ficou depositada na referida empresa para atendimento às escolas Municipais do povoado de
Cruzeiro do Sul, que as retirariam junto à mesma, uma vez que a cidade de Itanhém se encontra
apenas 24 Km, daquele povoado, e a condução das mercadorias para a sede deste município, e,
posteriormente legá-las para Cruzeiro do Sul aumentaria um percursos de mais de 100 Km.
No entanto, todos os materiais constantes do referido saldo em favor do município, no valor de R$
6.675,61, já foram entregues às escolas, não havendo mais esta pendência.
Quando à diferença da importância de R$500,00 (quinhentos) paga a maior, à referida empresa,
deu-se em razão do total da NF 411, constar R$11985,30 e na soma dos itens ser de R$11.485,30,
que posteriormente foi observado. No entanto, o valor mencionado já foi restituído à conta de
origem, o que pode ser observado junto à rede bancária, para a conta - corrente de n.º 5122-5,
como faz prova a documentação em anexo”.
Análise da equipe
Pela documentação (comprovante de entrega do envelope de depósito de R$500,00) enviada pelo
gestor, não é possível afirmar que houve ressarcimento dos valores pagos indevidamente ao
fornecedor. Isso se deve ao fato de que o comprovante de entrega do envelope de depósito só tem
validade a partir da compensação dos valores na conta corrente do PNAE da prefeitura de Vereda.
Como os documentos enviados não demonstram o efetivo rédito em conta, não é possível afirmar
que houve a devolução e portanto, mantemos a constatação.
Além disso, o fato de supostamente os produtos terem sido entregues pelo fornecedor
MERCEARIA AVELAR após a fiscalização desta Controladoria, não exime o gestor de ser
responsável pela pagamento das despesas, sem que as mesmas estivessem sido efetivamente
liquidadas durante a fiscalização no município. Mantemos portanto, a constatação de pagamento por
parte da prefeitura sem que houvesse sido entregues os produtos às escolas do município.
2.3) Falhas no controle interno no Almoxarifado da Merenda escolar.
Fatos:
Em reunião entre a Controladoria Geral da União, o Secretário de Educação de Vereda, o
Coordenador da Merenda Escolar e a Diretora das escolas da zona rural do município, foi
constatada a ausência de registros das entradas dos produtos alimentícios no almoxarifado durante o
ano de 2005. Também não há decreto nomeando um funcionário como responsável pelo controle e
conferência dos produtos adquiridos, nem qualquer sistema informatizado de controle de estoque.
Estes fatos indicam que o controle interno de gerenciamento do Estoque dos Gêneros Alimentícios
não é confiável e não está adequado.
Evidências:
Ata de Reunião
“A recepção e distribuição da alimentação escolar é feita de acordo com as fichas constantes do
Departamento de Alimentação, com a supervisão dos membros do Conselho Local, sendo que em
momento algum houve qualquer prejuízo para a municipalidade. Todavia, estão sendo efetuadas
novas adequações conforme orientação dos técnicos dessa Controladoria”.
Análise da equipe

O gestor não demonstrou ter adotado medidas para sanar a constatação de ausência de controles
internos no almoxarifado do estoque da merenda escolar.
3 – Programa: Educação de Jovens e Adultos.

Ação: Apoio a Ampliação da Oferta de Vagas do Ensino Fundamental a Jovens e Adultos -
Fazendo Escola.
Objetivo da Ação de Governo: Ampliar a oferta de vagas na educação fundamental pública de
jovens e adultos e propiciar o atendimento educacional, com qualidade e aproveitamento aos alunos
matriculados, por meio de transferência, em caráter suplementar, de recursos financeiros em favor
de estados, DF e municípios.
Objeto Fiscalizado: Recursos financeiros descentralizados à Prefeitura Municipal para aplicação
no programa Fazendo Escola.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à prefeitura (Fundo a Fundo).
Montante de Recursos Financeiros: R$.21.000,00
Extensão dos Exames: Foram realizadas visitas em escolas que oferecem classes de ensino a
jovens e adultos, análise documental envolvendo a confrontação entre os processos de pagamento e
os extratos bancários e reunião com o Conselho do FUNDEF.
3.1) 29,87% dos Recursos do Programa de Jovens e Adultos desviados em 30/12/2004.
Fatos:
Foram realizadas análises dos processos de pagamentos relativos ao ano de 2004 do Programa de
Jovens e Adultos – PEJA no município de Vereda. O total de recursos federais transferidos ao
município totalizou R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais). Destes, R$6.274,44 (seis mil duzentos e
setenta e quatro reais e quarenta e quatro centavos), ou seja, 29,87% dos recursos, indicam desvio
de dinheiro público.
Em 30/12/2004, penúltimo dia de gestão do Ilmo Sr. Prefeito Francisco Silva Passos, houve saque
da conta corrente n.º 8889-7 cuja movimentação bancária refere-se aos recursos do PEJA. Os
documentos fiscais que respaldaram tal saque é da empresa Elia Pereira dos Santos – “Papelaria
Grafite” (CNPJ 73.576.381/0001-25) e continham a seguinte enumeração: n.ºs 00132 e 00133.
Segundo a nota fiscal n.º 00132, o município adquiriu 204 unidades de Kits escolar (lápis, borracha,
lápis de cor, apontador, caneta esferográfica e caderno brochura 96 fls), ao preço de
R$21,00/unidade (vinte e um reais), com total de 4.274,44, calculando –se o desconto de 5% . A
nota fiscal n.º0133 discriminava 100 Kits escolar ao preço unitário de R$21,00/unidade, totalizando
R$2.100,00 (dois mil e cem reais).
Ressalte-se que as duas notas fiscais foram emitidas em 30/12/2004, portanto, muito tempo depois
de terminado o ano letivo.
Em declaração a esta Controladoria Geral da União, a Ex - Secretária de Educação do período ora

descrito revelou que desconhece a existência da aquisição destes produtos. Revela ainda que se os
mesmos tivessem sido entregues a qualquer escola do município ela teria tido conhecimento, tendo
em vista que ela lida diariamente com os diretores das escolas.
Em visita à empresa, ficou demonstrado que não existia a assinatura do responsável pelo
recebimento dos supostos Kits escolares no canhoto da nota fiscal.
Em declaração a esta equipe de Fiscalização, o atual Secretário de Educação disse não ter
encontrado nenhum Kit escolar no estoque do almoxarifado da Secretaria de Educação ao tomar
posse no início do ano.
Tendo em vista a data de emissão das notas fiscais, o montante retirado da conta bancária do PEJA
(o saque praticamente zerou a conta corrente), a ausência de comprovação da entrega do material
pela empresa, a ausência de controles da entrada do produto em estoque na secretária de educação, a
declaração da Ex - secretária de educação do município de Vereda em 2004, bem como a
declaração do atual secretario de educação e de servidores da secretaria, há desvio de recursos
públicos federais do recursos transferidos ao programa de jovens e adultos no ano de 2004 no
município de Vereda.
Evidências:
Ata de Reunião, Processo de Pagamento, Prestação de Contas, Extrato Bancário, Ata de reunião
empresa fornecedora.
Não foram apresentados esclarecimentos sobre os fatos aqui apontados.
4 – Programa: Toda Criança na Escola

Ação: Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE
Objetivo da Ação de Governo: Prestar assistência financeira de caráter suplementar às escolas
públicas do Ensino Fundamental e às escolas de Ensino Especial mantidas por ONG’s, conforme
dados obtidos no Censo escolar do ano anterior ao da concessão do recurso.
Objeto Fiscalizado: Despesas efetuadas pela Prefeitura Municipal com recursos do programa.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Recursos financeiros descentralizados às
Prefeitura Municipal.
Montante de Recursos Financeiros Aplicados: R$ 4.940,30
Extensão dos exames: repasse unidade executora – prefeitura municipal Vereda.
4.1)Fraude a dispensa de Licitação e indícios de desvio de recursos no montante de R$5.256,00 do

Programa Dinheiro Direto na Escola
Fatos:
Foi analisado o processo de pagamento do Programa Dinheiro Direto na Escola no ano de 2004,
cujo responsável pela unidade executora é a Prefeitura Municipal de Vereda. O aporte de recursos
transferidos pela União em 2004 para a conta corrente n.º 5731-6 do PDDE foi de R$ 4.940,30,
sendo que ainda havia um saldo na conta de R$ 326,25.
No processo analisado continham três propostas de preços das empresas: Valmir Rodrigues Leite
(CNPJ 96.847.744/0001-15), empresa Daniela Souza Lima – Me (CNPJ 05.477.975/0001-29), e a
Papelaria Graffite (CNPJ 73.756.381/0001-25).
Cabe observar que a letra que preenche a “quantidade”, “valor unitário” e “preço” das três
propostas constante no processo de pagamento dos fornecedores acima citados indicam que são
provenientes de uma mesma pessoa.

Em circularização de fiscalização n.º 21-B, foi solicitado ao Sr. Valmir Rodrigues Leite, atual
Secretário de Administração da Prefeitura de Medeiros Neto, que confirmasse ou não sua
participação na cotação de preços para aquisição de produtos de material de consumo da Prefeitura
Municipal de Vereda.
Em resposta à circularização de fiscalização 21-B Valmir Rodrigues Leite afirmou que “a proposta
apresentada via fax, não foi feita por mim, bem como a assinatura constante em tal documento não
corresponde à minha”.
Através de resposta da circularização de fiscalização n.º 21-A/2005, a responsável pela empresa

Papelaria Graffite reconheceu como sendo sua a proposta de preços, bem como o carimbo e a
assinatura que constam do documento de cotação de preços.
Em circularização de Fiscalização n.º 21-E, foi solicitado que a responsável pela empresa Papelaria
Graffite justificasse porque a letra que preenche a proposta de preços reconhecida como sendo sua,
é a mesma que preenche a proposta de preços da empresa Daniela Souza Lima – ME. Solicitou-se
que a mesma explicasse qual é a relação existente entre a empresa Daniela Souza Lima – ME e a
Papelaria Grafite.
Em resposta, a responsável pela Papelaria Graffite revelou que “pela semelhança na grafia é
possível que, em algum momento, tenha auxiliado a Sra. Daniela Souza Lima no preenchimento de
algum Pedido de Cotação formulado pela Prefeitura Municipal de Vereda... e que à exceção do fato
da empresa Daniela Souza Lima – ME estar situada próxima da Papelaria Graffite e dos
proprietários serem conhecidos, nenhuma relação jurídica societária ou familiar, existe entre estas
empresas, que, aliás, são concorrentes”.
Isto significa que duas das cotações anexadas ao processo de pagamento, a saber, empresa Valmir
Rodrigues Leite e Daniela Souza Lima – ME foram fraudadas, de maneira a aparentar legalidade na
dispensa de licitação.
Em declaração a esta Controladoria Geral da União, a Ex-Secretária de Educação afirmou que não
tinha sequer conhecimento dos recursos do PDDE gerenciados pela unidade executora Prefeitura
Municipal de Vereda e que nunca tomou conhecimento, nem nunca recebeu os materiais
supostamente entregues pela Papelaria Grafite através das notas fiscais n.º 051 e 052 no valor total
de R$5.256,00(cinco mil duzentos e cinqüenta e seis reais).
Em visita à empresa supostamente fornecedora dos produtos ficou demonstrada a ausência de

comprovante de fornecimento dos materiais, bem como ausência da assinatura do responsável no
canhoto da nota fiscal pelo recebimento das mercadorias discriminadas na nota fiscal n.º 051e 052.
Evidências:
Ata de Reunião, Processo de Pagamento, Extrato Bancário, Ata de reunião empresa fornecedora,
Proposta de Preços da Dispensa de Licitação, Resposta a Circularização.
Não foram apresentados esclarecimentos sobre os fatos aqui apontados.
5 – Programa: Brasil Escolarizado

Ação: Censo Escolar da Educação Básica

Objetivo da Ação de Governo: Realizar anualmente em parceria com as Secretarias de Educação
dos Estados e do Distrito Federal, por escola, a coleta de informações estatístico-educacionais
referentes a matrículas e docência, para subsidiar o planejamento e a gestão da Educação nas esferas
governamentais, inclusive com impactos sobre a distribuição dos recursos orçamentários e proceder
levantamento detalhado das escolas e da população inscrita na educação pré-escolar e nos Ensinos
Fundamental e Médio no País.
Objeto Fiscalizado: Prestação de informações pelas escolas ao Censo Escolar realizado
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vereda/BA.
Qualificação do Instrumento de Transferência: não são transferidos recursos.
Montante de Recursos Financeiros: não se aplica.
Extensão dos Exames: Censo Escolar 2004 (freqüência e fichas de matrícula).
5.1) Divergência entre número de alunos da Educação Infantil com freqüência e informações
constantes no Censo Escolar
Fato(s):
As 02 (duas) escolas selecionadas tiveram quantidade de alunos com presença, em março de 2004,
inferior ao que consta do Censo e 1 (uma) escola com quantidade superior, conforme amostra
recebida. Foi constatado que nos Diários de Classe das Escolas Municipais Bernardino de Luna
Mota e Eujácio Simões os nomes dos alunos estavam registrados, entretanto os professores só
começaram a anotar as presenças dos mesmos a partir de abril/2004.
Segue um Quadro-Resumo desta constatação, baseada nos diários de classe analisados:
ESCOLAS DADOS DO DADOS DIFERENÇA FICHA DE

CENSO ENCON- VERIFICADA MATRÍCULA
TRADOS (Pelo menos Certidão Nascimento)
Escola Municipal
Bernardino de Luna 15 17 +02 99% NÃO POSSUEM
Mota
Escola Municipal
Eujácio Simões 37 30 -07 99% NÃO POSSUEM
Centro Educação
Infantil Joana D’Arc 68 64 -04 1% NÃO POSSUI
TOTAL GERAL 120 111 -09
Evidência:
Diários de classe das séries da educação infantil das três escolas;
Amostra do Censo Escolar de 2004.
O gestor municipal não se manifestou.
5.2) Divergência entre o número de alunos do Ensino Fundamental com freqüência e informações
constantes no Censo Escolar
Fato(s):
Quatro escolas selecionadas tiveram quantidade de alunos, com presença em março de 2004,
inferior ao que consta no Censo e 02 (duas) com quantidade superior, conforme a amostra recebida.
Foi constatado que nos Diários de Classe do Colégio Aurino da Silva Nonato apenas alguns alunos
estavam sem os registros da presença no mês de março/2004 e nas Escolas Municipais Bernardino
de Luna Mota, Eujácio Simões e Escola Municipal José Augusto de Carvalho, os nomes dos alunos
estavam registrados nos Diários de Classe, entretanto os professores só começaram a anotar as
presenças dos mesmos a partir de abril/2004.
Segue um Quadro-Resumo desta constatação, baseado nos diários de classe analisados:

Colégio Aurino da
Silva Nonato 245 251 +06 1% NÃO POSSUI
Escola Municipal
Bernardino de Luna 120 97 -23 99% NÃO POSSUEM
Mota
Escola Municipal
Eujácio Simões 119 112 -07 99% NÃO POSSUEM
Escola Municipal
Olavo Bilac 30 34 +04 NÃO EXISTEM PASTAS
Centro Educação
Infantil Joana D’Arc 101 95 -06 1% NÃO POSSUI
Escola Municipal José
Augusto de Carvalho 20 17 -03 NÃO EXISTEM PASTAS
Evidência:
Diários de classe das séries do ensino fundamental das seis escolas;
5.3) Divergência entre número de alunos de Educação de Jovens e Adultos-EJA com freqüência e
informações constantes no Censo Escolar
Fato(s):
A escola selecionada apresentou quantidade de alunos, com presença em março de 2004, inferior ao
que consta do Censo, conforme amostra recebida. Foi constatado que nos Diários de Classe da
Escola Municipal Bernardino de Luna Mota os nomes dos alunos estavam registrados, entretanto os
professores só começaram a anotar as presenças dos mesmos a partir de abril/2004.
Segue um Quadro-Resumo desta constatação, baseada no diário de classe analisado:


Escola Municipal
Bernardino de Luna 22 21 -01 99% NÃO POSSUEM
Mota
Evidência:
Diário de classe do curso presencial de educação de Jovens e Adultos-EJA da escola;

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Públicos
09/JUNHO/2005

Governo financiados com recursos federais foram examinadas no período de 27/06/2005 a
01/07/2005 as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Previdência Social:
Pagamento de Aposentadorias/Pagamento de Pensões;

Fiscalização do Recolhimento das Contribuições Previdenciárias.

1 – Programa: Previdência Social Básica

Ação: Pagamento de Aposentadorias/ Pagamento de Pensões
Objetivo da Ação de Governo: Garantir o reconhecimento dos direitos e a regularidade do
pagamento dos benefícios.
Objeto Fiscalizado: Relação de aposentados constantes de uma amostra que acompanha a OS.
Agente Executor Local: Não se aplica.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Não há instrumento de transferência.
Montante de Recursos Financeiros: Não se aplica.
Extensão dos Exames: Visita aos beneficiários constantes da amostra da CGU.
1.1) Beneficiários não localizados

Fato(s):
Visitamos os endereços dos 31(trinta e um) beneficiários constantes da amostra, dos quais não
foram encontrados 17 (dezessete). Indagando às pessoas mais antigas do bairro, fomos informados
que estes desconheciam os beneficiários não localizados.
Segue abaixo a relação dos beneficiários não encontrados:
1. Maria Soares da França,;
2. Altina Maria de Jesus;
3. Emilia Pereira Chaves;
4. Leonilia Maria da Costa;
5. Analia Maria de Brito;
6. Minervina Maria de Jesus;
7. Ermita Almeida de Souza;
8. Maria Senhora de Jesus;
9. Regina Maria de Jesus;
10. Ildete Pereira dos Santos;
11. Dionisia V. do Nascimento;
12. Antonia Maria dos Santos;
13. Clara Maria de Jesus;
14. Ana Rita de Souza Bandeira;
15. Maria dos Santos;
16. Leonidas R. de Oliveira.
Também fomos informados pelos moradores do bairro que a Sra. Braulina Soares Lobeu,
beneficiária presente na amostra da CGU, mudou-se para o município de Medeiros Neto, não sendo
localizada por nossa equipe.
Evidência:
Informações e constatações obtidas durante a visita domiciliar aos trinta e um beneficiários
constante da listagem encaminhada a esta CGU-BA.
2 – Programa: Previdência Social Básica

Ação: Pagamento de Aposentadorias/ Pagamento de Pensões (SISOBI).
Objetivo da Ação de Governo: Garantir o reconhecimento dos direitos e a regularidade do
pagamento dos benefícios.
Objeto Fiscalizado: Registro de óbitos constantes do Livro “C” do cartório e relação de
falecimentos encaminhada ao INSS.
Agente Executor Local: Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Vereda/BA.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Não há instrumento Transferência.
Montante dos Recursos Financeiros: Não há valores envolvidos.
Extensão dos exames: Conferência no livro C do cartório do Município de Prado dos óbitos do
Município de Vereda e informações sobre o envio destas informações ao INSS.
2.1) Inexistência de Cartório do Registro Civil no município de Vereda.

Fato(s):

Obtivemos informação junto à Prefeitura de que não havia cartório em Vereda e que, em virtude
disto, os óbitos do Município eram registrados no cartório do Município de Prado/BA. Analisando o
livro C deste cartório verificamos a existência de apenas 03(três) óbitos relativos a Vereda.
Através do Ofício n.º18/05 de 30 de junho de 2005, o Oficial de Registro Civil da Comarca de
Prado/BA, o Sr. Manoelito Gonçalves Marcial, informou que as informações dos óbitos ocorridos
no município de Vereda e registrados naquele cartório são enviadas via disquete, mensalmente, para
a agência do INSS de Itabuna/Ba. O oficial não apresentou comprovante de que vem enviando tais
informações.
Evidência:
Informações e constatações obtidas conforme Ofício n.º18/05 do Oficial do Registro Civil da
Comarca de Prado/BA.
3 – Programa/Ação: Auditoria fiscal das contribuições previdenciárias - Nacional

Objetivo da Ação de Governo: Aumentar a arrecadação da Previdência Social, mediante ação
eficaz de fiscalização e cobrança de créditos previdenciários
Objeto Fiscalizado: Faturas e notas fiscais emitidas por empresas contratadas pela Prefeitura,
envolvendo recursos federais..
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vereda/BA.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Não há instrumento Transferência.
Montante dos Recursos Financeiros: Não há valores envolvidos.
Extensão dos exames: Faturas e notas fiscais emitidas por empresas contratadas pela Prefeitura,
envolvendo recursos federais.
3.1) Prefeitura não faz a retenção nem recolhimento dos 11% da contribuição para a Seguridade
Social.
Fato(s):
Analisamos alguns contratos celebrados pela Prefeitura envolvendo recursos federais e
confirmamos que, em nenhum destes, houve o destaque na nota fiscal, retenção ou o recolhimento,
para o INSS, da contribuição de 11% do valor total dos serviços. Segue abaixo a relação das
empresas com os detalhes dos contratos:
1. Empresa: Pevan – Locações e Construções Ltda., CNPJ – 05.586.251/0001-13
Contrato n.º1357/2003, celebrado com o Município de Vereda
Objeto: Recuperação e encascalhamento de 05(cinco) quilômetros de estradas no trecho que
liga o povoado de Cruzeiro do Sul à divisa do município de Itanhém
Notas Fiscais:
N.º 019, em 27/01/2004, R$15.451,52
N.º 023, em 30/04/04, R$37.180,06
2. Empresa: Vértice Construtora Ltda., CNPJ – 03.406.963/0001-88

Objeto: Empreitada por preços unitários para Construção de 05 Unidades Habitacionais e
Melhorias Habitacionais em 03 residências no Município de Vereda
Notas Fiscais:
N.º 050, em 12/03/2002, R$21.266,00

N.º 054, em 03/04/2002, R$18.077,10
3. Empresa: Codesplan Consultoria e Projetos Especiais, CNPJ – 03.231.256/0001-06

Objeto: Construção de 74 unidades sanitárias domiciliares a ser construído nos Povoados de
Cruzeiro do Sul e São José de Vereda
Notas Fiscais:
N.º 0144, em 06/09/2001, R$35.789,47
N.º 0222, em 04/03/2002, R$51.875,91
N.º 0226, em 02/05/2002, R$20.884,09
N.º 0239, em 09/08/2002, R$7.126,28
N.º 0214, em 14/05/2003, R$18.124,39
N.º 0221, em 10/07/2003, R$15,384,60
4. Empresa: Construtora Sepam Ltda, CNPJ – 02.956.549/0001-80

Objeto: Construção de 22 unidades sanitárias domiciliares a ser construído no Povoado de
Massaranduba
Notas Fiscais:
N.º 02, em 09/08/2002, R$39.778,42
Tal inadimplência contraria as disposições do art. 195, inciso I, da Constituição Federal, assim
como a Lei n.º 8.212/91 e Instrução Normativa INSS/DC n.º 100, de 18 de dezembro de 2003.
Evidência(s):
Inexistência do destaque da contribuição para o INSS nas notas fiscais;
Não comprovação da retenção e recolhimento da contribuição previdenciária pela Prefeitura
Municipal de Vereda/BA.
3.2) Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária sobre o valor das faturas
pagas aos prestadores de serviços na área da saúde com recursos do PAB
Fatos:
Da análise dos pagamentos efetuados aos prestadores de serviços da área da saúde – médicos – no
período de janeiro/04 a maio/05, foi constatado que não houve o desconto da contribuição
previdenciária incidente sobre o valor das faturas emitidas por estes profissionais, bem como
recolhimento da parcela relativa a parte patronal, em desacordo, portanto, com as disposições da Lei
n.º 8.212/91 e com a Instrução Normativa INSS/DC n.º 100, de 18 de dezembro de 2003.
Evidência(s):
Processos de pagamentos.

3.3) Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária, tanto do empregados
quanto do empregado, incidente sobre as folhas de pagamento dos Agentes Comunitários de Saúde
– PACS e dos Agentes da Epidemiologia - ECD
Fatos:
Da análise dos processos para pagamento das despesas com as folhas mensais dos Agentes da Saúde
foi constatado que a Prefeitura não vem descontando a contribuição previdenciária relativa ao
empregado, tampouco recolhendo a parcela incidente sobre a folha de pagamento, relativa a parte
patronal.
Tal inadimplência contraria frontalmente as disposições do art. 195, inciso I, da Constituição
Federal, assim como a Lei n.º 8.212/91 e Instrução Normativa INSS/DC n.º 100, de 18 de dezembro
de 2003.
Evidência(s):
3.4) Sonegação à Previdência Social – Ausência de recolhimento das contribuições sobre a folha
de pagamento dos funcionários
Fatos:
Foram verificadas as folhas de pagamentos da Prefeitura Municipal de Vereda dos meses de janeiro
de 2004 a Junho de 2005, bem como a GFIP, deste mesmo período. A ação de controle teve como
objetivo verificar o pagamento das contribuições sociais devidas, incidentes sobre a folha de
pagamento, bem como o recolhimento das retenções dos contracheques dos funcionários.
Da análise constatou-se que o setor de pessoal da Prefeitura somente informou ao Instituto Nacional
de Seguridade Social – INSS, por meio de GFIP, parte dos trabalhadores que efetivamente foram
remunerados nestes respectivos meses e que constaram nas folhas de pagamentos da Prefeitura.
De Janeiro de 2004 a Junho de 2005, não houve informação de 32 funcionários (média) que
constavam na folha de pagamento da prefeitura.
Como resultado tem-se que muitos destes servidores, apesar de terem sua contribuição social retida
na folha de pagamentos, não constam com histórico de recolhimento para com o INSS.
Vale notar que a legislação previdenciária imputa pena ao gestor que retém contribuição de
seguridade social e não recolhe o valor devido ao INSS ou não efetua o pagamento dos encargos
patronais incidente sobre a folha de pagamentos.
O quadro abaixo evidencia a diferença encontrada entre o quantitativo de trabalhadores com
remuneração pela prefeitura nos meses de JAN/04 a JUN/05 e a quantidade de funcionários
informada na GFIP, bem como o montante sonegado a previdência social.
Tabela 4: Sonegação Previdência Social

(1) (2) (3)= (1)-(2) Valores a Recolher
Quantidade Quantidade Sonegação Previdência Valores Valores
Meses Funcionários Folha Funcionários de Informação De acordo com a Folha de Informados Recolhidos
Pagamento (Conta FPM)
de Pagto. prefeitura Informados na GFIP a Previdência (Encargos da Prefeitura + GFIP
Retenção dos Funcionários)
jan/04 255 241 14 22.632,47 21.072,16 22.531,05
fev/04 266 251 15 24.025,14 22.247,22 21.582,16
mar/04 272 255 17 24.518,03 22.800,75 22.757,22
abr/04 268 252 16 25.174,03 23.517,15 23.310,75
mai/04 273 258 15 24.320,36 21.928,20 24.027,18
jun/04 279 266 13 25.070,18 22.821,73 22.432,20
jul/04 281 252 29 24.937,21 21.763,60 23.331,93
ago/04 N/D 244 N/D 20.750,72 20.750,72 22.273,60
set/04 268 249 N/D 24.139,39 24.139,39 22.273,60
out/04 260 242 18 22.497,79 20.143,37 22.273,60
nov/04 254 241 13 22.543,03 20.388,10 22.273,60
dez/04 258 253 5 22.608,12 26.319,70 22.273,60
jan/05 246 225 21 20.919,87 16.552,96 22.273,60
fev/05 267 223 44 24.148,76 15.691,85 22.273,60
mar/05 278 216 62 25.667,30 15.323,60 22.273,60
abr/05 291 215 76 27.918,02 16.046,57 22.273,60
mai/05 291 213 78 30.729,05 18.558,61 22.273,60
jun/05 291 209 82 36.680,27 22.603,26 22.273,60
Fonte: Folha de Pagamento X GFIP (jan/04 a jun/05) (a) (b) (c )
Total 449.279,74 372.668,94 404.982,09
76.610,80 44.297,65
(a-b) (a-c)
Com base na tabela acima, ficou constatado que os valores totais a recolher sobre a folha de
pagamento foram na ordem de (a) - R$449.279,74. Os valores informados na GFIP pelo Setor de
Pessoal foram de (b) - R$372.668,94. Houve, portanto, sonegação de informações e valores na
GFIP da ordem de (a-b) R$ 76.610,80.
Em relação ao recolhimento da Prefeitura, o INSS efetuou retenção na conta corrente do Fundo de
Participação do Município – FPM no montante de (c) - R$404.982,09, no período analisado.
Confrontando os valores a recolher sobre a folha de pagamento - (a) com os valores retidos pelo
INSS da conta do FPM - (c) houve recolhimento a menor no valor de R$44.297,65 (quarenta e
quatro mil duzentos e noventa e sete reais e sessenta e cinco centavos) em valores históricos.
Evidências: Resumo da folha de pagamento 2004 a Jun/2005, Gefip do mesmo período, Valores
debitados da conta 58.023-6 Fundef, Valores Debitados pelo INSS na conta FPM.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Públicos
09/JUNHO/2005
Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo

financiados com recursos federais foram examinadas no período de 27/06/2005 a 01/07/2005 as
seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Saúde:
Atendimento assistencial básico nos municípios brasileiros com os

recursos da parte fixa do Piso de Atenção Básica – PAB;
Incentivo financeiro a municípios habilitados a parte variável do Piso de
Atenção Básica – PAB para a Saúde da Família;
Incentivo financeiro a municípios habilitados a parte variável do Piso de
Atenção Básica - PAB para Assistência Farmacêutica Básica.
Incentivo financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios
certificados para a epidemiologia e controle de doenças.

Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar os Partidos
1 – Programa: PAB - FIXO

Ação: Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros.
Objetivo da Ação de Governo: Ampliar o acesso da população rural e urbana à atenção básica, por
meio da transferência de recursos federais, com base em um valor per capita, para a prestação da
assistência básica, de caráter individual ou coletivo, para a prevenção de agravos, tratamento e
reabilitação, levando em consideração as disparidades regionais.

Objeto Fiscalizado: Documentação comprobatória das despesas financiadas pelo PAB - parte fixa,
a pertinência e a efetividade dos serviços de saúde oferecidos à população, as contratações
efetuadas pela Prefeitura para os serviços de atenção básica e a efetividade do controle social sobre
os recursos do PAB.
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vereda/Ba.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Repasse direto à Prefeitura, por meio de
transferências fundo a fundo.
Montante de Recursos Financeiros: R$107.796,00 (cento e sete mil e setecentos e noventa e seis
reais) correspondente ao repasse efetivado pelo Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de
Saúde, no período de janeiro/2004 a abril/2005.
Extensão dos Exames: os exames tiveram como escopo a análise documental dos processos de
pagamento e de contratação, a verificação in loco da prestação dos serviços de saúde e a entrevista
com o Conselho Municipal de Saúde, com vistas a aferir a regularidade da aplicação dos recursos
do PAB – parte fixa – no período de janeiro/2004 a abril/2005.
1.1) Atuação deficiente do Conselho de Saúde
Fato(s):
A Administração Municipal tem tentado influenciar politicamente o Conselho Municipal de Saúde.
O Conselho deve ser mais técnico e deve tentar evitar a influência política em suas decisões e
análises. As denúncias recebidas devem ser apuradas com isenção e imparcialidade, para que se
possa identificar a realidade dos fatos.
A atuação do conselho da saúde quanto à analise e aprovação das contas tem sido insuficiente e
inadequada. Relatam os conselheiros que recebem para observação apenas as relações de
pagamentos do período, e que não lhe são apresentados os processos de pagamento, documentação
essencial à formação de juízo a respeito da adequação dos gastos.
Evidências:
Entrevistas com conselheiros da saúde.
1.2) Nomeação pelo Prefeito dos membros do Conselho da Saúde contraria legislação
Fato(s):
O membros do conselho de saúde devem ser escolhidos pela categoria que representam e não pelo
Prefeito. Os representantes dos trabalhadores da saúde e os representantes dos usuários, de acordo
com a legislação federal, devem ser eleitos pelos membros do grupo respectivo, em seguida deve
ser encaminhada a indicação ao Prefeito que o nomeará. A legislação do município de Vereda
corrobora este entendimento, o Art. 4º, II, da Lei 52/97, reforça a obrigatoriedade dessa sistemática.
Evidências:
Entrevistas com conselheiros e agentes da saúde.

1.3) Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária sobre o valor das faturas
pagas aos prestadores de serviços
Fatos:
Da análise dos pagamentos efetuados aos prestadores de serviços da área da saúde – médicos – no
período de janeiro/04 a maio/05, foi constatado que não houve o desconto da contribuição
previdenciária incidente sobre o valor das faturas emitidas por estes profissionais, bem como
recolhimento da parcela relativa a parte patronal, em desacordo, portanto, com as disposições da Lei
n.º 8.212/91 e com a Instrução Normativa INSS/DC n.º 100, de 18 de dezembro de 2003.
Evidência:
1.4) Restrição à competitividade em licitação e compra de medicamentos por preço superior ao

apresentado na proposta vencedora
Fato(s):
A Carta Convite n.º 5/2005 que tem por objeto a “aquisição de diversos medicamentos e produtos
farmacêuticos para serem utilizados no atendimento básico de saúde” foi homologada tendo sido
apresentada e analisada apenas uma proposta.
Ocorre que a licitação na modalidade convite só se compatibiliza com a Lei 8.666/93 quanto conta
com, no mínimo, três propostas válidas. O Tribunal de Contas da União tem reiteradamente
decidido neste sentido, inclusive determinando sejam repetidas as licitações em que não forem
obtidas pela Administração 3 propostas válidas, exemplificativamente referimos o Acórdãos TCU
n.º 217/96 (Primeira Câmara).
Na Carta Convite n.º 5 foram convidadas 3 empresas sendo que uma não se apresentou e outra foi
desabilitada. A Administração Municipal não agiu corretamente ao dar continuidade ao processo
licitatório em que evidentemente não estava instalada a competitividade na medida em que apenas
uma empresa foi habilitada e só uma proposta foi analisada. O objeto não foi adjudicado pelo
critério da melhor proposta, mas sim pela ausência de outras propostas. Irregular, portanto, a
contratação realizada a partir de licitação que só contou com uma proposta válida.
Não bastasse a restrição à competitividade acima referida, verificou-se que os medicamentos

adquiridos em razão deste certame licitatório foram comprados com valores superiores aos da
proposta ganhadora da licitação.
No Processo de Pagamento n.º 368/2005 realizado em decorrência da Carta Convite 05/2005 foram
comprados comprimidos de amoxilina e de nifedipina com preços superiores aos apresentados na
proposta vencedora da Fernandes e Mota LTDA, CNPJ n.º 05.596.535/0001-90.
O preço do comprimido de amoxilina comprado na Farmácia Fernandes e Mota LTDA em

30/03/2005 foi de R$0,76 (setenta e seis centavos) e o valor apresentado, na proposta ganhadora da
licitação, pela mesma farmácia foi de R$ 0,55. A Administração Municipal comprou este
medicamento por preço 40% superior ao valor contratado.
O preço do comprimido de nifedipina comprado na Farmácia Fernandes e Mota LTDA em
30/03/2005 foi de R$0,36 (trinta e seis centavos) e o valor apresentado, na proposta ganhadora da
licitação, pela mesma farmácia foi de R$ 0,043. A Administração Municipal comprou este
medicamento por preço 8 vezes maior que o valor contratado.
Já no processo de pagamento 222/2005 além de medicamentos comprados a preços superiores aos

contratados, há itens comprados em desacordo com as especificações definidas na licitação.
O preço da ampola de lintomicina licitado foi R$ 2,25, o preço de compra foi de R$ 3,25, um real a
mais por ampola. A dimeticona de 75 mg foi licitada em 3,05 e comprada a 3,09. O esparadrapo
cotado era de 15 x 4,5 e o comprado pelo mesmo valor era de 10 x 4,5, há pois uma diferença de
quantidade para menos.
Tabela de gastos excedentes por tipo de medicamento

Medicamento Diferença a maior
Amoxilina R$ 42,00
Nifedipina R$ 31,70
Lintomicina 600mg R$ 50,00
Dimeticona de 75 mg R$ 3,20
Esparadrapo R$ 52,33
Total da diferença verificada nas compras realizadas R$ 179,23
Evidências:
Processos de pagamento, Carta Convite n. 5 e ofício 81/2005.
“O procedimento licitatório de nº 5/2005 foi realizado dentro dos princípios previstos na Lei
8.666/93, de acordo consta no referido processo, em que a vencedora a empresa FARMÁCIA
FERNANDES E MOTA LTDA., que forneceu todos os materiais objetos da mesma, como foi
demonstrado para os senhores auditores. Acontece, que por um lapso quando da emissão das
Notas Fiscais constantes do Processo de Pagamento de nº 368/05, ali constou-se alguns itens com
preço superior ao cotado, todavia, a diferença em apreço, já foi restituída para a conta-corrente de
nº 58040-6, no valor de R$ 179,23 (cento e setenta e nove reais e vinte e três centavos)”.
Análise da equipe:
O Gestor reconheceu os pagamentos superiores aos valores apresentados na proposta vencedora e
efetuou a devolução devida. Entretanto, não foram apresentados esclarecimentos quanto às
irregularidades apresentadas na realização do processo licitatório.
1.5) Inadequação dos contratos firmados com prestadores de serviço
Fato(s):
Administração Municipal firma contratos genéricos e imprecisos com prestadores de serviço
(médicos), impedindo a verificação da real prestação (quantidade e espécie do serviço) e a avaliação
da compatibilidade preço/quantidade de horas. Os contratos firmados devem ser o mais específicos

possível, devem estabelecer a jornada de trabalho e as atividades a serem desenvolvidas, afim de
possibilitar o controle pelo tomador (Administração Municipal) e pelos órgãos de controle.
Evidências:
Processos de pagamento e contratos.
1.6) Fracionamento de despesas com o objetivo de não realizar processo licitatório
Fatos:
Conforme abaixo demonstrado, as compras de medicamentos e produtos médicos realizadas
totalizaram R$ 25.331,88 no exercício de 2004.
Empresa Números dos Processos de Pagamento Valor pago (R$)

Distribuidora Filhote 2134 e 1930 11.148,60
Odonto Talita 39, 128 e 351 1.737,60
Drogaria Paraná 1917, 2298, 1412, 621, 963 e 71 12.445,68
Total 25.331,88
Período de janeiro a dezembro de 2004.
O valor contratado é superior aos R$ 8.000,00 estabelecidos pela Lei n.º 8.666/93 como limite
máximo à contratação via dispensa de licitação. Nesta hipótese deveria ter ocorrido um processo
licitatório em momento anterior à realização das compras, conforme estabelece o art. 37, inciso
XXI, da Constituição Federal.
As contratações foram fracionadas a fim de não atingirem o valor mínimo estabelecido para a
realização do processo licitatório, instrumento propiciador da publicidade, competitividade e
economicidade.
O Tribunal de Contas da União em seus acórdãos tem expedido determinações no sentido de que o
planejamento deve contemplar o período de um exercício e a partir dele deve ser escolhida a
modalidade de licitação.
ACÓRDÃO 1617/2003 - PLENÁRIO

“Planeje as compras para todo o exercício, de sorte a evitar o
fracionamento de despesas, com a fuga da apropriada modalidade de
licitação ou com a indevida dispensa, dando fiel cumprimento ao art. 23 da
Lei de Licitações e Contratos Administrativos;”
Evidências:
Processos de pagamento.

1.7) Desvio de Finalidade na utilização de recursos do Programa
Fatos:
Os recursos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde para promover as ações de Atenção
Básica da Saúde da População foram utilizados indevidamente, em desacordo com a Portaria do
Ministério da Saúde n° 3.925 de 13.11.1998. A legislação do PAB veda o pagamento de
procedimentos hospitalares com os recursos do Programa. O montante repassado deve ser destinado
a ações de saúde preventivas e de baixa complexidade. A aquisição de sistema de informática
destinado a uso hospitalar e não deve, pois, ser custeada com recursos do PAB.
Demonstrativo de despesas realizadas indevidamente com recursos do PAB:

Beneficiário N.º Processo de Pagamento Valor (R$)
Serviço de Processamento de Dados Ltda. 437 408,56
Total 1.231,78
Evidências:
2 – Programa: Saúde da Família

Ação: Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica –
PAB para a Saúde da Família.
Objetivo da Ação de Governo: Estimular a implantação de equipes de saúde da família, de agentes
comunitários de saúde e de equipes de saúde bucal nos municípios, visando à reorientação das
práticas assistenciais básicas, com ênfase nas ações de prevenção de doenças e na promoção da
saúde.
Objeto Fiscalizado: Atuação dos Agentes Comunitários de Saúde no Município e a documentação
comprobatória das despesas incorridas com o funcionamento e manutenção desse Programa.
Montante de Recursos Financeiros: Foram transferidos, no período de janeiro/2004 a maio/2005,
o montante de R$ 62.060,00 (sessenta e dois mil e sessenta reais) para o Programa Agente
Comunitário de Saúde, sendo R$ 43.860,00 (quarenta e três mil e oitocentos e sessenta reais) em
2004 e R$18.200,00 (dezoito mil e duzentos reais) em 2005.
Extensão dos exames: Os exames tiveram como escopo a análise documental dos processos de
pagamento e de contratação, a verificação in loco da prestação dos serviços de saúde, assim como a
realização de entrevistas com o Conselho Municipal de Saúde, com a população e com os
integrantes do Programa Agente Comunitário de Saúde.
2.1) Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária, tanto do empregador

quanto do empregado, incidente sobre as folhas de pagamento dos Agentes Comunitários de Saúde
– PACS
Fatos:
Da análise dos processos para pagamento das despesas com as folhas mensais dos Agentes
Comunitários foi constatado que a Prefeitura não vem descontando a contribuição previdenciária
relativa ao empregado, tampouco recolhendo a parcela incidente sobre a folha de pagamento, relativa
a parte patronal.
de 2003.
Evidência:
“Devido ao baixo valor repassado para esta municipalidade pelo programa que era transferido
totalmente aos Agentes Comunitários, de fato, não vinha sendo descontado o INSS destes, quando
então geraria encargos para a municipalidade ao recolher a parte da empresa, cujo pessoal é
vinculado à União.
No entanto, estamos verificando a possibilidade de recursos do tesouro municipal para cobrir estas
despesas, levando-se em conta que deve ser aberto crédito especial neste sentido”.
Análise da equipe:
O Gestor reconheceu as irregularidades apresentadas. Desta forma, permanecem os fatos apontados.
2.2) Inadequação dos equipamentos postos a disposição dos Agentes de Saúde para realização de
suas atividades
Fato:
Os agentes comunitários de saúde do município de Vereda não possuem os equipamentos
necessários ao desempenho satisfatório de suas atividades, não dispõem de veículos para o caso de
terem dificuldade especial de acesso, não possuem termômetros, apenas alguns deles possuem fita
métrica, não dispõem de lápis/canetas para anotações e registros, não lhes são fornecidas fardas,
nem sacolas para guarda e transporte da balança e material necessário.
Os agentes de saúde do Município de Vereda estão, pois, desenvolvendo suas atividades de forma
precária, por lhes faltar instrumentos essenciais à verificação da saúde e bem-estar da população.
Evidências:
Depoimentos dos agentes de saúde em reunião realizada pela equipe da CGU.

2.3) Atuação insuficiente do Enfermeiro Responsável/PACS
Fato(s):
A Prefeitura tem orientado de forma inadequada o enfermeiro responsável pelo PACS. O
enfermeiro do PACS não tem desempenhado suas funções a contento. Não são realizadas reuniões
periódicas com os agentes de saúde para orientação, capacitação e discussão. Não há momentos
para orientações a respeito das dúvidas e dificuldades enfrentadas pelos agentes.
O enfermeiro responsável apenas tem recolhido os relatórios de atividades mês a mês, todavia, o
seu papel no programa pressupõe orientação, envolvimento e colaboração no trabalho desenvolvido
pelos agentes. É necessário que essas atividades próprias do enfermeiro responsável/PACS sejam
realizadas, sob pena de não se atingir os objetivos prioritários do programa.
Evidências:
Entrevistas com agentes de saúde.
2.4) Inadequação no pagamento aos Agentes de Saúde
Fato(s):
O pagamento dos salários dos agentes comunitários de saúde vem sendo feito de forma inadequada.
A administração municipal repassa o salário de todos os agentes, a apenas uma das agentes e esta
moça fica encarregada de repassar o salário aos demais colegas. Entrevistados os agentes, estes
afirmaram que têm recebido normalmente os salários. Este método de pagamento, todavia, envolve
um risco e dificulta a verificação do efetivo pagamento, devendo ser evitado.
Ressalte-se ainda que, embora não tenha sido possível identificar desvio quanto à verdadeira
destinação desses recursos, essa forma de pagamento não preserva a característica nominativa do
credor no momento da saída dos recursos da conta bancária vinculado ao programa.
Portanto, essa prática deve ser evitada pela Administração Municipal, instituindo-se o pagamento
por cheque nominativo ou em conta-salário, de modo a eliminar todas essas inconsistências e
permitir a individualização dos pagamentos a cada credor.
Evidências:
2.5) Agentes Comunitários de Saúde atuando sem contrato de trabalho
Fatos:
O item 7.6 da Portaria MS n.º 1.886/97 dispõe que cabe ao Município a contratação e remuneração
dos ACS e dos enfermeiros instrutores-supervisores. No mesmo sentido, o art. 4º da Lei n.º
10.507/2002, que cria a Profissão de Agente Comunitário de Saúde, enuncia que o ACS prestará os
seus serviços ao gestor local do Sistema Único de Saúde – SUS. Todavia, não há, no município de

Vereda, lei ou contrato que defina os direitos e deveres dos ACSs e que os vincule à Administração
Municipal.
Tal situação, aliada ao fato de que não vêm sendo efetivado o desconto e recolhimento da
contribuição previdenciária, tanto do empregado quanto do empregador, revela uma total
precariedade na relação trabalhista firmada com os Agentes Comunitários o que, além de contrariar
as disposições da legislação trabalhista, causa uma inegável instabilidade e insegurança aos agentes
contratados, assim como não permite a definição clara e materializada dos direitos e deveres das
partes, o que, em última análise, poderá originar uma série de demandas judiciais, comprometendo a
gestão e a própria execução do programa.
Evidência:
Depoimentos dos agentes em reunião realizada com a CGU.
3 – Programa: Farmácia Básica

Ação: Incentivo financeiro a municípios habilitados a parte variável do Piso de Atenção Básica -
PAB para Assistência Farmacêutica Básica.
Objetivo da Ação de Governo: Ampliação do acesso da população aos medicamentos básicos e à
assistência farmacêutica.
Objeto Fiscalizado: Aquisição e distribuição de medicamentos básicos, assim como o
cumprimento do quanto pactuado no Termo de Adesão ao Plano Estadual de Assistência
Farmacêutica Básica.
Montante de Recursos Financeiros: Foram transferidos, no período de janeiro/2004 a maio/2005,
o montante de R$ 19.163,70 (dezenove mil, cento e sessenta e três reais e setenta centavos), sendo
R$ 7.142,04 (sete mil, cento e quarenta e dois reais e quatro centavos) em 2004 e R$ 2.975,85 (dois
mil novecentos e setenta e cinco reais e oitenta e cinco centavos) no período de janeiro a maio de
2005.
3.1) Não apresentação das Relações de Medicamentos enviados pela Secretaria Estadual de Saúde
no exercício de 2004
Fato(s):
Através da Solicitação de Fiscalização n.º 02/2005, foi requerido do gestor municipal a
apresentação das Relações de Medicamentos enviados pela Secretaria Estadual de Saúde no
exercício de 2004.
A Prefeitura, entretanto, não apresentou os documentos solicitados. Em resposta, através do ofício

34/2005, o Secretário da Saúde informou que a impossibilidade de atendimento dessa solicitação
deve-se ao fato de ter ocorrido mudança na gestão.
Ocorre, todavia, que o Secretário de Saúde atual é o mesmo da gestão anterior, o que fragiliza o
argumento. Ademais não houve comprovação da tomada de nenhuma medida judicial com a
finalidade de recuperar os documentos do município que foram dados como desaparecidos.
Evidências:
Ofício 34/2005.
3.2) Falta de controle da distribuição e do estoque de medicamentos
Fato(s):
A distribuição de medicamentos é realizada de forma imprópria. Não é colhida a assinatura do
recebedor, requisito essencial à confirmação da efetiva entrega do medicamento.
De acordo com a visita realizada na Farmácia Básica, ficou constatado que não existe controle de
estoque dos medicamentos, não há registro das entradas e os responsáveis não têm informação
alguma a respeito do número de medicamentos em estoque, pois só registram as saídas.
Tal fato, prejudicou a aferição da veracidade dos saldos existentes, bem como a confirmação do
recebimento das compras realizadas pela Prefeitura no período sob exame.
Da vistoria ao local onde os medicamentos são armazenados, foi constatada a ausência de controle
térmico, o que pode danificar os medicamentos, além de contrariar o item 5.4, letra “m”, da Portaria
GM/MS n.º 3916, de 30 de outubro de 1998. Além da falta de termômetro para medir a temperatura
ambiente, não há sistema de ventilação que garanta um máximo de 25ºC, caso a temperatura
ambiente ultrapasse esse limite.
Evidências:
Visita “in loco” à farmácia básica.
3.3) Falta de medicamentos básicos
Fato:
A equipe de Auditoria verificou que na Farmácia Básica do Município ocorre falta de
medicamentos básicos. Quando isto ocorre os pacientes não recebem todos os medicamentos
básicos prescritos. Na visita “in loco” verificou-se a falta de penicilina.
Evidências:
Observação “in loco” na Farmácia Básica.

4- Programa: Incentivo Financeiro a Municípios Certificados para a Epidemiologia e Controle de
Doenças
Ação: Doenças Transmitidas por Vetores
Objetivo da Ação de Governo: Reduzir a mortalidade por doenças transmitidas por vetores
Objeto Fiscalizado: execução das ações de erradicação do aedes aegypti no município
Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vereda - BA
Qualificação do Instrumento de Transferência: repasse direto à Prefeitura (Fundo a Fundo)
Montante de Recursos Financeiros: R$ 30.279,54 (trinta mil duzentos e setenta e nove reais e
cinqüenta e quatro centavos).
Extensão dos Exames: recursos referentes ao TFECD – Teto Financeiro de Epidemiologia e
Controle de Doenças repassados ao município, no período de janeiro/2004 a maio/2005.
4.1) Administração Municipal não fornece equipamentos de proteção individual
Fato(s):
A Prefeitura Municipal de Vereda não oferece equipamentos de proteção individual aos agentes da
epidemiologia, expondo-os à contaminação. As ações de vigilância em saúde exigem especial
cuidado e uso de EPI, para que seja preservada a saúde do pessoal contratado.
Evidências:
Entrevista com agentes da epidemiologia.
4.2) Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária, tanto do empregador

quanto do empregado, incidente sobre as folhas de pagamento dos Agentes da Epidemiologia -
ECD
Fatos:
Da análise dos processos para pagamento das despesas com as folhas mensais dos Agentes da
Epidemiologia foi constatado que a Prefeitura não vem descontando a contribuição previdenciária
relativa ao empregado, tampouco recolhendo a parcela incidente sobre a folha de pagamento, relativa
a parte patronal.
de 2003.
Evidência:

4.3) Não entrega de documentos referentes à Epidemiologia e Controle de Doenças
Fato(s):
Através da Solicitação de Fiscalização n.º 02/2005, foi requerido do gestor municipal a
apresentação a) Programação Pactuada Integrada para o exercício de 2004, b) Certificação para a
gestão da epidemiologia e controle de doenças, c) Relação dos treinamentos/capacitações no ano de
2004 envolvendo o pessoal vinculado ao ECD e d) Relações dos materiais e produtos recebidos da
SVS e SES.
A Prefeitura, entretanto, não apresentou os documentos solicitados. Em resposta, através do ofício

34/2005, o Secretário da Saúde informou que a impossibilidade de atendimento dessa solicitação
deve-se ao fato de os documentos não terem sido repassados pela gestão anterior e não se
encontrarem na secretaria.
Ocorre, todavia, que o Secretário de Saúde atual é o mesmo da gestão anterior, o que fragiliza o
argumento. Ademais, não houve comprovação da tomada de nenhuma medida judicial com a
finalidade de recuperar os documentos do município que foram dados como desaparecidos.
Evidências:
Ofício 34/2005.

MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES

Públicos
09/JUNHO/2005

Governo financiados com recursos federais e também Programas cujos serviços são prestados em
regime de concessão, autorização ou permissão, foram examinadas, no período de 27/06 a
01/07/2005, as seguintes ações sob responsabilidade e supervisão do Ministério das
Comunicações:
Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações - Nacional

Fiscalização da Universalização dos Serviços de Telecomunicações

Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla,
constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais,
regulamentares e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução.
1. Constatações da Fiscalização
Programa: Oferta de Serviço de Telecomunicações.

Ação: Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações.
Objetivo da Ação de Governo: Garantir a qualidade na prestação dos Serviços de Telefonia fixa
comutada.
Objeto Fiscalizado: Existência de atendimento pessoal ao usuário
Agente Executor Local: TELEMAR – Concessionária de Serviço Telefônico Fixo Comutado na
Região do Plano Geral de Outorga na qual se insere o município.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica
Montante de Recursos Financeiros Aplicados: Não se Aplica
Extensão dos Exames: Modalidade de atendimento pessoal aos usuários.
1.1– Inexistência de Postos de Atendimento Pessoal a Usuários

Fato(s):
Constatamos a inexistência de postos de atendimento pessoal a usuários em todo o município de
Vereda – Ba. A informação de que todos os serviços são solicitados através da central de
atendimento telefônico – 104 nos foi dada pela Prefeitura Municipal de Vereda, assim como por
entrevistas com alguns munícipes.
Evidência:
O fato foi evidenciado através de informações obtidas na prefeitura de Vereda.
2 – Programa: Universalização dos serviços de telecomunicações

Ação: Fiscalização da Universalização dos Serviços de Telecomunicações
Objetivo da Ação de Governo: Universalizar o acesso ao Serviço Telefônico Fixo Comutado.
Objeto Fiscalizado: Plano Geral de Metas de Universalização – PGMU. Atendimento a solicitação
de instalação de telefones (individuais e coletivos) em instituições de ensino e de saúde.
Agente Executor Local: TELEMAR - Concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado na
Região do Plano Geral de Outorga na qual se insere o município.
Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica
Montante de Recursos Financeiros Aplicados: Não se Aplica
Extensão dos Exames: Testes realizados em telefones públicos.
2.1) Inexistência de serviços telefônicos de chamadas de emergência.
Fatos:
Os telefones testados no Município de Vereda não permitem acesso dos usuários aos serviços de
emergência. Nos aparelhos telefônicos públicos (orelhões) constam dois números para chamadas de
emergência: 190, para acesso à polícia, e 192, para chamar pronto-socorro. No entanto, ao discar
esses números, ouve-se apenas uma mensagem gravada recomendando que se procure a Prefeitura
Municipal.
Evidências:
Mensagens telefônicas ouvidas ao discar os números de acesso aos serviços de emergência


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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no

3. Os trabalhos foram realizados “in loco” no Município, por técnicos da Controladoria-

4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização, estão

4.1 Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas

Ministério Ação Governamental Fiscalizada Quantidade de Valores

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno

Fiscalização do Recolhimento das 01 Não se Aplica

Ministério da FNE – Financiamento aos Setores 01 R$55.330,64

Ministério da Complementação da União ao Fundo de 01 R$ 1.413.360,34

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2

Ministério do Programa Nacional de Fortalecimento da 01 Não se Aplica

5. Os resultados das fiscalizações realizadas, sempre que os trabalhos tenham

6. Os fascículos a seguir contemplam um detalhamento das seguintes constatações:

Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento:

1.1 Prefeitura frauda licitação em conluio com empresas.

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome:

1.1 Demora na distribuição dos Cartões do Bolsa Família

1.1 Inexistência das assinaturas dos representantes do Sindicato dos

Ministério das Cidades:

1.1 Habilitação indevida de licitantes

2.1 Fraude de licitação em conluio com empreiteira

1.1 Fraude em processos licitatórios e indícios de desvio de recursos públicos em

2.1 Indícios de fraude em licitações da merenda escolar num montante de

3.1 29,87% dos Recursos do Programa de Jovens e Adultos desviados em

4.1 Fraude a dispensa de Licitação e indícios de desvio de recursos no montante

5.1 Divergência entre número de alunos da Educação Infantil com freqüência

Ministério da Previdência Social:

1.1 Beneficiários não localizados.

2.1 Inexistência de Cartório do Registro Civil no município de Vereda.

1.1 Atuação deficiente do Conselho de Saúde

2.1 Ausência de desconto e recolhimento da contribuição previdenciária, tanto do

3.1 Não apresentação das Relações de Medicamentos enviados pela Secretaria

4.1 Administração Municipal não fornece equipamentos de proteção individual

Ministério das Comunicações:

1.1 Inexistência de Postos de Atendimento Pessoal a Usuários

2.1 Inexistência de serviços telefônicos de chamadas de emergência.

Salvador, 28 de julho de 2005

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 6

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 473

16º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de

Estímulo à Produção Agropecuária (PRODESA) - Nacional.

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

1 – Programa: Estímulo à Produção Agropecuária - PRODESA.

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1

EMPRESA CNPJ VALOR DA PROPOSTA

A Pevan - Locação e Construções sagrou-se vencedora.

1.2) ART de projeto e execução com o mesmo profissional

1.3) Ausência de projetos diversos e de manifestação do órgão ambiental

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 5

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 473

16º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios

Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de

Transferência de renda diretamente às famílias em situação de pobreza e

Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1

1.2) Cartões entregue por funcionários da Prefeitura.

1.3) Famílias recebendo benefícios em duplicidade com mais de um NIS

Beneficiário NIS 1 Programa NIS 2 Programa

Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2

Beneficiário NIS Situação do NIS Programa Valor Mensal