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suas produções
Veja como funciona o efeito chroma-key, quais os
prós e contras de usar em seus vídeos e o passo a
passo para aproveitar essa técnica.
https://netshow.me/blog/efeito-chroma-key#O_que_e_chroma-key
Você está planejando sua estratégia para criar vídeos online? Então é importante se atentar
a todas as etapas do processo. Antes de captar as imagens, não se pode esquecer de um
elemento essencial: o cenário. E nesse caso, o chroma-key pode ser um aliado das suas
produções.
Por questões orçamentárias e práticas, nem sempre é fácil produzir ou encontrar o fundo
ideal para a gravação. Nestes casos, um grande aliado dos produtores é o efeito chroma-key.
A técnica permite a utilização de imagens artificiais como cenário e traz mais praticidade e
versatilidade às produções audiovisuais.
Neste artigo, explicaremos melhor o que é chroma-key, os prós e contras de sua utilização e
também como aplicá-lo às suas produções. Confira a seguir:
O que é chroma-key?
Também conhecida como keying, o efeito chroma-key é uma técnica de edição na qual o
cenário do vídeo é substituído por uma imagem. Como é necessário isolar os atores e
objetos do resto, deve-se utilizar um fundo de cor sólida na gravação – verde, azul e
vermelho são as opções mais usadas.
Desta forma, é possível remover este fundo e trocá-lo por outra imagem. Isso permite, por
exemplo, filmar na floresta sem sair do estúdio – basta inserir a paisagem no processo de
edição.
É difícil utilizá-lo? Não. Qualquer software de edição de vídeo profissional possui ferramentas
para utilizar o chroma-key – entre eles Adobe Premiere Pro, Final Cut e Sony Vegas.
A história do Chroma-Key
Ao contrário do que se acredita, o chroma-key não é uma técnica recente: ele se desenvolveu
na década de 1940. Apesar de ser uma tentativa mais rudimentar e menos tecnológica,
tratava-se de uma tela azul inventada por Larry Butler e utilizada em “O Ladrão de Bagdá”,
ganhando o Oscar de efeitos especiais na época.
Antes de Butler, algumas tentativas de sobrepor imagens já existiam. A tela azul usada por ele
surgiu de uma técnica do “sólido móvel”, pensando nos filmes Technicolor da época. O
desenvolvimento da conhecida tela azul pode ser percebido principalmente na virada da
década de 1960, e posteriormente, a cor azul foi alterada para verde.
Que tipo de produção utiliza o chroma-key?
1. Cinema
Filmes e séries utilizam o chroma-key de forma recorrente. Seja por questões de orçamento
ou praticidade, nem todas as filmagens podem ser feitas numa locação. Por exemplo, como
seria se toda produção cinematográfica em Nova York precisasse fechar o centro da cidade
para gravar? Seria um pesadelo logístico.
2. Jornalismo
Apesar do jornalismo não utilizar o chroma-key para a gravação de reportagens, ele é utilizado
no estúdio entre uma notícia e outra. Além de alguns telejornais utilizarem fundos gerados
pela ferramenta, o keying permite a exibição de mapas e gráficos para auxiliar os âncoras.
Como exemplo mais comum, temos os quadros de previsão do tempo.
Com a facilidade de edição, por exemplo, muitas configurações passaram a ser automáticas e o
fluxo de trabalho foi aprimorado, otimizando o tempo e permitindo novas oportunidades na
pós-produção.
Como mostramos acima, muitos tipos de conteúdos em vídeo utilizam o efeito chroma-key –
afinal de contas, a técnica oferece muitas vantagens ao produtor. Confira as principais:
Uma das principais vantagens de utilizar o chroma-key é a economia financeira. Ao optar por
utilizar o fundo real, você terá gastos com locação, deslocamento de pessoas e
equipamentos, além da montagem do cenário – isso sem contar o aluguel do espaço. Com a
técnica, você poderá abater estes custos de sua produção.
Ganhar tempo na produção dos seus vídeos é outro benefício de utilizar o chroma-key. Além
de não precisar levar em conta o tempo de deslocamento, você poderá gravar todas as cenas
no mesmo dia.
Além disso, sua equipe estará menos sujeita a imprevistos no local de gravação – como
condições climáticas adversas.
Você pode utilizar uma imagem de altíssima qualidade e até fazer parecer um cenário de
verdade. No entanto, em alguns momentos ele não terá exatamente o aspecto de um fundo
real. Assim, é importante roteirizar seu vídeo de maneira que seja possível contornar a falta
de interação real.
Além do fundo com uma cor sólida, outro ponto central do chroma-key é a iluminação. Caso
não seja utilizada corretamente, a substituição do fundo ficará claramente visível – isso
quando não for inviabilizada. Desta forma, filmagens com iluminação externa ou fontes
alternativas de luz estão fora de cogitação.
Planejamento
O primeiro passo antes de produzir um conteúdo com chroma-key é idealizar e planejar o seu
desenvolvimento. Assim, determine qual imagem ou cenário será utilizado para substituir o
fundo que você já tem. Além disso, tente pensar: existe alguma cor que predomine nos
objetos e pessoas? Existe alguma cor predominante na imagem final que você irá inserir ao
fundo colorido?
Esses detalhes são muito importantes quando pensamos em como funciona o chroma-key. Se
vamos substituir a cor utilizada no fundo por um determinado cenário, não queremos que
outros objetos que possuam a mesma cor do chroma-key desapareçam também, certo? Tudo
isso nos leva ao próximo passo.
A primeira decisão efetiva a se tomar é a cor que será utilizada no fundo. Somente o sistema
de cores RGB está disponível – afinal, são as cores básicas que se misturam para formar outras
colorações. Para escolher a mais adequada à sua produção, é importante ter em mente as
questões do item anterior. Veja as características e recomendações de cada cor:
Vermelho: trata-se da menos utilizada por se tratar de uma cor presente na pele e até
cabelo de algumas pessoas. Assim, é melhor evitá-la caso sua produção envolva atores.
Verde: é a cor mais fácil de se trabalhar com chroma-key. Possui menor possibilidade de
aparecer em roupas e objetos cenográficos, além de contrastar melhor com qualquer tom de
pele. Não à toa, é a mais versátil e utilizada no mercado.
Azul: esta cor era mais utilizada antigamente porque as câmeras tinham dificuldade em
captar tons esverdeados. Com a evolução nos equipamentos, fundos desta coloração se
tornaram menos comuns. No entanto, ainda são utilizados em estúdios menores devido a um
fenômeno chamado spill – a luz reflete no objeto e gera uma contra-luz. Como é menos visível
na cor azul e comum em locais com menos espaço, esta coloração ainda é utilizada.
Para driblar essa situação é importante que o spill seja uma cor próxima à imagem final. Assim,
se você quer inserir uma imagem de um lago azulado no chroma-key na edição final, por
exemplo, o fundo azul é o mais indicado. Usar a lógica de aproximação de cores entre o que
você quer na versão final e o seu fundo, pode te auxiliar muito nesse processo. Por isso, é
muito importante não pular a etapa de planejamento.
Após escolher a coloração do fundo, você precisa pensar na sua superfície. Caso queira
versatilidade, é possível utilizar um tecido com a cor desejada. Mas cuidado com o
armazenamento, pois qualquer amassado influenciará a qualidade do fundo.
Desta forma, é mais recomendável utilizar um painel ou parede com a cor a ser substituída.
Estas duas opções possuem maior limitação de espaço, apesar de mais seguras. Tome cuidado
com tomadas, cabos e pregos – estes itens não poderão ser cortados na edição.
As filmagens
Se você já entendeu como funciona o chroma-key e os pontos de atenção para o seu uso,
agora é a hora de instalar o seu fundo. Aqui, é preciso que ele esteja preenchido de forma
sólida, seja de maneira fixa por meio de tinturas, ou removível por meio de tecidos.
Tinta
Tecidos
Utilizar tecidos como fundos para a técnica do chroma-key é muito comum devido a sua
versatilidade. Na maioria dos casos, se adota uma estrutura móvel, que suporte sempre a cor
mais adequada para cada produção.
Contudo, apesar dessa opção ser atrativa já que permite sempre trocar a cor do fundo, alguns
cuidados são necessários. Tecidos são materiais que amassam com muita facilidade, além de
refletirem luz ou apresentarem textura. Esses pequenos detalhes podem resultar em uma
complicação na hora da edição e por isso é preciso cuidado na hora da escolha e da
produção, se lembrando sempre de esticar bem o tecido e de armazená-lo com cuidado ao
fim da gravação.
Papel
Tão versátil quanto o tecido, os fundos de papel também são bastante comuns. Uma solução
rápida e barata é utilizar a cartolina como sua aliada nesse processo. Basta fixá-la em uma
parede e começar a gravar. Aqui os cuidados também são os mesmos: é importante que ela
esteja bem esticada para não amassar. O papel fosco também é o mais indicado, já que o
reflexo da luz pode prejudicar a pós-produção.
Com técnicas como o chroma-key, você poderá produzir conteúdos ainda melhores. Além de
escolher as ferramentas para venda de vídeos, você pode estudar como aumentar a
monetização destes materiais.
Pronto! Depois de gravar seu vídeo de acordo com todas as instruções apresentadas, é só
caprichar na pós-produção, colocando na edição o cenário mais adequado para o objetivo do
seu material.
E claro, o trabalho não termina por aí. Se os vídeos são seu negócio, você deve pensar com
cuidado na sua distribuição. Produtores de cursos online, por exemplo, devem optar por
trabalhar com plataformas personalizáveis e que facilitem o consumo dos conteúdos por parte
dos clientes, com estabilidade e alta qualidade.