Você está na página 1de 8

2 º TRABALHO DE HISTÓRIA ANTIGA (1º BIM) – 2ºPeríodo/Profa.

Madalena

INSTRUÇÕES: VALOR: 0 A 1,5 PONTO - FAZER EM DUPLAS OU TRIOS


ENTREGAR EM 09/04 DIGITADO
LETRA TIMES 12+JUSTIFICADO+ESPAÇAMENTO 1,15.
CONSULTAR: ANOTAÇÕES DO CADERNO E OS SEGUINTES TEXTOS,
DISPONÍVEIS NA BIBLIOTECA
PEARSON:
FUNARI, Pedro Paulo de A. Grécia e Roma. 6ª ed. São Paulo: Contexto, 2006. (Roma:
pp. 85-102)
GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2018.
(Especificamente os capítulos: Cidades-
Estado, pp. 77-96 e Hegemonias, pp. 112-119)
SILVA, Kalina Vanderlei & SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos
históricos. 3ª ed. São Paulo: Contexto,
2010. (especificamente o verbete Antiguidade)
PERGUNTAS
1. (0,2) Os etruscos formaram uma civilização original, com elementos gregos e
orientais.
a) Qual o significado da palavra “civilização” neste contexto?
b) Como os etruscos entraram em contato com elementos gregos e com elementos
orientais?
2. (0,2) Conceitue “cidade-estado”, apontando os elementos que as cidades-estados da
parte central do Mar Mediterrâneo tiveram em comum.
3. (0,2) Explique o papel dos latinos, dos sabinos e dos etruscos no período inicial da
História de Roma (da fundação ao fim da Monarquia).
4. (0,2) O que caracterizava um escravo na Antiguidade? Por que a escravidão tornou-se
a base da economia da maior parte das cidades-estado mediterrânicas depois de um
período?
5. (0,2) Explique também como se construiu e se operou a hegemonia Romana sobre as
demais cidades-estado da península itálica.
6. (0,25) Roma liderou uma confederação de cidades-estado na península itálica.
Explique o que isso significa. Explique também que condições de liderança Roma
oferecia sobre as demais cidades no período final de sua monarquia.
7. (0,25) O que são “mitos”? Por que a maior parte dos mitos romanos escapa à
definição comum de mito?
8. (Bônus: 0,2 ou 0,25) Quais são as fontes utilizadas para o estudo da mitologia
romana? Por qual razão elas dizem mais respeito ao período em que foram escritas do
que ao período da fundação da cidade/fundação da República?
9. (Bônus: 0,2 ou 0,25) Caracterize a religião romana, comparando-a com a religião
grega.
10 (Bônus: 0,2 ou 0,25) Explique as causas das lutas entre a plebe e o patriciado,
apontando as conquistas plebeias no decorrer do tempo. Depois, relacione estas
conquistas ao aumento da escravidão em Roma.
11. (Bônus: 0,2 ou 0,25) Explique, em linhas gerais, como se organizava o governo
republicano em Roma. Explique também como, no decorrer do tempo, ele foi deixando
de ser oligárquico.
RESPOSTAS
1.
A) O significado da palavra e conceito para “civilização” naquele contexto tinha
simbologia própria, significava a determinação de diferentes povos de cultura e
caraterísticas próprias, que se diferenciavam através: dos costumes, vestimentas,
recursos naturais e apropriação dos mesmos, moedas e línguas e etc. Ou seja, vários
povos independentes e hegemônicos, que viviam na mesma região, não unificada,
porém com território: cidades próprias.
Os etruscos se situavam no mediterrâneo mais precisamente na região que hoje
se encontra a Toscana, as principais cidades eram em um total de doze, todas
autônomas, ou seja, independentes e tinham uma língua própria o osco.
Era uma civilização muito bem desenvolvida e com características próprias,
muito rica principalmente pelo uso e exploração mineral do solo e recursos naturais, não
se sabe ainda hoje, com precisão a origens deles, se vieram do Oriente ou se são
próprios do Mediterrâneo, mas são os percussores do Império Romano, melhor dizendo
até a instauração da República Roma era um povoado que pertencia ao povo etrusco.
Em 509 a.C. Roma cresceu, deixou de ser um pequeno povoado e transformou-se
numa cidade grande dotada de calçadas, fortificações e sistema de esgotos, tendo o
latim se consolidando como língua própria daquele povo. Nesse mesmo ano, Roma se
revolta contra os Etruscos e expulsa o rei etrusco da dinastia dos Tarquínio e instaura a
república romana (509 a.C. – 27 a. C).
B) Os etruscos provavelmente possuem influencia e herança cultural fenícia, o que
seria uma ponte com o conhecimento Grego e outras civilizações antigas, fora a
herança cultural helênica e o comércio com esses povos.
2. Espaço público, conselho (em geral de anciões o que daria origem ao senado),
tribunal, assembleia, agentes públicos (que serão denominados de magistrados),
proteção legal por leis públicas e extensão do direito à propriedade privada para todos
os seus habitantes, ou seja, propriedades privadas também em cidades camponesas.
3. No sentido de comprovação histórica, os estudiosos modernos dizem que, só é
possível encontrar algumas verdade na história sobre o período dos reis e as narrativas
tradicionais sobre os primeiros dias da república em Roma.
Dito isso, pode se colocar que não se pode dizer que esse período é “histórico”,
isso porque os mitos romanos são apresentados pelos escritos antigos não como ficção,
mas sim, o início do povo romano.
A data lendária da formação da monarquia Romana remete ao ano de 753 a.C.,
com a mitologia de Rômulo e Remo, que por tanto, deve ser interpretada e vista como
uma metáfora de formação estatal.
Na lenda, os meninos: Rômulo e Remo seriam filhos do Deus marte (“Deus da
guerra”) com Reia Sílvia, filha do rei Numitor, do reino de Alba Longa, mas teriam sido
obrigados a sair do reinado ainda bebês, por disputas pelo trono / poder, sendo expulsos
e encontrados por uma loba (a Loba Capitolina, em referência ao monte Capitolino, uma
das sete colinas onde foi fundada a cidade de Roma), já crescidos os meninos disputam
pelo poder em uma guerra fratricida onde Rômulo mata Remo.
Transformando o Capitólio em um refúgio do seu crime e com o passar do
tempo a sede do seu reino, o problema que só tinha homens – soldados, então raptam as
mulheres sabinas para povoar a nova cidade fundada por eles.
Ao longo do período inicial da história romana: Monarquia Romana até o
início da República Romana, com a expulsão dos etruscos, muitos povos como os
latinos, os próprios etruscos, que já se encontravam no Mediterrâneo, os Sabinos, que de
forma lendária, teriam sido “miscigenados” com os romanos, além dos gregos e povos
vindos da Ásia influenciaram culturalmente Roma.
4. O que caracterizava um escravo em Roma era que sua mão de obra estava ligada
diretamente ao Estado romano, as formas de escravidão romana eram: prisioneiro de
guerras; tráfico de pessoas; filhos vendidos pelos próprios pais, que não podiam criar,
financeiramente, essas crianças e por autoescravidão. Uma particularidade em Roma,
era que um escravo libertado poderia tornar-se cidadão romano.
Outra forma comum de escravidão era a escravidão por dívidas – o NEXUM. Em
todo o mundo mediterrâneo era comum a escravidão, como um modo de exploração do
trabalho, principalmente da mão de obra estrangeira, para enriquecer a economias das
polis, principalmente na agricultura, serviços domésticos e mineração.
É só se pensar por exemplo que Roma era uma cidade cosmopolita de referência
no mundo antigo com uma população gigante e vários monumentos arquitetônicos
enormes, como eram construídos se não existiam escavadeiras? Com um grande
excedente de mão de obra escrava.
Então era fácil de se concluir que a população escrava do antigo mediterrâneo
não foi importante apenas para a construção social dessas civilizações, mas essencial
para a construção prática, ou seja, formação territorial.
5. A hegemonia romana sobre as demais cidades estados da península itálica, se
devia sobre seu enorme poder de conquista territorial, Roma tinha um exército
extremamente eficiente, forte, unificado e competente, um senado bem dotado, uma
elite de ”bem nascidos” – os patrícios e uma plebe que ao longo da República foi
sofrendo grandes mutações de uma classe subalterna e dominada pelos patrícios foi
ganhando forças e direitos no senado como de voto, veto e uma vida social mais ampla,
que teve consequências práticas como direito à propriedade privada por exemplo.
Os plebeus era muitos e não podiam ser confundidos com escravos, mas tinham
diversidade profissional : artesão, comerciantes, camponeses e etc (...) e com o passar
do tempo e os direitos adquiridos por intervenções diretas, foram se aproximando
financeiramente dos patrícios, porém não se pode falar de “classe social” no
mediterrâneo, existiu uma ascensão econômico apenas, que gerou uma aristocracia “de
sangue” X uma aristocracia de dinheiro”, que ainda duelava espaço com os clientes –
agregados patrícios e a própria plebe (“original” – de poucos recursos financeiros e que
não parava de crescer).
Mas mesmo com todas suas especificardes, Roma era um centro unificado e
extremamente forte e cheio de províncias agregadas ao longo de toda a península Itálica
e passando as fronteiras do mediterrâneo, a maioria dessas conquistas eram provenientes
de disputas territoriais como no caso da Gália (atual França), que em dado momento
uniu os plebeus e patrícios em um objetivo comum : expulsar os gauleses que tentavam
invadir Roma, mas a conquista desse grande território que reverberou no ego romano e
inveja e medo dos povos antigos mesmo os do continente asiático. Se deu mesmo só
mais tarde, com Caio Júlio César em uma das suas vitória mais expressivas durante a
República romana.
Enfim, toda essa imponência além de rivalizar amedrontava as outras cidade-
estado da Península Itálica, mas além das conquistas territoriais criando os provincianos
romanos, uma outra medida de unificação foi a coligação Itálica gerada no contexto das
Guerras Púnicas, feita pelos itálicos com liderança romana para deter Cartago.
6. Essa confederação liderada por Roma tinha como objetivo deter os avanços Púnicos
(cartaginenses) sobre o território da Península Itálica, as guerras púnicas foram de 264
a.C. – 146 a.C., Cartago queria o domínio e centralização do monopólio comercial e
Roma lutava pelo seu expansionismo, mas Roma só conseguiu ganhar de Cartago
graças a união das demais cidades- estado.
Uma condição particular da liderança romana era que ela não cobrava tributos de
nenhuma cidade das coligações.
7. São narrativas de caráter imagético/ fábulas místicas que normalmente possuem
um final moralizante. Porque os mitos romanos servem muito mais como uma
apropriação cultural prosaica sobre os modos de vida romanos referente a época que
foram escritos (1 a. C. – 1 d. C) do que da época que retratam. Ou seja, são ensaios
cheios de metáforas e interpretações próprias, para se entender e ambientar Roma
Antiga, logo os Deuses nos mitos romanos não estão presentes, ou estão, apenas no
início dos mitos, porque a “figura chave” é a humana e suas histórias, ou melhor
dizendo a história da construção do império romano.
8. As fontes são escritos literários referentes ao período de (1 a.c -1 d.C.)
Porque esses relatos foram feitos em épocas posteriores da formação Romana,
logo não podem ser fidedignos, quando não são fontes documentais históricas, porque
estão cheios de interpretações místicas / literárias de pessoas que não viveram a época
retratada e não possuem fontes do que realmente aconteceu naquele período. Então
recorrem a sua imaginação e interpretações próprias, gerando obras anacrônicas e
mitológicas.
9. A religião grega era antropozoomórfica já a romana era antropomórfica e ambas
eram politeístas. Ou seja cultuava vários Deuses, mas a grega cultuavam Deuses e
entidades de forma humanas e de animais já no caso da romana não tinha esse culto
animal.
Muitos dos Deuses romanos sofrem influência direta dos etruscos e dos gregos,
muitos são correlacionados diretamente com Deuses gregos com mudança apenas
nominal.
10. As lutas entre a plebe e o patriarcado está diretamente relacionado com a
disputa de poder social e econômico, legitimidade e representatividade pública.
Ao longo da República dentro do Senado Romano a plebe foi tendo direitos
conquistados como a criação da assembleia da plebe, que além de representar lutava
para garantir e manter os direitos dos plebeus diante da república romana, um deles foi
os tribunos da plebe (que representavam a plebe e tinha um direito diferenciado o do
veto, podendo vetar hipotéticas sanções públicas durante as reuniões do senado) e a
plebe depois de muita batalha também conquista o direito ao butim de guerra e por lei o
direito de casar com membros do patriarcado. Rompendo com a hegemonia e elite de
sangue.
11. A república romana se centrava na mão do senado, das suas assembleias e
cargos:

 O senado era um conselho de anciões mais importante da república


romana;
 Possuíam duas assembleias uma de patrícios e outra da plebe;
 Os cargos públicos eram o de Edir (cuidada dos edifícios; esgotos;
tráfego; abastecimentos)
- 2 cônsules anuais: um para problemas civis ouro para problemas
econômicos); Magistraturas – cônsul (cargo de grande prestígio no
senado)
- Questores (eram os tesoureiros)
- pretores (cuidavam da justiça pública)
- Censores (revisores dos senadores e controlavam os contratos)
- Pontifix Maximus (chefe religioso – líder dos sacerdotes)
O governo romano foi deixando de ser oligárquico durante a República (“coisa
pública”), porque ele foi saindo das mãos centralizadoras de uma elite hereditária, a
partir do momento que os plebeus chegaram ao poder e nasceu uma “nova aristocracia”,
não amis de “sangue “– dos nascidos na elite e herdeiros do poder e prestígio, mas sim
uma antiga plebe que enriqueceu através do trabalho e protetorado e emergiu, todo esse
pensamento que antes eram exclusivo dos patrícios, com ela para os senado,

Você também pode gostar