Você está na página 1de 61

TRANSPORTE ATRAVÉS DE

MEMBRANAS

Profa. Débora Papa


Estrutura Física da Célula
 Núcleo
Centro de controle da célula. Contém o DNA!
regula as reações químicas que ocorrem dentro da
célula (metabolismo)
armazenar as informações genéticas da célula(genes)

 Citoplasma
É o espaço intracelular, preenchido pelo líquido
intracelular (citosol) e pelas organelas
citoplasmáticas. No citosol estão dissolvidos os
eletrólitos, proteínas e glicose.
Estrutura Física da Célula
 Centríolos
Função vital na divisão celular. Orienta os
processos de mitose e meiose
 Ribossomos
Responsável pela síntese de proteínas e
enzimas
 Retículo endoplasmático (liso / rugoso)
Envolvidos na síntese de proteínas e
lipídeos, e no transporte intracelular
Estrutura Física da Célula
 Lisossomos
Possui enzimas digestivas que degradam
estruturas celulares danificadas, bactérias e
fazem a reciclagem de outras organelas e
componentes celulares envelhecidos

 Complexo de Golgi
Processamento de proteínas ribossomáticas e a
sua distribuição por meio de vesículas
(empacotamento)
Estrutura Física da Célula
 Mitocôndrias
Onde ocorre a respiração celular, fornecendo
energia para a célula na forma de ATP.
Sua quantidade varia de acordo com as
necessidades energética de cada tipo celular

Metabolismo Energético
Estrutura Física da Célula
 Glicocálix
- Camada externa à membrana formada por
glicoproteínas

- Protege a célula contra agressões físicas e


químicas, retém nutrientes e enzimas

- Podem agir como receptores hormonais tb.


Estrutura Física da Célula
 Membrana Celular
Estrutura Física da Célula
 Membrana Celular
- Estrutura que delimita a célula e que à separa
do meio intersticial
- Sua estrutura é formada por uma Bicamada
de Fosfolipídeos e por moléculas de Proteínas
- Uma extremidade da molécula de fosfolipídio
é solúvel em água; ou seja, é hidrofílica. A outra
extremidade com ácidos graxos é solúvel
apenas em lipídios; ou seja, é hidrofóbica.
Estrutura Física da Célula
 Membrana Celular
- As partes hidrofílicas com fosfato constituem
as duas superfícies da membrana celular

- Uma superfície fica em contato com a água


intracelular na superfície interna da membrana,

- A outra superfície fica em contato com a água


extracelular na superfície externa
Estrutura Física da Célula
 Membrana Celular
- A camada lipídica, no meio da membrana, é
impermeável às substâncias hidrossolúveis
comuns, como íons, glicose e uréia.

- Inversamente, as substâncias lipossolúveis, como


oxigênio, dióxido de carbono e álcool, podem
entrar nessa parte da membrana com facilidade.
Transporte Através de
Membranas
 A bicamada lipídica não é
miscível nos líquidos extra e
intracelular

Ela constitui barreira para


os movimentos das moléculas
de água e de substâncias
hidrossolúveis, entre o LIC e o
LEC
Transporte Através de
Membranas
 Porém,algumas substâncias
podem atravessar essa
bicamada lipídica

 As substâncias
lipossolúveis se dispersam-se,
de modo direto, através da
dupla camada fosfolipídica
Transporte Através de
Membranas
 Proteínas de membrana podem
servir de canais ou mesmo de
transportadora para a água, íons
ou determinadas moléculas

 Estas proteínas são bastante


seletivas para os tipos de
moléculas ou de íons que poderão
atravessar a membrana.
Transporte Através de
Membranas
DIFUSÃO SIMPLES

TRANSPORTE DIFUSÃO
FACILITADA
PASSIVO
OSMOSE

TRANSPORTE
ENERGIA
ATIVO
Transporte Passivo
 Mecanismo de passagem natural de
pequenas moléculas através da Membrana
Plasmática (MP)

Ocorre sem gasto de energia

 São 3 tipos Difusão Simples


Difusão Facilitada
Osmose
Difusão Simples
Consiste no transporte de substâncias
permeáveis à membrana

Estas, em solução, podem fluir de dentro


para fora da célula ou vice-versa, de forma
espontânea, de acordo com o gradiente de
concentração

Ocorre de uma região com maior


concentração de partículas para uma com
concentrações menores
Difusão Simples
 A intensidade da difusão é determinada
pela:
-quantidade de substância disponível;
-velocidade do movimento cinético;
-pelo número e tamanho das aberturas
na membrana
- Lipossolubilidade do soluto
Difusão Simples
Difusão Simples
Difusão Facilitada
Existe o auxílio de proteínas carreadoras
ou canais (PERMEASES)

 Estas possuem sítios de ligação específicos


para os tipos de soluto

 O processo auxilia em casos em que os


solutos , em razão de suas propriedades
químicas e tamanhos, demorariam muito
tempo ou não poderiam fluir de forma
espontânea, via difusão simples.
Difusão Facilitada
A velocidade de difusão é controlada,
principalmente, pela quantidade de
permeases disponíveis.

 Sais minerais e alguns aminoácidos são


transportados dessa forma

Ex: Na +, K+
Osmose
É o processo de movimento efetivo da
água, causado por diferença de concentração
da própria água

 Sua passagem se dá do meio onde ela está


menos concentrada de solutos, para o meio
mais concentrado de solutos
Osmose
 A água é a substância mais abundante que se
difunde através da membrana celular

 Ela se difunde nas duas direções, através da


membrana das hemácias, a cada segundo, em
volume correspondente a cerca de 100 vezes o
volume da própria célula.
Osmose
 Nas condições fisiológicas normais, a
quantidade que se difunde nas duas direções
é tão precisamente balanceada que o
movimento efetivo da água é zero!
 Logo, o volume da célula permanece
constante!
Osmose
 Sob certas circunstâncias, pode-se
desenvolver diferença da concentração da
água através da membrana
 Passa a existir movimento efetivo de água,
denominado “Osmose”
 A célula irá inchar ou
murchar
Aquaporinas
TRANSPORTE ATIVO
TRANSPORTE ATIVO
Realizado com ajuda de uma proteína
carreadora (como a difusão facilitada)
Passagem é contra o gradiente de
concentração!
 Há gasto de energia em forma de ATP
ou a partir de energias potenciais
TRANSPORTE ATIVO
Exemplo é a Bomba de Sódio e Potássio,
responsável por gerar o Potencial de Ação das
células nervosas
 Responsável pela manutenção das diferenças de
concentração entre o sódio e o potássio através da
membrana celular e pelo estabelecimento da
voltagem elétrica negativa dentro da célula
TRANSPORTE ATIVO
Co – Transporte
 O transporte ocorre através de uma proteína
transportadora e esta possui 2 locais de ligação
para 2 substâncias

 Estas 2 substâncias tem


o mesmo sentido de fluxo
TRANSPORTE ATIVO
Contra – Transporte
 O transporte ocorre através de uma proteína
transportadora e esta possui 2 locais de ligação
para 2 substâncias

 O fluxo ocorre em
sentido contrário!
Bomba de Sódio-Potássio
 “ É o processo de transporte que bombeia
3 íons sódio (Na+) para fora, através da
membrana celular de todas as células, e
ao mesmo tempo bombeia 2 íons
potássio (K+ ) para dentro da célula.”
Bomba de Sódio-Potássio
 Esta bomba é a responsável pela manutenção
das diferenças de concentração entre o sódio e
o potássio através da membrana celular,entre o
LIC e o LEC
 É também responsável pelo estabelecimento
da voltagem elétrica negativa dentro das
células
Bomba de Sódio-Potássio
 Os íons de Na e K não são transportados com a
mesma velocidade
 A bomba transporta mais rapidamente íons de
Na (de dentro para fora) do que os íons de K (de
fora para dentro)

3 Na+ para fora


2 K+ para dentro
Bomba de Sódio-Potássio
Bomba de Sódio-Potássio
Bomba de Sódio-Potássio
 Isso cria uma diferença de cargas entre o interior
e o exterior da célula, pois mesmo estes íons
sendo cátions (valência positiva), esta bomba
transporta mais carga positiva para fora da célula

 Criando assim um gradiente elétrico conhecido


como Potencial de Membrana

 Na maioria das células tal potencial equivale


algo em torno de -90mV.
Potencial de Membrana
É a diferença de potencial elétrico (voltagem)
entre os meios intra e extracelular

 A partir desta diferença de potencial elétrico,


impulsos elétricos podem ser gerados

 Esses impulsos são usados para transmitir sinais


por toda membrana dos nervos e músculos
Potencial de Membrana
 A partir da Bomba de Sódio-Potássio, cria-se
uma voltagem de – 90 mV na membrana interna
da célula nervosa, por exemplo

 Isto quer dizer que o potencial de membrana


dentro da fibra é 90 milivolts mais negativo do que
o potencial no líquido extracelular, do lado de fora
da fibra.
Potencial de Membrana
.
Potencial de Ação
 São modificações transitórias eletroquímicas na
membrana celular de qualquer célula excitável
Quando uma célula é estimulada ela alcança um
POTENCIAL LIMIAR (disparo)
Alcançado este limiar, a permeabilidade da
membrana celular aos íons se modifica
abruptamente.
Potencial de Ação
Estímulos: calor, frio, corrente elétrica, pressão
etc.

Algumas células desencadeiam o Potencial de


Ação sem a necessidade de receberem estímulos
Auto-excitáveis
Eventos elétricos da cel. nervosa
Potencial de Ação
Despolarização
É a primeira fase do PA

 Ocorre um significativo aumento na


permeabilidade aos íons sódio na membrana

 Grande influxo de íons Na para dentro da célula,


por um processo de difusão facilitada
Despolarização
O LIC fica com grande quantidade de íons de carga
positiva e a membrana celular passa a apresentar
agora um potencial inverso daquele encontrado nas
condições de repouso da célula: Mais cargas + no
LIC e mais cargas negativas LEC.
O potencial de membrana neste período passa a
ser em torno de +45 mv
Repolarização
É a segunda fase do potencial de ação
 Durante este curto período, a permeabilidade na
membrana aos íons Na retorna ao normal e,
simultaneamente, ocorre um significativo aumento
na permeabilidade ao K
 Grande saída de íons K para fora da célula
Repolarização
 Os íons Na que estavam em grande quantidade
no interior da célula, vão sendo transportados
ativamente para o exterior pela bomba de Na-K.
 O potencial na membrana celular volta a ser
negativo
algo em torno de -92 mv (ligeiramente mais
negativo do que o potencial membrana em estado
de repouso da célula)
Hiperpolarização
 Fase muito rápida (mili – segundos)
 A célula fica com excesso de cargas negativas em
seu interior ( - 95 mV)
 Fica irresponsiva à um novo estímulo nervoso
 Impede a ocorrência de um novo P. A.
Repouso
É a terceira e última fase
 É o retorno às condições normais de repouso
 Nesta fase a permeabilidade aos íons K retorna ao
normal
 O potencial de membrana retorna ao seu valor
(cerca de -90 mV)
 Não há transmissão do impulso neste momento
Repouso
Todo o processo dura aproximadamente, 2 a 3
milésimos de segundo na grande maioria das
células excitáveis
 Algumas células apresentam um potencial mais
longo: Células musculares cardíacas, por exemplo,
apresentam PA que chegam a durar 0,15 a 0,3
segundos
Eventos elétricos da cel. nervosa
Potencial de Ação
 Para gerar um Potencial de Ação, o estímulo
inicial deve ser capaz de alcançar o limiar excitatório
 A partir do momento que este limiar é alcançado,
o potencial de ação é propagado ao longo de toda a
célula
 Da mesma forma, a partir do momento que
atingiu o limiar não “adianta” gerar mais estímulo
Potencial de Ação
 Quando o estímulo é muito grande, não irá
influenciar na INTENSIDADE do Potencial de Ação
 “Tudo ou Nada”
TUDO
OU
NADA
Potencial de Ação
Propagação do P.A.
 Um Potencial de Ação (P.A) provocado em qualquer
parte de uma membrana excitável, excita as porções
adjacentes da membrana, resultando na propagação
do P.A por toda a membrana
 O processo de Despolarização percorre todo o
comprimento da fibra nervosa (ou muscular)
A transmissão do P.A por uma fibra nervosa ou
muscular é referida como Impulso Nervoso ou Musc.
Propagação do P.A.
 Cada potencial de ação começa por uma alteração
súbita do potencial de membrana em repouso
negativo para um potencial positivo, terminando,
então com um retorno quase tão rápido para o
potencial negativo

 Os sinais nervosos são transmitidos, se deslocam ao


longo da fibra nervosa até sua extremidade
Propagação do P.A.
Propagação do P.A.

Você também pode gostar