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CNI Centro de Formação Profissional

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RADIOLOGIA TRAUMATO ORTOPÉDICA

DIVISÃO DO ESTUDO

1. Introdução..................................................................................................................04

2. Melhores práticas em Radiologia Traumato Ortopédica......................................06

3. Terminologia do traumatismo e das fraturas........................................................08

4. Anatomia do sistema locomotor............................................................................09

4.1 O osso.................................................................................................................09

4.2 A articulação......................................................................................................10

4.3 O músculo..........................................................................................................12

5. Fraturas, luxações, sub luxações, contusões e entorses...................................14

5.1 Contusão............................................................................................................14

5.2 Luxação.............................................................................................................14

5.3 Sub luxação.......................................................................................................16

5.4 Entorse................................................................................................................17

5.5 Fratura..................................................................................................................17

5.5.1 Classificação das fraturas........................................................................20

5.5.1.1 Quanto a exposição óssea..........................................................20

5.5.1.2 Quanto à etiologia.....................................................................20

5.5.1.3 Quanto ao mecanismo do trauma...........................................21

5.5.1.4 Quanto à localização no osso..................................................23


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5.5.1.5 Quanto à extensão....................................................................23

5.5.2 Fraturas com nomenclatura especial.....................................................28

6. Cinemática do trauma.............................................................................................34

6.1 Conceitos...........................................................................................................34

6.2 Leis da física que regem o trauma.....................................................................35

6.3 Uma colisão? Três colisões............................................................................36

7. Fundamentos da Radiologia Traumato Ortopédica............................................38

7.1 Adaptação ao paciente....................................................................................38

7.2 Obter ao menos duas projeções com 90° entre si........................................38

7.3 Incluir toda a parte anatômica traumatizada no filme..................................39

8. Rotinas para a execução dos exames do trauma...............................................42

8.1 Traumatismos nos membros superiores............................................................43

Estudo Radiológico pós redução..............................................................................52

8.2 Traumatismos nos membros inferiores..............................................................69

8.3 Traumatismos no tórax.......................................................................................88

8.4 Traumatismos no abdome..................................................................................95

8.5 Traumatismos na coluna vertebral.....................................................................99

8.6 Traumatismos no crânio e na face....................................................................108


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1. INTRODUÇÃO

Todo o tecnólogo em radiologia médica que se dispuser a trabalhar em salas de pronto


atendimento ao paciente traumatizado ou poli traumatizado tem que estar consciente que o
estudo radiológico de tais pacientes requer uma grande adaptação das técnicas e
posicionamentos utilizados em pacientes eletivos.

Estes pacientes na sua maioria estão imobilizados de várias formas, sendo a mais
frequente a fixação em uma prancha de transporte tipo SIATE, com um colar cervical. Outros
se apresentam com talas indicativas de possíveis fraturas ou luxações de extremidades.

Imagem: Bontrager, Kenneth Textbook of radiographic positioning and related Anatomy 8th Ed.

O estudo radiológico do poli traumatizado, em conjunto com a história do trauma e os


achados clínicos do paciente, são informações fundamentais na determinação da conduta a
ser tomada pela equipe.

Dependendo das condições físicas do local de atendimento pode-se então sugerir a


realização de um estudo diagnóstico mais detalhado utilizando para isto, a ultrassonografia,
endoscopia, tomografia computadorizada, métodos invasivos ou mesmo indicar uma
intervenção cirúrgica imediata.

As radiografias solicitadas inicialmente dependerão das queixas do paciente, bem como


da história do trauma.

Esta disciplina tem como finalidade apresentar os aspectos radiológicos mais


frequentes do trauma e citar superficialmente outros métodos específicos, já que a radiologia
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convencional, na maioria das vezes, é o único método diagnóstico disponível para o


atendimento hospitalar inicial do poli traumatizado. (PEREIRA, 2013).

A radiologia convencional ou simples como se costuma chamar o estudo radiológico


sem uso de contraste segue sendo a exploração básica na área de trauma músculo
esquelético, dado que é a que mais se utiliza e que maior rendimento produz em geral.
Provavelmente, a riqueza semiológica (conjunto de sinais em uma imagem) aprendida
durante estes mais de cem anos faz que se mantenha como uma ferramenta insubstituível
no diagnóstico de lesões por trauma. Lembrando que o cristal de apatita de cálcio, um dos
minerais constituintes do osso, é um agente de contraste intrínseco do osso, o que dá à
radiologia simples uma grande vantagem sobre outras técnicas de exame.

Importante ressaltarmos que fraturas de estruturas complexas como o cotovelo, punho


tornozelo e pé nem sempre são demostradas nas incidências de rotina, sendo necessário
aplicar técnicas especiais de posicionamento.

A sequência de tomada das imagens também é um fator importante para o sucesso, a


escolha da incidência do raio central será ditada pela apresentação clínica do paciente, bem
como pelo equipamento disponível. Saber onde começar e o que fazer em seguida, embora
soe rudimentar, é de extrema importância no diagnóstico exato e rápido. (GREESPAN, 1992)
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2. MELHORES PRÁTICAS EM RADIOLOGIA TRAUMATO ORTOPÉDICA

Como a radiografia dos pacientes traumatizados não costuma permitir o uso do


posicionamento e incidências de rotina. Além do que a assistência aos pacientes
traumatizados requer uma atenção especial enquanto se realizam difíceis procedimentos de
diagnósticos por imagens as seguintes práticas oferecem algumas diretrizes universais para
o tecnólogo:
1. RAPIDEZ

Os tecnólogos devem obter imagens de qualidade no menor tempo possível, a rapidez


durante uma exploração diagnóstica é um fator crucial que pode salvar a vida do paciente.

2. EXATIDÃO

As imagens devem ser exatas, com a menor distorção e com mais detalhes possíveis.
Na radiologia traumato ortopédica se aplica igualmente o perfeito alinhamento do raio central
com o chassi ou receptor de imagem. Um segredo é utilizar o menor tempo de exposição
possível, reduzindo artefatos por movimentos involuntários do paciente.

3. QUALIDADE

Não precisamos sacrificar a qualidade para conseguir imagens rapidamente. Não


podemos cair na armadilha de usar o estado físico do paciente como desculpa para uma
posição descuidada ou para aceitar imagens de baixa qualidade,

4. POSICIONAMENTO

Temos que tomar muitas precauções para garantir que o procedimento de diagnóstico
não agrave as lesões do paciente. Em este caso se aplica as duas regras de ouro do exame
de pacientes vítimas do trauma de “sempre obter-se duas projeções perpendiculares entre
sí” e “adaptar-se ao estado físico do paciente”. Sempre que seja possível, mover o tubo e o
receptáculo de imagem, para obter as projeções desejadas.

5. PREUCAÇÕES DE CONTÁGIO

Durante a tomada da radiografia ao paciente vítima do trauma cabe esperar a


possibilidade de uma exposição a sangue ou outros fluidos corporais. Sempre utilize luvas,
máscara, óculos de proteção e avental sempre que for indicado.

Se possível usar sacos plásticos não porosos para proteger os chassis destes fluidos
corporais. As luvas devem ser trocadas após o contato com o paciente.

Jamais tocar em qualquer objeto inanimado com luvas (portas, maçanetas,


computadores). Lavar as mãos frequentemente, especialmente entre um paciente e o
seguinte. Manter a sala sempre limpa e desinfetada.

6. IMOBILIZAÇÕES

Nunca retirar nenhum dispositivo imobilizador sem o consentimento do médico.


Proporcione suporte adequado a imobilização para melhorar a comodidade do paciente e
limitar o risco de movimentos.
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7. INICIATIVA

Devido a previsível necessidade de incidências e procedimentos especiais para


determinadas lesões o tecnólogo em radiologia médica é um elemento crucial da equipe
multidisciplinar de atendimento. Por exemplo, os pacientes que requerem tratamento
cirúrgico necessitam geralmente uma radiografia de tórax, caso não solicitada, sugerir ao
médico assistente sua requisição, antes da retirada do paciente da sala de exames.

Há que se conhecer que procedimentos costumam derivar para uma tomografia


computadorizada inicial, ou para incidências adicionais. Estar preparado e conhecer a
necessidade destes procedimentos inspira confiança e ajuda a valorizar o papel que
desempenha o tecnólogo dentro da equipe.

8. ATENÇAO AOS DETALHES

Não deixar nunca um paciente vítima de trauma (nem o paciente eletivo) sozinho
durante os procedimentos diagnósticos. O estado do paciente pode evoluir a qualquer
momento e o tecnólogo tem a responsabilidade de detectar esta mudança e comunicar
imediatamente ao médico assistente.

Se não puder processar as imagens e ter ao mesmo tempo contato visual com seu
paciente, peça ajuda. Sempre deve haver alguém com o paciente vítima do trauma a todo o
momento.

9. ATENÇAO AO PROTOCOLO DO SERVIÇO

Informar-se dos protocolos e das práticas do serviço e aja unicamente dentro dos
limites de sua competência e capacidade.

Não ofereça nem administre ao paciente nada pela boca. Pergunte sempre ao médico
assistente antes de dar algo para comer ou beber, independente da insistência do paciente.

10. ÉTICA

Um requisito indispensável a todos os profissionais da saúde é a conduta ética e


moralizada em todas as circunstâncias e com todos os pacientes. Cumprir rigorosamente o
Código de ética dos profissionais das técnicas radiológicas.

Disponível em: http://www.crtrpr.org.br/restrito/legislacao/10.pdf

PREPARO DO PACIENTE

É importante recordar que o paciente foi vitima de um trauma perturbador desde o


ponto de vista emocional, além das lesões físicas que possa ter sofrido.

Se o paciente estiver consciente, falar com calma e olhando diretamente para ele
enquanto lhe explica os procedimentos que foram solicitados. Nunca pense que o paciente
não pode ouvir, quando não puder responder ou não responda.

Examine minuciosamente o paciente em busca de objetos que possam causar artefatos


nas imagens e que possam ser removidos com segurança. Explique ao paciente o que esta
retirando e o porquê da retirada. Assegure-se de colocar todos os objetos retirados, em
especial os de maior valor em local apropriado. (MERRIL. 2009).
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3. TERMINOLOGIA DO TRAUMATISMO E DAS FRATURAS

A radiografia do trauma esquelético exige um entendimento dos termos que são


exclusivos dessas situações, como a terminologia da fratura.

Conhecer os termos que são usados na história do paciente ou na requisição de


exames permitirá que o profissional em radio imaginologia compreenda qual o tipo de injúria
ou fratura que está sendo suspeitada e quais são as incidências mais importantes.

Também ajudará a evitar certas técnicas de posicionamento ou posições corporais que


possam resultar em dor ou injúria adicional.

Antes de adentrarmos efetivamente no estudo da conceituação, caracterização e


diferenciação entre luxações, entorses, fraturas e outras consequências do trauma
ortopédico, vamos voltar a algumas definições importantes no bom entendimento e
atendimento ao paciente traumatizado ou poli traumatizado.

ORTOPEDIA
Especialidade médica que tem por objetivo investigar, estudar, prevenir e tratar as
afecções e doenças do aparelho locomotor e de sustentação.

O termo deriva das palavras gregas ORTHOS (correto, direito) e PAIDIOS (criança) e
foi criado, em 1741, por Nicholas Andry, médico francês, para servir de título à sua obra que
tratava da prevenção e correção das deformidades nas crianças.

TRAUMATOLOGIA

A Ortopedia está diretamente relacionada à Traumatologia que é a especialidade


médica que lida com as lesões corporais resultantes de traumatismos do aparelho
musculoesquelético, focando-se também em lesões ósseas e tendinosas da coluna, bacia, e
membros superiores e inferiores.
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4. ANATOMIA DO SISTEMA LOCOMOTOR

4.1 O OSSO

O osso representa o arcabouço do aparelho locomotor, mas, além de funções


mecânicas é, também, elemento importante no metabolismo de sais minerais, na albergagem
de tecido hemopoiético e nervoso, e nas inserções musculares.

Por definição, o osso longo é aquele que tem o comprimento muitas vezes maior que a
largura. Lembre-se de que, por esta definição os ossos metatarsais e metatarcapais são
também longos, apesar da pequena dimensão física.

Todos os ossos longos tem estrutura básica comum: diáfise, metáfise e epífise.

Imagem: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com

Sendo a diáfise um corpo cilíndrico central que apresenta no interior o canal medular,
preenchido por medula óssea. A parede da diáfise chama-se cortical que é formada por osso
bastante denso e resistente.

À medida que se avança para as extremidades, a diáfise alarga-se e a córtex vai se


adelgando, dando origem à metáfise. Não há demarcação nítida entre a diáfise e a metáfise,
mas uma gradativa transformação de uma em outra.

As extremidades do osso longo chamam-se epífises cujas superfícies são revestidas


pela cartilagem articular.

Nas crianças a epífise é formada pelo núcleo de ossificação secundário e pela


cartilagem de crescimento que é estrutura bastante delicada, e responsável pelo crescimento
longitudinal do osso. Portanto, no osso infantil, há demarcação nítida entre epífise e metáfise.
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O ser humano adulto possui, via de regra, 206 ossos (este número costuma variar).
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4.2 A ARTICULAÇÃO

Uma articulação é o local onde dois ossos se encontram. As articulações


desempenham duas funções: mantêm os ossos unidos e proporcionam flexibilidade a um
esqueleto rígido. Quanto a sua estrutura as articulações são: sinoviais e sólidas.

Articulação sinovial é aquela na qual os elementos esqueléticos são separados por


uma cavidade.

Articulação sólida é aquela na qual os elementos esqueléticos são mantidos juntos


por tecido conjuntivo.

Imagens: Atlas fotográfico de anatomia e Gray’s Anatomia para estudantes.


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Quanto a sua funcionalidade ou mobilidade as articulações podem ser: móveis,


semimóveis ou anfiartrose e imóveis ou sinartroses.

As articulações móveis são chamadas diartroses, elas proporcionam grande


flexibilidade e mobilidade. A maior parte das articulações do corpo humano é móvel e todas
as articulações móveis são sinoviais.

Imagens: Atlas fotográfico de anatomia.

As articulações semimóveis são chamadas anfiartrose , elas proporcionam pouco


movimento e geralmente os ossos são unidos por um disco de cartilagem.

As articulações imóveis são chamadas de sinartroses, elas são constituídas para não
permitir o movimento entre os ossos que são unidos por tecido conectivo fibroso.

Imagens: Netter’s Clinical Anatomy


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4.3 O MÚSCULO

O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do nosso corpo. Existem


cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos eles representam de 40 a 50% do peso total
de uma pessoa.

O tecido muscular é caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas


células, o que determina a movimentação dos membros e das vísceras. Há basicamente três
tipos de tecido muscular: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.

O músculo estriado esquelético forma a maior parte do tecido muscular do corpo


humano. Está integrado por feixes paralelos de fibras longas e multinucleadas com faixas
transversais (estrias) sendo capaz de efetuar potentes contrações e é inervado por nervos
motores somáticos e braquiais. Este tipo de musculo é empregado para mover os ossos e as
estruturas, proporcionando sustentação e forma ao corpo. Por obedecer aos nossos
comandos também é chamado de voluntário.

O músculo estriado cardíaco é encontrado somente nas paredes do coração (miocárdio) e em


alguns vasos próximos ao local em que estes se unem ao coração. Consiste em uma rede ramificada
de células individuais inter-relacionadas elétrica e mecanicamente para atuarem como uma unidade
funcional. Suas contrações são menos potentes que as do musculo estriado esquelético e é muito
resistente a fadiga. O músculo cardíaco é inervado por nervos motores viscerais. Como não obedece
aos nossos comandos trabalhando de forma independente e automática é também chamado de
involuntário

.
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O músculo liso como o nome já diz é carente de estrias sendo formado por fibras
alargadas ou fusiformes capazes de realizar contrações lentas e amplas. Encontramos a
musculatura lisa nas paredes dos vasos sanguíneos formando a túnica média, nos folículos
pilosos, no globo ocular e nas paredes de diversas estruturas dos sistemas gastrointestinal,
respiratório e geniturinário. O musculo liso é inervado por nervos motores viscerais.

Imagens: Netter’s Clinical Anatomy

FUNÇÕES DOS MÚSCULOS

Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e


correr, pular, entre outros.

Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos


estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de
ficar em pé ou sentar.

Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos
músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.

Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das


paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também
podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos
promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.

Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande
parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.

RESUMINDO

Os músculos são capazes de se contrair e de se relaxar, gerando movimentos que nos


permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento ao longo do tubo
digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos,
rir, respirar...

A nossa capacidade de locomoção depende da ação conjunta de ossos, articulações e


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músculo, sob a regulação do sistema nervoso.

5. FRATURAS LUXAÇÕES SUB LUXAÇÕES CONTUSÕES E ENTORSES

5.1 CONTUSÃO

A contusão é uma lesão sem fratura dos tecidos moles. Ela é gerada pelo impacto
mecânico de um agente externo sobre uma parte do corpo. O agente agressor lesiona o
tecido mole, no ponto de impacto, rompendo pequenos vasos.

Imagens: Internet

5.2 LUXAÇÃO

Luxação ocorre quando o osso é deslocado de uma articulação ou quando o contato


articular dos ossos que formam a articulação é completamente perdido. É o deslocamento de
superfícies articulares, modificando as relações naturais de uma articulação.

As luxações ocorrem mais comumente em articulações móveis (ombro, quadril, dedos


da mão).

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA LUXAÇÃO:

1. Dor

2. Edema local

3. Impotência funcional

4. Anatomia disforme

5. Palidez

6. Encurtamento ou alongamento.

Imagem: Manual do atendimento pré-hospitalar do CBPR

Como nas fraturas, as luxações devem ser examinadas em dois planos, um com 90°
em relação ao outro, para demonstrar o grau de deslocamento.
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A luxação mais comum é a da articulação escapulo umeral, por ser a de maior


mobilidade.

SINAL DE CABIDE NORMAL ANTERIOR POSTERIOR


Imagens: Emergency Radiology Case Studies

MANOBRA HIPOCRÁTICA

Como o nome sugere, encontra-se descrita nas obras de Hipócrates. Baseia-se na


tração longitudinal do membro e contra tração aplicada na região axilar.

O paciente é deitado confortavelmente e a alça de lençol é aplicada na axila do


paciente. Um médico, segurando em torno do punho, aplica, gradativamente, tração
longitudinal no membro superior que é mantido em discreta abdução. O auxiliar traciona, em
sentido contrário, com o lençol o que conduz a cabeça do úmero de volta ao seu lugar.

Imagens: Ortopedia e traumatologia para a graduação médica

LUXAÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL

A grande complicação da luxação de uma vértebra é a lesão neurológica que a ela


pode estar associada (raiz nervosa ou medula espinhal) levando, muitas vezes, a quadros
irreversíveis de paraplegia ou tetraplegia.

O segmento que mais luxa é o cervical, em seguida, o lombar. O mecanismo de


traumatismo é um movimento brusco de flexão ou extensão associado à rotação. Isto faz
com que haja roturas dos ligamentos estabilizadores, com desencaixe das facetas articulares
que provoca o deslizamento de uma vértebra produzindo lesões neurológicas.
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Os traumas em flexão provocam luxação anterior, ou seja, o corpo da vértebra


escorrega anteriormente. São frequentes em choques dianteiros de carro, em quedas com o
pescoço flexionado (motociclismo) e mergulho em água rasa.

Os traumatismos em extensão levam à luxação posterior. O


corpo vertebral desliza-se para trás.

Acontecem nas batidas traseiras dos carros e nas quedas


com o pescoço em extensão.

A localização mais frequente de luxação cervical é no


segmento C4-C6.

5.3 SUBLUXAÇÃO

Sub luxação é uma luxação parcial, isto é, o osso não é totalmente deslocado de sua
cavidade articular..

Outro exemplo é o cotovelo da babá, que é um deslocamento parcial traumático da


cabeça radial de uma criança, causado por forte tração da mão e punho de uma criança por
um adulto.

http://cms-edgarmagalhaesgomes.blogspot.com.br/2013/01/fraturas-na-infancia.html
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5.4 ENTORSE

É a torção forçada de uma articulação, que estira, ou rompe seus ligamentos, mas não
desloca os ossos. Os ligamentos são estendidos além de suas capacidades. Os sintomas
são similares aos de uma fratura, e as radiografias diferenciam entre uma e outra.

5.5 FRATURAS

Um corpo sob a ação de uma força sofre deformação que, dentro de certos limites, é
reversível. Isto é, uma vez retirada a força o objeto recupera as dimensões originais.

Porém, se a força aumentar, a deformação atinge um limite em que ocorrerá a quebra


do material constituindo-se uma fratura (limite máximo). O osso comporta-se da mesma
forma. Uma Fratura é a quebra de um osso.

Imagens: Cinemática do trauma. Carvalho, Mauricio Vidal de.

As forças deformantes atingem o osso por meio de traumatismos e a fratura pode


localizar-se no local de aplicação da força (traumatismo direto) ou à distância dela
(traumatismo indireto). Um exemplo do primeiro caso é quando um indivíduo recebe um
golpe na perna e tem fratura da tíbia e, no segundo caso, uma pessoa que, ao desequilibrar-
se, cai apoiando a mão.
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O impacto é aplicado na região palmar, mas pode transmitir-se pelo membro superior e
provocar fratura no cotovelo, ombro ou clavícula. (SBOT, 2010).

Imagens: Netter’s Clinical Anatomy e Internet

Diante da possibilidade de qualquer fratura, o tecnólogo deve ser extremamente


cauteloso ao mover e posicionar o paciente a fim de não causar adicional injúria ou
deslocamento de fragmentos fraturados. Nunca forçar um membro para posicionar.

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA FRATURA:


1. Dor
2. Edema local
3. Impotência funcional
4. Anatomia disforme
5. Hematoma

"Após um traumatismo, dor óssea localizada é fratura, até prova contrária”. (SBOT).

Esta decididamente não é a maneira correta


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5.5.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS:

5.5.1.1 Quanto à exposição óssea:

Exposta: é a fratura em que existe solução de continuidade na pele e o foco da fratura


comunica-se com o meio externo através de lesão em diferentes graus das partes moles.

Imagens: Internet

Fechada: não há comunicação do foco com o meio externo. A estrutura óssea não
atravessa a pele. Também chamada de fratura simples.

5.5.1.2 Quanto à etiologia:

Traumática: estas fraturas seguem um acidente violento. A fratura ocorre após um


golpe direto no local da injuria ou depois de uma torção significativa fora da sede da fratura.

Imagens: retiradas da Internet


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Espontânea ou patológica: estas são as fraturas causadas sem a intervenção de um


choque ou torção. As principais causas são os tumores e a osteoporose e algumas doenças
genéticas como a doença do osso frágil. De certa forma toda fratura é patológica.

Fadiga ou por estresse: as fraturas por estresse ocorrem durante um esforço


prolongado, sendo associada a lesões por esforços repetitivos. A pressão exercida pelo salto
alto na parte anterior do pé pode causar fraturas por estresse nos metatarsianos.

Imagens: www.divasquecorrem.com

5.5.1.3 Quanto ao mecanismo do trauma:

Direto: Quando o trauma atinge diretamente o osso fraturado.

Imagem: Internet
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Indireto: Quando o Trauma atinge um osso e esta energia é transmitida através de


uma ou mais articulações, lesando outro osso à distância.

Imagens: Netter’s Clinical Anatomy e Internet

Por avulsão ou contração muscular: Ocorre fratura por avulsão quando um ligamento
ou tendão inserido no osso se rompe e arranca junto um pedaço desse osso.

Imagens: Diagnostic.Imaging.for.the.Emergency.Physician

Compressão: fratura típica das vertebras geralmente causadas por osteoporose. A


lesão é provocada por uma atividade que aumenta a carga compressiva sobre a coluna (por
exemplo, levantar um peso, inclinar-se para frente ou pisar em falso ao andar).

Mas é um tipo de fratura comum em acidentes automobilísticos ou quedas, quando


podemos ter fratura por compressão em uma vertebra saudável.
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5.5.1.4 Quanto à localização no osso:

Quanto à localização no osso as fraturas podem ser epifisiária, diafisiárias ou


metafisiarias.

5.5.1.5 Quanto à extensão:

Completa: quando a fratura atinge todas as corticais do osso. E pode ser dividida em
três tipos principais:

Fratura transversal: A fratura é transversal em um ângulo quase reto em relação ao


eixo longitudinal do osso.

Fratura oblíqua: A fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo.

Fratura em espiral: Nessa fratura, o osso é separado e a fratura forma espirais ao


redor do eixo longitudinal.

Incompleta: quando uma ou mais corticais do osso permanecem íntegras. Essa fratura
não ultrapassa todo o osso. (O osso não é quebrado em duas partes.) É mais comum em
crianças. Os dois tipos principais de fraturas incompletas são os seguintes:

Fratura em tara ou toros: Típica fratura que ocorre na criança em que, devido à
extrema elasticidade do osso, ele "amassa" ao invés de quebrar.

Imagens: Diagnostic.Imaging.for.the.Emergency.Physician
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Fratura em galho verde: A fratura ocorre em apenas um lado. O córtex de um lado do


osso está quebrado, e o outro lado está envergado. Quando o osso se endireita, uma linha
de fratura tênue no córtex pode ser vista em um lado do osso, e uma discreta saliência ou
defeito em forma de prega é vista do lado oposto.

Imagens: Diagnostic.Imaging.for.the.Emergency.Physician

Cominutiva: nessa fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto,


resultando em dois ou mais fragmentos. Temos três tipos de fraturas cominutivas:
Fratura segmentar: Um tipo de fratura dupla com duas linhas de fratura isolando um
segmento distinto de osso.

Fratura em borboleta: Uma fratura cominutiva com dois fragmentos de cada lado de
um fragmento principal separado em forma de cunha; possui alguma semelhança com as
asas de uma borboleta.

Fratura estrelada: as linhas de fratura são radiadas a partir de um ponto central.


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Impactada: nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro; a diáfise do


osso é impelida na cabeça ou no segmento terminal. Isso ocorre mais comumente nas
extremidades distais ou proximais do fêmur, úmero ou rádio.

Imagens: Diagnostic.Imaging.for.the.Emergency.Physician e Radiologia Ortopédica Greenspan

RESUMO DOS TIPOS DE FRATURAS MAIS COMUNS

INCOMPLETA
(CRIANÇAS) COMPLETA

ARQUEAMENTO TORUS GALHO VERDE SIMPLES COMINUTIVA


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SEGUNDO A DIREÇÃO DA LINHA DE FRATURA

TRANSVERSAL OBLIQUA ESPIRAL LONGITUDINAL

CARACTERISTICAS ESPECIAIS ANOMALIA ASSOCIADA

IMPACTADA DEPRESSÃO COMPRESSÃO COM LUXAÇÃOCOM DIASTASE

FRATURAS ESPECIAIS
POR SOBRECARGA PATOLÓGICA

POR ESTRESSE OSTEOPOROSE ASSOCIADA A TUMOR

Imagens: Radiologia Ortopédica Adam Greenspan


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5.5.2 FRATURAS COM NOMENCLATURA ESPECIAL

A seguir estão alguns exemplos e descrições de fraturas, usualmente denominadas


segundo o tipo de injúria ou com o nome da pessoa que a identificou pela primeira vez.

FRATURA DE MONTEGGIA

Esta fratura-luxação foi originalmente descrita por Giovanni Battista Monteggia, em


1814.

É uma associação de fratura do terço proximal ou médio da ulna com luxação anterior
da cabeça do rádio.

Geralmente resulta de pronação forçada do antebraço durante uma queda ou de um


golpe direto na face posterior da ulna. Essa fratura pode ainda resultar de defesa contra
golpes com o antebraço elevado.

Imagens: Clark's positioning in Radiography e Netter Atlas Prático de Anatomia Ortopédica

FRATURA DE GALEAZZI

Essa fratura foi descrita por Ricardo Galeazzi em 1935. É uma fratura do rádio distal,
com uma luxação ou sub luxação radio ulnar associada.

Normalmente é resultado de um tombo sobre a mão estendida, combinado com uma


pronação acentuada do antebraço.

Imagens: Clark's positioning in Radiography e Netter Atlas Prático de Anatomia Ortopédica


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FRATURA DE COLLES

Essa fratura do punho na qual o rádio distal é fraturado com o fragmento distal
deslocado posteriormente (angulação anterior do ápice) resulta de uma queda sobre o braço
estendido.

FRATURA DE SMITH (COLLES INVERTIDA)

Essa é uma fratura do rádio distal com deslocamento anterior (angulação posterior do
ápice).

Imagens: Clark's positioning in Radiography e Netter Atlas Prático de Anatomia Ortopédica

FRATURA DE BARTON

Essa é uma fratura intra-articular da borda dorsal do rádio distal. Quando envolve a
margem palmar é chamada de fratura de Barton invertida.

Imagens: Clark's positioning in Radiography e Netter Atlas Prático de Anatomia Ortopédica


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FRATURA DE BENNETT

Essa fratura intra-articular e longitudinal ocorre na base do primeiro metacarpo, com a


linha de fratura penetrando na articulação carpometacarpal, geralmente incluindo
deslocamento ou Sub luxação posterior.

FRATURA DE ROLANDO

A fratura de Rolando é uma fratura de Bennett cominutiva.

Imagens: Radiologia Ortopédica Adam Greenspan

Importante ressaltar que tanto a fratura de Bennett como a fratura de Rolando são
fraturas intra-articulares. A fratura a seguir é uma fratura extra-articular na base do
primeiro metacarpiano.
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FRATURA DE HUTCHINSON OU DO MOTORISTA (CHOFER)

Essa fratura foi denominada na era dos automóveis à manivela quando frequentemente
ocorria traumatismo direto da face radial do punho devido ao retrocesso da manivela.
Envolve a margem lateral do rádio.

FRATURA DO BOXEADOR

Essa fratura envolve mais comumente o quinto metacarpo distal, com uma angulação
posterior do ápice mais bem demonstrada na visão lateral. Isso resulta do ato de socar.

FRATURA DE POTT

Esse termo antigo é usado para descrever uma fratura completa da fíbula distal.

Imagens: Radiologia Ortopédica Adam Greenspan e Internet


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FRATURA DE JONES

Essa é uma fratura por avulsão da base do quinto metatarsiano. Uma fratura de Jones
“verdadeira” esta localizada cerca de 2,5 cm distantes da base do 5º metatarsiano.

Imagens: Radiologia Ortopédica Adam Greenspan

FRATURA DO CAVADOR DE BARRO OU DO MINERADOR

É uma fratura da apófise espinhosa de C-6 ou C-7, causada por potente flexão aguda,
como a produzida pelo ato de cavar. O nome deriva de sua frequência em mineiros
cavadores de barro na Austrália na década de 1930.

Imagens: Radiologia Ortopédica Adam Greespan

FRATURA DO ENFORCADO

Em 1912 Wood-Jones descreveu o mecanismo patogênico associado às execuções por


enforcamentos. Ele constatou que a hiperextensão e o deslocamento resultavam em fraturas
bilaterais dos pedículos do áxis, com luxação do corpo e consequente laceração da medula.

Hoje esta lesão é comum em acidentes automotivos, estando a vítima sem o cinto.
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FRATURA EM LÁGRIMA
É uma lesão grave por hiperflexão da coluna cervical, ocasionando uma fratura anterior
por compressão do corpo vertebral e rompimento do ligamento posterior.
O componente em lágrima aparece como um fragmento ósseo separado da margem
Antero inferior do corpo vertebral.
Este é a lesão mais grave e instável da coluna cervical.
Foi descrita por Schneider em 1956, “em lágrima” porque lhe recordava a lágrima do
paciente ao comunicar a gravidade da lesão.

Imagens: Radiologia Ortopédica Adam Greespan

6. CINEMÁTICA DO TRAUMA

6.1 Conceitos

Cinematica: Estuda a transferência de energia de uma fonte externa para o corpo.


Traumatismo: é uma lesão caracterizada por uma alteração estrutural ou fisiológica
resultante da ação de um agente externo que resulta na exposição a uma energia (mecânica,
térmica, elétrica), esta energia pode ter origens bio-físico-químicas.

As mortes ocasionadas por traumas ocupam entre a segunda ou terceira posição geral
na morbidade dos países, (perdendo apenas para as doenças cardiovasculares e
neoplasias). Porém entre os indivíduos das faixas etárias inferiores a 40 anos é a principal
causa de morte.

Embora existam vários mecanismos de trauma os mais comuns relacionam-se com o


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movimento, respondendo pela maioria das mortes por trauma. Essas lesões são devido a
duas maneiras de transferir energia:

 Movimento da vítima;

 Movimento de objetos que atuam sobre a vítima.

Estudo feito na Espanha pela Fundação Mapfre de Segurança Viária apontou que, no
caso de uma batida a 60 km/h, os objetos soltos pelo interior do automóvel vão ser
arremessados com uma força equivalente a 55 vezes o seu peso original.

Ou seja, um laptop de 3 kg poderia acertar a cabeça de um ocupante com um golpe


de 165 kg, o que seria mortal. Já um cachorro sem o cinto no momento do impacto
“atropelaria” os ocupantes à frente como se fosse um boi.

Imagens : http://www1.folha.uol.com.br/fsp/veiculos/cv2702201108.htm acesso 02mar 15

6.2 Leis físicas que regem o trauma

Há certas leis da Física com as quais nós devemos estar familiarizados para entender o
fenômeno da transferência de energia:

1ª. Lei de Newton: um corpo em repouso permanece em repouso até que sobre ele
atue uma força externa.

2ª. Lei de Newton: a força resultante sobre um corpo é igual ao produto da massa pela
aceleração.

Leia da Conservação da Energia A energia não se cria, não se perde, mas se


transforma e pode ser transferida para outro corpo .
Sir Isaac Newton - físico, matemático e astronomo
inglês, nasceu em 25 de dezembro de 1642 na cidade de
Woolsthorpe, Lincolnshire. Faleceu no dia 20 de Março
de 1727 em Kensington
Estudou no Trinity College de Cambridge, onde
recebeu em 1665 o título de bacharel.
Ao firmar o princípio da gravitação
universal, Newton elimina a dependência da ação divina
e influencia profundamente o pensamento filosófico do
século XVIII.
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Sir Isaac Newton


Exemplo:

Um automóvel (e seus ocupantes) viajando a 100 km/h gera uma grande quantidade de
energia mecânica. Se o carro colidir contra uma árvore, quase toda essa energia será
absorvida pela árvore, pelo veículo e por seus passageiros.

Desta maneira, os ferimentos que ocorrerem com os passageiros pela brusca parada
do veículo, deriva do fenômeno da transferência de energia.

Lesões provocadas por aceleração ou desaceleração são causadas pela transferência


da energia necessária para mover um corpo em repouso ou pará-lo quando em movimento.

Esse mesmo coeficiente se aplica aos órgãos internos, assim como vemos na tabela:

Órgão Peso em repouso Peso no impacto (100 Km/h)

1,70 Kg 47 Kg
Fígado

0,300 g 8 Kg

Coração

1,5 Kg 42 Kg
Cérebro

0,150 g 4 Kg
Baço
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6.3 UMA COLISÃO? TRÊS COLISÕES

Um dos principais pontos para o bom entendimento do mecanismo produtor da lesão


nas colisões automobilísticas é entender que uma colisão na verdade representa três
colisões:

A primeira colisão ocorre entre o veiculo e o objeto.

A segunda colisão se dá entre a vítima e o interior do veículo.

A terceira colisão ocorre entre os órgãos internos e o próprio corpo da vítima.

EFEITO “SACO DE PAPEL”

As lesões por compressão ocorrem quando a parte do tronco (tórax e abdome)


deixa de deslocar-se para frente enquanto que a parte posterior continua a mover-se
em direção anterior. A contusão miocárdica é o exemplo típico.

Os pulmões estão sujeitos ainda a uma variante peculiar deste tipo de lesão – o
efeito do saco de papel. Em uma situação de colisão é instintivo a vítima puxar o folego
e segurar o fôlego, fechando a glote. A compressão súbita da caixa torácica no
momento do impacto produz então, ruptura dos alvéolos e consequente pneumotórax.
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7. FUNDAMENTOS DA RADIOLOGIA TRAUMATO ORTOPÉDICA

7.1 ADAPTAÇÃO AO PACIENTE

Diferente do exame radiológico do tórax ou do abdome que exigem poucas


incidências em seu estudo, no sistema esquelético cada área anatômica tem suas próprias
incidências. Como rotina realizamos projeções ortogonais em Antero posterior e em perfil, já
em estruturas como a cintura escapular não tem como realizar facilmente o perfil, porem
cada um de seus componentes tem uma incidência particular e específica. Como estudamos
em protocolos dos exames convencionais I e II.

Agora em se tratando de Radiologia traumato ortopédica temos um componente de


agravo nesta complexa equação: o estado físico do paciente vítima do trauma. Este paciente
geralmente chegará ao serviço de imaginologia imobilizado em uma prancha de transporte,
dificultando em muito a tomada das radiografias.

É nesta hora que nossa capacidade profissional como tecnólogos em radiologia é posta
a prova. A palavra chave aqui é ADAPTAÇÃO, não só de técnicas, mas principalmente de
posicionamentos, o tecnólogo é que se adapta ao paciente e não o contrário.

Imagens: Acervo particular

7.2 OBTER AO MENOS DUAS PROJEÇÕES COM 90° ENTRE SI

A Radiologia traumato ortopédica tem como um dos seus principais fundamentos a


obtenção de ao menos duas incidências, com um ângulo de 90° entre si.

A preferência sempre será obter as incidências de rotina, geralmente uma em Antero


posterior e outra em Perfil verdadeiro. Como isto nem sempre é possível, optamos em
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realizar duas incidências, mantendo sempre um ângulo reto da segunda em relação a


primeira. Apenas como um último recurso, uma única incidência deve ser feita.

O perfeito alinhamento entre o Raio central, a parte examinada e o filme deve ser
mantido. Se isto não for possível, dever ser escrito na requisição.

Imagens: Bontrager, oitava edição e Merril Atlas de Posiciones Radiologicas

7.3 INCLUIR TODA A PARTE ANATÔMICA TRAUMATIZADA NO FILME

É importante que toda a estrutura a ser examinada esteja incluída na imagem


radiográfica para garantir que nenhuma patologia seja negligenciada.

Isso exige seleção de receptores de imagem grandes o suficiente ou o uso de mais de


um se necessário.

Imagens: Emergency Radiology Case Studies.


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Por exemplo, o abdome em um paciente grande pode exigir dois filmes colocados
transversalmente para incluir todo o abdome.

Isso pode também ser verdadeiro para o tórax e estruturas ósseas torácicas.

Imagens: Merrill’s Atlas of Radiographic Positioning and Procedures

RESUMINDO:

1. Adaptação ao paciente.

2. Obter ao menos duas projeções com 90° entre si.

3. Incluir toda a parte anatômica traumatizada no filme.

SALA DE RADIOLOGIA TRAUMATOLÓGICA PADRÃO AMERICANO E EUROPEU

Como podemos observar pela literatura estrangeira, principalmente estudando o Tratado de


técnica radiológica e base anatômica do Kenetth L. Bontrager e Atlas de posiciones y procedimentos
radiológicos de Vinitta Merril, os procedimentos sugeridos para a obtenção das imagens em
radiologia traumato ortopédica partem do pressuposto que a sala de exames possui equipamentos
que possibilitam aquisição sem mover o paciente.

Nas imagens abaixo ilustramos alguns destes equipamentos.


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O Statscan é um scaner de Raios X desenvolvido e comercializado pela empresa sul-


africana Lodox que produz imagens de corpo inteiro em apenas 13 segundos,
aproximadamente, sem mover o paciente.

Imagens: Atlas de posiciones y procedimentos radiológicos

8. ROTINAS PARA A EXECUÇÃO DOS EXAMES DO TRAUMA


8.1 TRAUMAS NOS MEMBROS SUPERIORES

Os membros superiores fazem parte do esqueleto apendicular, sendo articulados ao


esqueleto axial por meio das cinturas escapulares. São divididos em regiões, como o braço,
antebraço e mão.

O braço corresponde à região compreendida entre a articulação do ombro e a


articulação do cotovelo; o antebraço, região compreendida entre a articulação do cotovelo e
a articulação do punho; e a mão, correspondendo ao segmento mais distal dos membros
superiores.
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Imagem: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com e Atlas fotográfico de anatomia

QUIRODÁCTILOS
Os quirodáctilos são compostos principalmente por ossos tubulares curtos.

Os quirodáctilos do segundo ao quinto apresentam três falanges, chamadas de falange


proximal ou primeira falange, falange média ou segunda falange, e falange distal ou terceira
falange.

Imagens: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com e Clark's Positioning in Radiography


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MÃO

A mão é composta por três grupos ósseos distintos, que são os quirodáctilos,
metacarpianos e os do carpo.

PUNHO
O punho é composto pelos ossos do carpo, que se apresentam em duas fileiras:

Imagens: Bontrager Tratado de radiologia e http://claudiosouza.org/portal/ossos-do-carpo-por-radiografia/

4. Trapezoide 5. Trapézio 6. Capitato 8. Hamato 9. Piramidal 10. Pisiforme 11. Escafoide 12. Semilunar
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ANTEBRAÇO

O antebraço possui dois ossos que são o rádio e a ulna.

Imagens: Atlas fotográfico de anatomia e Biazolli Atlas de anatomia radiológica.

COTOVELO
Os ossos que formam a articulação do cotovelo são o rádio, a ulna e o úmero.

BRAÇO
O braço é formado pelo úmero, que é o maior osso do membro superior.
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Imagens: Merril Atlas de posicionamento e Atlas fotográfico de anatomia.


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FRATURAS DE MONTEGGIA E GALEAZZI

Pacientes com fraturas de Galeazzi tem associada luxação ou sub luxação radio ulnar.

Nas fraturas de Monteggia ocorre associação de fratura de ulna com luxação de cabeça
de rádio.

Por isso, é um erro realizar radiografias de fraturas distais de rádio ou ulna em filmes
menores que não permitam demonstrar a articulação do cotovelo.

Lembrem-se do terceiro fundamento da radiologia traumato ortopédica: incluir toda a


região anatômica traumatizada, no caso de ossos longos, incluir a articulação proximal e
distal.

POSICIONAMENTO RADIOLÓGICO DA CINTURA ESCAPULAR TRAUMATIZADA

A cintura escapular é composta pela escápula, clavícula e pela porção proximal do


úmero.

A cabeça do úmero articula-se com a cavidade glenóide da escápula formando a


articulação escápuloumeral ou glenoumeral.

A Clavícula se articula com a escápula através do acrômio formando a articulação


acrômio-clavicular

O estudo radiográfico da cintura escapular deve ser dividido em:


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• traumatismos;
• lesões inflamatórias e tendinopatias (bursites);
ANATOMIA ÓSSEA

Clavícula

Escápula

Úmero

Imagem: Merrill’s Atlas of Radiographic Positioning and Procedures

ANATOMIA RADIOLÓGICA

Clavícula

Escápula

Úmero
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Clavícula

Úmero

Escápula

Imagem: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com

8.2 TRAUMAS NOS MEMBROS SUPERIORES

Os membros inferiores fazem parte do esqueleto apendicular, sendo articulados ao


esqueleto axial por meio da cintura pélvica.

São divididos em regiões, como coxa, perna e pé.

A coxa corresponde à região compreendida entre a articulação coxofemoral e a


articulação do joelho; a perna, região compreendida entre a articulação do joelho e a
articulação do tornozelo; e o pé, correspondendo ao segmento mais distal dos membros
inferiores.

Fêmur

Joelho

Perna

Tornozelo

Imagem: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com e Atlas fotográfico de anatomia


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1.Fíbula 2.Tíbia 3.Tálus 8.Calcâneo 10.Navicular 11.Cubóide 12.Cuneiforme Medial


13.Cuneiforme Intermédio 14.Cuneiforme Lateral 16. 1º Metatarsiano 18.Falange
Proximal 19.Falange Medial
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TORNOZELO
A articulação do tornozelo é composta pelos ossos da perna (tíbia e fíbula) e
pelo tálus (osso do pé que articula no tornozelo).
As saliências localizadas na face interna (medial) e externa (lateral) do tornozelo são
denominadas maléolos.

PERNA
Na perna são encontrados dois ossos, a tíbia, localizada anterior e medialmente, e a fíbula,
lateralmente. A superfície articular proximal da tíbia articula-se com o fêmur para formar o joelho, e a
sua superfície distal, com o tálus da fileira posterior do tarso, para formar a articulação do tornozelo.
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JOELHO

COXA OU FÊMUR

É o único osso da coxa, o maior e mais pesado do corpo humano, formando em


projeção superior a articulação do quadril e inferiormente a articulação do joelho.

Imagens: Merril Atlas de posicionamento, Netter e Atlas fotográfico de anatomia.

8.3 TRAUMAS DO TÓRAX

Anatomia dos sistemas

O tórax é o segmento do tronco situado entre o pescoço e o abdome. O seu contorno


superior está limitado pelo manúbrio do esterno, as duas primeiras costelas e a primeira
vértebra torácica. O diafragma limita o contorno inferior e separa a cavidade torácica da
abdominal.
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Para fins de exame radiográfico, o tórax pode ser dividido anatomicamente em:

a. Cavidade torácica: com os campos pleuropulmonares e mediastino.

b. Parede torácica: com arcos costais, osso esterno e coluna torácica.

ESTUDO RADIOLÓGICO DO TÓRAX TRAUMATIZADO


Sempre que possível, o estudo radiológico do tórax traumatizado deve ocorrer com o
paciente em posição ortostática com incidências póstero-anterior (PA) ou ântero-posterior
(AP), já que as radiografias de tórax com o paciente em decúbito não fornecem o mesmo
número de informações.
Além da radiografia torácica convencional, outras posições e incidências (decúbito
lateral com raios horizontais) bem como outros métodos diagnósticos (tomografia,
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ultrassonografia) podem ser utilizadas para identificar possível comprometimento das partes
moles da parede torácica, lesões ósseas, pleurais, pulmonares, pericárdicas, esofagianas, e
outras estruturas localizadas no tórax.
Isto tudo de acordo com a conduta médica e dos recursos disponíveis.

Lesões Ósseas

As fraturas mais comuns incluem desde a 4ª até a 10ª costela, mas estas podem não
ser observadas nas incidências convencionais, salvo a presença de um hematoma que
simula espessamento pleural localizado, portanto será necessária a complementação do
estudo com posições oblíquas e tangenciais, além de ser necessário um ajuste nos
parâmetros técnicos.
Fraturas das primeiras costelas representam traumas torácicos graves e eventual
comprometimento traqueal, bronquiolar e hilos pulmonares.
Lesões das três últimas costelas podem estar associadas à lesões hepáticas ou
esplênicas.
As clavículas e principalmente o esterno necessitam geralmente de incidências
especiais e outros métodos para a melhor identificação da fratura e suas consequências.

Lesões Pleurais

A ruptura pleural leva ao acúmulo de ar, fluído ou ambos no espaço pleural com
diversas manifestações radiológicas, sendo estas mais comum no trauma perfurante,
contudo pode ocorrer no trauma fechado.

Hemotórax

Pode ser causado por ruptura de vasos da parede torácica, do diafragma, dos pulmões
ou do mediastino. O sangue penetra no espaço pleural e desloca-se para as porções mais
baixas deste.
Na radiografia póstero-anterior em posição ortostática observa-se velamento do seio
costofrênico; linha côncava característica de derrame pleural, podendo desviar o mediastino
para o lado contralateral, quando há grandes coleções.
Na radiografia obtida em perfil observa-se o diafragma elevado, perdendo sua nitidez e
convexidade, além do aumento da distância entre a bolha gástrica e o parênquima pulmonar,
se o hemotórax localizar à esquerda.
Outra técnica que pode ser utilizada para visualização de hemotórax com pequenas
coleções de sangue, são radiografias obtidas em decúbito lateral com raios horizontais.

Pneumotórax

A visualização do pulmão parcialmente colapsado com a presença de ar entre este e a


parede torácica, além de trama vaso brônquica não chegando até a periferia da parede
torácica e uma linha fina, correspondendo à pleura visceral que delimita nitidamente a
separação entre o pulmão e a coleção gasosa no espaço pleural, sendo demonstrações
facilmente observadas na radiografia convencional de um pneumotórax.
A radiografia em decúbito lateral com raios horizontais e lado suspeito para cima é
muito útil para identificar pneumotórax com pequenas coleções de ar.
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8.4 TRAUMAS DO ABDOME

Anatomia dos sistemas

Anatomia radiológica
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ESTUDO RADIOLÓGICO DO ABDOME TRAUMATIZADO


A avaliação radiológica da cavidade peritoneal pode ser obtida por radiografias com o
paciente em decúbito dorsal e em posição ortostática, que quando impossibilitada pelas
condições do paciente, deve ser substituída por incidência em decúbito lateral com raios
horizontais, sempre acompanhadas por uma radiografia de tórax, avaliando as condições
respiratórias e diagnosticando lesões torácicas sem suspeitas clínicas.
Deve-se procurar lesões de partes moles, fraturas, pneumoperitôneo, além das
possibilidades de sangramentos intra ou retro peritoneais, analisando também as dimensões
e os contornos das vísceras abdominais e presença de corpos estranhos.

8.5 TRAUMAS DA COLUNA VERTEBRAL


A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, e eventualmente por 32 ou 34, a
coluna vertebral sustenta a cabeça e nos possibilita a sermos bípedes, ela também é
responsável por proteger a medula espinal ou espinhal.

Anatomia óssea
Imagem: Merrill’s Atlas of Radiographic Positioning and Procedures

7 vértebras
cervicais

12 vértebras
torácicas

5 vértebras
lombares

5 vértebras
sacrais

4 vértebras
coccígeas
Trauma Raquimedular (TRM)
Trauma ou traumatismo é toda e qualquer lesão de extensão, intensidade e gravidade
variáveis. O trauma raquimedular acomete a coluna vertebral. O quadro pode variar desde
uma simples cervicalgia, até uma tetraplegia e morte.
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http://www.suacolunasemdor.com.br/pagina.asp?pagina=TRM1

COLUNA CERVICAL – ANATOMIA RADIOLÓGICA

Imagem: Merrill’s Atlas of Radiographic Positioning and Procedures

8.6 TRAUMAS DO CRÂNIO E DOS OSSOS DA


FACE REVISÃO DA ANATOMIA GERAL
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Imagens: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com.br/
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ANATOMIA RADIOLÓGICA

Imagens: Clark's positioning in Radiography e Merrill’s Atlas of Radiographic Positioning and Procedures
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1. Borda superior da parte petrosa do osso temporal


2. Linha inominada
3. Crista etmoidal (crista de Galli)
4. Seio frontal
5. Teto da órbita
6. Septo nasal
7. Espinha nasal anterior
8. Palato duro
9. Asa menor do esfenoide
10. Asa maior do esfenoide
11. Fissura orbital superior
12. Sutura sagital
13. Lâmina interna (osso plano)
14. Diploe (osso plano)
15. Lâmina externa (osso plano)
16. Corpo da mandíbula
17. Ramo da mandíbula
18. Processo mastoide
19. Sutura lambdoide
20. Soalho da sela turca

1. Sela turca
2. Processo clinóides anterior
3. Fossa hipofisária
4. Processo clinóides posterior
5. Seio esfenoidal
6. Células mastoides
7. Teto das órbitas
8. Asa maior do esfenoide
9. Corpo da mandíbula
10. Osso occipital
11. Sutura lambdoide
12. Lâmina externa (osso plano)
13. Diploe (osso plano)
14. Lâmina interna (osso plano)
15. Palato duro
16. Seios maxilares
17. Vértebra Áxis (C2)
18. Vértebra Atlas (C1)
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1. Crista 0occipital interna

2. Dorso da sela turca


3. Forame magno
4. Meato acústico interno
5. Cóclea
6. Vestíbulo
7. Canal semicircular superior
8. Células mastoideas
9. Antro da mastoide
10. Meato acústico externo
11. Processo condilar da mandíbula
12. Ramo da mandíbula
Imagens: Atlas de Anatomia Radiográfica Antônio Biasoli Jr Rubio 1ª Edição

Referências Bibliográficas
Beola, Jesús Dámaso Aquerreta. Diagnóstico por la Imagem en Patología musculo esquelética. Madrid.
Espanha. 2009

Bontrager, Kenneth L. Bontrager, Lampignano, John P. Textbook of radiographic positioning And related
anatomy, eighth edition. St Louis. Missouri. EUA. 2014

Bontrager, Kenneth L. Bontrager, Lampignano, John P. Proyecciones radiologicas con correlaciones anatomicas.
Séptima ediccion. Espanha. Ed Elsevier. 2013

Brant, Willian E. Fundamentals of diagnostic radiology. Philadelphia. USA. 2007

Carvalho, Mauricio Vidal de. Cinemática do Trauma. Univ Federal Fluminense. Pesquisa no site:
http://www.uff.br/ph/artigos/cinematica.pdf, Acesso em 28 Jan 2015.

Drake, Richard L. Gray’s Anatomia para estudantes. Rio de Janeiro. RJ. Ed. Elsevier. 2010.

Greespan, Adam. Radiologia Ortopédica. Rio de Janeiro. RJ. Ed Guanabara Koogan. 1992

MANUAL DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR. Corpo de Bombeiros do Paraná. Curitiba. PR. 2006.

Ortopedia e traumatologia para a graduação médica - Comissão de graduação da sociedade brasileira de


ortopedia e traumatologia – SBOT – 2010

Pereira, Ricardo Professor. Apostila de Técnicas Radiológicas Especiais. Material de estudo disponibilizado no
site Ebah. Acesso em novembro de 2013.

Rohen, Yokochi. Atlas fotográfico de anatomia. Barueri. SP.

Thompson, Jonh C. Netter Atlas Práctico de Anatomía Ortopédica. Madri. Espanha. 2011

Hansen, John T. Anatomia clínica de Netter. Porto Alegre. RS. Artmed. 2007

Silva, Arnaldo Fernandes. Atlas Básico de Anatomia e de Osteologia e Sistema Esquelético.


http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com. Acesso em 12 de janeiro de 2015.

Brant, Willian E. Fundamentals of diagnostic radiology. Philadelphia. USA. 2007

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