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CARACTERÍSTICA DA

QUALIDADE DA
IMAGEM RADIOGRÁFICA
DEFINIÇÃO
• A qualidade das imagens
radiográficas refere-se à quão
fielmente a estrutura
anatômica examinada é
mostrada na radiografia. Para
fazer um diagnóstico acurado,
o radiologista necessita de uma
imagem de alta qualidade.
• Apesar de não haver uma
maneira precisa de avaliar essa
qualidade, existem algumas
características básicas
importantes para sua descrição:
CARACTERÍSTICAS
• Densidade, que se refere à luminosidade da imagem, ou seja, ao seu
enegrecimento global; 
• Contraste, que é a diferença de densidade entre duas regiões adjacentes;
•  Latitude, que é a habilidade de mostrar vários tons de cinza;
•  Resolução espacial, que é a habilidade de mostrar detalhes finos;
• Nitidez, que se refere a quão borrada são mostradas as bordas das estruturas;
•  Distorção, é a deformação do tamanho ou do formato do objeto;
•  Ruído, que se refere à variação randômica da densidade de fundo.
CARACTERÍSTICAS
• A densidade refere-se ao grau de enegrecimento global da imagem
radiográfica após ela ser processada. Dependendo desse grau, pode ser mais
difícil analisar a imagem tanto na tela do computador, quanto na frente de
um negatoscópio. 
• Alguns fatores relacionados à sensibilidade e à exposição do detector (digital
ou filme) podem afetar a densidade da imagem. Dos fatores relacionados à
exposição do detector, pode-se citar as diferentes espessuras e densidades
das estruturas do paciente a serem imageadas, a quantidade de radiação
emitida durante a exposição, o tamanho do campo e a distância focal.
• No caso da quantidade de radiação emitida pelo tubo de raios X, ela está
relacionada à corrente aplicada no filamento. Assim, se a corrente for
duplicada, tanto a quantidade de raios X quanto a densidade serão duplicadas
• A distância entre o foco e o detector também afeta a densidade da
imagem, já que a intensidade do feixe de raios X diminui com o
quadrado da distância. Com isso, quanto mais distante estiver o
detector do tubo de raios X, menor será a densidade da imagem.
• Além disso, as características dos receptores também influenciam na
densidade. No caso de filmes, o tipo, a sensibilidade e o
processamento podem afetar o grau de enegrecimento da imagem.
Já no caso de detectores digitais, o material e a espessura afetam a
densidade de alguma maneira.
LATITUDE E CONTRASTE
• Outras duas características importantes da imagem são contraste e latitude.
Essas características são opostas. Se o contraste aumenta, a latitude diminui,
e vice-versa.
• O contraste é definido como a diferença na densidade radiográfica entre duas
regiões adjacentes da imagem. Contraste alto significa que há pouca
quantidade de tons de cinzas na imagem entre as cores branca e preta. Por
outro lado, baixo contraste significa que há muitos tons de cinza entre o
branco e o preto.
• Portanto, uma imagem com alta latitude tem uma aparência acinzentada,
com pouca diferença de tom entre estruturas adjacentes. Já uma imagem
com alto contraste é quase preta e branca, tornando mais visíveis detalhes
anatômicos. 
LATITUDE E CONTRASTE
• O contraste também depende da exposição e das características do
receptor. As diferentes espessuras e densidades das estruturas
anatômicas do paciente, a energia dos raios X controlada pela
voltagem aplicada no tubo durante a produção da radiação, a
filtragem do feixe de raios X e o efeito das grades ao remover a
radiação espalhada afetam a exposição do detector de radiação e,
consequentemente, o contraste da imagem.
• Esse contraste também é afetado pelo contraste característico do
filme radiográfico e seu processamento. No caso de imagens digitais,
o contraste pode ser afetado pelas técnicas de pós-processamento e
qualidade do monitor usado para visualização.
RESOLUÇAO ESPACIAL
• A resolução espacial da imagem refere-se à habilidade de distinguir
estruturas pequenas com alto contraste, como a interface entre osso
e tecido mole, microcalcificações ou nódulos.
• Ela está relacionada com a nitidez da imagem. Quando a nitidez
diminui, as bordas das estruturas tornam-se borradas, piorando a
resolução espacial.
• Assim, falta de nitidez refere-se ao borramento das imagens. Por
outro lado, imagem com boa nitidez refere-se ao detalhamento da
imagem.
RUÍDO NA IMAGEM
• Todas as imagens radiográficas também possuem algum tipo de
ruído. A presença desse ruído, que nada mais é do que uma variação
randômica da densidade de fundo, pode dar à imagem uma
aparência granulada ou com textura. Enquanto a resolução de
imagens de raios X é limitada pelas dimensões da fonte de raios X; o
ruído é limitado pela intensidade do feixe.
• Muitas vezes o nível de ruído pode ser ajustado, porém quando for
reduzi-lo, é necessário considerar que o principal compromisso em
imagens de raios X é a exposição do paciente. Dessa maneira, o ruído
não deve ser reduzido ao nível mínimo possível se a dose no paciente
for aumentada.
FATORES DE QUALIDADE DA IMAGEM
RADIOGRÁFICA
• Exitem quatro fatores principais que interferem na qualidade da
imagem, são eles: Densidade, Detalhe, Contraste e Distorção. Além
destes ainda existem os fatores geométricos e os fatores
relacionados ao paciente.
DENSIDADE OPTICA
• A densidade radiográfica, em alguns livros é chamada de densidade
óptica, tem como definição o grau de enegrecimento da radiografia.
Esse grau de enegrecimento da radiografia é controlado pela
quantidade de radiação emitida no exame, ou seja, quanto maior o
mAs durante o exame, maior será o grau de enegrecimento da
radiografia. Em casos em que a radiografia tem um grau de
enegrecimento baixo, é necessário alterar o mAs para ter qualidade
de imagem radiográfica aceitável para o diagnóstico. 
CONTRASTE
• O contraste na imagem radiográfica é a diferença de densidades nas estruturas
presentes na radiografia. Quanto maior a diferença de densidades, maior o
contraste. O contraste tem uma importante função, tornar visível os detalhes
anatômicos de uma radiografia. O fator para controlar o contraste é a kilovoltagem
(kV). O kV controla a penetração dos raios-x no objeto, quanto maior o kV, maior a
penetração do feixe de raios-x nos tecidos do paciente. 
• O contraste é a diferença entre tons de cinza na radiografia, quanto mais penetrante
for o feixe de raios-x, menor será esta diferença e assim menor o contraste. 
DETALHE
• O detalhe é o fator de qualidade de imagem definido como nitidez das
estruturas visualizadas na radiografia. A nitidez é importante para visualizar
cada detalhe das estruturas, como as linhas finas e as bordas dos tecidos. Os
detalhes anatômicos de cada estrutura precisam ser visualizados para
diferenciar um micro-fratura, por exemplo, como vemos na imagem abaixo. A
ausência desses detalhes na imagem radiográfica é denominada borramento. 
• O controle do detalhe na imagem é realizado pelo tamanho do ponto focal, que
é selecionado no painel de controle do aparelho. Quanto menor o ponto focal,
melhores são os detalhes na imagem. Outros dois fatores importantes é a
distância entre o tubo de raios-x e o receptor de imagem (Distância Foco-Filme -
DFoFi) e a distância entre o paciente e o receptor de imagem (Distância Objeto-
Filme - DOF). Com uma maior DFoFi e uma menor DOF é possível melhorar a
qualidade dos detalhes na radiografia. 
• Os movimentos voluntários e involuntários do paciente também influência no
detalhe da imagem, para isso é necessário um menor tempo de exposição e
atenção aos movimentos do pacientes no momento de disparar o raios-x.
DISTORÇÃO
• A distorção é a representação errada do tamanho ou da forma da estrutura na
imagem radiográfica. Um distorção exagerada torna a radiografia inaceitável para
o diagnóstico. O tamanho das estruturas e tecidos na imagem radiográfica tem
diferentes tamanhos e formas, isso é comum, porém, controlando a distância
foco-filme é possível minimizar essa distorção. 
O EFEITO ANÓDICO E A QUALIDADE DE
IMAGEM RADIOGRÁFICA
• Na ampola dentro do aparelho de raios-x, onde é produzida a energia
existem dois componentes posicionados em lados opostos: catodo e
anodo. Quando os raios-x são produzidos e são disparados para fora
da ampola, a energia do lado do catodo tem maior intensidade do
que no lado do anodo. Sendo assim, quando realizados exames
radiográficos, a estruturas posicionadas no lado do catodo recebe a
energia dos raios-x com mais intensidade e as estruturas
posicionadas do lado do anodo com menos intensidade.
O EFEITO ANÓDICO E A QUALIDADE DE
IMAGEM RADIOGRÁFICA
• O efeito anódico deve ser utilizado para posicionarmos a estrutura
menos espessa do lado do anodo e a estrutura mais espessa do lado
do catodo, dessa forma é possível ter um equilíbrio de densidade na
radiografia. Por exemplo, em uma radiografia PA de tórax de uma
mulher, o tubo de raios-x deve ser posicionado com o lado do anodo
para cima e lado do catodo para baixo. Se não for posicionado desta
forma, por conta dos seios e da intensidade menor da energia do lado
do anodo, a qualidade da imagem radiográfica ficará opaca. 
CONCLUSÃO
• Além disso, deve-se considerar também o contraste e o borramento
da imagem ao tentar reduzir o ruído. Portanto, todo procedimento de
radiodiagnóstico possui um ruído aceitável, para compensar com
exposição mínima, tempo de exame curto e imagem de boa
qualidade.
• a qualidade da imagem é afetada por fatores relacionados aos
detectores, à geometria e ao paciente. Esses diversos fatores devem
ser considerados ao realizar o exame e também ao analisá-lo.
QUESTIONÁRIO
1. Quais são as características de uma boa qualidade de
imagem?
2. A que está relacionada quantidade de radiação emitida pelo
tubo de raios X?
3. Defina a característica do contraste.
4. Defina a característica da latitude.
5. A que refere-se a resolução espacial?
6. O que é o ruído na imagem?
7. Quais são os quatro fatores principais que interferem na
qualidade da imagem?
8. Como evitar que os movimentos voluntários e involuntários
do paciente atrapalhem na qualidade do exame?
9. Como é possível minimizar o efeito da distorção?
10.Defina efeito anódico.

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