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Doenças Ocupacionais

Doenças Ocupacionais: patologias infecciosas parasitárias e


respiratórias

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Esp. Cinthia Machado Galvan

Revisão Textual:
Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin.
Unidade Doenças Ocupacionais: patologias infecciosas
parasitárias e respiratórias

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:

• Introdução
• Doenças infecciosas e parasitárias relacionadas
ao trabalho
• Doenças Respiratórias
• Asbestose (Amiantose)
• Medidas preventivas e educativas em relação às

Fonte
doenças ocupacionais/do trabalho

A partir desta Unidade, poderemos reconhecer os riscos presentes nas mais


diversas profissões e funções e entender por que a exposição diária, sem os
devidos cuidados, pode gerar problemas sérios à saúde.
Dentre as patologias estudadas, veremos aquelas originadas por bactérias, vírus, fungos
e também parasitas como protozoários, helmintos e outros, sem deixar de ressaltar
aquelas que ocorrem por aspiração de poeiras, pelos, pólen e outras substâncias.
Recomendamos que no decorrer da Unidade você realize todas as atividades
sugeridas, como forma de adquirir base para futuros conhecimentos.

Nesta Unidade, temos como principal objetivo permitir ao estudante de Enfermagem do


Trabalho a participação em grupos preventivos (SESMT) por meio de orientação, tratamento e
reabilitação de funcionários que estão expostos às condições que favoreçam doenças infecciosas,
parasitárias e também respiratórias.

Participe intensamente dos estudos, responda os questionários e contribua para a elaboração


dos fóruns.

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Unidade: Doenças Ocupacionais: patologias infecciosas parasitárias e respiratórias

Contextualização

Nesta Unidade, veremos como é importante para governo e empregador que se preocupem
com as condições de trabalho oferecidas aos trabalhadores no exercício de suas funções, pois
quando estes são expostos a condições críticas, colocam sua saúde em risco, e também a de sua
família (em caso de patologias infecto-contagiosas)
É indispensável que as empresas, por intermédio do SESMT e CIPA, coloquem em prática
orientações e informações que mantenham seus colaboradores saudáveis, favorecendo mais
lucros e menos absenteísmo.
Para que possamos contribuir com a prevenção dessas doenças, é importante ler os textos e
realizar as atividades como forma plena de explorar a Unidade.

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Introdução

Para dar início à temática que envolve o assunto das doenças infecciosas, parasitárias e
respiratórias no ambiente laboral, vamos conhecer alguns conceitos.
• Doenças infecciosas são aquelas ocasionadas por micro-organismos (vírus, bactérias e
fungos) que entram em contato com o organismo.
• Doenças parasitárias são causadas por organismos que vivem em associação com
outros organismos e dessa convivência retiram meios e condições de sobrevivência,
prejudicando o hospedeiro, criando uma situação chamada de parasitismo.
Em relação às doenças respiratórias, podemos dizer que essas têm total relação com o
meio ambiente e, sendo assim, a poluição do ar em ambientes laborais está relacionada ao
surgimento das doenças respiratórias ou ao agravo das patologias já existentes.
Independente do grau e do tipo de risco, cabe ao empregador implementar medidas de
controle por meio do SESMT e da CIPA, com o objetivo de diminuir a exposição dos agentes
responsáveis por desencadear ou agravar doenças.
Entre as condutas preventivas, os exames admissional e periódico são instrumentos
importantes para a detecção e o controle dos casos.

Doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho


A disseminação de doenças no ambiente laboral é algo extremamente comum, vez que o contato
entre os funcionários é um elemento cultural. A enfermidade de um pode significar a enfermidade
de todos e, além disso, algumas delas estão ligadas à função que o empregado exerce.
É importante, então, adotar algumas medidas que podem evitar essa contaminação, além de
reabilitar o funcionário de forma mais rápida.
A seguir, veremos algumas dessas patologias, lembrando que existem muitas outras.

Tétano
O tétano é uma doença causada pela bactéria Clostridium tetani, que atinge o sistema
nervoso, gerando complicações e até mesmo a morte. Essa bactéria é encontrada em solo
contaminado, poeira, ferrugem e fezes de animais, colocando em risco os profissionais que
sofrem esse tipo de exposição.
A infecção se dá a partir da penetração dos esporos da bactéria em contato com a ferida, espalhando-
se pela circulação sanguínea. Esses esporos produzem um veneno chamado tetanospasmina, que
bloqueia sinais neurológicos para os músculos, causando espasmos intensos.

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Unidade: Doenças Ocupacionais: patologias infecciosas parasitárias e respiratórias

O intervalo entre a contaminação e o surgimento dos primeiros sinais e sintomas se dá de


uma a três semanas, sendo que o período de encubação da bactéria é de cerca de 8 dias.
Os principais sinais e sintomas são:
»» Espasmos musculares;
»» Rigidez no maxilar, pescoço e nuca;
»» Rigidez abdominal;
»» Espasmos corporais induzidos por sons, toque e luz;
»» Febre e sudorese;
»» Hipertensão e taquicardia.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem:


»» Não ter sido vacinado contra o tétano;
»» Não ter completado o calendário de doses;
»» Apresentar feridas causadas por objetos contaminados.

O diagnóstico é feito por exame físico, histórico e testes laboratoriais, lembrando que não há cura.
O tratamento envolve amenizar os sinais e sintomas e reforçar a imunização (com as três
doses mais o reforço), além do uso do soro antitetânico.
Assista ao vídeo indicado a seguir, no qual se aborda brevemente a patologia.

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http://www.youtube.com/watch?v=yVS4Yau46ZY

Influenza Pandêmica A (H1N1)


Entre as patologias que mais acometem os trabalhadores, temos a gripe, causada pelo vírus
Influenza. Porém, os vírus Influenza A e B apresentam vários subtipos que continuamente sofrem
mutações, transformando-se em novas cepas. Essas novas cepas circulantes contaminam grande
número de pessoas, principalmente no ambiente de trabalho.
Em abril de 2009, foi descoberto, no México, um novo tipo de Influenza A (H1N1), deixando
todos alerta, pois em outras épocas matou milhares de pessoas.
Esse vírus Influenza faz parte da família Ortomixiviridae, que se subdivide em três tipos
distintos (A, B e C), sendo que o tipo A é o mais propenso a sofrer modificações, ou seja, é o que
mais origem dá a novos tipos de gripe. Só nos seres humanos, esse vírus apresenta três subtipos.
O vírus Influenza A pode ser encontrado em seres humanos, suínos, equinos, focas e aves,
sendo essas as principais disseminadoras da doença, em diferentes partes do mundo.

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Em relação ao modo de transmissão, o mais comum é a direta (pessoa – pessoa) pelo contato
com pequenas gotículas expelidas pela pessoa infectada (quando fala, tosse ou espirra). Mas
não podemos descartar a transmissão por contato com secreção do doente, o que evidencia as
mãos como grande transmissor.
Estudos recentes mostram que o período de incubação se dá entre 1 e 4 dias, e que o período
de transmissibilidade ocorre entre o primeiro e o sétimo dia do início dos sinais e sintomas.

Os sinais e sintomas mais comuns incluem:


»» Febre alta (acima de 38°);
»» Mialgia;
»» Dor de garganta;
»» Cefaleia;
»» Tosse;
»» Olhos lacrimejantes.

Existem grupos que apresentam maior risco para as formas mais graves da doença,
assim como a evolução para o óbito.São eles:
»» Gestantes;
»» Crianças menores de 2 anos;
»» Adultos maiores de 60 anos;
»» Doenças respiratórias pré-existentes (asma e DPOC);
»» Cardiopatas (ICC);
»» Diabetes;
»» Obesidade mórbida;
»» Imunodeficiência e imunodepressão.

Diagnosticada a doença, será indicado o uso de antiviral de acordo com cada


caso. O uso do antiviral de modo profilático está indicado apenas em alguns
casos, como:
»» Profissionais da área da Saúde que tenham manipulado amostra de material sem o uso
do EPI adequado;
»» Trabalhadores de saúde que realizaram procedimento invasivo que produzam aerossóis
e manipulado secreção sem EPI.

A prevenção se dá pela vacinação, que ocorre anualmente, em forma de campanha, no


período do inverno. Veremos mais informações a seguir.

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https://www.youtube.com/watch?v=TaJ61miA6mM

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Hepatite B
É causada pelo vírus DNA da Hepatite B (HBV), da família Hepadnaviridae e tem como
reservatório o homem.
Sendo altamente infectivo, o HBV é de fácil transmissão, principalmente por via:
»» Sexual;
»» Transfusão sanguínea;
»» Procedimentos médicos e odontológicos;
»» Hemodiálise (fora da técnica);
»» Transmissão vertical (mãe pra filho);
»» Contato íntimo domiciliar (contato com lâminas, escovas de dente);
»» Acidente com objeto perfuro-cortante;
»» Compartilhamento de seringas;
»» Material contaminado de piercing e tatuagem.

Após o contato com o vírus, o período de incubação está entre 30 e 180 dias (sendo na
média de 60 a 90 dias) e seu período de transmissibilidade ocorre de 2 a 3 semanas antes dos
primeiros sinais e sintomas, mantendo-se enquanto houver evolução da doença, sendo que
portadores crônicos transmitem por anos.
Por apresentar caráter viral, evolui de forma assintomática ou sintomática (podendo ser fulminante).
Nos casos sintomáticos, surgem sinais e sintomas como:
»» Mal estar;
»» Febre baixa;
»» Anorexia;
»» Cefaleia;
»» Náusea e vômito;
»» Artralgia;
»» Aversão a certos alimentos e fumo.

Com o fim da febre, podem surgir icterícia, hipocolia fecal e colúria, sendo que no exame
físico podem ser encontradas hepatoesplenomegalia.
Nos casos de evolução crônica, observa-se um processo inflamatório hepático de mais de 6
meses, sendo que os riscos de cronicidade dependem da idade da vítima (quanto mais jovem,
pior) e para pacientes imunodeficientes pode ser fatal.
Quando o tratamento não é adequado, as possíveis complicações são:
»» Cronificação da infecção;
»» Cirrose;
»» Ascite hemorrágica digestiva;
»» Peritonite;
»» CA. hepático.

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O diagnóstico pode ser elaborado a partir do quadro clínico, laboratorial, exames sorológicos
(dosagem de aminotransferase), elevação da bilirrubina e tempo de protombina maior.
O tratamento indicado inclui:
»» Repouso relativo;
»» Dieta hipogordurosa;
»» Dieta rica em carboidrato;
»» Restrição alcoólica;
»» Restrição medicamentosa.

Pela complexidade do tratamento, recomenda-se acompanhamento dos efeitos colaterais


(oferecido pelo SUS).
As medidas preventivas incluem vacinação contra hepatite B (disponível nos CRIES), como
recomendado pelo Ministério da Saúde, sendo 3 doses, com intervalo de um mês entre a 1ª. e
a 2ª. doses e com 6 meses entre a 1ª. e a 3ª. doses (volume de 1ml no adulto e 0,5 em menores
de 11 anos).

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http://www.youtube.com/watch?v=gCq6xYzRd4A

Doenças Respiratórias
Mesmo que ainda não haja um resultado sólido em relação aos casos de doenças respiratórias
no Brasil, é importante classificar os grupos que apresentam mais riscos de adoecimento. São eles:
»» Mineradores;
»» Operários da fundição;
»» Pintores;
»» Carvoeiros;
»» Trabalhadores da indústria farmacêutica e plástica;
»» Trabalhadores expostos ao amianto, carvão mineral, níquel, névoa de vapores ácidos,
sílica e outros.
Entre as doenças respiratórias que surgem ou são agravadas pela exposição a gases ou
partículas nocivas, as mais preocupantes são:
»» Câncer de pulmão;
»» Asma ocupacional;
»» Tuberculose pulmonar;
»» DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).

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De acordo com a classificação da OIT (Organização Mundial da Saúde), existem 4 grupos


principais de doenças respiratórias:
»» Pneumoconioses (geradas por poeira mineral);
»» Pneumopatia (por poeira de metal pesado e poeira vegetal);
»» Asma ocupacional (causada por agentes irritantes);
»» Alveolites alérgicas (por inalação de poeira orgânica).

Quando o corpo entra em contato com determinada substância, sua capacidade de ser
inalada ou eliminada depende de vários fatores, como diâmetro, solubilidade, macrofagia e
suscetibilidade. Vejamos:
»» Concentração: as substancias com partículas menores de 5 micrômetros de diâmetro
são facilmente eliminadas caso sua concentração no aparelho respiratório seja inferior
a 10 partículas por cm3;
»» Diâmetro: algumas partículas de 5 a 50 micrômetros chegam aos brônquios. As
menores alcançam bronquíolos e alvéolos. Partículas menores de 1 micrômetro chegam
aos alvéolos;
»» Solubilidade: substâncias com alto grau de solubilidade podem causar reações
inflamatórias agudas e edema dos pulmões;
»» Macrofagia: as partículas que são eliminadas por macrófagos são expectoradas e
engolidas, mas podem alcançar os pulmões, passar pela circulação linfática e chegar
aos linfonodos;
»» Suscetibilidade: elementos da genética também favorecem o surgimento e
agravamento das doenças.

A seguir, veremos algumas das principais doenças respiratórias decorrentes do trabalho


exposto a substâncias nocivas.

Pneumoconiose
Processo decorrente de aspiração constante de partículas que se depositam nos alvéolos,
dando origem a processos inflamatórios e cicatriciais que tornam os pulmões acinzentados e
duros, tornando-os incapazes de realizar as trocas gasosas entre O2 e CO2 (hematose).
Pode acontecer em decorrência da inalação de substâncias como silicose, alumínio, grafite
ou asbestos. Essa patologia é bastante comum em trabalhadores que atuam em contato com
poeiras, minas de carvão, metalúrgicas e construções. À medida que evolui, pode dar origem à
fibrose pulmonar, bronquite e enfisema crônico.

Os sinais e sintomas são discretos e demoram a surgir, mas incluem:


»» Tosse constante;
»» Dispneia;
»» Dor torácica.

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Silicose
Termo relacionado à pnemoconiose decorrente da inalação da sílica livre (pó de quartzo,
tridimita, cristobalita). Esse tipo de pó se origina dos processos de trituração, moagem,
esmagamento, perfuração, lixamento e explosão.
Essas partículas, vez inaladas, depositam-se nos bronquíolos e alvéolos, onde são fagocitadas
pelas células de defesa. A partir desse processo, tem início uma série de reações inflamatórias,
formando fibroses.
Caso essas partículas alcancem o sistema linfático, formam nódulos linfáticos, que podem ser
vistos em imagens radiológicas.
As diversas manifestações surgem em 3 etapas distintas:
• 1° estágio: sintomas inespecíficos como tosse seca e contínua;
• 2° estágio: surgem crises de dispneia de esforço e em repouso, tosse produtiva com
muco purulento e dor torácica. Os sinais e sintomas indicam enfisema. Os exames
trazem imagens de lesões pulmonares;
• 3° estágio: dispneia em repouso, tosse frequente e dolorosa, com expectoração
mucopurulenta com pontos de sangue e partículas negras, anorexia, mialgia, presença
de massas que lembram tumores são vistas nos pulmões.
Com a evolução da doença, surgem complicações, como a tuberculose com expectoração
sanguinolenta, problemas cardíacos, cianose, edema e oliguria.
Para diagnóstico preciso é necessária anamnese, exame clínico, tomografia computadorizada
e prova de função pulmonar. O tratamento visa a eliminar sinais, sintomas e as complicações.

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https://www.youtube.com/watch?v=Kia_0iwb5fI

Pulmão Negro (Pneumoconiose dos Trabalhadores do Carvão


Mineral).
Patologia comum em trabalhadores que atuam nas carvoarias (mineração). No Brasil, grande
partes das mineradoras estão em RS, SC, PR, SP, MG e AM, e são esses trabalhadores que
estão expostos, principalmente os perfuradores de rochas (carvão é rico em sílica). Esse tipo de
pneumoconiose se dá em 2 fases:
»» 1ª. fase (pneumoconiose simples): surgem nódulos pulmonares pelo acúmulo
de carvão no tecido pulmonar. Esses nódulos se acumulam perto dos bronquíolos e
alvéolos, originando sintomas como tosse crônica produtiva, com muco purulento com
presença de pontos de carvão, dispneia e ruídos. Se percebidos nos primeiros sinais,
podem ser tratados com sucesso;

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»» 2ª. fase (fibrose sólida progressiva): com a evolução da doença, formam-se massas
fibróticas sólidas que podem tomar o pulmão. Interna a essas massas, forma-se necrose
isquêmica, infecção, tuberculose, abscessos que, quando evoluem, geram insuficiência
cardíaca progressiva, enfisema, asma e câncer do estômago.
O diagnóstico, o tratamento e também suas complicações são os mesmos das demais
pneumoconioses.

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https://www.youtube.com/watch?v=AKa8CbP-es4
https://www.youtube.com/watch?v=wM26wT9RrVA
https://www.youtube.com/watch?v=PYv1hENjkyg

Asbestose (Amiantose)
Tipo de fibrose pulmonar progressiva causada pela inalação e acúmulo de pó de asbesto
(amianto) nos pulmões. O asbesto ou amianto é composto de várias fibras minerais de silicato
muito fina, consideradas como substância carcinogênica humana (proibida desde 1991). Os
tipos de asbestos incluem:

»» Crocidolita (asbesto azul);


»» Amosita (asbesto marrom);
»» Antofilita;
»» Tremolita;
»» Actinolita;

Com a inalação dessas fibras, ocorrem pequenas hemorragias nos pulmões, dando origem a
inflamações que lesam os pulmões.
As primeiras manifestações surgem após 20 ou 30 anos de inalação, por meio de dispneia,
tosse irritativa sem secreção, evoluindo para tosse purulenta e cianose. As complicações incluem
insuficiência cardiopulmonar, fibrose, calcificação das pleuras, hidrotorax e CA. de pleura.
O diagnóstico se dá pelo histórico profissional, aliado ao exame físico, raios-X de tórax, prova
de função pulmonar, biópsia e toracocentese.
O tratamento inclui afastamento da situação, administração de O2, medicações, drenagem de
líquido torácico e, nos casos de Mesoteliomas (CA.), realização de radioterapia e quimioterapia.
Outras patologias pulmonares também ocorrem, sendo as pneumopatias causadas por
exposição a metais pesados. Entre elas, temos:

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»» Siderossilicose: causada por inalação de poeira de ferro, aço, óxido de ferro e sílica;
»» Beriliose: inalação do pó do metal berílio, contato com lâmpada fluorescente;
»» Enfisema do cádmio: contato com cadmiacão de metais (galvanoplastia), refrigeração;
causa enfisema e proteinuria.

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http://www.youtube.com/watch?v=PE_vTryHI5E
http://www.youtube.com/watch?v=OaMEVzC9Qug

Medidas preventivas e educativas em relação às doenças


ocupacionais/do trabalho
Caberá à equipe que constitui o SESMT, aliada à CIPA, o reconhecimento das equipes de
maior risco para desenvolvimento de doenças ocupacionais, entre elas:
»» Trabalhadores da Saúde;
»» Agricultura;
»» Produção e manipulação alimentícia;
»» Indústria alimentar;
»» Saneamento;
»» Coleta de lixo.

Para esses grupos, algumas condutas são recomendadas, como:


»» Informar e oferecer medidas educativas aos trabalhadores sobre possíveis riscos e efeitos
para a saúde e orientar sobre o modo de transmissão e controle das substâncias usadas;
»» Controle sanitário das condições e ambientes laborais por conta de estudo dos riscos potenciais;
»» Controle epidemiológico de agravos, incluindo diagnóstico e relação causal com o trabalho;
»» Identificar condutas gerais necessárias para eliminar a exposição de fator de risco;
»» Diagnosticada a patologia e determinado o nexo causal, deve-se:
»» Notificar o SINAN (nos casos de doenças de notificação compulsória);
»» Preencher o CAT (encaminhando ao INSS);
»» Realizar busca ativa de comunicantes (empresa e comunidade).

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Material Complementar

Veja a seguir uma lista de links e artigos que podem enriquecer seus conhecimentos sobre os
conteúdos vistos nesta Unidade:

»» http://sindec.org.br/noticias/arquivos/cartilha_prevencao_doencas_infecciosas.pdf;
»» http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho1.pdf;
»» http://www.ergonomianotrabalho.com.br/lista_doencas_relacionadas_trabalho.pdf;
»» http://www.youtube.com/watch?v=VvyN5nnF6DM.

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Referências

BARSANO, A. R.; BARBOSA. R. P. Segurança doTrabalho – Guia Prático e Didático. São


Paulo: Érica, 2012.

PEREIRA, A. B. Tratado de Segurança e Saúde Ocupacional – Aspectos Técnicos e


Jurídicos. 2.ed. São Paulo: LTR 75, 2.011. v.1.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf

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Anotações

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