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Matilha Nehalem 2
Viktor Carsten tem sido um solitário por toda a sua vida adulta. Após
testemunhar a morte dos seus pais, ele não tem pressa para se apaixonar por
medo de que vai perdê-lo, também. Uma noite fora bebendo e dançando o
leva a uma coisa que ele estava tentando evitar, seu companheiro.
Viktor voltou a sua atenção para a pista de dança. Ele tomou outro
gole da sua bebida e deixou a sua mente vagar junto com o ritmo da música.
Ele precisava relaxar. As últimas semanas tinham testado a sua paciência até o
limite.
Fazia cinco semanas desde que seu irmão tinha sido levado.
Felizmente tudo acabou bem para todos eles. Eles têm Erik volta, e
Devon manteve o seu companheiro. Além disso, eles agora tinham um espião
no conselho dos caçadores. O pai de Aiden decidiu ficar para ajudar a mantê-
los seguros. Ele só estava fazendo isso para beneficiar o seu filho, mas Viktor
aceitaria a ajuda extra. Foi um inferno quando Erik foi levado. Ele já perdeu
seus pais para os caçadores. Ele não queria perder uma das coisas mais
preciosas na sua vida, Erik.
Viktor bebeu o resto da sua cerveja. O álcool não tinha o mesmo
efeito sobre os lobos como tinha sobre os homens. Ele teria que beber um
barril antes de sentir qualquer efeito do álcool. Mas ele gostava do sabor,
então não se importava se teria esse efeito entorpecido no seu corpo.
Como se os seres humanos pudessem saber que ele não era como
eles, abriam caminho.
Eles queriam um pedaço dele, e Viktor era mais do que feliz em ter
um homem a cada vez, ou talvez dois ou três.
Viktor chegou mais perto, tentando dar uma olhada melhor. Os olhos
do homem estavam fechados como se tivesse enfeitiçado. Seus quadris se
moveram sinuosamente de um lado a outro sem se importar com as outras
pessoas ao seu redor.
Viktor afundou seus dedos nos quadris do homem e o puxou até que
suas costas estavam contra o peito de Viktor. O homem era uns bons cinco
centímetros mais baixo do que os seus 1.88, mas isso não o incomodou.
Uma trilha leve guiou em direção ao bar, então de volta para a pista
de dança. O homem estava fazendo-o andar em círculos. Mas ele não sabia
com quem estava lidando. Um lobo sempre conseguia sua presa.
O homem engasgou quando Viktor trouxe a sua boca com força sobre
os maleáveis e suaves lábios. Ele forçou a sua língua no céu úmido da boca do
homem. O homem não parecia se importar. Ele abriu e deixou a sua língua
para duelar com Viktor. Viktor chupava a língua e poderia provar um pouco de
chiclete de morango. Ele rosnou e puxou o homem mais perto.
Ele alinhou o seu pênis depois parou. ― Eu vou te foder tão bem, que
você vai implorar por mais.
Viktor empurrou para frente, sem parar, até que ele estava enterrado
profundamente até as bolas no calor sedoso do homem. Como esperado, o
homem gritou e lutou contra a invasão. Viktor deu-lhe apenas um momento
para se acostumar com a sua grossa circunferência, e após começou a se
mover. Seus dedos apertavam forte as suaves laterais do homem. Ele ficou
parado, deixando Viktor ter o seu caminho.
O outro homem se virou para o lado para que ele pudesse puxar as
calças para cima. Viktor manteve os olhos no seu amante enquanto ele
colocava suavemente o seu pênis na sua calça. Havia algo além do cheiro
atraente sobre este homem que arrepiou os cabelos da sua nuca.
Capítulo Dois
Ele viu o homem enquanto ele flertava com o barman e então quando
ele dançou com o outro homem. Ciúme o fez ver vermelho, mas Shane não
tinha em sua vida lugar para lidar com um companheiro. Ele tinha a si mesmo
para se preocupar, e se ele tivesse que se levantar e sair a qualquer momento,
ele não teria ninguém o retardando.
Verificando a fechadura da porta mais uma vez, Shane foi olhar pela
janela. Não havia qualquer sinal do homem misterioso ou mais ninguém do
lado de fora. Shane fechou as cortinas, então se dirigiu ao banheiro para lavar
o rosto e escovar os dentes. Quando terminou a sua rotina noturna, subiu na
cama. Ele não conseguia parar de pensar no seu companheiro, e começou a se
perguntar se ele era forte o suficiente para deixá-lo ir.
Shane virou e olhou fixamente para a parede. Tudo o que ele sabia
sobre a sua espécie era o que a sua mãe lhe disse, e agora ela tinha ido. Ele
sabia o básico, mas não sabia as consequências de se negar ao seu
companheiro. Era em momentos como este que ele realmente sentia falta da
sua mãe.
Logo antes de Shane fazer dezoito anos a sua mãe os levou a uma
pequena cidade nos arredores de San Antonio. Ele nunca conheceu o seu pai, e
ser mãe solteira tinha sido difícil para ela, mas ela fez o que tinha que fazer
para mantê-los seguros. Isso significava se mudar assim que os caçadores os
rastreavam. San Antonio tinha uma bela natureza preservada aonde poderiam
mudar e correr sem medo de serem baleados. Mas ainda tinham que ser
cuidadosos para não serem vistos.
Ainda era cedo, então Shane achou que ele não se encontraria com
Winston, mas quando chegou em casa ele estava lá, esperando. Shane colocou
um sorriso no rosto e deu respostas rápidas a todas as perguntas de Winston.
Quando ele ia sair Winston entrou na frente, bloqueando o seu caminho para
fora.
Winston deu um passo para frente e depois outro até que ele teve
Shane encostado contra a parede. Quando Shane tentou afastá-lo, o homem
mais velho apenas riu e prendeu os braços de Shane atrás das costas.
― Eu prefiro cientista.
Uma lágrima escapou dos olhos da sua mãe, e Shane podia sentir a
sua dor.
Shane só podia olhar para ela. Ela estava dizendo adeus, mas ele não
sabia por quê.
Ele compartilhava a casa com os seus dois irmãos, seu melhor amigo,
e agora com o companheiro do seu irmão mais velho, Aiden. As luzes estavam
apagadas, então ele seria capaz de entrar sem ser visto. Ele não tinha vontade
de discutir o problema do seu companheiro ter desaparecido com nenhum
deles. Se eles descobrissem que ele fodeu o seu companheiro em um banheiro
sujo, e conseguiu perder ele, eles nunca iriam deixá-lo viver em paz. Ele tinha
visto o suficiente de decepção em seus olhos através dos anos. Ele não precisa
de outra dose disso hoje à noite.
Olhando o relógio, Viktor viu que era depois das duas da manhã, e
ele teria que se levantar em menos de cinco horas para o trabalho. Se ele se
atrasasse, Devon iria chutar o seu traseiro falando sobre responsabilidade e
como ele não levava as coisas a sério. A Construção Carsten e Filhos era
localizada na mesma propriedade que a sua casa, portanto, a viagem para o
escritório não era tão longa.
Seu irmão mais velho Devon e o seu amigo de infância Josef dirigiam
e adquiriam trabalho para a empresa, enquanto Viktor visitava os locais de
trabalho. Ele garantia que os suprimentos eram entregues aos trabalhadores e
que tudo era bem executado. Viktor realmente gostava do seu trabalho. Ele
não estava enfiado em uma mesa todos os dias e tinha que passar a maior
parte do seu tempo fora.
Ele achou estranho que a sua voz interior parecia muito com Aiden.
Viktor ainda se sentia um pouco culpado pela forma que ele tratou o
cara, mas ele tinha estado louco de preocupação com o seu irmão. Ninguém
poderia culpá-lo por suas ações, e ele estava agradecido porque Aiden o ter
perdoado. E por alguma razão que ele desconhecia Aiden constantemente
metia o nariz o tempo todo nos negócios de Viktor. Ele via Viktor como um
projeto que precisava ser corrigido. Viktor não queria ser consertado ou salvo.
Ele era um produto do que os caçadores fizeram. Eles mataram os seus pais e
ainda continuavam a caçar a sua espécie. Sua incapacidade de confiar nos
outros e a sua atitude fria era autopreservação. Viktor não gostava de ser uma
vítima, e maldito fosse se ele se sentiria indefeso novamente.
Ele rolou na cama a noite toda. Sua mente não tinha sido capaz de
desligar. Pensamentos sobre o seu pequeno companheiro sexy o manteve
meio duro a noite toda. E não havia maneira dele dormir confortavelmente
nessa condição.
Uma vez vestido, Viktor desceu. Ele podia ouvir vozes na cozinha
enquanto ele se aproximava. Skyler estava fazendo o café da manhã. O lobo
estava com a matilha desde que ele era criança. Igual a Josef, Skyler era um
amigo de infância.
Enquanto ele fez o seu caminho para a mesa, ele podia sentir os
olhos de Devon sobre ele, mas não reconheceu a presença do seu irmão.
Viktor tinha se levantado a tempo e estava pronto para ir. Não havia uma
merda que Devon poderia dizer.
― Cara, você parece uma merda, ― disse Josef entre as mordidas
das suas panquecas. ― Quando você chegou na noite passada?
― Bem, raio de sol, esta sua boa disposição não ajuda em nada. Só
porque você apareceu na hora certa não significa que você está lá.
Raiva deixou as mãos de Viktor tão tensas, e a caneca que ele estava
segurando quebrou, derramando o café sobre a mesa. ― Desculpe, eu não ser
tão perfeito quanto você, irmão mais velho.
― Não tem nada a ver em ser como eu. Tem tudo a ver com o fato
de que você não se importa com nada.
Viktor se levantou da sua cadeira. Seu irmão tinha ido longe demais.
Ele se preocupava com um monte de coisas. Não era culpa dele que ele tinha
uma raiva dentro dele que o consumia no dia a dia. Ele não conseguia explicar
a si mesmo muito menos tentar explicar isso para o seu irmão. Devon pensou
que ele era uma decepção e às vezes Viktor concordou com a avaliação.
― Tire esse sorriso do seu rosto ― disse Aiden sem levantar os olhos
do livro.
Havia sinceridade nos olhos de Devon que mais uma vez o fez se
sentir um lixo por desapontar uma das poucas pessoas na sua vida, que ele
realmente amava. ― Eu vou tentar mais forte, Devon. Eu não quero
desapontar você. ― E ele não queria.
― Isso é tudo o que posso pedir. ― Devon sorriu para ele antes que
voltasse a comer o seu café da manhã.
Skyler correu para limpar a bagunça que Viktor tinha feito, e deixou
um prato cheio com comida. A visão fez o seu estômago roncar. O cheiro doce
de panquecas e ovos chegou o seu nariz, e ele começou a comer.
Nas últimas quatro semanas, quando Erik não estava na escola, ele
ficava em forma de lobo. Ele passou mais tempo como lobo do que como
humano. Horas passavam quando ninguém sabia aonde ele tinha ido, e Viktor
muitas vezes se perguntou se ele estava escapando para ver Brandon.
― Parece legal. ― Viktor seguiu o seu irmão para fora pela porta da
frente.
Mas o Sr. Matthews não era como as outras pessoas ricas que Viktor
tinha conhecido.
Ele saiu do carro e falou com o capataz. Ele seguiu o homem mais
velho enquanto ele apontou coisas diferentes em que tinham trabalhado e as
coisas que ainda precisavam ser feitas.
Ele olhou para o bosque ao redor mais uma vez e então se virou para
o outro homem. ― Sim, está tudo bem.
Eles terminaram a vistoria, e enquanto ele estava voltando para seu
caminhão, o seu telefone tocou. ― Olá?
Ele parou na entrada e buzinou. Aiden veio correndo para fora. Ele
pulou no caminhão e fechou a porta. Aiden fazia psicologia na Universidade em
Silver Creek. Silver Creek era a maior cidade nestas bandas, e era
principalmente por causa da faculdade. A viagem levou uns bons 30 minutos
de onde eles viviam em Nehalem, mas Viktor não se importava de fazer esse
trajeto. Silver Creek tinha uma boa vida noturna, e a cidade era grande o
suficiente para que ele pudesse se movimentar sem ser visto e ter o luxo de
escolher entre um grande grupo de amantes em potencial. Homens jovens e
viris. Deus sabia como ele amava alunos de faculdade. Eles gostavam de
festejar e não ligavam para o resto.
― Você não vai se atrasar? ― Ele foi o mais rápido que pôde, mas o
tempo parecia voar quando havia algum lugar que ele tinha que estar.
― Não, ficarei bem. Minha aula vai começar daqui a uma hora. Eu só
queria chegar cedo para participar de um grupo de estudo.
― Por que você age como se você não se importasse com nada?
Quero dizer, todos nós sabemos que você ama os seus irmãos, por isso sei que
é possível você sentir emoções. ― Aiden se apressou para explicar. ― Mas,
além disso, você parece tão infeliz o tempo todo.
― Você diz isso, mas Devon e Erik não são assim, ― Aiden
simplesmente respondeu.
― Eu não estou dizendo que eles são perfeitos, mas eles tentam.
Devon diz que Erik era um garoto bem ajustado muito antes do sequestro, e
temos fé de que ele voltará a ser como era antes. ― Viktor ficou tenso quando
sentiu os dedos de Aiden sobre o seu braço. ― Mas você, eu não sei, você é
diferente, Viktor. ― Aiden deu um sorriso triste, e Viktor odiava a sua pena. ―
Eu estou sempre aqui se você precisar conversar.
― Você só fez o que qualquer outra pessoa teria feito no seu lugar.
Não posso culpar você por isso. ― Aiden deu um passo para trás e colocou a
sua mochila no ombro. ― Agora estou de folga para encontrar o meu
companheiro, talvez convencê-lo a me comprar um café ou algo assim. Você
quer se juntar a nós?
Ele poderia ter tirado alguns minutos para gastar com o seu irmão e
o seu companheiro, mas vendo Aiden e Devon juntos só o faria querer mais
seu companheiro. Parte de Viktor perguntou se ele e o homem sem nome da
noite passada poderiam ser tão felizes como eram o seu irmão e Aiden.
Ele queria acreditar que seriam, mas parte dele esteve alertando-o
para manter distância. Para não ir procurar o homem que havia criado raízes
no seu corpo e alma. Porque, quando ele se fosse, porque todos sempre iam,
iria doer muito, e ele não sabia se seria capaz de se recuperar dessa perda.
Capítulo Quatro
Graças a Deus que estava olhando para ele, havia um sinal de ajuda
pendurado na janela. Ele entrou e pediu o cargo. Margie conversou com ele e
lhe ofereceu o emprego no local. Ela tinha um jeito suave, e com suas
palavras, fala mansa e toques amorosos, Shane estava derramando seu
coração para ela em poucos minutos antes de começar o trabalho. Ele não deu
detalhes específicos, mas disse-lhe que a sua mãe tinha morrido alguns anos
atrás e ele mudou-se de cidade em cidade desde então.
Margie ouviu e não o julgou por ser um vagabundo. Ela disse que ele
não iria se sentir perdido e que Shane tinha encontrado uma casa aqui em
Silver Creek. O apartamento que ele alugou ficava em um dos edifícios de
Margie e ela deu-lhe um grande desconto no aluguel. Ele não poderia ter sido
mais grato por tê-la conhecido. Sua generosidade ajudou a provar a Shane que
nem tudo nesse mundo era ruim.
― Senhorita Margie, não minta para mim. ― Shane brincou com ela.
― Eu vi você mais no telefone nas últimas semanas do que todo o tempo em
que eu trabalhei aqui. Eu sei que você está escondendo um homem em algum
lugar aqui na cidade.
Shane gostava de brincar com ela, mas ele já sabia quem ela estava
vendo. Ele podia sentir o cheiro do homem em suas roupas toda manhã
quando vinha trabalhar. Aparentemente, ela passava um tempo com o xerife
aposentado de Silver Creek. Diziam que eles foram namorados no ensino
médio, mas quando ela se afastou, ele se casou com outra mulher, e Margie
acabou se casando com um homem que conheceu na faculdade. Como ambos
eram viúvos agora, eles eram livres para namorar. Shane sempre tinha um
sorriso bobo no rosto, quando pensava o quão romântico foi ao se
encontrarem novamente. Podem chamá-lo de manteiga derretida, mas ele era
um tolo apaixonado, mesmo quando ele não queria incluí-lo na sua vida. Ele
queria que os outros fossem felizes.
Ele abriu a porta e escorou uma caixa na frente para não deixá-la
fechar. Shane abriu a tampa da lixeira e jogou os sacos dentro. Ao terminar
ele fechou a lixeira.
O sino que pendia sobre a porta da frente soou fazendo Shane gritar.
Ele começou a rir da sua própria insensatez. Três anos foragido o fizeram
duvidar de cada pequena coisa, tornando um hábito difícil de largar.
― Shane, querido ― Margie chamou por ele. ― Temos um cliente.
Shane procurou as palavras certas para dizer, mas não podia bater
boca no trabalho. Os sinos soaram sobre a porta da frente o salvando de ter
que dizer qualquer outra coisa. Dakota largou a sua mão e levantou-se.
Destino estúpido!
Shane fechou a gaveta de dinheiro um pouco mais duro do que ele
pretendia, e sacudiu a máquina na bancada.
Ele viu Devon pegar o seu telefone para fora do seu bolso. ― Merda...
é Viktor. Eu tenho que resolver isso, querido.
Porra... Shane desejou que pudesse ter uma relação assim. Ele daria
qualquer coisa para ter um relacionamento assim.
― Ah?
― Ah, vamos lá! ― Aiden pulou em uma das banquetas. ― Eu vi
você olhando. Eu não tenho ciúmes, nem nada. Mas você tem que concordar
que é um pedaço quente de traseiro que o homem tem.
― Hum, nem todo mundo aceita dois homens estarem juntos, mas
quem se importa. Fodam-se eles. ― Aiden bateu com a mão na bancada. ―
Estamos apaixonados, e eu vou ser amaldiçoado se vou me esconder. ― Ele
apontou por cima do ombro. ― Como eu disse, você viu o meu namorado? Ele
é quente!
Shane apenas acenou com a cabeça. Ele não quis dizer a Aiden que
já sabia os seus nomes. Ele teria dado um fora ao mostrar o quanto sua
audição era excelente, além de que escutar a conversa dos outros é
simplesmente rude.
― Bem, é um prazer te conhecer, Aiden.
Capítulo Cinco
Erik. Viktor se dirigiu para o seu irmão e sentou-se ao lado dele. Ele
esticou as pernas na frente dele e apoiou sobre os cotovelos.
― Então. ― Ele olhou do céu de volta ao seu irmão. ― O que está
acontecendo, filhote?
Erik soltou um latido suave e balançou a cabeça. Ele não fez nenhum
movimento para mudar de volta para falar. Viktor odiava ver o seu irmão tão
triste, mas não havia nada que pudesse fazer para consertar o problema. Ele
tinha 16 anos era jovem demais para participar de um acasalamento com um
homem mais velho. Erik teria que encontrar uma forma de lidar com os seus
problemas. Em dois anos, ele poderia reivindicar por todos os meios o seu
companheiro. A parte mais difícil seria esperar, e Viktor entendia disso.
Inferno, ele esperou 29 anos para encontrar o seu companheiro. Não muito,
mas o suficiente.
― Erik, você não pode ficar assim para sempre. Brandon não quer
isso para você. ― Viktor não era o mais paciente dos indivíduos, mas pelo seu
irmão ele ia tentar. ― Eu vi o jeito que ele olhou para você. Ele quer que você
aproveite a vida mesmo sem ele. ― Viktor sentou e cruzou as pernas debaixo
dele. ― Você é muito jovem, Erik. Não deixe que a sua tristeza o consuma. ―
Ele balançou a cabeça. ― Deixe-me dizer-te, isso vai comê-lo vivo até que não
sobre nada.
Erik deu um tapa na sua mão, mas começou a rir. O som era música
para os ouvidos de Viktor.
Viktor levantou e puxou Erik pela sua mão. ― Vamos jantar com a
família. Tenho certeza de que estão esperando por nós. ― Ele passou o braço
em torno de Erik e levou-o para a casa.
Quando Aiden passou, o vento trouxe uma brisa. Viktor parou em seu
caminho. Um leve aroma de baunilha e mel fez cócegas no seu nariz. Ele se
virou e analisou Aiden enquanto ele estava conversando com o Skyler. Seus
pés o levaram para Aiden. Quanto mais perto ele ficava mais rápido andava.
Aiden gritou tão alto quando foi encurralado contra os armários,
principalmente quando Viktor cheirava ao longo do pescoço do companheiro do
seu irmão. O cheiro era fraco, mas estava lá e ele nunca tinha cheirado isso
em Aiden antes. Mas por que agora?
― Viktor. ― Devon gritou. Ele podia sentir o seu irmão puxando seus
ombros, mas Viktor não poderia deixar ir. Ele podia cheirar o seu companheiro.
― Solte-me.
Merda! Viktor fechou os olhos. Devon não era estúpido. É claro que
ele descobriria. ― Porque... ― Viktor olhou em volta para os rostos ansiosos.
― Bom... ele cheira o meu companheiro.
― Não brinca. ― Devon disse olhando entre Aiden e Viktor. ― Mas
como?
Ele não tinha vontade de discutir quando e como ele encontrou o seu
companheiro. Tudo o que ele sabia sobre o homem era como ele era sexy e o
seu corpo era o tão bom para ele beijar. Não são informações que queria
divulgar à sua família. Além disso, ele não tinha certeza se queria reivindicar
Shane. O homem já provou que ele iria fugir, então por que Viktor iria correr
atrás de um homem que não quer ser pego? Viktor não precisa de mais
nenhuma mágoa na sua vida.
― Por favor, não me diga que você ficou com ele, então, o
abandonou como você costuma fazer, hã? ― Devon disse como se fosse
doloroso perguntar.
Viktor pensou sobre isso, e ele não iria, ou então ele pensou que não
iria. Ele gostava de Shane. Eles eram companheiros. Mas o medo de perder
alguém que amava o manteve preso. Ele não queria lidar com isso agora.
― Então, qual é o seu plano? Porque você sabe que não pode correr
dele, Viktor. ― Devon sentou ao seu lado dele.
― Você não acha que eu sei disso? ― Viktor pegou a faca e jogou-a
na parede. A lâmina perfurou a madeira e a alça se destacou. ― Devon, ele
fugiu de mim. ― Ele apontou um dedo no seu peito. ― Não o contrário. É
óbvio que ele não me quer, então por que eu deveria deixá-lo quebrar o meu
coração? Eu não vou dar a ele a chance de me rejeitar. ― A sala ficou em
silêncio com a sua confissão.
Seu irmão mais novo tinha todo o direito de estar com raiva dele.
Erik sabia o que era ter um companheiro sem poder acasalar. E aqui estava ele
de braços cruzados sem fazer nada para reivindicar o dele.
Viktor dirigiu-se para a porta. Ele estava prestes a caminhar para fora
da cozinha, mas virou. ― Obrigado. ― Isso era tudo o que poderia dizer.
Não houve uivo de resposta, mas Viktor esperava que o seu irmão
tivesse escutado. Ele entrou no seu caminhão e correu para a estrada. Com o
canto dos olhos, viu um rastro cinza correndo ao lado do seu caminhão. Erik.
Ele diminuiu a sua velocidade até quase parar.
Capítulo Seis
O olhar alegre no rosto de Shane fez Viktor sorrir ainda mais duro.
Shane se virou, e Viktor viu uma mulher mais velha de pé atrás dele.
Ela deve ter dito algo engraçado porque Shane começou a rir, com a cabeça
inclinada para cima em direção ao teto. Viktor achou o seu companheiro tão
jovem quando ele ria assim. Na noite anterior, não houve tempo para o
humor, e ele estava começando a se arrepender disso. Viktor teria gostado de
ter a magnitude da felicidade de Shane por um minuto.
Viktor não entendia, mas se perguntava como Shane chegou até aqui
a esta velocidade. As árvores eram tão densas e nem todas as folhas tinham
caído no chão. Era negro como breu aqui. Se Viktor não fosse um lobo, ele
provavelmente teria se perdido.
O tigre continuou a rugir enquanto corria. Viktor pensou que isso era
uma técnica para assustá-lo, mas não deu certo. Este animal tinha o seu
companheiro ou no mínimo entrou em contato com ele. Ele queria Shane de
volta e seria condenado se deixasse esta besta fugir.
Doente de jogar um jogo de gato e rato, por falta de palavras
melhores, Viktor subiu o terreno acima do tigre. Uma vez que ele conseguiu
pulou no gato e o rolando da colina e abordou o tigre para o chão. Ele assobiou
e bateu nele conforme eles rolavam mais para baixo do morro.
Viktor rolou para o lado e viu Shane, nu, com os joelhos apoiados no
chão. Não parando para pensar muito sobre isso Viktor mudou de volta à
forma humana.
Shane saiu pra a sua corrida. Ele tirou as suas roupas, mudou, em
seguida, correu até que podia sentir a queimadura nos seus músculos. Depois
de um tempo ele encontrou um lugar confortável para esperar sua presa e
então caçar. Um cervo de médio porte brincava em torno na grama, e ele
aproveitou, impossibilitando o animal imediatamente. Uma vez que Shane
comeu a sua caça, ele foi à beira da água para se limpar.
Shane se virou para ver um lobo branco grande. Fazendo o que era
natural para um shifter fazer, ele correu. Ele estava certo da sua morte e não
queria entrar em uma briga com o lobo. Ele teria cortes e arranhões depois, e
realmente não tinha vontade de explicar eles a Margie no trabalho no dia
seguinte.
Ele pensou que perdeu o lobo chato até que o atacou de cima.
Conforme rolavam pelo barranco, ele bateu com a pata no lobo e tentou soltar,
mas a picada não o deixou ir.
Que, o que Shane soltou uma risada amarga. ― Gato? Você fala
sério? ― Shane acenou pela resposta do homem. ― Bem, você é um cachorro.
― Bom... não exatamente, mas ora ele foi chamado apenas de um gato. Havia
uma grande diferença entre um gato doméstico normal e um tigre.
― Oh, bebê, eu acho que você sabe quem eu sou. ― Ele arrastou
levemente os dedos pelo rosto de Shane. Shane inclinou-se para o quente,
toque suave. Ele não pode evitar. ― Você gozou com o meu pênis
profundamente dentro você. E amou cada minuto.
― Obrigado, Shane.
Shane olhou para longe. Sua mãe lhe disse quando era uma criança
que os olhos eram uma janela para a alma, e que os Shane não escondiam
nada.
Ele olhou para o sofá de segunda mão que Margie tinha lhe dado, e a
mesa de café. Não era muito, mas era seu. Não importa o que Viktor pensava,
Shane estava orgulhoso do seu pequeno apartamento.
Ele tinha um teto sobre a sua cabeça e comida na barriga. Isso era
muito melhor do que algumas pessoas tinham.
Shane preparou as bebidas nervoso, com Viktor tão perto dele. Ele
colocou um saco de chá em cada caneca depois jogou água quente. ― Eu juro
que eu não vou fugir. ― Ele se virou e entregou a caneca para Viktor.
― Não custa nada ser cuidadoso com você. Você é rápido. ― Viktor
sorriu para ele, e agarrou a mão de Shane, levando-o de volta para o sofá.
Quando ambos estavam sentados, Viktor voltou o seu olhar para ele.
― Então, o que o levou a Silver Creek?
Essa foi uma pergunta fácil. Shane limpou a garganta. ― Depois que
a minha mãe morreu três anos atrás, eu não tinha outro lugar para ir, então
eu viajei de cidade em cidade, até que encontrei uma que gostei.
Tantas emoções corriam pelo seu corpo e a única coisa que Viktor
queria, era fazer amor com Shane. Viktor sentou-se, puxando Shane para ele,
e Shane colocou as suas pernas em torno da cintura de Viktor.
Shane vivia num estúdio, então a cama estava a apenas alguns
metros de distância. Viktor espalmou a bunda de Shane e levantou tropeçando
em direção a cama queen-size. Quando as suas pernas bateram na estrutura
da cama de metal ele jogou Shane e subiu em cima dele.
Shane olhou para ele com os olhos arregalados enquanto lutava para
remover a sua calça. Depois de algumas tentativas, Shane foi capaz de puxar
a sua calça jeans livre e ficou com as pernas abertas deitado e começou a
acariciar o seu pênis lentamente, provocando Viktor.
“Você não pode fazer isso com o seu companheiro!” sua voz interior o
repreendeu. Mas Viktor queria ver as marcas vermelhas na pele de Shane.
Seria como uma marca que quando desaparecesse, dava-lhe razão para fazer
isso de novo e de novo.
Viktor olhou para baixo para ver os olhos redondos de Shane olhando
para ele. Ele não tinha percebido que ele parou de balançar os seus quadris na
boca de Shane. Ele escorregou para baixo até que ele montou os quadris de
Shane.
Eles eram companheiros, e Viktor queria amar Shane tão bem até
que os seus olhos rolassem para trás.
Sentindo que ele tinha jogado o suficiente, Viktor guiou o seu pênis
para a entrada apertada e musculosa de Shane, que gemeu alto mas não se
afastou, mas começou a empurrar de forma agressiva, ameaçando fazer com
que Viktor gozasse prematuramente.
Quando ele estava todo dentro de Shane, ele descansou o seu peito
sobre as costas suadas do seu companheiro. Ele correu os dedos até os lados
de Shane depois para baixo nos braços, até que ele passou os dedos ao redor
do pulso de Shane.
Viktor viu o prazer nos olhos do seu companheiro e chegou entre eles
e pegou o pau de Shane e o massageou ao mesmo tempo em que batia nele
com os seus quadris.
Batendo mais forte no corpo mole de Shane, ele avançou mais duas
vezes. Suas bolas apertadas no seu corpo e o seu sêmen entrou no corpo de
Shane. Ele continuou a balançar para frente, seu esperma escorria,
encharcando o cobertor.
― Sim? ― Isso foi tudo o que ele poderia dizer. Ele estava ferido.
Shane não queria levar a sua marca. Sendo acasalado era como uma medalha
de honra. Ele ficaria feliz em usar a marca de Shane. Bem, isso se tigres
deixassem uma marca de acasalamento. Ele sabia que outros shifters existiam,
mas ele nunca encontrou um. As perguntas que ele poderia fazer ao seu
companheiro seriam intermináveis.
Ele ainda tinha problemas de confiança, mas ele estava indo fazer um
esforço válido para colocar fé no seu companheiro.
Shane inclinou-se para olhar para ele. ― Você quer dizer isso?
Isso era bom. Viktor poderia começar a se acostumar com isso. Ele
nunca abraçava depois de uma foda. Alguns homens tentaram, mas Viktor
sempre conseguiu afastá-los o suficiente para fazer a sua saída. Ele nunca quis
passar suas noites com apenas um homem, mas as coisas mudaram agora.
Shane tinha entrado na sua vida de forma inesperada, e Viktor ia passar cada
dia falando para o seu companheiro que eles eram bons juntos e que nada iria
acontecer com eles, pois Viktor não estava indo a lugar nenhum.
Capítulo Oito
A sala ficou mais clara quando o sol se ergueu no céu. Shane bocejou
e tentou se virar e esticar-se, mas algo quente e muito sólido estava contra as
suas costas. Shane virou a cabeça ao redor para ver o rosto de Viktor
enterrado no seu pescoço. Ele ainda estava dormindo, e metade do seu rosto
estava coberto pelo seu longo cabelo loiro-claro.
Ele podia ver o porquê de Viktor e os seus irmãos viviam tão longe da
cidade. Eles tinham a sua privacidade e uma abundância de território
arborizado para correr.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa Erik envolveu-o em seus
braços e lhe deu um apertão forte. Shane não tinha o costume de estranhos,
abraçando-o, mas foi bom. Foi um abraço genuíno sem motivo por trás disso.
― Eu sinto muito ouvir isso ― disse Devon. ― Mas você nos tem
agora, tigre, lobo, não importa somos uma família aqui.
― É bom vê-lo feliz novamente ― disse Viktor depois que Erik saiu
da sala.
― Você acha que ele não vai aceitar Erik? ― Shane não gostaria que
ninguém, fizesse o mesmo que ele estava fazendo para Viktor.
― Eu não sei. Se ele não fizer, eu sempre posso rasgar sua garganta
― Viktor disse com uma seriedade em seu tom que disse a Shane que ele
realmente faria.
― Só o tempo vai dizer, certo? ― Shane se levantou e estendeu a
mão para Viktor. ― Vamos ajudar a sua família com o almoço.
As palavras fluíram tão facilmente que ele não percebeu que ele disse
até que as palavras saíram. Ele tentou continuar caminhando, mas Viktor
puxou a sua mão, trazendo-o de volta para ficar de frente para Victor.
Skyler chamou para o almoço, e Shane correu para não ter que dizer
mais nada. Quanto mais tempo ele estava em torno desses homens, mais ele
se sentia como parte desta família. Ele só podia supor que tinha de ser uma
coisa de acasalamento. Uma vez que um shifter encontra o seu companheiro,
as famílias crescem ficam mais perto uns dos outros.
Após o almoço Viktor teve que ajudar Devon com algumas coisas de
trabalho, coisas que Shane perdeu o interesse em ouvir quando Viktor tentou
explicar para ele. Shane resolveu ficar com Aiden, Skyler, e Erik. Skyler fez um
pouco de pipoca, e foram para a sala de TV, uma vez dentro da grande sala
sem janelas Shane entendeu porque a sala foi chamada assim. A TV de tela
plana era a maior que já tinha visto, estava pendurada no centro da parede.
Grandes cadeiras reclináveis ficavam na frente da tela, lembrava uma sala de
cinema, em menor escala, mas não por muito.
Shane olhou para Aiden e Skyler. Ele não tinha nada para comparar
em relação à condição de Erik antes de hoje.
Aiden olhou para Skyler. ― Não desde que eu cheguei aqui. Skyler?
― Não, esse garoto é tão comportado. Você sabe como cada família
tem um? Bem esse seria Erik.
― Eu não estou dizendo que ele fez alguma coisa ― Shane correu
dizendo. ― Talvez eles estejam passando um tempo juntos, tentando se
conhecerem melhor uns aos outros. Se isso ajuda Erik a lidar com a separação,
então qual é o mal nisso?
― Shane está certo ― Skyler concordou. ― Pelo que o seu pai diz,
Brandon é um dos bons.
Olhando para eles Shane nunca teria imaginado que estes três
homens tinham perdido os pais tragicamente como eles tinham. A perda de
seus pais e o tempo tinha feito a sua ligação crescer mais forte, e mais uma
vez Shane se viu invejando o trio.
Viktor trotou para ele e o cutucou com o focinho. Shane lambeu com
a sua língua áspera o nariz de Viktor. Seu companheiro rosnou baixo e se
aproximou.
Viktor fez sinal com a cabeça para Shane segui-lo. Eles correram de
volta para a casa. Erik e Skyler foram os últimos a voltarem.
― Tudo bem, rapazes ― disse Devon indo para a porta. ― Vou vê-lo
na parte da manhã, Shane.
Viktor foi até uma porta na metade do corredor. Ele puxou Shane
para dentro, ele foi de bom grado. Ele beijou Viktor como se a sua vida
dependesse disso. Suas línguas se enfrentaram pelo controle. Shane estava
cheio de intenções para deixar Viktor executar o show, mas ele estava
sobrecarregado com as emoções de fácil aceitação da família do seu
companheiro. Tudo combinado causaram a Shane ter a sua mente em uma
coisa, foder Viktor. E sorte dele que o seu companheiro estava tão ansioso.
Capítulo Nove
A noite veio e se foi, e o dia estava quase no fim quando Viktor, com
o coração pesado, levou o seu companheiro pela porta da frente em meio as
despedidas dos seus irmãos e amigos, para o seu caminhão. Shane tinha que
estar no trabalho cedo na manhã seguinte, e Viktor não queria ser um pau e
pedir a seu companheiro do trabalho que ele amava, de modo que ele nunca
teria que sair da casa de Viktor ou da sua vista.
Viktor era assim até que ele conheceu Shane. Tudo o que Viktor
queria agora era fazer mudanças para a sua vida melhorar. Ele não queria
mais deixar o ódio e o medo do desconhecido consumi-lo. Shane era como um
farol de esperança, e Viktor nunca deixaria o seu companheiro para baixo. Ele
precisava ser digno de Shane.
― Hã? ― Viktor parou de abrir a porta para olhar sobre o capô para
Shane.
Ele deu ré no carro e fez a volta. Shane não disse uma palavra até
chegar a estrada. ― Pensando sobre o quê?
Sabendo que Shane não iria deixar a conversa para depois, porque ao
longo do dia de ontem ele aprendeu que Shane não deixaria nada passar, ele
tinha que dizer alguma coisa. Mastigando o interior da sua bochecha, Viktor
tentou formular a melhor resposta, sem prejudicar Shane.
― Como você pode dizer isso? ― Shane bateu com a mão no peito
como se estivesse chocado.
― Com prazer ― Nem mais uma palavra foi dita até que ele parou
ao lado do edifício de apartamentos de Shane.
Depois que Viktor o deixou na noite passada, Shane foi ficando louco.
Ele não estava propositadamente protelando a mordida de acasalamento, foi
só... foi só...
Eles não se conheciam há muitos dias, cinco para ser exato, mas isso
foi tudo o que levou. Quando dois companheiros se encontravam, era como se
alguém detonasse uma bomba de amor. Quanto mais o tempo passava, mais
agressivo, a necessidade de reivindicar se tornaria.
Ele sentia isso também. Viktor não percebia, mas ele queria. Shane
queria morder profundamente o ombro musculoso de Viktor, aonde o pescoço
e o ombro se tocavam. Ele queria provar o fluxo de sangue doce na sua língua,
quando saia do corpo do seu companheiro. Então, quando tudo foi dito e feito,
ele gostaria de encontrar o prazer em ver a cicatriz no pescoço do seu
companheiro para o resto das suas vidas. Nada poderia se comparar a isso.
Mas ele tinha que deixar sua bagunçada cabeça melar tudo.
O tempo todo ele estava tendo um debate interno sobre o que fazer.
Ele precisava se desculpar com Viktor e ele precisava corrigir a coisa toda da
reivindicação. A necessidade de marcar Viktor ficava mais forte a cada minuto.
Ele percebeu que outros shifters ao virem Viktor sem a marca não
saberiam que ele estava acasalado, esse pensamento levou-o a ver vermelho.
A dor nas suas gengivas o avisou para se acalmar ou o seu tigre assumiria e
caçaria o seu companheiro, e no processo assustaria Margie, a pessoa que o
tinha tratado como família desde que se mudou para a cidade.
Ele decidiu que no primeiro intervalo ligaria para Viktor e diria a ele
como estava arrependido e que estava pronto para ser reivindicado por ele.
― Tentando algo novo pelo que vejo ― disse Shane. Ele soltou a
respiração que ele estava segurando e foi pegar um copo e enchê-lo até a
borda. Ele não entendia o que o olhar de Dakota disse-lhe, mas tinha o homem
que tomar uma pausa. ― Bem, alguém que eu conhecia disse que eu precisava
ser mais ousado. ― Ele deu de ombros. ― Então por que não começar com a
escolha do café?
Sua voz era fria, e o seu olhar estava rígido. Shane calmamente tirou
a mão. ― Sinto muito por ouvir isso. Dakota apertou a ponte do seu nariz.
― Silver Creek tem um monte de restaurantes que você tem que ir.
― Shane pegou uma caneta e um pedaço de papel. ― E para entretenimento,
é como qualquer outra cidade. Temos uma sala de cinema, esportes
recreativos que você pode se inscrever, e também temos uma vida noturna
que é bastante espetacular. Deixe-me escrever alguns dos lugares que eu
gosto de ir, para você conhecer. ― Shane começou a anotar. Sua mão foi
empurrada para uma parar.
Como o amigo de Dakota disse, a vida era curta e cada dia deve ser
vivido em sua plenitude. ― Margie ― ele gritou enquanto lavava as mãos na
pia. ― você pode ficar um pouco aqui na frente? Eu preciso fazer uma
chamada. ― Ele já estava começando a ir para a porta dos fundos.
― Claro, querido. ― Sua testa enrugou quando ela lhe deu um olhar
curioso. ― Está tudo bem?
― Esta tudo bem? ― Viktor perguntou quando Shane não disse mais
nada.
Não havia nada que Shane queria mais, mas ele ainda tinha que
terminar o seu turno. Ele não podia deixar Margie sozinha. ― Viktor, apesar do
tanto que eu amo isso, eu não posso. Eu trabalho até as seis esta noite. ― Ele
ouviu o gemido de Viktor na outra extremidade da linha. ― Não amue. O
tempo vai voar.
― Tudo bem, mas eu vou estar aí quando você sair ― disse Viktor
prometendo.
Ele deu um pequeno salto e sentiu que não havia nada no mundo
todo que poderia arrastá-lo para baixo.
― Seu amigo mandou lhe dizer que ele te veria mais tarde ― disse
Margie quando Shane chegou mais perto.
― Oh, eu não perguntei seu nome. Ele era alto. ― Ela levantou a
mão no ar para enfatizar o seu ponto. ― Homem bonito com cabelo escuro.
― Eu acho que esse era o seu nome. Ele não deu um ― Margie virou
de volta para concluir a troca do filtro de café. ― Então eu tenho que
perguntar por que você esta tão feliz.
Ele disse a Margie quando ela o contratou que ele era gay. Ele disse
isso para não surpreendê-la apenas no caso dela não estar confortável com
isso. Ela apenas riu e disse que eles poderiam se entender, porque ela tinha
uma coisa para os homens, também.
Capítulo Dez
O tempo não passa tão rápido quanto ele pensou que passaria.
Então, como se não bastasse Viktor ligou para dizer que ele estava atrasado.
Algo sobre um trabalho que necessitava da sua atenção e que ele estaria lá,
logo que pudesse. Ele ajudou Margie com a porta da frente e ir para o carro.
Eles fizeram suas despedidas como sempre, e ele estava lá acenando até que
ela estava fora de vista.
― Hey.
― Nunca ― Minha mãe não gostava do frio, por isso sempre esteve
nos estados do sul. ― Shane começou a andar para frente, combinando com o
ritmo de Viktor. ― É por isso que fui para o norte depois que ela se foi. Eu
queria experimentar um Natal branco.
― Então você veio ao lugar certo. ― Viktor abriu a porta para ele
então seguiu Shane para dentro. ― Nós provavelmente vamos pelo menos ter
uma ou duas polegadas, pela manhã. As vantagens de viver na região norte.
― Entre outras coisas, ― Shane disse quando ele passou por Viktor
enquanto ele segurava a porta aberta.
― Eu quero que você o beije. ― Viktor orientou o eixo rígido até que
a cabeça, suaves e arredondadas colidiu com os lábios de Shane, deixando
uma marca molhada.
― Levante-se.
Shane fez o que lhe foi pedido e se virou. Ele se curvou, deixando a
sua bunda exposta como Viktor queria. O clique suave da abertura da tampa o
tinha se contorcendo enquanto ele esperava pelos hábeis dedos de Viktor para
encontrar a sua entrada. Uma mão acariciou o seu traseiro, puxando a sua
bochecha, abrindo-o. Shane choramingou quando dois dedos foram inseridos
ao mesmo tempo. Viktor fez um rápido trabalho lubrificando-se, em seguida,
golpeou o seu traseiro duro.
Ele agarrou Viktor por seu longo cabelo e puxou a sua cabeça para o
lado.
Shane suspirou no beijo. Ele desejou que nunca tivesse que sair da
cama, mas não era a realidade. O mundo não parava só porque eles se
tornaram companheiros.
Viktor beijou os seus lábios mais uma vez, em seguida, saiu da cama.
― Você provavelmente está certo. ― Viktor pegou as chaves do carro. ― Eu
vou te ver quando você sair do trabalho?
― É claro que vai. ― Shane sorriu para o seu companheiro.
― Eu sei.
Thump, thump.
Shane sentou na cama e olhou para o relógio. Ele leu seis e cinco. Ele
passou a mão sobre os olhos, tentando espantar o sono.
Ele perguntou quem estaria à sua porta tão cedo. Talvez Viktor
tivesse acabado mais cedo do que ele esperava e estava voltando para um
pouco de aconchego. Sorrindo, Shane levantou-se e agarrou as calças de
pijama que ele tinha dobrado sobre as costas de uma das cadeiras da cozinha.
Ele puxou-as exatamente quando ele chegou à porta.
Seu belo rosto, que geralmente tinha um sorriso sarcástico foi para
ele.
― Dakota, o que você está fazendo aqui? ― Shane perguntou
calmamente. Ele acabou de conhecer este homem e ele não sabia muito sobre
ele, mas não era preciso ser um gênio para ver a raiva no seu rosto.
Shane ser um shifter fez dele um pouco mais forte do que um ser
humano médio, mas ele não podia pensar por um momento. Terror reuniu em
seu intestino, e tudo o que ele conseguia pensar era que ele precisava fugir.
Shane chamou o seu tigre para a superfície. Ele não queria mudar em
seu prédio, mas ele não tinha escolha. Assim quando ele sentiu os arrepios deu
boas-vindas do seu corpo começar a mudar, uma cotovelada nítida seguida de
uma espetada e entorpecimento inundou o seu pescoço. Ele caiu para frente,
incapaz de segurar o seu próprio corpo para cima.
― Lá vamos nós. ― Dakota acariciou o topo da cabeça de Shane
como se ele fosse um animal domesticado. Ele apoiou Shane em cima do sofá.
Dakota segurou o seu queixo em um aperto. ― Você sabe o que eu quero,
Shane? ― Ele só podia piscar os olhos em resposta, e foi um milagre que ele
poderia fazer isso. O que quer que lhe deu Dakota era forte. ― Eu quero
Winston de voltar. Você pode fazer isso por mim? ― Ele cuspiu as palavras
para ele.
― Tenho certeza que ele vai procurar por você, mas o tempo faz que
isso não importe. ― Dakota muito gentilmente esfregou as costas de seus
dedos pelo rosto de Shane. ― Ele vai ter de saber o que é viver sem o seu
companheiro, mas quanto mais eu penso sobre isso, eu só poderia matá-lo e
deixá-lo viver. ― O homem soltou uma risada amarga. ― Isso soa como um
castigo mais apropriado.
Shane chorou quando ele silenciosamente pediu a ajuda de Deus.
― Mas eu acho que vou ficar com o meu plano original. Eu esperei
muito tempo para isso. ― Dakota levantou-se em seguida, abaixou-se para
pegá-lo fora do sofá, puxando o cobertor sobre os ombros de Shane. ― Ao cair
da noite você vai estar morto.
― Shane? É você?
Shane conhecia essa voz. Era Devon. Ele tentou mover qualquer
parte do seu corpo, mas foi inútil. Tudo o que ele poderia fazer era
choramingar. Nada de acenar para o seu amigo.
Capítulo Onze
Ele recebeu a chamada por volta das seis e meia. Devon estava em
um estado de pânico sobre alguém ter sequestrado Shane.
Viktor deixou o canteiro de obras sem uma palavra. Ele correu para o
seu caminhão e dirigiu até a propriedade da família em tempo recorde. Quando
ele chegou, Devon estava no seu escritório andando, Aiden estava discando
para o seu pai no viva-vos para pedir ajuda, e Dominic, o seu gênio do
computador do bando, estava à procura de informações sobre o homem que
levou Shane.
A linha foi desligada, e agora tudo o que havia a fazer era esperar.
― Nós sabemos que você não é como eles, papai. ― Aiden falou por
todos porque era verdade. Phillip tinha provado isso a eles e tinha os ajudado.
― Mas você encontrou alguma coisa fora neste Dakota? Onde podemos
encontrá-lo?
Phillip estava certo. Eles precisavam dele, e mais do que isso Brandon
era necessário para Erik. Se alguma coisa acontecesse com Brandon, Erik
perderia, e Viktor temia que o seu irmão mais novo fosse encontrar uma
maneira permanente para acabar com o seu sofrimento.
Antes de Phillip desligar ele prometeu ligar de volta logo que tivesse
algo. Devon colocou Viktor em uma cadeira, em seguida, pulou para sentar-se
na sua área de trabalho.
Havia uma coisa que Viktor tinha certeza, se Dakota matasse o seu
companheiro, a última coisa que ele faria antes da sua mágoa o consumir, era
fazer o homem sofrer.
Shane acordou algumas horas mais tarde. Seus olhos estavam secos,
e a sua boca estava seca. Ele piscou algumas vezes, tentando se concentrar no
ambiente. O que ele viu o deixou encolhido de medo. Dakota tinha envolvido
correntes em torno do seu pulso, e os elos de metal conectados a uma trava
na parede. Seus braços estavam amarrados apertados e esticados acima da
sua cabeça. Em seu estado debilitado, ele não poderia fugir.
Ele tentou chutar as pernas, apenas para descobrir que elas estavam
acorrentados no tornozelo e ancorados na pequena cama. Um dormente frio se
espalhou por todo o seu corpo, e ele começou a tremer. Ele estava preso com
nenhuma forma de escapar. Só Deus sabia as terríveis coisas que Dakota faria
com ele antes de finalmente colocar Shane fora da sua miséria. Terror como
ele nunca havia conhecido o atormentava, afastando qualquer esperança de
que ele sairia dessa bagunça vivo.
Ele tentou chamar por socorro, mas a sua boca estava grossa como
algodão, e ele não tinha saliva suficiente para fazer a sua língua trabalhar.
Seus olhos estavam pesados, e ele tinha que apertar os olhos para que ele não
visse em dobro. Qualquer que seja a droga que Dakota deu-lhe ainda corria
nas suas veias.
Shane não tinha notado que Dakota estava fumando um cigarro até
que o homem trouxe o bumbum vermelho brilhante para baixo para sufocar a
chama no peito de Shane. Ele se contorcia de dor, quando as brasas queimou
a sua pele.
Um pequeno gemido saiu dos seus lábios, e Dakota olhou para ele,
sorrindo em como ele estava se divertindo com a dor que causou.
― Só acabe com isso, ― Shane murmurou. ― Você vai me matar de
qualquer maneira. Basta colocar a arma na minha cabeça e acabar com isso
agora. ― Ele não queria desistir, mas uma morte rápida era melhor do que ser
torturado por horas a fio. Ele também não queria que Viktor tivesse que
encontrar o seu corpo ensanguentado e batido, sem dúvida irreconhecível.
Viktor não precisava viver com a culpa de não ser capaz de salvá-lo. Não era
culpa de Viktor. Ele deveria ter tido melhor atenção ao seu redor, então talvez
Dakota não o tivesse encontrado.
― E acabar com nosso tempo juntos? Acho que não. ― Dakota tirou
uma faca. Não era grande, mas a borda brilhava na luz baixa de uma lâmpada
no pequeno quarto. ― Eu quero que você sofra como eu sofri. Você sabe o que
foi perder Winston? Fiquei arrasado.
― Ele era meu melhor amigo e amante. Agora, graças a você e a sua
mãe, tudo se foi. ― A voz de Dakota começou a subir.
― Você percebe que ele queria ficar comigo? Não para testes, mas
porque ele estava atraído para mim. Que o homem queria me estuprar. ―
Shane falou francamente. Se este eram os seus últimos minutos na terra, ele
queria que Dakota soubesse em defesa de que tipo de homem ele estava
disposto a cometer um assassinato.
Viktor estaria seguro. Isso era tudo o que importava para Shane. Ele
não queria deixar o seu companheiro, mas às vezes a vida tinha outros planos.
― Você veio por ele. ― O homem riu. ― Não é doce. Muito ruim não
é o suficiente para salvá-lo. Ele tem que pagar pelo que ele fez. ― O homem
agarrou Shane por seu cabelo macio e puxou a cabeça para o lado. Ele tinha
assassinato em seus olhos quando ele começou a trazer para baixo a lâmina.
Viktor deixou a mudança rastejar através da sua pele até que ele
estava de joelhos ao lado de onde Shane estava acorrentado à cama. Ele se
levantou e puxou as correntes livres a partir da parede. Josef se aproximou
para ajudá-lo a ter Shane livre das suas amarras.
― Você vai ficar bem. É superficial, mas cortou o músculo. Vai doer
como o diabo, mas você vai viver. ― Phillip deu a seu ombro um aperto.
Poucas horas depois, eles estavam de volta na sua casa. Devon levou
Shane pelas escadas, e Aiden ajudou a limpar ele e Shane. Aiden e Devon
ficaram o incentivando enquanto conversavam com ele. Sua ferida tinha
parado de sangrar, e era apenas uma pequena lembrança agora. Quando seu
irmão e o seu companheiro foram, ele agradeceu e virou-se do lado bom para
abraçar o seu companheiro. Mesmo durante o sono, o corpo de Shane conhecia
o dele e se aconchegou.
Viktor passou os dedos pelo cabelo de Shane distraidamente. Ele
chegou tão perto de perder o seu companheiro, e o terror picou fundo. Eles
estavam a salvo agora, mas isso não afugentava o seu medo.
Onde eu estou?
― Obrigado ― foi tudo o que Shane poderia dizer. Isso não parecia
suficiente para dizer ao homem que salvou a sua vida, mas isso era tudo o que
ele podia oferecer.
― Por que? ― Viktor chegou mais perto, e Shane foi de bom grado
para os seus abraços quentes.
― O porque ele fez isso desta forma. ― Ele olhou de volta para
Viktor, e uma lágrima correu pelo seu rosto. ― Ele era o parceiro de Winston.
Ele queria vingança por minha mãe ter matando Winston.
Fim