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De rigor, são três, basicamente, as espécies de tutelas jurisdicionais: conhecimento (declaratória, constitutiva ou
condenatória); cautelar; e executiva. Para cada espécie de tutela jurisdicional há um equivalente tipo de crise
jurídica. Compreenda a seguir:
Tutela de conhecimento
Tutela cautelar
Tutela executiva
Saiba mais
No plano teórico, há quem adicione mais duas espécies no rol da tutela jurisdicional de conhecimento. Até
então, utilizamos a classi cação que considera como tutela de conhecimento a ação declaratória, constitutiva
e a condenatória. Para alguns autores, as ações mandamentais e as executivas em sentido amplo também
estariam aí incluídas. Seria, portanto, uma classi cação quinária (cinco tipos). A ação executiva em sentido
amplo é aquela que tem o objetivo de a rmar o direito a uma prestação, com a sua certi cação e efetivação
por intermédio de medidas de coerção direta (execução por sub-rogação, que substituem a vontade do
devedor, como, por exemplo, na busca e apreensão, para cumprir dever de entregar coisa, ou na alienação
em hasta pública de bem do devedor, para se obter dinheiro para cumprimento de obrigação pecuniária).
Por outro lado, a ação mandamental tem, igualmente, o condão de a rmar um direito a determinada
prestação e de efetivá-lo, porém por meio de medidas indiretas de coerção (que atuam de maneira a
compelir o devedor a cumpri-las, uma forma de incutir temor, como, por exemplo, na prisão civil em caso de
alimentos ou na imposição de multa).
Procedimento
O procedimento estrutura o método do processo. Na atual sistemática, o procedimento é comum (regra geral) ou
especial (para casos especí cos previstos no CPC). A especialidade do procedimento ocorre em virtude das
necessidades concretas da relação jurídico-material existente. O direito material, assim, está em constante
conversação com o direito processual, que reconhece suas peculiaridades, embora seja ramo autônomo da
ciência jurídica.
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Fenômeno do litisconsórcio
Numa demanda é possível o alargamento dos polos ativo e passivo. É o fenômeno do litisconsórcio – pluralidade
de sujeitos reunidos para litigar em conjunto. É possível o litisconsórcio:
A sentença de mérito sem contraditório em caso de litisconsórcio necessário será nula. Nos demais casos, será
ine caz relativamente àqueles que não foram citados (casos de litisconsórcio facultativo). O juiz pode limitar o
número de litisconsortes facultativos, desmembrando o processo. Não há, porém, número taxativamente previsto
em lei. É o chamado litisconsórcio multitudinário, que é limitado justamente para privilegiar-se o direito de defesa,
dado que restaria di cultado na hipótese de admissão de um sem número de litigantes.
De rigor, são três, basicamente, as espécies de tutelas jurisdicionais: conhecimento (declaratória, constitutiva ou
condenatória); cautelar; e executiva. Para cada espécie de tutela jurisdicional há um equivalente tipo de crise
jurídica. Compreenda a seguir:
A assistência tem como pressuposto o interesse jurídico de um terceiro na solução do processo e poderá ser
simples ou litisconsorcial. Na simples, o terceiro (assistente) possui um interesse jurídico na demanda, então
travada entre autor e réu, na qual ambos podem gurar como assistidos. Já “na assistência litisconsorcial o
assistente é titular da relação de direito material discutida no processo, sendo, portanto, diretamente
atingido em sua esfera jurídica pela decisão a ser proferida" (NEVES, 2020, p. 346, grifo nosso).
Denunciação da lide
Esse instituto serve para que "uma das partes traga ao processo um terceiro que tem responsabilidade de
ressarci-la pelos eventuais danos advindos do resultado desse processo" (NEVES, 2020, p. 356).
Chamamento ao processo
É uma modalidade coercitiva de intervenção de terceiro por meio da qual o terceiro é chamado ao processo,
passando a integrá-lo, a pedido do réu, independentemente da sua concordância.
Trata-se de um incidente instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, possível em todas as fases
do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.
Amicus curiae
É o amigo da Corte, terceiro (pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade) que vem ao processo para,
munido de conhecimento especializado, participar da discussão da causa.
Por m, o processo deve alcançar, de algum modo, a sua extinção. Via de regra, tal ocorre pela sentença. A dicção
do art. 316 do CPC é clara neste sentido, embora deva ser interpretado referido comando como que a sentença
extingue a fase de conhecimento, dado que outras decisões são passíveis de extinguir parcela do mérito, assim
como casos de ações originárias em Tribunais, que podem ser extintos por diferentes maneiras. De todo modo, o
preceptivo é cristalino, informando o encerramento daquela que constitui parte robusta do iter procedimental,
que é a fase de cognição, de conhecimento.
Esperamos que o conteúdo apresentado nesta leitura tenha contribuído para que você possa enxergar com
clareza a situação de crise e a maneira como poderá resolvê-la. Essa é uma questão da mais alta relevância –
a nal, tal como um médico que prescreve uma medicação especí ca para o combate de uma moléstia, você,
como jurista, tem que saber a maneira mais efetiva de tutelar o direito em sua dimensão real.