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Médium é aquele que empresta seus dons às Entidades espirituais para que
possam se manifestar às pessoas de nosso mundo.
Paulo de Tarso, na Carta aos Coríntios, enfatiza: “Cada um recebe o dom de
manifestar o Espírito para a utilidade de todos.”
Cada médium tem o seu dom, o seu trabalho mediúnico na Terra, para trazer
a voz da espiritualidade, para ajudar a humanidade na sua evolução espiritual.
Como a “Parábola dos Talentos”, o médium recebe os seus talentos, que
corresponde às responsabilidades perante Jesus, para serem multiplicados em
favor do próximo.
Desenvolvimento mediúnico, além da disciplina e educação, é a prática do
Amor.
O médium é um ser humano como outro qualquer, com suas dificuldades do
dia-a-dia, com a luta pela sua sobrevivência, além dos compromissos e atividades
assumidas com o Plano Espiritual.
O verdadeiro servidor de Jesus é conhecido por exercer as suas atividades
por um ideal, anonimamente, no silêncio e no seu equilíbrio, procurando levar o
consolo às criaturas dos dois mundos.
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I - O que é mediunidade?
Kardec, em “O Livro dos Médiuns”, nos afirma que: “Toda pessoa que sente em
um grau qualquer a influência dos Espíritos, por isso mesmo, é médium. Esta
faculdade é inerente ao homem e, por conseqüência, não é privilégio exclusivo;
também são poucos nos quais não se encontrem alguns rudimentos dela. Pode-se, pois
dizer que todo mundo é, mais ou menos, médium.”
Assim como os cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato, e paladar), a
mediunidade é uma faculdade natural. Basta descobri-la e educá-la. A educação
mediúnica é semelhante a qualquer dom que tenhamos, seja para a música, o teatro,
a pintura, para alguma atividade profissional. Precisamos de tempo, paciência,
muito estudo e perseverança.
Existem dois tipos de mediunidade: a mediunidade natural e a mediunidade de
prova.
A mediunidade natural é aquela em que o indivíduo a conquista conforme
evolui e se moraliza. Ele adquire algumas faculdades psíquicas, aumentando a sua
percepção espiritual.
A mediunidade de prova é aquela em que, indivíduos com atraso em sua
evolução espiritual, ganha por empréstimo alguma percepções, como uma forma de ter
um instrumento para fazer a caridade, ajudando o próximo, como uma forma de quitar
débitos de reencarnações pretéritas.
Não existe o médium pronto, ou seja, aquele que está completamente
desenvolvido. Somos todos eternos aprendizes e precisamos nos manter em constantes
estudos e aperfeiçoamento.
A mediunidade não é uma “diversão” passageira, mas uma responsabilidade e um
compromisso a ser assumido tanto com o nosso mundo quanto com o mundo espiritual.
É para ser usada para ajudar o próximo (encarnado ou desencarnado) e nos será
muito importante para o nosso desenvolvimento espiritual.
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tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza, as
de que seja dotado.”
Emmanuel, mentor de Chico Xavier, o alertou para se concentrar suas aptidões
mediúnicas apenas na recepção de livros, que era a sua missão principal.
A especialização mediúnica é uma necessidade!
É melhor que o médium se dedique a desenvolver um ou dois dons, evitando
assim criação de problemas para si e para os Espíritos. É preferível ser eficiente
em poucas aptidões a ser incapaz em várias.
Geralmente a faculdade mediúnica mais desejada é a psicografia, pelo
recebimento de mensagens consoladoras. Mas o que dizer se todos os médiuns fossem
psicógrafos? O que seria da vidência, da psicofonia, da cura, do passe e de todas
as outras faculdades mediúnicas? Na Carta aos Coríntios (capítulo 12) Paulo de
Tarso compara os dons espirituais aos órgãos do corpo humano, temos diversos
órgãos, mas um só corpo: “Se o corpo fosse apenas olho, onde ficaria o ouvido? E
se fosse apenas ouvido, onde o olfato?” Ou seja, todo órgão tem a sua função e a
sua importância. Assim são as faculdades mediúnicas, onde cada uma tem a sua
finalidade. Não devemos ambicionar o dom de outro médium. Todos os dons são
nobres!
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IV - No transe mediúnico
A atividade mediúnica é muito séria e não deve ser realizada se não houver
muita responsabilidade por parte do medianeiro.
Muitos são atraídos pela sua fenomenologia, mas esquecem que estas tarefas
exigem uma rotina de treinamento, algumas renúncias, muito esforço e determinação.
Procurem um Centro ou uma Federação Espírita para efetuarem seus cursos de
aperfeiçoamento e buscarem orientações.
Não pratiquem a mediunidade fora destes recintos. Não recebam Entidades
Espirituais em casa ou qualquer outro lugar que não seja um Centro Espírita, onde
tem toda proteção e amparo necessários para estas atividades.
Há uma vastíssima literatura mediúnica que foram psicografas por Chico
Xavier (vide livros de André Luiz), Divaldo Franco (vide livros de Manuel
Philomeno Miranda, Joanna de Ângelis), além das obras codificadas por Allan Kardec
para estes estudos.
No transe mediúnico, aliando os estudos teóricos com a prática, o médium irá
com o tempo aprender a diferenciar as suas emoções e pensamentos com as emoções e
pensamentos da Entidade comunicante.
O que tem que ser transmitido, geralmente, começa com uma imagem, um quadro,
um pensamento ou idéia que estiver em sua mente.
Na manifestação da comunicação, se o Espírito é calmo e tranqüilo, não é o
médium agitado que irá torná-lo agressivo e descontrolado. Mas, se o Espírito é
violento, o médium com certo equilíbrio permitirá que manifeste a sua raiva e
indignação. Ou seja, o médium é o primeiro doutrinador da Entidade espiritual. É o
médium quem controla a intensidade de agressão e violência do Espírito. Não
precisa dar murro na mesa, gritar, falar palavrões, se jogar no chão...
É possível deixar o comunicante se extravasar, mas sem tumultuar o ambiente
de trabalho mediúnico.
Daí a importância do médium ser equilibrado para conseguir ajudar o Espírito
em desequilíbrio.
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V - O dom da psicografia
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VI - O dom da psicofonia
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VII - O dom da Vidência
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VIII – Incorporação
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IX - Choque Anímico
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XI - A importância da Oração
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XIII - Conduta mediúnica
“Em seminário promovido pela USE (abril/1980) Divaldo Franco declarou que existem
pessoas que afirmam gostar das reuniões mediúnicas porque nelas vão fazer a
caridade. Este pensamento não é correto, porque, na verdade, ali é o lugar onde
vamos receber a caridade, esclareceu o médium e tribuno baiano. Justificando o seu
conceito, Divaldo, complementa: “o espírito comunicante que pressupomos estar
socorrendo é o porta-voz da caridade, porque está dizendo sem palavras: “Olhe o
que aconteceu comigo””. Se não houver uma mudança imediata no seu comportamento
moral vai acontecer a mesma coisa com você.” Então, o primeiro objetivo das
reuniões mediúnicas é a instrução dos participantes encarnados.”
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XIV - Quando o silêncio se faz necessário
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Para exercer a mediunidade não basta somente ter boa vontade. É preciso
estar preparado e ter conhecimento para servir. Kardec, no Livro dos Médiuns, nos
alertou: “Estudai antes de praticardes”.
Todo médium é falível, daí a necessidade de fazer o que Jesus nos pediu:
“Vigiai e orai”. Tendo o estudo necessário, é possível identificar quando o
Espírito é mistificador, se fazendo passar por Espírito superior, evitando assim
em cair numa obsessão espiritual.
Pensar que por ser médium, e achar que não precisa de correção de conduta,
já é sinal de que há muita necessidade em efetuar a sua educação interior. É
justamente nas nossas falhas de comportamento é que os Espíritos inferiores vivem
aprontando com o médium.
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Nossos Mentores Espirituais nos passam as diretrizes necessárias, não ficam
o tempo todo ao nosso lado como se fôssemos crianças. Muitas vezes nos vigiam de
longe. Temos o livre-arbítrio para fazer as nossas escolhas. Mediunidade é um
instrumento que a pessoa tem por empréstimo para quitar débitos de vidas passadas,
ajudando os dois planos de vida. Joanna de Ângelis, mentora de Divaldo P. Franco,
nos informa que quem tem a mediunidade, tem a oportunidade de realizar duas
reencarnações em uma.
Não pense que a sua mediunidade vai fazer grandes revelações e irá arrastar
multidões atrás de você. É mais fácil fracassar na mediunidade por vaidade e
orgulho do que por qualquer outro motivo. São nossos pequenos gestos, pequenas
atitudes, uma contribuição modesta, porém positiva, que irá atrair a presença dos
bons Espíritos!
Por ser médium, não se julgue superior às demais pessoas. O verdadeiro
trabalhador de Jesus é humilde nas suas atitudes.
Devemos estar no mesmo nível de respeitabilidade, de cordialidade,
dignidade, honestidade e simplicidade perante as pessoas, e principalmente, com
Deus!
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