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Estatística Aplicada

2015/2

Profa. Mariana Vieira Coronas


mariana.coronas@ufsm.br

1
 Considerando H0 verdadeira, podemos
calcular a probabilidade de obtermos, por
acaso, um resultado tão ou mais distante do
esperado do que aquele que verificamos na
amostra efetivamente observada

 Definido como a probabilidade de a


estatística do teste acusar um resultado tão
ou mais distante do esperado

 O valor de p aponta o quão improvável foi o


resultado perante a H0

 Quanto menor o valor de p, maior a evidência


para rejeitar H0

2
 Probabilidade, pré-estabelecida, tolerável de
incorrer no erro de rejeitar H0 quando ela é
verdadeira

 Estabelecido o nível de significância α, temos a


seguinte regra de decisão de um teste estatístico:

p> α → aceita H0

p≤ α → rejeita H0

Uma situação comum é ter-se


uma ideia da média da população
tomada com referência (μ0), mas
desconhecer-se o desvio padrão
populacional (σ)

3
 Não se conhecendo σ, se desconhece também o
erro padrão
 A solução é substituir o desvio padrão populacional
pelo seu estimador, o desvio padrão amostral (s), e
obter dessa forma o erro padrão estimado para
média
EP=
 Procedendo assim admitimos que a variação dos
valores na amostra é semelhante à da população.
Mas isso pode ser verdade para amostras grandes
obtidas aleatoriamente, mas não para amostras
pequenas

 As dificuldades do emprego de s com uma


estimativa de σ foram estudadas por Willian S.
Gosset (1876-1937), pesquisador da Guiness

 Ele propôs que quando σ fosse desconhecido, se


substituísse o valor crítico obtido da curva normal
pelo valor de uma nova distribuição

◦ Distribuição t

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 A diferença entre σ e s depende do tamanho da
amostra

 Em amostras grandes a diferença é mínima

 A tabela t apresenta valores críticos que dependem


não só do nível de significância (α) mas também do
tamanho da amostra

 O valor crítico de t é indicado por tα;gl

 Número de graus de liberdade (gl): n-1

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 Deseja-se estimar a nota média em um exame aplicado em
uma escola. Para isso considerou-se uma amostra de 16
alunos submetidos a esse exame e obteve-se uma nota
média de 7,3 e um desvio padrão de 0,4. Construa o IC com
95% de confiança para a verdadeira média

Como encontrar o valor de t?

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gl= n-1
gl= 16 – 1

 Deseja-se estimar a nota média em um exame aplicado em


uma escola. Para isso considerou-se uma amostra de 16
alunos submetidos a esse exame e obteve-se uma nota
média de 7,3 e um desvio padrão de 0,4. Construa o IC com
95% de confiança para a verdadeira média

,
7,3 ± 2,1331 ,

IC (7,086 ≤ µ≤ 7,5131)

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 O Teste de Hipóteses e a Estimação da
Média Populacional seguem a mesma lógica
do visto anteriormente, porém utilizando os
valores críticos da distribuição t

1. Estabelecimento das hipóteses estatísticas


H0:μA=μ0 ou H0: μA-μ0=0

HA:μA≠μ0 ou H0: μA-μ0 ≠ 0

2. Escolha o nível de significância


α = 0,05

3. Determinação do valor crítico do teste


Z0,05=1,96

4. Determinação do valor calculado do teste


zcalc=

5. Decisão
Se Zcalc < zα, não se rejeita H0

Se Zcalc ≥ zα, rejeita-se H0

6. Conclusão

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 O comprimento médio das sementes é 9
mm em um determinado tipo de plantas
ornamentais. Em uma amostra de sete
sementes de uma nova variedade, os
valores obtidos foram os indicados abaixo.
Compare as duas variedades entre si
quanto ao comprimento das sementes
(α=0,05)
x (mm): 6; 7,5; 7; 6,5; 8; 9; 8,5

 O comprimento médio das sementes é 9 mm em um


determinado tipo de plantas ornamentais. Em uma
amostra de sete sementes de uma nova variedade,
os valores obtidos foram os indicados abaixo.
Compare as duas variedades entre si quanto ao
comprimento das sementes (α=0,05)
x (mm): 6; 7,5; 7; 6,5; 8; 9; 8,5
̅ =7,5
,
̅ 2=9 tcalc= , =-3,67
S2=1,17
S=1,08 t0,05;6=2,447
As duas variáveis diferem entre si no comprimento,
sendo a nova variedade menor (α=0,05)

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Comparar duas amostras
quanto a uma variável
quantitativa

 Grupo experimental e grupo controle

 Comparar duas populações quanto uma


variável quantitativa (médias)

◦ Variância conhecida

◦ Variância desconhecida, supostamente igual

◦ Dados pareados

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 Variáveis devem ter distribuição normal ou
aproximadamente normal
◦ Verificação da normalidade: gráfica, testes de
normalidade
◦ Transformar os dados para uma nova escala, sob
a qual a normalidade é plausível, ou
 Usar técnicas estatísticas apropriadas para dados não-
normais

 Verificar se as variâncias são iguais ou


diferem
◦ Teste de comparação de variâncias (Teste F)

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Graus de liberdade
gl ou n1 n2 ‐2

Nesse caso a variável x passa a ser a diferença entre os pares


é ç
Sd desvio padrão da diferença entre os pares

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 Se as variâncias são iguais, então σA2/ σB2=1

 Os dados dos experimentos são relativos a

amostras, de modo que mesmo que as variâncias

populacionais sejam iguais, a razão das variâncias

amostrais pode apresentar uma diferença aleatória

em relação a 1

 Estabelecer limite para atribuir uma diferença real

 A estatística calculada para o teste é a razão entre

as variâncias amostrais e é denominada F

Fcalc=S2maior/S2menor

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 A estatística calculada para o teste é a razão entre as
variâncias amostrais e é denominada F

Fcalc S2maior/S2menor

Fα;glN;glD
glN graus de liberdade do numerador
glD graus de liberdade do denominador

 A estatística calculada para o teste é a razão entre as


variâncias amostrais e é denominada F

Fcalc S2maior/S2menor
Fα;glN;glD
Cuidar se a tabela é para glN graus de liberdade do numerador
teste unilateral ou
glD graus de liberdade do denominador
bilateral.
Se a Tabela for unilateral
e o teste bilateral, o nível
de significância será o
dobro do indicado na
tabela

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Exemplo Número de trocas entre cromátides
irmãs (TCI; média de 25 células),
observado em floricultores com e
sem sintomas de intoxicação crônica

Sem sintomas Com sintomas


2,9 4,8
4,6 4,9
4,8 5,3
5,2 5,4
5,3 5,6
5,7 6,3
5,7 6,4
5,8 6,6
5,8 6,9
5,8 7
5,9 7,8
6,6 8,1
7,1 8,8

Modificado a partir de Callegari-Jacques, Sidia M. Bioestatística:


Princípios e aplicações. ArtMed, 2011; citando: Doulot et al. 1992.
Rev. Bras. Genet. 15(1):169-182.

Número de trocas entre cromátides


irmãs (TCI; média de 25 células),
observado em floricultores com e
sem sintomas de intoxicação crônica

Sem sintomas Com sintomas


2,9 4,8
4,6 4,9
4,8 5,3
5,2 5,4
A intoxicação com pesticidas
5,3 5,6
altera a frequência de trocas 5,7 6,3
entre cromátides irmãs? 5,7 6,4
5,8 6,6
Como responderemos essa 5,8 6,9
questão? 5,8 7
5,9 7,8
6,6 8,1
5,48 7,1 8,8 6,45
S2 1,039 S2 1,574
Modificado a partir de Callegari-Jacques, Sidia M. Bioestatística:
Princípios e aplicações. ArtMed, 2011; citando: Doulot et al. 1992.
Rev. Bras. Genet. 15(1):169-182.

15
 Fcalc= S2maior/S2menor =1,574/1,039=1,515
 Determinação do valor crítico
 Fα;glN;glD
 F0,05;12;12=

 Fcalc=1,574/1,039=1,515

 Determinação do valor crítico

 Fα;glN;glD

 F0,05;12;12= 3,28

16
 Fcalc=1,574/1,039=1,515

 Determinação do valor crítico

 Fα;glN;glD

 F0,05;12;12= 3,28

 Como Fcalc = 1,515 < F0,05;12;12= 3,28 não se rejeita H0 e

conclui-se que não há evidência de que as variâncias

populacionais sejam diferentes, podendo-se, portanto, aplicar

teste t para duas amostras com variâncias iguais

graus de liberdade
Obs.: não é mais dado por n n1 n2 ‐2

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ou

graus de liberdade
Obs.: não é mais dado por n n1 n2 ‐2

ou
Reparem que há variações na
fórmula para determinar os
graus de liberdade graus de liberdade. Na primeira
se soma 1 aos denominadores
dos denominadores e se
desconta -2 do resultado final,
enquanto na segunda -1 nos
denominadores finais.

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 O teste de corte inclinado é amplamente aceito para
avaliar a união de materiais de reparo resinosos ao
concreto; ele utiliza espécimes cilíndricos feitos de duas
metades idênticas unidas a 30°. Um estudo relatou que,
para 12 espécimes preparados usando escova de arame
a resistência de corte média amostral (N/mm2) e o desvio
padrão da amostra eram 19,20 e 1,58, respectivamente,
enquanto para 12 espécimes delineados manualmente,
os valores correspondentes eram 23,13 e 4,01
◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois
métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois


métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

Preparação da superfície Média Desvio padrão


Escova de arame (n=12) 19,20 1,58
Manualmente (n=12) 23,13 4,01

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◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois
métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

Preparação da superfície Média Desvio padrão


Escova de arame (n=12) 19,20 1,58
Manualmente (n=12) 23,13 4,01

H0: μ1-μ2=0
HA: μ1-μ2≠0

◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois


métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

Preparação da superfície Média Desvio padrão


Escova de arame (n=12) 19,20 1,58
Manualmente (n=12) 23,13 4,01

Fcalc=(4,01)2/(1,58)2=16,080/2,496=6,44
F0,05;11;11= 3,47
Rejeita-se a H0⇒ variâncias diferem

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◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois
métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

Preparação da superfície Média Desvio padrão


Escova de arame (n=12) 19,20 1,58
Manualmente (n=12) 23,13 4,01

Graus de liberdade:

= 14
12

◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois


métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

Preparação da superfície Média Desvio padrão


Escova de arame (n=12) 19,20 1,58
Manualmente (n=12) 23,13 4,01

t0,05;14= _______ bilateral

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◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois
métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

Preparação da superfície Média Desvio padrão


Escova de arame (n=12) 19,20 1,58
Manualmente (n=12) 23,13 4,01

t0,05;14=2,145 bilateral

◦ A resistência média real parece ser diferente para os dois


métodos de preparação de superfície? Determine e teste as
hipóteses relevantes a um nível de significância de 0,05. O
que você supõe com relação às distribuições da resistência
de corte?

Preparação da superfície Média Desvio padrão


Escova de arame (n=12) 19,20 1,58
Manualmente (n=12) 23,13 4,01

t0,05;14=2,145 bilateral

Rejeita-se a H0 e conclui-se que


parece haver uma diferença
entre as médias das resistências
de corte nos dois métodos de
preparação da superfície

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 Sejam μ1 e μ2 as vidas médias reais de duas marcas
concorrentes de pneus radiais de tamanho
P205/65R15.

 Teste H0: μ1 - μ2=0 versus HA: μ1 - μ2≠0 no nível de


0,05, usando os seguintes dados
◦ n1=45 =42.500 σ1=2.200

◦ n2=45 =40.400 σ2=1.900

 Sejam μ1 e μ2 as vidas médias reais de duas marcas concorrentes de


pneus radiais de tamanho P205/65R15.
 Teste H0: μ1 - μ2=0 versus HA: μ1 - μ2≠0 no nível de 0,05, usando os
seguintes dados
◦ n1=45 =42.500 σ1=2.200

◦ n2=45 =40.400 σ1=1.900

z0,05=1,96 bilateral

Rejeita-se a H0 e conclui-se que as duas marcas diferem


quanto as vidas médias reais

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