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MARKETING

COMO CRIAR CONTEÚDO PARA


MINHA EMPRESA NA INTERNET

COMO CRIAR CONTEÚDO PARA


MINHA EMPRESA NA INTERNET

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Yayá Comunicação Integrada
COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

SUMÁRIO

Dissemine e potencialize a sua empresa no ambiente digital 4

Como elaborar uma estratégia de Marketing de Conteúdo 6

Como produzir conteúdos atrativos para o seu público-alvo 11

Como definir os conteúdos de acordo com o funil de vendas? 15

Aprenda como mapear a jornada do cliente 19

Elabore um cronograma de produção e disponibilização


de conteúdo para sua empresa 21
Conheça os canais para disseminar conteúdos e escolha
os melhores para o seu empreendimento 24

Conclusão 27

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

DISSEMINE E POTENCIALIZE A SUA


EMPRESA NO AMBIENTE DIGITAL

Ao longo dos anos, empresas de todos os portes e áreas de atuação enfrentaram


mudanças na arte de se comunicar com os clientes. A última grande onda de
adaptações ocorreu com o fortalecimento da internet não só como plataforma
publicitária mas, também, como marketplace.

Hoje, os consumidores conhecem, compram e criam vínculos com as marcas


no ambiente digital, pelo computador ou celular, fazendo com que o marketing
digital se torne um ativo estratégico para quem quer melhorar sua relação com o
cliente. Portanto, saber o que falar, quando falar e de que maneira se comunicar
neste ambiente é crucial ao sucesso das iniciativas de micro e pequenas empresas,
principalmente quando a concorrência dentro do setor de atuação é alta.

Fazer o conteúdo assertivo para os mais variados públicos que estão online é um
desafio, sim, mas não pode se transformar em obstáculo. Justamente graças a ele,
existem milhares de fontes confiáveis de informação para educar o empreendedor
a, pelo menos, dar os primeiros passos nessa área por conta própria.

Não é requerido um diploma em comunicação para criar conteúdo, mas isso não
significa que os estudos podem ser deixados de lado. É em materiais como esse
e-book que o empresário pode entender como a engrenagem da internet funciona
– e quais são as possibilidades de criação em um ambiente carregado, ao mesmo
tempo, de oportunidades e efemeridade consumerista.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

Aliás, a dica é válida desde já: na internet, as coisas acontecem muito rápido. Um
conteúdo que deu certo hoje pode não surtir o mesmo efeito amanhã e, não raro,
o planejamento de comunicação feito para um mês vai demandar mudanças de
rota para atender aos anseios do público-alvo. O mais importante, no entanto, é
perceber que as empresas devem ter responsabilidade no momento de criar e
distribuir seu conteúdo, evitando, ao máximo, orbitar em polêmicas negativas ou
de algum modo descuidar no tratamento ao consumidor via internet.

Nesse material vamos falar, especialmente, do Marketing de Conteúdo. Trata-se


de um recurso da comunicação digital para conseguir estabelecer vínculos
com o público no intuito de gerar interesse e vendas. O Marketing de Conteúdo
é indispensável para micro e pequenas empresas e, quando bem feito, pode alçar
ao sucesso marcas que nasceram modestas, inclusive as de atuação local.

Vale lembrar, também, que um dos maiores benefícios da internet é possibilitar


ao empreendedor o escoamento de suas mercadorias para além das fronteiras
da sua cidade. Em alguns casos, até a prestação de serviços pode ser feita online,
quebrando barreiras geográficas entre clientes e empresas. E é justamente por
isso que o Marketing de Conteúdo é tão importante: se, como diz o ditado, “quem
não é visto não é lembrado”, em um ambiente em que todos dividem espaço e
são, literalmente, vistos o tempo todo, só um bom conteúdo é capaz de fazer uma
marca se destacar das demais.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

COMO ELABORAR UMA ESTRATÉGIA DE


MARKETING DE CONTEÚDO

Marketing de Conteúdo é um recurso estratégico que não se resume a apenas


fazer conteúdo digital, mas, antes disso, pensá-lo e, depois, distribuí-lo. Ele é todo
planejado para aumentar a audiência de uma marca e, com as ferramentas certas,
potencializar a possibilidade de converter a visita de um potencial cliente em venda.

Quando falamos de Marketing de Conteúdo, estamos considerando todas as suas


etapas de execução:

Mapeamento do público-alvo; Distribuição;

Planejamento do que será feito; Mensuração de resultados.

Criação desse conteúdo;

A última etapa não pode ser deixada de lado, pois é ela quem vai direcionar a
empresa para as próximas ações, fazendo das fases do conteúdo um ciclo que
sempre se renova.

O primeiro passo da estratégia é o mapeamento do público-alvo, que pode


ser feita de duas maneiras: através da definição genérica desse público, que pode
resultar em uma comunicação também genérica, e da definição de personas. As
personas são arquétipos de um público-alvo baseadas em atributos do passado
para definir suas ações em relação à marca no presente.

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Aqui vai um exemplo: imagine que você tem um pequeno negócio focado em fazer
bolos de casamento. A definição genérica do seu público-alvo é “pessoas que vão se
casar”. Isso não está errado, mas também não apresenta clareza. Falar para “quem
vai se casar” é falar para muita gente, e não necessariamente para as pessoas certas.

Agora, na definição de personas, essa questão fica menos vaga – o que faz com que
o conteúdo que será planejado possa ser melhor direcionado. Se você faz bolos
mais luxuosos, bem decorados, que custam acima de mil reais, sua persona terá o
arquétipo de alguém que vai se casar em uma festa grande, que quer investir em um
bolo de qualidade e que tem recursos financeiros para fazer isso.
Em outras palavras, seu Marketing de Conteúdo precisa
atender a essa demanda, pois são esses os atributos
históricos do seu público. Assim, não adianta querer
se comunicar com esse público e, ao mesmo tempo,
com quem não quer gastar mais de 200 reais em um
bolo de casamento.

Vale lembrar que o estudo de personas vai muito


além desse exemplo, mas essa é apenas uma
sugestão de ponto de partida: o empreendedor
não conseguirá fazer um bom planejamento se
não souber para quem está falando, que realmente
pode se tornar consumidor de sua marca.

A segunda etapa da estratégia de marketing,


nesse caso, é o planejamento. Não basta ler
um artigo que diz que blogs são bons para uma
empresa,criarumblogedeixarfluir.Nomarketing
digital, tudo o que vislumbra relacionamento
com o consumidor e, eventualmente, lucro,
precisa ser minuciosamente planejado. Nesse
plano é crucial esmiuçar o objetivo da estratégia
e como cada etapa será feita. Vale, também,
fazer um calendário de datas importantes para
a empresa, servindo como um guia de o que
dizer e quando.

É no planejamento, também, que empresas


de mais de uma pessoa dividem a
responsabilidade pelas etapas do
Marketing de Conteúdo: quem vai
planejar? Criar? Postar? Mensurar?
Tudo isso precisa estar claro na etapa do
planejamento para não gerar gargalos
enquanto a estratégia se desenvolve.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
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O estudo do público-alvo permite, no planejamento, definir as plataformas que serão


utilizadas no seu marketing de conteúdo. Existem diversas, das quais falaremos
mais à frente, e nem todas precisam ser utilizadas ao mesmo tempo. É para isso
que serve o planejamento: para falar onde, quando e para quem cada esforço de
conteúdo será feito.

O planejamento é o guia para a criação do conteúdo, que, através dos canais de


distribuição escolhidos, mostra suas demandas peculiares. Um post de blog, por
exemplo, necessita de redação; já a atualização no Instagram requer a redação da
postagem e uma foto ou peça de design.

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Dentre as principais plataformas utilizadas para a distribuição do conteúdo a ser


criado estão:

Sites e blogs;

E-mail marketing;

Redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter;

Vídeos, para YouTube e outras mídias;

E-books, como esse.

A criação de conteúdo vai depender das estratégias traçadas no planejamento,


visto que cada plataforma pede um conteúdo específico para sua audiência. Quando
a empresa sabe quem é sua persona, e onde consome informação na internet, a
escolha dos canais de distribuição fica bem mais fácil e assertiva.

Por fim, uma boa estratégia de marketing digital demanda resultados


mensurados. São os resultados que vão mostrar, ao final de um período pré-
estipulado, se as ações deram certo ou não. Os conteúdos que tiveram boa penetração
nos diálogos entre marca e público podem continuar sendo o fio condutor das novas
campanhas, enquanto que aqueles que não foram aceitos devem ser descartados.

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É a mensuração que vai fazer com que o investimento em Marketing de Conteúdo


retorne ao empreendimento em forma de vendas ou de fidelização de clientes, que
se tornam advogados da marca. Sem um relatório – que pode ser semanal, mensal
ou bimestral, por exemplo – é impossível não cair na armadilha do “achismo” para
as próximas incursões da marca nas redes que permeia.

Os resultados podem ser mapeados através de:

Métricas simples, como número de visitas no site;

Interações sociais significativas, como comentários e compartilhamentos;

Geração de leads, que é quando uma pessoa do público mostra real


interesse em levar em consideração a empresa em sua decisão de compra.
Quando isso ocorre, é fundamental ter uma estratégia de conteúdo voltada
exclusivamente para o grupo que se mostra disponível a comprar, para
ter ainda mais chances de vender a ele.

Uma dica que os especialistas em marketing digital dão, é: não baseie suas métricas
digitais em números de seguidores ou curtidas. Afinal, existem inúmeros softwares
que vendem seguidores, criando uma falsa interação por curtidas, o que não significa
gerar resultados reais, já que muitos usuários que interagem por esses meios são
simplesmente perfis falsos.

Contudo, há uma diferença entre “comprar likes” e patrocinar conteúdo digital.


Quando a empresa investe financeiramente nos anúncios disponíveis em
plataformas como Google, Facebook e Instagram, diretamente, essas empresas
tem meios de fazer com que os novos curtidores sejam mais alinhados com o que
a marca quer vender. Existem técnicas e dicas para que você possa construir e
direcionar melhor os seus conteúdos através de anúncios.

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COMO PRODUZIR CONTEÚDOS ATRATIVOS


PARA O SEU PÚBLICO-ALVO
A primeira regra para produzir um conteúdo atrativo é saber o que atrai seu
público-alvo. Afinal, esse ativo é igual ao produto que o empreendedor vende:
que tipo de atributos, diferenciais e senso de exclusividade existe no que a marca
oferta para que a clientela se disponha a comprar?

Com o Marketing de Conteúdo é a mesma coisa, com apenas uma diferença: nele,
você nem sempre vai focar no produto ou serviço a ser vendido; é possível atrair
o público ao mostrar que a empresa consegue ajudá-lo a resolver problemas
à distância, mesmo sem vender nada a ele.

Como isso faz sentido? Por um princípio chamado “reconhecimento de marca”.


Às vezes, alguém não está disponível a comprar o que você vende agora, mas se
lembrará de você quando precisar e indicará a conhecidos, desde que o atendimento
seja de qualidade e o produto ou serviço também.

No ponto de venda, isso ocorre com o acolhimento dos vendedores e a


disponibilidade que eles tem em auxiliar e tratar bem o cliente, mesmo que ele
não compre nada. Na internet, o mesmo impacto é obtido através do Marketing
de Conteúdo.

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Para produzir conteúdos atrativos, as ferramentas são inúmeras. Para a melhor


escolha, vale considerar que:

Um site ou blog informativo é boa escolha para temas mais técnicos;

O Facebook tem o recurso específico de páginas empresariais, para que


os empreendedores possam fomentar o conteúdo e ver a resposta a
ele em tempo real;

Instagram é ótima escolha para quem trabalha com produtos e serviços


que causam mais impacto através de fotos. Ele também permite vídeos
curtos, em blocos de 15 segundos;

LinkedIn é a plataforma para assuntos empresariais, e pode dar retorno


quando os produtos e serviços vendidos são focados nessa finalidade.
Uma empresa de RH, por exemplo, pode ganhar visibilidade ao fazer
artigos no LinkedIn sobre dicas e recomendações da área de recursos
humanos;

YouTube é a plataforma de vídeos e a primeira em que muitos


empreendedores pensam, uma vez que a audiência está cada vez mais
focada em vídeo, em detrimento ao texto escrito.

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Tirando o blog ou site, que pode exigir investimento inicial da empresa, todas as
outras ferramentas listadas acima são de utilização gratuita, e a empresa não
paga nada para postar suas atividades. Há o recurso do “post patrocinado” ou das
propagandas do Google, que podem impulsionar a visibilidade de alguns conteúdos
da empresa, mas o investimento nesta seara é de escolha e definição da empresa.
Não é obrigatório pagar para falar de produtos e serviços nas plataformas sociais.

Isso posto, como pensar em conteúdos atrativos?


Como criá-los?

Assuntos legais, que interessem e resolvam problemas dos usuários, e que possam
servir de repertório para que a decisão de compra seja tomada, tem maior potencial
de atrair a atenção pública do que, simplesmente, um folder digital de produto ou
serviço. Para o marketing, a atração pelo conteúdo é possível quando a empresa
conhece detalhadamente o perfil de seu público, incluindo:

Onde ele mora;

Qual é seu poder aquisitivo;

Qual é sua hierarquia de interesses de compra.

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Como falamos anteriormente, desenvolver personas a quem dirigir o Marketing de


Conteúdo é a forma mais assertiva de entender o perfil e quais são suas necessidades
de consumo de informação.

Algumas empresas vão descobrir que suas personas estão


sempre buscando artigos em blogs, outras vão entender
que o Instagram é mais atrativo e tantas outras perceberão
que a melhor mídia online de relacionamento com o público
é o WhatsApp.

Os conteúdos só serão atrativos se:

Estiverem alinhados com os interesses dos clientes;

Estiverem adequados a essas e outras plataformas.

Afinal, o que você escreve no site não deve ser necessariamente igual ao que você
posta nas redes ou envia como mensagem instantânea. A personificação do público
dá meios de personalizar mensagens e gerar interesse e curiosidade dos potenciais
clientes.

Para isso, lembre-se que a criação do conteúdo é de


responsabilidade do gestor ou empreendedor: quando ele não
pode, ou não quer, estudar as possibilidades de comunicação online
do seu negócio, o mais indicado a se fazer é contratar uma empresa
terceirizada ou profissional freelancer para executar o serviço.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
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COMO DEFINIR OS CONTEÚDOS DE ACORDO


COM O FUNIL DE VENDAS?

O Marketing de Conteúdo
lida com uma cadência
chamada funil de vendas, que
acompanha o cliente desde o
momento em que ele entra em
contato com o nome da empresa
até após sua decisão de compra. Esse
funil é o que organiza as estratégias
digitais. Assim, o funil de vendas é
uma metáfora para a estratégia que vai
carregar o potencial cliente – chamado,
em muitas especificidades do marketing,
como o Inbound Marketing, de lead – da sua
primeira impressão da empresa até se tornar
um cliente fidelizado.

As etapas de um funil de venda são:

Topo do Funil
É aqui que estão todas as pessoas que ouvem falar da sua marca pela primeira vez.
Elas reconhecem a marca como empresa e podem se interessar por estreitar laços
ou, simplesmente, deixar esse relacionamento de lado.

O Marketing de Conteúdo atua nessa etapa do funil atraindo visitantes para o site ou
outros canais de distribuição de conteúdo digital da empresa. Ela não vai fazer essa
atração falando só de seu produto; é imprescindível que ela mostre que conhece
os problemas dos clientes e quer ajudar a saná-los.

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Um exemplo: você tem uma empresa que vende chuveiros incríveis e muito
econômicos. A forma de marketing mais tradicional diz que um bom caminho a
seguir é, simplesmente, mostrar esses atributos ao público. Contudo, no Marketing
de Conteúdo, a empresa vai além: no topo de funil ela vai criar conteúdos estilo
“como trocar o chuveiro em 5 passos” ou “melhores práticas para economizar no
banho”.

Pode ser que o visitante não esteja procurando um chuveiro agora, mas ter o
cuidado de atrair a atenção do usuário através de assuntos interessantes vai manter
a empresa no radar, e nas indicações, desse visitante.

Os melhores formatos para conteúdo de topo de funil são:

Posts de blog;

Posts das redes sociais;

Vídeos;

Webnars, que são videoconferências ao vivo entre o


empreendedor e o público na internet, geralmente gratuitas,
que oferta o produto ou serviço ao final.

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Meio de funil
Nessa etapa, que quer transformar o visitante em lead – ou seja, quer fazer com que
a pessoa que entrou no site da empresa mature sua decisão de compra de maneira
favorável a ela –, os assuntos vão ser mais direcionados a esse tipo de público. Nesse
caso, a personalização é uma boa ferramenta criativa. Enviar e-mails e newsletters
é uma boa, caso exista esse dado do cliente de posse do empreendedor.

Os textos, nessa etapa, precisam ser acolhedores e informativos, com boa redação
e dicas realmente valiosas para resolver o problema que o cliente enfrenta. Graças
ao Marketing de Conteúdo bem feito nessa etapa, estabelece-se uma relação de
confiança entre consumidor e marca, garantindo maior viabilidade de fidelização.

Para o meio de funil os melhores formatos de conteúdo são:

Posts de blog;

E-books;

Podcasts (uma espécie de programa de rádio online);

Infográficos.

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Entrad
a

Conver
são
Saída

Fundo de funil
Nessa etapa o objetivo é fechar o negócio. Para isso, o conteúdo precisa ser
relevante e útil ao usuário, de forma que ele continue acreditando e confiando
nas possibilidades da empresa. A palavra utilizada pelos profissionais de marketing
para essa etapa é “encantamento”.

Aqui, é preciso mostrar para o potencial cliente seus atributos, diferenciais e perfeito
acolhimento, para que você seja a primeira opção de compra que ele tem – ou quer.

O conteúdo para fundo de funil pode ser feito para as mesmas ferramentas utilizadas
nas etapas anteriores, mas com uma comunicação diferente.

Após ter se tornado cliente, a pessoa que interagiu com a marca até aqui pode
e deve continuar esse relacionamento. A engrenagem do marketing volta a girar
quando a empresa se preocupa em desenvolver um pós-venda de qualidade. Com
ele, a fidelização obtida faz com que as pessoas voltem naturalmente a entrar no
funil por iniciativa própria.

Para atrair o potencial cliente, seja no topo ou no fundo de funil, lembre-se sempre
de falar bem da sua empresa, mas com cautela para que o conteúdo não vire
arrogância. Utilize casos de sucesso de clientes anteriores, poste depoimentos
dos que gostaram dos seus produtos e/ou serviços e nunca deixe de levar em
consideração esses feedbacks.

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APRENDA COMO MAPEAR A JORNADA


DO CLIENTE
Dependendo do que está sendo vendido, não é fácil encontrar clientes dispostos a
realizar uma compra por impulso. O comércio de bens de consumo duráveis, por
exemplo, como roupas, eletrodomésticos, carros e até casas, ou serviços complexos,
como uma cirurgia estética ou viagem de fim de ano, requerem o entendimento do
empreendedor sobre a jornada do cliente para que não haja, por parte do público,
o desconforto de ser forçado a tomar uma decisão antes da hora.

A jornada do cliente é uma maneira de ver a relação com os potenciais clientes


de duas formas: a primeira como um mapa a ser traçado pela empresa para
conseguir fazer a venda e a segunda como uma oportunidade de mostrar ao
cliente algo que ele nem sabia que gostaria ou deveria adquirir.

O objetivo dessa ferramenta é dar a empresa recursos para acompanhar o


consumidor em todas as etapas de sua decisão, fazendo com que aumentem as
chances de ela ser a escolha final. Por isso, ela também recebe o nome de jornada
de vendas.

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As principais etapas da jornada do cliente são:

Aprendizado e descoberta, que é quando o consumidor sente


vontade de comprar algum produto ou serviço e começa a pesquisar
as possibilidades de fornecimento do que procura;

Reconhecimento do problema, quando a vontade passa a ser uma


necessidade e ele enxerga, nas pesquisas que fez, oportunidades
de validação de fornecedores. O Marketing de Conteúdo faz muita
diferença nessa etapa, já que muitas empresas não capricham na
“ajuda digital” que dão aos potenciais clientes, com dicas e outras
informações úteis sobre o uso de determinado produto ou serviço;

Consideração da solução, que é quando o potencial cliente começa


a interagir diretamente com sua marca para saber se ela é a decisão
certa. No mercado analógico, essa etapa seria similar ao entrar em
uma loja e perguntar ao vendedor quais são as opções que ele tem,
e as condições de pagamento, para uma necessidade específica.
No Marketing de Conteúdo, os conteúdos virtuais precisam fazer as
vezes dos vendedores, além de deixar em dia o atendimento online
da empresa, por e-mail ou chat em tempo real;

Decisão de compra, fase final em que o cliente compara as soluções


consideradas para fazer uma escolha. Aqui, conta tudo: o conteúdo
que ele leu ao longo da jornada, o atendimento que teve, a qualidade
do produto ou serviço, a rapidez na resposta de dúvidas, entre outros.
É preciso que, quando o cliente chegue nessa fase de sua jornada, já
tenha pleno conhecimento do que você pode prover.

O Marketing de Conteúdo é o que vai acompanhar o consumidor da descoberta do


problema até o momento em que ele tem que escolher pelo fornecedor A ou B. Para
além dessa jornada, existe o pós-venda, em que a empresa continua acompanhando
os primeiros passos do cliente no recebimento do item comprado e nas dúvidas
que ele tiver a partir daí.

Todas essas fases podem ser cobertas com conteúdos específicos para cada uma
delas. Ou seja, não adianta fazer algo voltado à decisão de compra e jogar no colo
do usuário enquanto ele ainda está na fase de descoberta. Quem não conta com
uma equipe de comunicação para fazer essa triagem pode contratar sistemas de
automatização de funil de vendas e jornada de clientes.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
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ELABORE UM CRONOGRAMA DE
PRODUÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DE
CONTEÚDO PARA SUA EMPRESA

Com ou sem sistema de automação de comunicação digital, é indispensável ter uma


boa programação de produção para que o conteúdo criado seja assertivamente
distribuído. Lembre-se: atingir o consumidor na fase errada de sua jornada dificulta
a possibilidade de vê-lo se tornar um cliente.

É possível elaborar um cronograma através de um documento básico de Excel, Word


ou qualquer outro programa de anotações, desde que a cadência das informações
garanta ao profissional de comunicação, ou empreendedor responsável, a maneira
correta de criar e distribuir o conteúdo proposto.

Supondo que você escolha uma planilha de Excel para fazer seu cronograma, divida
seu documento por abas.

A primeira vai ser a das personas ou público-alvo, e você vai inserir, nessa aba,
a descrição detalhada do seu público. Assim, se você não se lembrar de algum
detalhe, ou precisar contratar alguém para te ajudar a produzir conteúdo, essas
informações já estão inseridas dentro do cronograma, ficando sempre à mão.

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A segunda aba vai ser dedicada à jornada de compra, que será dividida da seguinte
maneira:

Passo Aprendizado e descoberta


1 Insira aqui todas as ideias de conteúdo que podem ser feitos para o
público que está nessa fase

Passo Reconhecimento do problema


2 Descreva o problema que as pessoas podem encontrar no qual sua
solução se encaixa perfeitamente. Insira aqui todas as ideias de
conteúdo para o público nessa etapa, levando em consideração que
seu produto ou serviço deve merecer ser levado ao próximo nível, de
consideração da solução.

Passo Consideração da solução


3 Descreva a solução para o problema de acordo com sua possibilidade
de saná-lo. Insira aqui todas as ideias de conteúdo que demonstram
que é uma boa ideia, ao consumidor, optar pela sua marca.

Passo Decisão de compra


4 Descreva seu produto ou serviço e insira todas as possibilidades de
conteúdo que podem ajudar o consumidor a escolhê-lo. Lembre-se
que, nessa etapa, quanto mais personalizado, melhor. No Marketing
de Conteúdo o que substitui a ligação do vendedor é o e-mail, a
mensagem ou o atendimento online. Priorize essas ferramentas para
não deixar o potencial cliente desassistido.

Em uma terceira aba, crie a possibilidade de jogar todo conteúdo que você acha que
poderia ser interessante no seu marketing, ainda que não saiba, ao certo, em qual
etapa aplicá-lo. Por enquanto, deixe-o na fase de maturação, e não julgue nenhum
antecipadamente. Qualquer ideia pode ser interessante, mesmo que precise ser
lapidada antes. Ao invés de jogar uma “ideia boba” fora, coloque nessa aba e espere
para ver no que ela pode se tornar.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

Na quarta aba do seu cronograma de produção de conteúdo, faça a gestão da


distribuição. Coloque o tema, seu formato – post de blog? Post de Facebook? E-mail
marketing? –, o responsável por distribuí-lo e a data de publicação, ou seja, a data
em que o conteúdo deve estar no ar. É imprescindível dividir as responsabilidades,
caso você tenha uma equipe, e dar acesso total da planilha e dos conteúdos a esses
responsáveis. Assim, se algo sair da curva da normalidade, há um registro de quem
fez o que e quando para que o diagnóstico seja preciso.

O cronograma, propriamente dito, vem na quinta aba e segue adiante. Faça


calendários dos meses e coloque, no quadrado destinado a cada dia, qual será o
conteúdo a se distribuir nas redes sociais, nos sites, blogs e no e-mail. É importante
ter essa página para o planejamento visual, ou seja, para ter a capacidade de olhar
para o mês e entender como ele foi preenchido para o Marketing de Conteúdo.

A sugestão de fazer esse tipo de planejamento no Excel ou outra ferramenta


facilmente editável é que, raramente, o cronograma do mês será cumprido à risca.
Graças a um acontecimento inusitado ou ao próprio comportamento do público
na internet, pode ser necessário um reajuste de rota, e fazê-lo no papel ou em
documentos impressos pode causar certa desorganização.

Contudo, não há regras: o que funcionar para o empreendedor e for


efetivo para a empresa é o que deve ser levado em consideração na
construção do cronograma de produção e distribuição de conteúdo.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

CONHEÇA OS CANAIS PARA DISSEMINAR


CONTEÚDOS E ESCOLHA OS MELHORES
PARA O SEU EMPREENDIMENTO

A internet não tem fronteiras ou limites de canais para fazer Marketing de Conteúdo.
As plataformas são numerosas – e o fato de serem, majoritariamente, gratuitas,
faz com que todas pareçam uma boa ideia dentro dos objetivos empresariais.
No entanto, não é preciso inserir todas, de uma só vez, em uma estratégia de
comunicação online.

O protocolo a se seguir é ver, dentro do planejamento, e de acordo com os interesses


e hábitos do público-alvo, onde focar os esforços de conteúdo. Quanto menor for a
empresa, e menos recursos o empreendedor tiver para lidar com comunicação no
início do seu empreendimento, acertar na escolha de um único canal pode trazer
mais resultados do que tentar apostar em todos ao mesmo tempo.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

As possibilidades mais comuns, em 2019, são:

Blog
Pode ser um site-blog ou uma aba de blog dentro do site institucional. Esse
canal será específico para a disseminação de conteúdo em textos, visando
a qualidade e relevância dos artigos para que o visitante tenha informações
corretas e aprofundadas. Quanto mais relevante e verdadeiro o conteúdo
for, mais chances ele tem de se destacar nas buscas do Google.

Para isso, procure estudar os princípios básicos do SEO (Search Engine


Optmization), um sistema de arquitetura de informação que pode facilitar
a subida no ranqueamento do Google. O algoritmo do maior buscador do
mundo muda de tempos em tempos, mas, geralmente, privilegia conteúdos
acima de 450 palavras – por considerar que eles tem informações mais
aprofundadas – em sites responsivos, ou seja, que podem ser lidos
naturalmente em qualquer tamanho de tela, desde o celular até a televisão
de 65 polegadas.

Redes Sociais
Posts para redes sociais, como Facebook, Twitter, Instagram e LinkedIn,
requerem, geralmente, uma imagem e um bloco curto de textos. O
Facebook e o LinkedIn permitem a confecção de artigos maiores, mas o
Twitter está limitado em um bloco de textos de até 280 caracteres e não
requer foto em todas as postagens.

O Instagram não permite o clique em links de sites na descrição e legenda


de suas fotos, mas dá a possibilidade de a empresa ter recursos especiais
a partir de 10 mil seguidores, fazendo com que seja possível que um
de seus vídeos curtos – de até 15 segundos – leve diretamente à página
de compras ou blog. Além disso, a plataforma também permite que as
empresas que vendem produtos, coloquem os preços diretamente nas
fotos em que eles apareçam.

YouTube
Uma das plataformas mais populares da atualidade, o YouTube permite
a postagem de vídeos a partir de 5 segundos e paga pela produção de
conteúdo dos canais mais populares, dos chamados YouTubers. Se a
empresa tiver mais de 100 seguidores, ele também permite a realização
de vídeos ao vivo.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

E-mail
Fazer um e-mail marketing ainda traz frutos, desde que o e-mail seja
interessante e a base de clientes tenha solicitado ou autorizado o envio
de e-mails pela empresa. Caso contrário, alguns servidores, como Gmail,
vão redirecionar o conteúdo diretamente para a caixa de spam, e ele
pode nunca ser visto pelo cliente pretendido. Para evitar isso, deixe
que a pessoa sinalize, de alguma forma, que quer receber e-mails seus.
Utilize ferramentas como o Mailchimp para aprender a fazer e distribuir
conteúdos de e-mail de maneira automatizada e eficaz.

E-book
O e-book é um conteúdo mais abrangente e focado nas necessidades do
leitor, que pode ser distribuído gratuitamente em troca de informações
relevantes para a empresa – como telefone, data de nascimento e e-mail,
por exemplo. Esse material deve ser didático, interessante e realmente
útil, para que o cliente passe a criar vínculos com o conteúdo da sua marca.

Infográfico
É um recurso de design que distribui o conteúdo de maneira mais visual,
como um gráfico interativo e/ou de fácil entendimento e absorção. Ele
pode ser distribuído como e-book, post de blog ou mosaico composto por
uma série de cards correlatos, nas redes sociais.

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COMO CRIAR CONTEÚDO PARA
MINHA EMPRESA NA INTERNET

CONCLUSÃO
O conteúdo é a vida da internet. Estamos nos sites, nas redes sociais e nos aplicativos
de mensagem para compartilhar informações, seja entre amigos ou entre marcas
e clientes. Para que a comunicação seja efetiva através do conteúdo, é preciso que
exista respeito, interesse, confiança e aproximação entre as duas partes da conversa.

O Marketing de Conteúdo é o recurso responsável por gerar esses atributos.


No início dos anos 1900, a Michelin quis criar nos donos de automóveis a necessidade
de utilizar mais seus carros, para que seu produto – o pneu – fosse mais comprado
em uma época que apenas a utilização exaustiva desse produto levaria a uma
troca. Ao invés de bradar por revistas e jornais frases como “use mais seu carro!”, a
empresa apostou em fazer um conteúdo diferente e interessante, que fizesse com
que o motorista e sua família tivessem vontade de usar o carro por conta própria.

Nascia aí o Guia Michelin, que mapeava restaurantes e pontos turísticos pela França
e, depois, por toda a Europa, mostrando que havia mais a se conhecer do que a
cidade mais próxima. Cem anos depois, o Guia ainda existe e é objeto de desejo de
chefs de cozinha, que querem ver seu restaurante aparecer na publicação com a
classificação de cinco estrelas. Um conteúdo centenário, que sobreviveu e prima por
duas grandes razões: a simplicidade do pensamento criativo – não precisamos falar
de pneus para vender pneus – e a assertividade no reconhecimento do problema:
as pessoas anseiam por viajar, e, agora, tem carros. Tudo feito em uma época em
que não havia internet.

Imagine, agora, o que pode ser feito.


Se quiser aprender mais a respeito do Marketing de Conteúdo, ou marketing em
geral, para sua empresa, conte com o Sebrae. Estamos à disposição para fazer
sua empresa lapidar a criatividade, entender os processos de comunicação e fazer
sucesso em um ambiente cada vez mais competitivo, embora muito democrático.

No digital, há espaço para todos, e se sobressai quem está focado em entender as


implicações da comunicação cibernética. Comece hoje a colocar em prática tudo o
que aprendeu e lembre sempre de contar com o Sebrae quando precisar.

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